Esta vai ser a grande prova de fogo de Aires Pereira. Vamos ver o que vale a sua palavra.
É agora ou nunca, para provar se a Póvoa de Varzim, finalmente, está na senda da evolução.
Mas o que pretendem os protóiros?
A Póvoa de Varzim não é o quintal dos trogloditas lá de baixo.
Na Póvoa mandam os Poveiros não-trogloditas.
Esta é a arena de tortura da Póvoa de Varzim, marca do atraso civilizacional em que esta cidade está mergulhada.
A prótoiro - federação de tauromaquia - emitiu um comunicado muito engraçado, mostrando-se disponível para ajudar o município poveiro a gerir a arena, para que se continue a torturar Touros e Cavalos na Póvoa de Varzim, cidade que se diz “Amiga dos Animais”.
Lê-se co comunicado:
«Depois de durante muito tempo o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, ter anunciado que a remodelação da Praça de Toiros da cidade ia manter todas as suas valências tauromáquicas, causou choque e surpresa entre os Poveiros e os aficionados que este fim-de-semana viesse manifestar a intenção oposta.»
Primeiro: esta decisão inteligente não causou choque nem surpresa aos Poveiros, que receberam esta notícia com muito regozijo; causou choque e surpresa, isso sim, aos trogloditas poveiros, que é outra coisa, felizmente poucos, e aos manda-chuvas da tauromaquia em Portugal, felizmente também uns poucos, que, desesperadamente, andam por aí a tentar manter em pé o moribundo ofício da tortura de Touros e Cavalos.
Segundo: nunca é tarde para um presidente da Câmara enveredar pelo caminho da evolução, e querer o melhor para o município.
E o comunicado prossegue:
«Importa lembrar que a Tauromaquia é um traço centenário da cultura e identidade dos Poveiros, sendo a sua praça um ex-libris da cidade e da tauromaquia no norte de Portugal. Além disso, a tauromaquia é uma das marcas distintivas e uma das mais-valias da oferta turística e cultural da cidade e da região, com impacto económico. Basta referir a famosa Corrida TV Norte, que leva o nome da cidade aos quatro cantos do mundo.»
Este parágrafo é hilariante.
Primeiro: porque a tauromaquia não é um traço centenário de coisa nenhuma, muito menos de cultura e identidade dos Poveiros. Os Poveiros não se revêem neste costume bárbaro, que catapulta a Póvoa de Varzim para tempos medievalescos, assentes numa ignorância profunda, em comparação com a vizinha Vila do Conde, onde se respira Arte e Cultura por toda a cidade, preferida pelos turistas estrangeiros, que a escolhem para fazer Turismo Cultural. Sei do que falo, porque sou eu que os levo lá.
Segundo: a arena de tortura a ser um ex-libris, é o ex-libris do atraso civilizacional em que a Póvoa de Varzim está mergulhada.
Terceiro: a tauromaquia não é uma das marcas distintivas e uma das mais-valias da oferta turística e cultural da cidade e da região, com impacto económico: muito pelo contrário. É uma marca do atraso civilizacional, e uma menos-valia da oferta turística de qualidade. Os turistas de qualidade vão para Vila do Conde. A ralé que vai à Póvoa de Varzim assistir à tortura de Touros é sempre a mesma, uns poucos e desqualificados broncos. E se lá calha um ou outro turista estrangeiro, vai ao engano uma vez, e nunca mais lá põe os pés. Sei do que estou a falar.
Quarto: a tristemente famosa corrida TV Norte leva aos quatro cantos do mundo o quanto atrasada civilizacionalmente ainda é a Póvoa de Varzim, porque o mundo civilizado REJEITA esta prática bárbara, cruel e violenta. Isto não traz prestígio nenhum à cidade, muito pelo contrário.
E o comunicado continua a debitar disparates:
«Além disso, a Tauromaquia está classificada como “parte integrante da cultura popular portuguesa” (Decreto-Lei n.o 89/2014) e o Estado, central e local, tem a obrigação constitucional de promover o acesso de todos os cidadãos à cultura (artigo 73º, nº3) e da sua salvaguarda (artigo 78º) sendo o direito à cultura um direito fundamental (artigo 17º). Impedir ou proibir manifestações culturais é uma violação da constituição.»
Primeiro: a tauromaquia, como costume bárbaro que é, jamais foi ou será parte integrante da cultura popular portuguesa, e só fica mal ao Estado a promoção deste “divertimento” sádico, e a tortura não sendo cultura, nem aqui, nem na cochinchina, não cabe nos artigos citados. Essa Cultura a que se refere os artigos é a Cultura Culta e a Cultura Popular Portuguesa, não é a cultura dos broncos.
E os prótoiros vão sonhando, o que, aliás, não é proibido:
«Quanto a aspectos técnicos da recuperação, não existem limitações que impeçam a utilização da praça de toiros para funções multiusos, com a manutenção da tauromaquia. Basta ver os casos da Arena de Évora, Campo Pequeno, Redondo ou Elvas, onde as praças foram recuperadas e acumulam tranquilamente a sua função tauromáquica com as mais diversas actividades desportivas e lúdicas. Aliás, seria um enorme contra-senso uma praça de toiros ser reabilitada e não ter a sua principal função disponível, a não ser que exista alguma intenção oculta. Acreditamos que com boa-fé e know-how esta situação se resolverá com grande facilidade. Para que assim seja já solicitamos uma reunião urgente com o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.»
Acontece que os casos das arenas citadas não são bons exemplos. Pertencem ao rol do atrasado civilizacional em que Portugal está mergulhado. O que se pretende é evolução e divertimentos civilizados, e não assentes no sofrimento atroz de seres vivos sencientes, para divertir os sádicos. Contra-senso é manter uma arena de tortura activa, a dar mau nome à cidade.
Pois solicitem uma reunião urgente.
Aires Pereira, presidente do município poveiro, estará na berlinda, e terá de mostrar ao mundo o que vale a sua palavra, porque ou dá um passo em direcção ao futuro, e mostra que é um HOMEM de palavra, ou dá um passo atrás, e mostra que se rende à barbárie, por motivos obscuros.
Veremos quem ganha: a barbárie ou a Cultura Culta. A Evolução ou o atraso civilizacional. O mundo civilizado está de olhos postos na Póvoa de Varzim. Garantidamente.
Isabel A. Ferreira
Para os autarcas locais, os Touros não são animais…
Este é o cartaz que conspurca as ruas de uma “cidade” que, enquanto tiver activa a arena de tortura, e por mais que tente tapar o sol com peneiras, mais ou menos douradas, não conseguirá entrar para o rol dos municípios evoluídos.
O lema da terra «é bom viver aqui» é atirado ao chão pela triste realidade que todos os anos se repete: seres vivos são barbaramente torturados para encher os bolsos a energúmenos, e divertir os poucos sádicos poveiros e excursionistas, que chegam à Póvoa em camionetas, cujo transporte é pago com dinheiros públicos, pelas autarquias tauricidas. Sempre os mesmos, sedentos do sangue de animais indefesos.
Não, não é bom viver aqui, numa “cidade” a cheirar ao mofo. É triste, muito triste. E vergonhoso também.
A existência de touradas numa determinada localidade só demonstra que essa localidade vive mergulhada em tempos medievalescos, que mágica nenhuma poderá transformar em modernidade.
Uma vez mais os autarcas poveiros demonstram a sua verdadeira face: a face do obscurantismo, da incultura, da subserviência, da falta de coragem para se libertarem deste jugo medieval.
Aires Pereira, presidente do município poveiro, num golpe pouco credível, declarou (salvo erro, no ano passado) a cidade da Póvoa de Varzim como “amiga dos animais”.
Todos os que conhecem a realidade poveira, no que diz respeito aos maus-tratos a animais (em circos, batidas à raposa, tiro aos pombos, corridas de galgos, touradas) riram-se desta tentativa de enganar o povo. Foram poucos os que caíram no logro.
O inferno está cheio de boas intenções. Não basta dizer “somos amigos”. É preciso demonstrá-lo.
Acreditaremos nessa “amizade” quando do município forem banidas todas estas práticas violentas, cruéis e inimigas dos animais não humanos, mas também dos animais humanos. Porque nós, que somos humanos, sensíveis e compassivos, sofremos ao ver animais como nós a sofrer atrozmente, para que um bando de sádicos e psicopatas possam dar azo aos seus maus instintos.
Quanto à RTP, organizadora desta selvajaria, só temos a dizer que está a afundar-se. É desprezível o modo como esbanja o dinheiro que somos obrigados a pagar à força de ficarmos sem electricidade dentro das nossas casas, se n os recusarmos a pagar as malditas taxas.
Repugnante, é a palavra mais adequada para adjectivar o que vai acontecer na Póvoa de Varzim, no próximo dia 21 de Julho.
Evoluam, senhores autarcas, porque só assim poderão colocar a Póvoa de Varzim num patamar mais elevado da civilização.
Isabel A. Ferreira
Esta é uma fotografia que diz muita coisa: um painel, a cair de esfarrapado, mesmo no Largo do Cego do Maio, junto à praia dos banhos, (reparem na sujeira ao redor dele), a anunciar a TORTURA DE TOUROS E CAVALOS (retiraram o anúncio de que a receita será a favor dos BV locais, e essa não percebi – não terão eles a honra de receber uma ajuda tão “preciosa”?)
Este é o cartaz da COLTURA.
Logo ao lado, podem ver-se as barracas da Feira do Livro, a feira da verdadeira CULTURA (a nudeza desta foto é propositada, pois não a quis com pessoas a “embaraçar as vistas”.
Não direi mais nada. Apenas que apreciem bem a foto, e vejam o que ela vos sugere. Estaremos numa cidade de CULTURA ou de COLTURA? Estaremos numa estância balnear que prima pela qualidade?
Dirão: terá de haver gostos para todos. Para os mais cultos e para os menos cultos.
Numa cidade que se auto-intitula da “Cultura e do Lazer”? “Onde apetece viver”?
Tenho as minhas dúvidas.
Amanhã, irá realizar-se na Póvoa de Varzim uma “corrida à antiga portuguesa”, o que significa que vão ser TORTURADOS TOUROS E CAVALOS.
E o que fez o Presidente da Câmara Municipal poveira? Foi sugerir aos Bombeiros Voluntários locais que aceitassem a receita desta TORTURA, segundo uma fonte dos “voluntários”.
E o que fez a Direcção desta Corporação?
ACEITOU.
Justificação: a corrida é LEGAL. Eles precisam de ajuda, e tudo o que vier é bem-vindo.
Mesmo que seja uma ajuda suja de sangue de tortura de seres vivos, para divertir sádicos?
«Mesmo assim. Aceitamos tudo o que nos derem». Foi a resposta.
É que não pode dizer-se NÃO ao Presidente da Câmara, tal a subserviência em que vivem algumas instituições e gentes poveiras, que VENDEM A DIGNIDADE por pouco dinheiro.
Não esperávamos que a HONRA dos SOLDADOS DA PAZ estivesse À VENDA.
Isto é um desprestígio para a cidade, para a corporação, para os poveiros, para as autoridades, mas tudo dentro da “legalidade”.
É o que se chama o DESPRESTÍGIO LEGAL.
Existe uma LEI PARVA. Cumpra-se a LEI PARVA. É a divisa.
Aqui não há discernimento.
Aqui há SUBMISSÃO.
OS MEUS PÊSAMES AUTARCAS E BOMBEIROS POVEIROS!
NUNCA MAIS OS BVPV SERÃO OS MESMOS, DEPOIS DE TEREM VENDIDO A SUA HONRA AO LOBBY TAURICIDA.
Um cartaz que envergonha e insulta a Póvoa de Varzim, os poveiros cultos e sensíveis e a sociedade civilizada
A cidade da Póvoa de Varzim (mais a sua “monumental” arena de tortura de Touros e Cavalos, o seu Clube de Caçadores, o seu Campo de Tiro aos Pombos, o Canil Municipal, e os Circos que utilizam animais) é a vergonha do povo nortenho.
Há muito que se tem tentado “sensibilizar” os autarcas poveiros para o facto de tais práticas, primitivas, sádicas e toscas, não trazerem nenhuma dignidade a uma cidade que se diz da “cultura e do lazer”. Uma cidade que se quer civilizada, e não passa de mais uma, no rol das que ficaram no passado, bolorento e primitivo, e das mais carniceiras de Portugal.
Senhor Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, DOUTOR José Macedo Vieira, o senhor como MÉDICO que é, deveria saber o que SOFRE UM ANIMAL, seja humano, seja não humano.
O Touro e o Cavalo na arena; os animais que são apanhados desprevenidos no seu habitat natural (nomeadamente a Raposa), por gente de caçadeira na mão; os Cães que são mortos à paulada ou simplesmente ficam a apodrecer no Canil, sem os mínimos cuidados médicos; os Pombos (símbolos da PAZ e do ESPÍRITO SANTO dos Católicos) que saindo das gaiolas onde os aprisionam, são depois COVARDEMENTE abatidos a tiro por gente sem um pingo de humanidade a correr-lhes nas veias, gente abrutalhada pelos bolores de um passado que ficou lá muito para trás.
(MAS SOBRE O TIRO AOS POMBOS VOLTAREMOS A FALAR).
O senhor DOUTOR Macedo Vieira, com certeza, estudou ANATOMIA. Com certeza, estudou BIOLOGIA. E não sabe que o Touro e o Cavalo são ANIMAIS, tal como o HOMEM? Não sabe que os Cães, os Pombos, as Raposas (entre outros) e os infelizes animais violentados nos Circos, SOFREM horrores às mãos dos homens predadores, ignorantes e cruéis?
O senhor DOUTOR Macedo Viera, não sabe o que são animais sencientes, animais com sistema nervoso central, animais com órgãos tal como os seus, como os meus, como os de todos os mamíferos superiores, que sofrem os mesmos horrores que um animal humano sofreria se fosse “lidado” ou abatido a tiro ou à paulada, ou domado à força de pancada?
O senhor DOUTOR, só pelo facto de ser um indivíduo que frequentou uma Universidade e estudou Medicina, deveria ser o primeiro a dar o exemplo da lucidez que é necessária ter para não se VERGAR AOS LOBBIES DOS CARRASCOS DE SERES NÃO HUMANOS.
Seja VERTICAL!
Quem não teve oportunidade de se instruir e de EVOLUIR não terá culpa de querer manter estes rituais selvagens (no pior sentido do termo), adequados apenas aos BRUTOS.
Contudo, os que frequentaram uma UNIVERSIDADE, como o senhor DOUTOR (Médico) Macedo Vieira (e aqui estendemos a nossa crítica ao DOUTOR Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da CULTURA, e ao ENGENHEIRO Jorge Leal, director do Clube de Tiro aos Pombos) têm o DEVER de dizer NÃO a estas brutalidades, para DIVERSÃO, que só os SÁDICOS E NECRÓFILOS APLAUDEM.
Em tempos foi apresentado ao Executivo Camarário poveiro um projecto de reabilitação da ARENA DE TORTURA da Póvoa de Varzim, pomposamente denominada de “monumental”, (sim, a arena é monumental na perversidade de espectáculos que ali são permitidos) para um recinto onde pudesse realizar-se, por exemplo, o «Correntes d’Escritas», pois o Auditório Municipal é já demasiado pequeno para as centenas de interessados neste evento (os quais, contudo, desconhecem esta faceta MÓRBIDA do Executivo Camarário, tanto que quando lhes tocámos no assunto, nem quiseram acreditar!), que foi REJEITADO. O tauricídio é mais CULTURAL.
Senhor Presidente da Câmara e Senhor Vereador da Cultura, não acham que é chegado o tempo de pôr fim a estes rituais que nem os homens das cavernas praticavam?
Eles eram primitivos, sim. MATAVAM para comer, sim.
Mas não TORTURAVAM ANIMAIS por PURO PRAZER.
EVOLUAM, SENHORES AUTARCAS POVEIROS.
SAIAM DO PASSADO.
VENHAM PARA O SÉCULO XXI, DEPOIS DE CRISTO.
Isabel A. Ferreira