Segunda-feira, 16 de Junho de 2025

«O Dia de Portugal e as guerras culturais»

 

«O Dia de Portugal e as guerras culturais»

 

Opinião de Tiago Gomes.PNG

 

Quando se chega ao ponto de considerar que qualquer homem branco europeu é, por defeito, um potencial opressor, é natural que surja repulsa.

 

A importação das guerras culturais dos Estados Unidos para a Europa nunca fez verdadeiro sentido. E foi a esquerda mais radical a fazê-lo primeiro em Portugal, procurando mimetizar narrativas e discursos oriundos da ala mais à esquerda dos Democratas americanos, tendo Ocasio-Cortez como figura inspiradora central de uma esquerda que mais tarde passou a ser designada como “woke” ou “identitária”.

 

Esta esquerda identitária apropriou-se de causas justas e fundamentais – como a defesa do clima, os direitos das mulheres, das comunidades LGBT+ e das minorias étnico-raciais – para as comprimir numa narrativa extremista e maniqueísta, de “bons contra maus”. Nessa lógica, quem se desviasse da ortodoxia discursiva, ainda que partilhasse os mesmos ideais, era imediatamente rotulado de misógino, homofóbico, racista ou xenófobo.

 

Nos casos mais extremos, houve tentativas de destruição de carácter e até de prejudicar profissionalmente os visados. A estas práticas passou a chamar-se “cancelamento”. Na maioria dos casos, felizmente, sem grande sucesso. Ainda assim, nos EUA, muitas figuras públicas, sobretudo na área artística, continuam marcadas por rótulos dos quais dificilmente conseguem libertar-se.

 

Esta cultura espalhou-se pelas redes sociais e passou a ser usada como arma contra pessoas comuns. Diariamente assistimos a tentativas de linchamento moral a quem ouse manifestar opiniões fora da cartilha mais radical da ideologia identitária, que parte da esquerda abraçou, afastando-se das suas causas históricas: os direitos dos trabalhadores e o combate às desigualdades. Esse afastamento ajudou a esquerda radical a perder boa parte do seu eleitorado tradicional.

 

A ascensão da extrema-direita na Europa tem causas profundas e estruturais, muito para além da mera reacção ao discurso identitário. Mas esse discurso contribuiu, e muito, para a sua consolidação. A maioria dos cidadãos que valorizam a democracia não quer viver permanentemente acusada por uma esquerda moralista, que julga o pensamento dos outros – e até o passado dos seus países. Quando se chega ao ponto de considerar que qualquer homem branco europeu é, por defeito, um potencial opressor, é natural que surja repulsa.

 

Tudo isto a propósito do discurso de 10 de Junho de Lídia Jorge. O que a escritora disse é factual: Portugal é uma mistura de povos e tons de pele, algo que qualquer português com escolaridade básica reconhece. Mas por que o disse no Dia de Portugal? Precisamente porque vivemos um clima polarizado, alimentado por guerras culturais importadas dos EUA. De um lado, uma esquerda identitária a impor a sua moral restritiva; do outro, uma extrema-direita que quer recuperar uma visão retrógrada e perigosa do mundo.

 

Para além da polarização, esta importação é desajustada da realidade europeia. O modelo esclavagista dos EUA foi profundamente distinto do europeu. O racismo na América do Norte tem origem e expressão muito diferentes do europeu. Ambos são condenáveis e devem ser combatidos, mas importar as soluções e discursos norte-americanos para a Europa é ignorar realidades distintas. Só para dar um exemplo, a maioria dos afro-americanos desconhece a sua origem africana e sente-se profundamente enraizada nos EUA. Já os afro-europeus conhecem, regra geral, a sua origem familiar e mantêm ligações culturais e sociais aos países dos seus ascendentes.

 

O discurso de Lídia Jorge, num contexto de radicalização crescente, ainda que bem-intencionado, acabou por acentuar divisões num dia simbólico de unidade nacional. E sugeriu, mesmo que implicitamente, que devíamos ter vergonha da nossa História, especialmente da época dos Descobrimentos. Ao fazê-lo, adoptou novamente a narrativa importada de “bons e maus”, colocando os portugueses do lado errado da História. Era o que menos precisávamos em tempos de crescimento da extrema-direita.

 

Os portugueses podem – e devem – ter orgulho na sua História e nos seus heróis, de D. Afonso Henriques a Salgueiro Maia, passando por Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral ou Diogo Cão. Mesmo os que chegaram a terras que viriam a ser colonizadas. Muitos actos do passado são hoje inaceitáveis – mas à época eram comuns e considerados legítimos. Ter orgulho na História, com tudo o que teve de épico e de trágico, não é um acto ideológico. Não nos torna mais de esquerda ou de direita, nem mais ou menos racistas.

 

Portugal é, desde a sua génese, fruto de mestiçagens, cruzamentos e influências diversas. Que os portugueses possam viver em paz com a sua herança histórica e com orgulho na sua portugalidade, seja ela expressa e vivida de que forma for.

 

Escreve no SAPO quinzenalmente à quinta-feira // Tiago Matos Gomes escreve com o antigo acordo ortográfico

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:48

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Sábado, 14 de Junho de 2025

A propósito do muito criticado discurso que o actual Presidente da República Portuguesa proferiu, no passado dia 10 de Junho, logo no «Dia de Camões, de Portugal, da Língua Portuguesa e dos Portugueses!» (*)

 

Penso que todos os Portugueses Pensantes ficaram estupefactos com o discurso que o Presidente da República de Portugal fez, no passado dia 10 de Junho, esvaziado da portugalidade que a celebração do Dia de Camões exigia. Como foi possível!!!!

 

As críticas brotam nas redes sociais, como cogumelos em dias de chuva.

Portugal tem um Presidente da República sem o mínimo sentido de Estado, estando apenas ao serviço dos estrangeiros.



Luís de Camões, que com tanto Engenho e Arte cantou a nossa Portugalidade, na sua obra mais universal «Os Lusíadas», deve estar a sentir-se traído, lá onde estiver, por ter visto ir por água abaixo, logo no Dia que lhe foi dedicado, (caso único no mundo), todo o esforço, todo o empenho, todo o sacrifício que fez para dar a portugal e mais tarde ao Mundo o seu Poema Épico, ao ouvir as palavras que lhe soariam de traição à sua Pátria e à sua Língua.


E essa traição está bastante evidente no discurso que Marcelo Rebelo de Sousa, sem o mínimo pudor,  proferiu no Dia 10 de Junho de 2025.

 

Via e-mail, recebi um texto intitulado «Tenha vergonha Professor Marcelo...», que passo a transcrever mais abaixo, porque também sublinho tudo, tal como refere Filipe Neves ...

 

E sublinho tudo, porque, na realidade, o actual presidente da República, foi o pior presidente que Portugal já teve desde Dom Afonso Henriques.

O que estará a levar o Chefe de Estado Português a ficar para a História como um traidor, um apátrida um desafecto de Portugal?

Isabel A. Ferreira

 

***

Discurso de Marcelo Rebelo de Sousa no 10 de Junho

 

 

Filipe Neves.PNG

Marcelo.png

«Tenha vergonha Professor Marcelo….

 

O senhor reduziu a Nacionalidade Portuguesa a uma questão sanguínea ou de pureza de raça, como se de cavalos ou burros estivesse a falar, matéria para a qual, acredito, o senhor é doutorado, mas, Ser Português é muito mais que isso, em primeiro lugar é carregar 900 anos de História no lombo, é saber distinguir entre umas papas de sarrabulho e um arroz do mesmo, é distinguir um Vinho do Porto dum Madeira, é degustar um Leitão à Bairrada e umas tripas à Moda do Porto, saber a origem dos Ovos-moles ou do Cozido das Furnas, saber o que é o Pão de Padronelo ou uma sopa à Alentejana…. E que dizer do Vira do Minho ou do Cante Alentejano?

 

E o Fado?

 

Já ouviu falar de Fernando Pessoa ou Eça de Queiroz?

 

E que tal Vitorino Nemésio ou José Hermano Saraiva?

 

E tantas, mas tantas coisas que nos distinguem que a sua sapiência é pequena para tanta riqueza!

 

Tenha vergonha Marcelo Rebelo de Sousa, o senhor sempre foi um privilegiado e, agora, vendeu a sua alma como Miguel de Vasconcelos já o havia feito!

 

O senhor não honra seu pai nem seu padrinho, pessoa que a certa altura disse que muitos dos que queriam alcandorar-se ao Poder nem para criados de quarto serviriam, e olhe que em relação a Sua Excelência, ele acertou mesmo na mouche.

 

Só me pergunto se o senhor tem feito este papel ignóbil porque tem o rabo preso ou se está mesmo senil!"»

 

11/06/2025 Luís Franqueira.

 

Fonte: https://www.facebook.com/share/p/16A8EbpjUw/

 
***

(*)  

10 de Junho

«Dia de Camões, de Portugal, da Língua Portuguesa e dos Portugueses!».

Impõe-se que justifique este meu modo de aludir ao Dia 10 de Junho.

Dia de Camões – por se assinalar no dia 10 de Junho, o dia da morte de Lvís Vaz de Camões, que, pela monumentalidade do seu Poema Épico «Os Lusíadas», mereceu ter um dia Nacional, o Dia de Portugal para o celebrar.

Dia da Língua Portuguesa –  Língua de Camões, que continuará a ser celebrada no Dia 10 de Junho, pelos Portugueses, por ter sido Camões o que elevou mais alto a Língua de Portugal, e só foi retirada destas celebrações, quando em 2019, a 40ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de Maio de cada ano como "Dia Mundial da Língua Portuguesa", esquecendo-se de assinalar que se refere à Língua ACORDIZADA, que nada tem a ver com Camões, com Portugal e com os Portugueses.

Dia dos Portugueses, simplesmente, NÃO Dia das Comunidades Portuguesas, para poder englobar aqui TODOS os Portugueses, um Povo feito de muitos Povos: os que vivem em Portugal e os que vivem na diáspora, e não só os das Comunidades Portuguesas no estrangeiro. Nós, que vivemos em Portugal, também merecemos ser celebrados. Ou não?

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:46

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Terça-feira, 10 de Junho de 2025

Hoje, 10 de Junho, os Portugueses assinalam a morte de Lvís Vaz de Camões, celebrando a Língua Portuguesa, que nos deixou Dom Diniz, e é o símbolo maior da nossa Identidade, é a alma do Povo Português, e que anda por aí grosseiramente usurpado...

 

Dia da Língua Portuguesa.jpg

 

Por muito que os apátridas e os traidores e os desafectos façam e desfaçam, queiram ou não queiram, gostem ou não gostem, HOJE é o dia em que os Portugueses, nascidos em Portugal, celebram o que lhes pertence, o que faz parte da sua Cultura, da sua Identidade, da sua História, não só do Poeta como da sua Língua, e não haverá ninguém, por muito imbuído que esteja de má-fé, que possa destruir esta unidade que faz de nós um Povo que tem uma Pátria, uma Língua, uma Cultura, uma História, que são das mais antigas da Europa.


E isto é algo de que devemos orgulhar-nos. Não é um crime. É algo muito natural, excepto para as mentes retorcidas da ala mais ignorante da nossa sociedade.

 

O que é anormal é rejeitar o patriotismo de quem tem uma Pátria, um lugar seu, onde estão as suas raízes, as raízes de quem ama essa pátria, esse lugar seu, de quem se orgulha de ser de onde é, sem culpas, sem ódios, sem maquinações desviantes, sem subserviências, sem complexos de inferioridade.


Um tempo houve, em que os Portugueses deixaram o seu País, no passado, tal como hoje, pequeno e pobre, e se aventuraram pelo imenso mar afora, em busca de melhor vida, e nessa demanda, acabaram por dar novos mundos ao Mundo, e a abrir caminhos marítimos, contribuindo, desse modo, para o primeiro fenómeno de globalização do Planeta Terra.

E foi essa saga que Lvis Vaz de Camões celebrou no seu Poema Épico «Os Lusíadas», ficando ao nível de Homero, com a sua «Ilíada» e «Odisseia», de Vergílio, com a sua «Eneida», de John Milton, com o seu «Paraíso Perdido», do «Épico de Gilgameš», da «Canção de Rolando», entre outros.

Este dia é, pois, de Portugal, e não há mal nenhum em o ser.

Apenas para os apátridas, para os traidores e para os desafectos celebrar o dia de Camões, da Língua Portuguesa [que foi banida destas comemorações, depois de os políticos portugueses se vergarem ao Brasil] de Portugal e dos Portugueses, estando aqui incluídos os milhares e milhares de emigrantes mais os seus descendentes, espalhados pelos quatro cantos do mundo, é algo que já não faz sentido. Não faz sentido para eles, que não conhecem Camões, que desprezam a Língua e a Cultura Portuguesas e a História de Portugal, venerando, desse modo, a Santa Ignorância, e rendendo-se à mais sórdida estupidez.


Hoje, os Portugueses, que se prezam de o ser, celebram a Portugalidade no seu todo, e a Portugalidade não é nenhum palavrão que não possa pronunciar-se  desassombradamente.


Pobres daqueles que não têm Pátria, ou tendo-a, não sabem o quão importante é ter uma Pátria, para poder regressar ao ninho, regressar às origens, que fazem parte do nosso ADN existencial, que integra uma panóplia de Povos, Culturas e Línguas que completam este nosso modo de ser português.

 

Sem uma Pátria, sem uma Língua, sem uma Cultura, sem uma História, sem uma Origem nada mais somos do que seres mortos-vivos à deriva num mundo onde a única coisa visível são as suas próprias sombras.


Posto isto, espero que o próximo Presidente da República Portuguesa saiba dar significado ao Dia em que ao morrer o Poeta maior de Portugal, o Poeta que também pertence ao Mundo, Portugal ganhou uma nova dimensão, modelada nos versos d’«Os Lusíadas» que cantaram os nossos feitos, elevando a Língua Portuguesa aos píncaros da sua grandeza linguística, que, no entanto actualmente, está a ser selvaticamente destruída.

 

E não haverá ninguém que possa romper este elo da alma de um Povo que soube cumprir o seu destino, apesar de todos os pesares, que sempre ensombram o percurso do Homem, na sua natural metamorfose evolutiva.

 

E o que importam os apátridas, os traidores, os desafectos, se ficarão à porta da História?

Isabel A. Ferreira 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:21

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Terça-feira, 23 de Novembro de 2021

“Reles Portugal”, por Isabel Rosete

 

A publicação é de 23 de Novembro de 2017. Mas, desde então, o que mudou neste nosso desventurado País, desgovernado por gente que não sabe o que faz, nem tem a noção do MAL que está a provocar?

Hoje já não se fazem HOMENS com letras maiúsculas! E quem diz homens, diz MULHERES!

Os gritos da Isabel Rosete são os meus gritos também.

Um texto que subscrevo com excepção do título, que eu diria: RELES GOVERNANTES que destruíram Portugal. Portugal não tem culpa alguma de quem mal o governa.

Isabel A. Ferreira

 

Assírio e Alvim.jpg

 

"RELES PORTUGAL"

 

Por Maria Isabel Rosete


«PORTUGAL é um país CULTURALMENTE DEVASTADO, porque nivelado pela MEDIOCRIDADE das mentes pequenas, mesquinhas, politiqueiras, RELES politiqueiras, em vivências de APARÊNCIAS que, pelo SABER que faz CRESCER, NÃO LUTAM.


Poucos são hoje os analfabetos literais. Porém, proliferam os ANALFABETOS FUNCIONAIS encontrados, inclusivamente, dentro de algumas Universidades nacionais.


QUANTA MISÉRIA!
QUANTA ESCUMALHA!
URGE INOVAR EDUCACIONAL e CULTURALMENTE. A FALÊNCIA DESTE POVO JÁ ESTÁ À VISTA e HÁ MUITO!


- ONDE REINA A "ARTE DE SER PORTUGUÊS", de que falava/fala o Mestre Teixeira de Pascoaes na sua obra como o mesmo título?


- ONDE REINA A PORTUGALIDADE de um POVO/NAÇÃO (não Estado) de AVENTUREIROS, NAVEGANTES PELOS MARES DA NOSSA e de OUTRAS CULTURAS em intercâmbio que, outrora, também foram as nossas (não obstante a tragédia da colonização da triste África)?
MALDITA MASSIFICAÇÃO DA CULTURA, que CULTURA JÁ NÃO É!


MALDITOS POLÍTICOS que mandam EMIGRAR os poucos ILUMINADOS - OS REALMENTE ILUMINADOS - que ainda restam nesta Pátria ASSOMBRADA, REDUZIDA à ECONOMIA!


QUANTA MISÉRIA!
QUANTA ESCUMALHA!


SÓ O SABER, surgido da EDUCAÇÃO/CULTURA, pode ser o FUNDAMENTO do PODER, a sua FORTIFICAÇÃO GENUINAMENTE VÁLIDA e SÓLIDA.

O PODER sem O SABER é VAZIO!


Isabel Rosete

 

Fonte:

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10208595782327083&set=a.1016096737753

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Quinta-feira, 20 de Maio de 2021

«Como nos manipulam: os métodos da História anti-portuguesa»

 

Portugalidade.jpg

 

Por Hugo Dantas 


«História querer-se-ia a investigação rigorosa da acção colectiva da Humanidade, ou das muitas humanidades que a compõem, completada com o prudente e desapaixonado juízo que discerne as causas próximas e remotas do devir histórico. Porém, é mais frequente, o que nos tenta a concluir que é natural, que se escreva a história a favor ou contra certas concepções, partidos ou ideologias. Os que escrevem a história anti-Portuguesa pretendem reduzir a intervenção do nosso povo no curso geral das coisas a um empreendimento terrorista, enfatizando este e aquele acto de violência, induzindo apressadamente a partir de certa infâmia, recortando do volumoso e riquíssimo manancial de quase seis séculos de actuação ultramarina dos Portugueses somente o trânsito negreiro no Atlântico, procurando apresentá-lo como a herança definitiva legada à posteridade humana da Expansão e do Império.



A história anti-Portuguesa redige-se, algumas vezes, com recurso à pura e simples mentira. Na grande maioria destes casos, o leitor ou o ouvinte consciencioso poderá desalojar um livro de historiografia séria da sua estante, ou da prateleira de qualquer biblioteca pública nas proximidades, e prevenir-se contra a fraude. Porém, a história anti-Portuguesa é quase sempre produzida por métodos mais subtis. Em breve, mas significativo ensaio, “Catholic Truth in History”, Hilaire Belloc descreveu os modos pelos quais na Inglaterra protestante se forjavam tratados e manuais anti-Católicos. Os métodos da historiografia anti-Católica que Belloc examina são aplicáveis a qualquer pessoa ou colectividade cuja história, e identidade, se queira deformar para qualquer propósito, e também se encontram na historiografia anti-Portuguesa, o que qualquer escrutinador será capaz de detectar, uma vez apercebida a natureza de tais procedimentos.



A história anti-Portuguesa começa a gerar-se na selecção dos materiais. Qualquer narrativa impõe uma selecção dos factos a mencionar. As crónicas dos feitos humanos oferecem-nos um oceano de sucessos, personalidades e contextos, entre o qual é necessário peneirar o que se julga dever ficar registado. Assim, a selecção do material pode fazer-se de modo a que a verdade seja obnubilada, ainda que cada facto que se apresente seja verdadeiro. A história anti-Portuguesa selecciona somente entre os anais da Expansão e do Império aquilo que oferece um retrato escabroso do nosso empreendimento colectivo.



O tom do narrador é sempre elemento não desprezível de qualquer obra de historiografia. O tom anti-Português empregará a ironia para com os nossos maiores feitos, usará das palavras mais fortes e emocionais para descrever os abusos verificados, introduzirá expressões de insinuadora ambiguidade em parágrafos onde competiria imperar o rigor descritivo.



Por fim, a proporção escolhida entre as diversas partes da narrativa concorre para completar um retrato mentiroso na historiografia anti-Portuguesa. Dois historiadores podem seleccionar o mesmo conjunto de factos a tratar nas suas obras. Mas a dimensão e a ênfase que conferem a cada um dos factos, a ordem em que estes são postos na narrativa, impressionam de forma diversa, mais favorável ou prejudicial, o leitor. O que historia contra Portugal não hesitará em desamarrar a pena, que navega à bolina do seu ódio, para relatar, com pormenores grotescos, o que de infame existir para ser publicado sobre o nosso passado imperial.



A história da expansão ultramarina de Portugal, como um todo e nas suas partes, tem sido objecto destes múltiplos métodos de ocultar e deformar a verdade histórica. Mais recentemente, aproveitando o ímpeto projectado desde o estrangeiro, a historiografia anti-Portuguesa tem-se empenhado em reduzir a história da Expansão e do Império ao tráfico negreiro, aos abusos praticados sobre os nativos americanos e africanos, às razias e à guerra. Ainda que quaisquer alegações relacionadas com estes eventos, em si mesmas, sejam verdadeiras, e em muitos casos não o são, a exposição que com eles se constrói da história de Portugal é falsa. Excluídos ficam os decisivos contributos de Portugal para o progresso da Humanidade: a vitória sobre a distância, a fundação de um verdadeiro mercado mundial, a difusão de tecnologia, a revolução alimentar… Em suma, o pioneirismo na globalização, a tomada da posse da Terra pela Humanidade, dos quais todos, hoje, em maior ou menor grau, gozamos os frutos, desconhecidos dos antigos durante milénios.



No próximo texto de história anti-Portuguesa que encontrar, o estimado leitor poderá, olhando à selecção, ao tom, à proporção usadas, apontar exactamente onde é que está a mentira.

Hugo Dantas 

 

in  Nova Portugalidade

Fonte:

https://www.facebook.com/novaportugalidade/photos/a.1719853741606319/2869566186635063/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:55

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Domingo, 23 de Agosto de 2020

Um novo fascismo espreita em Portugal, enquanto o Povo dorme…

 

Tudo o que se lê no texto, que mais abaixo é reproduzido, é uma verdade que ainda hoje podemos encontrar em determinados "esconderijos" de Portugal, de que ninguém tem ordem para esmiuçar.

 

Um novo fascismo espreita. Uma nova ditadura impõe-se sorrateiramente. Quem acha que vive numa democracia engana-se. Estão adormecidos. Acordem, porque ditaduras de esquerda e de direita vão dar ao mesmo.

 

Não se iludam.

 

Em Democracia, o POVO é quem mais ordena. E no actual regime quem ordena são uns pequenos ditadores com pretensão de chegar a grandes. E o povinho vai dormindo, enquanto a caravana da nova ditadura vai passando, cantando e rindo, levada, levada sim, pela letargia de um povo que ressona de olhos abertos, olhos que apenas olham e nada vêem...

Isabel A. Ferreira

 

Sigmar Gabriel.png

 

«Tão felizes que nós éramos

 

Por Clara Ferreira Alves, num texto publicado no Expresso, em 18/03/2017


Anda por aí gente com saudades da velha Portugalidade. Saudades do nacionalismo, da fronteira, da ditadura, da guerra, da PIDE, de Caxias e do Tarrafal, das cheias do Tejo e do Douro, da tuberculose infantil, das mulheres mortas no parto, dos soldados com madrinhas de guerra, da guerra com padrinhos políticos, dos caramelos espanhóis, do telefone e da televisão como privilégio, do serviço militar obrigatório, do queres fiado toma, dos denunciantes e informadores e, claro, dessa relíquia estimada que é um aparelho de segurança.


Eu não ponho flores neste cemitério.


Nesse Portugal toda a gente era pobre com excepção de uma ínfima parte da população, os ricos. No meio havia meia dúzia de burgueses esclarecidos, exilados ou educados no estrangeiro, alguns com apelidos que os protegiam, e havia uma classe indistinta constituída por remediados.


Uma pequena burguesia sem poder aquisitivo nem filiação ideológica a rasar o que hoje chamamos linha de pobreza. Neste filme a preto e branco, pintado de cinzento para dar cor, podia observar-se o mundo português continental a partir de uma rua.


O resto do mundo não existia, estávamos orgulhosamente sós. Numa rua de cidade havia uma mercearia e uma taberna. Às vezes, uma carvoaria ou uma capelista. A mercearia vendia açúcar e farinha fiados. E o bacalhau. Os clientes pagavam os géneros a prestações e quando recebiam o ordenado. Bifes, peixe fino e fruta eram um luxo.


A fruta vinha da província, onde camponeses de pouca terra praticavam uma agricultura de subsistência e matavam um porco uma vez por ano. Batatas, pêras, maçãs, figos na estação, uvas na vindima, ameixas e de vez em quando uns preciosos pêssegos.


As frutas tropicais só existiam nas mercearias de luxo da Baixa. O ananás vinha dos Açores no Natal e era partido em fatias fininhas • para render e encharcado em açúcar e vinho do Porto para render mais.


Como não havia educação alimentar e a maioria do povo era analfabeta ou semianalfabeta, comia-se açúcar por tudo e por nada e, nas aldeias, para sossegar as crianças que choravam, dava-se uma chucha embebida em açúcar e vinho. A criança crescia com uma bola de trapos por brinquedo, e com dentes cariados e meia anã por falta de proteínas e de vitaminas. Tinha grande probabilidade de morrer na infância, de uma doença sem vacina ou de um acidente por ignorância e falta de vigilância, como beber lixívia. As mães contavam os filhos vivos e os mortos era normal. Tive dez e morreram-me cinco.


A altura média do homem lusitano andava pelo metro e sessenta nos dias bons. Havia raquitismo e poliomielite e o povo morria cedo e sem assistência médica. Na aldeia, um João Semana fazia o favor de ver os doentes pobres sem cobrar, por bom coração.


Amortalhado a negro, o povo era bruto e brutal. Os homens embebedavam-se com facilidade e batiam nas mulheres, as mulheres não tinham direitos e vingavam-se com crimes que apareciam nos jornais com o título ‘Mulher Mata Marido com Veneno de Ratos’.


A violação era comum, dentro e fora do casamento, o patrão tinha direito de pernada, e no campo, tão idealizado, pais e tios ou irmãos mais velhos violavam as filhas, sobrinhas e irmãs. Era assim como um direito constitucional. Havia filhos bastardos com pais anónimos e mães abandonadas que se convertiam em putas.


As filhas excedentárias eram mandadas servir nas cidades. Os filhos estudiosos eram mandados para o seminário. Este sistema de escravatura implicava o apartheid.


Os criados nunca dirigiam a palavra aos senhores e viviam pelas traseiras.


O trabalho infantil era quase obrigatório porque não havia escolaridade obrigatória. As mulheres não frequentavam a universidade e eram entregues pelos pais aos novos proprietários, os maridos.


Não podiam ter passaporte nem sair do país sem autorização do homem. A grande viagem do mancebo era para África, nos paquetes da guerra colonial. Aí combatiam por um império desconhecido.


A grande viagem da família remediada ao estrangeiro era a Badajoz, a comprar caramelos e castanholas. A fronteira demorava horas a ser cruzada, era preciso desdobrar um milhão de autorizações, era-se maltratado pelos guardas e o suborno era prática comum.


De vez em quando, um grande carro passava, de um potentado veloz que não parecia sujeitar se à burocracia do regime que instituíra uma teoria da excepção para os seus acólitos. O suborno e a cunha dominavam o mercado laboral, onde não vigorava a concorrência e onde o corporativismo e o capitalismo rentista imperavam. Salazar dispensava favores a quem o servia.


Não havia liberdade de expressão e o lápis da censura aplicava-se a riscar escritores, jornalistas, artistas e afins. Os devaneios políticos eram punidos com perseguição e prisão. Havia presos políticos, exilados e clandestinos. O serviço militar era obrigatório para todos os rapazes e se saíssem de Portugal depois dos quinze anos aqui teriam de voltar para apanhar o barco da soldadesca.


A fé era a única coisa que o povo tinha e se lhe tirassem a religião tinha nada. Deus era a esperança numa vida melhor. Depois da morte, evidentemente.»


Fonte:

https://estatuadesal.com/2017/03/18/tao-felizes-que-nos-eramos/?fbclid=IwAR33GbwA4mlJ_9FTnfDF1HLGPuZrvHV9NR0WumnbUPKK4vMp-cbmcCwsouc

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:54

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Segunda-feira, 2 de Março de 2020

«Só a inércia e a cobardia política permitem a sobrevivência do Acordo Ortográfico»

 

(Algumas considerações ao redor do malfadado AO90, ao cuidado daqueles que, contra todos os pareceres desfavoráveis, assentes na racionalidade, teimam, autoritária e cobardemente, em insistir no monumental erro que foi trocar a grafia portuguesa, pela grafia brasileira, aviltando, desse modo, a Língua Portuguesa, como se ela fosse algo de somenos importância para Portugal).

 

Manuel (Matos) Monteiro, revisor linguístico, escritor e formador, uma das vozes mais dinâmicas contra o Acordo Ortográfico de 1990, a propósito do seu mais recente livro intitulado "Sobre o Politicamente Correcto" (Editora Objectiva), disse o seguinte, numa entrevista à Revista Sábado (06/02/2020), a quem pediu que nas suas respostas não fosse aplicado o AO90:

 «Não conheço uma matéria tão consensual da esquerda à direita, da percepção popular a quem estudou fundamente o assunto, a linguistas, escritores, intelectuais, tradutores, revisores, jornalistas: o Acordo é uma merda. Falhou em todos os seus propósitos [...]  Só a inércia e a cobardia política permitem a sobrevivência do Acordo Ortográfico.»

 

Manel.png

 

(Um livro cuja leitura recomendo vivamente. Substituam o telemóvel pelos livros e LEIAM, porque, no nosso país, o que faz falta é LER).

 

***

Portugal é um país cheio de gente frouxa, comodista, seguidista, servilista, bajuladora, sem espírito crítico, e com um povo maioritariamente assim, como poderemos combater o regime autoritário que nos (des)governa, e nos impõe aquilo que ninguém quer, por ser absolutamente MAU?

 

Mas esta frouxidão, este comodismo, este seguidismo, este servilismo, esta bajulação, esta falta de espírito crítico, é mais antiga do que possamos imaginar. Já Eça de Queiroz o gritava aos quatro ventos, em 1871: palavra por palavra, a análise, deste que é um dos maiores estilistas da Língua Portuguesa e um inconformado social, continua actualíssima.

 

Nem a Revolução de Abril trouxe a tão ansiada evolução!

E quanto ao actual governo?  Um verdadeiro fracasso. Então? O que é necessário fazer?

 

Eça de Queiroz.jpg

 

Daí que se faça um enésimo apelo aos Professores  

 

Como todos sabemos, e basta ter um QI mínimo, o AO90 viola o direito à aprendizagem correCta da Língua Portuguesa.

 

Um direito que todas as crianças portuguesas (as maiores vítimas deste crime ortográfico) têm.

Vamos ser cúmplices deste acto criminoso?

Vamos permitir a consumação deste crime?

 

Bagão.png

 

Tudo o que nós (menos novos) fizermos para preservar a integridade da Língua Portuguesa morrerá connosco, e a nova geração ficará à deriva, arrastando atrás de si uma Língua que não lhe pertence, porque a Língua Portuguesa estará condenada à extinção, se o AO90 não se extinguir.

 

Está nas mãos (sempre esteve) dos Professores travar esta tragédia. Só eles poderão recusar-se a ensinar esta língua desenraizada, na sua forma grafada.

 

Eles podem fazê-lo. Se quiserem.

 

Os Sindicatos têm o DEVER de os apoiar numa acção de Desobediência Civil, por uma causa mais do que justa. E se não o fazem, é porque não cumprem bem a sua função.

 

E bastava que um grupo, ainda que pequeno, de professores, tivesse resistido ou resistisse agora, ainda vamos a tempo, para que a onda se agigantasse ou se agigante…

 

O que vão ensinando e a quem?

 

As crianças, que estão a aprender a ler e a escrever, o que sabem do saber da Língua? Estão a ser obrigadas a aprender algo que, em Portugal, por não ser Português, está incorreCto.

 

É como se quisessem impor novas normas à Matemática, e dissessem às crianças que dois mais dois agora passa a ser cinco. E elas, que não sabem, acreditam. E repetirão o erro ‘ad aeternum'.

 

Isto é desrespeitar o direito à aprendizagem correCta, que todas as crianças têm.

 

O que faz falta é CORAGEM para dizer NÃO a algo que compromete gravemente a Identidade Cultural Portuguesa, a Portugalidade, o Respeito pela Língua Materna.

 

Estamos em 2020, e Portugal continua a ser um país cheio de gente frouxa, comodista, seguidista, servilista, bajuladora, sem o mínimo espírito crítico como no tempo de Eça de Queiroz.

 

Diz-se por toda a parte que o País está perdido. Dizia Eça. Hoje, continuamos a dizer que o País anda perdido, sem rumo, sem rei nem roque.

 

E quando não há evolução, quem paga são os que já evoluíram e os que querem evoluir, mas não lhes é permitido. E um país assim, não é um País, é um país ainda a ser.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:37

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Segunda-feira, 4 de Janeiro de 2016

Marcelo Rebelo de Sousa: «O mundo da lusofonia tem de assumir que a liderança é do Brasil»? - Como disse senhor candidato a presidente da República Portuguesa?

 

É assim que defende Portugal e o seu maior património identitário -- a Língua Portuguesa?

 Este é um candidato naturalmente a derrubar nas próximas eleições para a Presidência da República.

 Primeiro, porque é um traidor da Pátria: aceita vender a Língua Portuguesa aos Brasileiros, o único povo de entre os que Portugal colonizou, que deslusitanizou a Língua.

 

Vamos vender ao Brasil a Língua Portuguesa.jpeg

Segundo, porque tem o prazer mórbido de se divertir com o sofrimento de seres vivos, ou seja, é um adepto fervoroso da selvajaria tauromáquica, o que não dignifica a figura de quem quer ser Presidente de uma Nação, que todos queremos civilizada e culta.

 

Marcelo nnuma tourada.jpeg

Marcelo Rebelo de Sousa é visto frequentemente a frequentar antros de selvajaria tauromáquica

 

Duas atitudes que simplesmente envergonham Portugal.

 

E uma das principais obrigações de um Presidente da República é precisamente NÃO ENVERGONHAR o país que representa.

 

Bastam estas duas nódoas negras no currículo de um candidato, para o desclassificar.

Terceiro, a liderança não pode ser do Brasil, porque a ser, seria «a "liderança" do sub-conhecimento do idioma, do falá-lo mal, do sabê-lo mal, de doutrinar os instruendos no desprezo da gramática, na exaltação da idéia do idioma brasileiro, na circulação de americanismos e de vícios», segundo Arthur Virmond de Lacerda, jurista e professor universitário brasileiro.

 

 ***

Um candidato que teve a oportunidade de evoluir, porque frequentou uma Universidade, e até se doutorou, e perdeu-a, porque não conseguiu ultrapassar as barreiras que um tempo antigo ergueu entre ele, que nasceu em 1948, com os pés virados para o passado, e o século XXI depois de Cristo.

 

Em 2008, na Biblioteca Municipal de Valongo, Marcelo Rebelo de Sousa abordou os desafios que se colocam ao livro na actualidade, e o Acordo Ortográfico de 1990, que os verdadeiros Portugueses e guardiães da Língua Portuguesa rejeitam.

 

Questionado pela plateia sobre as vantagens do AO/90 entre países lusófonos, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se a favor, defendendo que as alterações ao acordo “não são substanciais” para a Língua Portuguesa.

 

Não são substanciais?

 

Marcelo Rebelo de Sousa terá uma ideia do que está implícito neste AO/90, que mutila a Língua Portuguesa, sem dó nem piedade?

Não, não faz a mínima ideia, de outro modo não teria dito tamanha  barbaridade.

 

Marcelo referiu também que o Brasil hoje é a maior potência económica e o maior país lusófono e realçou a ideia de que «Portugal precisa mais do Brasil, do que o Brasil de Portugal».

 

Como disse senhor candidato a presidente da República de Portugal?

O Brasil até pode ser a maior potência económica do mundo, e o maior país lusófono. Mas dentre todos os países lusófonos é o que tem a taxa mais alta de analfabetismo, precisamente pela falta de um sistema educativo de qualidade, com o qual nada temos a aprender.

 

O que tem o Brasil para nos ensinar sobre a Língua que deslusitanizaram, precisamente para tentar baixar o índice de analfabetismo, que sempre caracterizou a nação brasileira, e ainda assim, sem sucesso algum?

 

Porquê esta subserviência a um país que ainda deve bastante à evolução?

 

Afirmou ainda Marcelo que o acordo tem “virtuosidades” e disse que “para Portugal conseguir lutar pela lusofonia no mundo tem de lutar por dar a supremacia ao Brasil.”

 

Que “virtuosidades” vê Marcelo Rebelo de Sousa neste AO/90 cheio de incoerências, e que em vez de unificar, desunifica a Língua e afasta os povos lusófonos?

 

Portugal não precisa de vender a sua Língua ao Brasil para lutar pela Portugalidade.

 

A Língua Portuguesa é um Património Cultural Português e não está à venda.

 

O candidato Marcelo Rebelo de Sousa está a trair a Pátria e atreve-se a pretender ser o seu representante maior? Marcelo Rebelo de Sousa presta, deste modo, um péssimo serviço ao País.

 

Que interesses obscuros terá este candidato, para defender a VENDA da Língua Portuguesa, assim, deste modo tão mesquinho?

 

Só os ignorantes aplicam oacordo ortográfico de 1990.  

 

Fonte:

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache%3AbwLjvZqzvZQJ%3Ajpn.up.pt%2F2008%2F05%2F01%2Fmarcelo-rebelo-de-sousa-o-mundo-da-lusofonia-tem-de-assumir-que-a-lideranca-e-do-brasil%2F+&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt

***

Mas se os Portugueses quiserem saber mais sobre o nível moral deste candidato a Presidente da República Portuguesa, abram os links dos textos abaixo referidos, e pasmem:

 

O aficionado e cristalino Marcelo (Rebelo de Sousa) "diestro das arenas", candidato a Presidente da República Portuguesa?  

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-aficionado-e-cristalino-marcelo-511355

 

***

Carta Aberta o Senhor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa 

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-ao-senhor-doutor-marcelo-510489

 

***

Segunda Carta Aberta ao Professor Marcelo Rebelo de Sousa

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/segunda-carta-aberta-ao-professor-585585

 

***

«Marcelo Rebelo de Sousa no Sobral apoiando a tauromaquia»

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/marcelo-rebelo-de-sousa-no-sobral-585357

 

***

Portugal não merece um Presidente da República deste nível.

 

Isabel A. Ferreira


 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2014

«A TOURADA À CORDA É TÃO ÍNTIMA QUE NEM DAMOS POR ELA DO PONTO DE VISTA INTELECTUAL…»

 

Esta frase resume o atraso mental que grassa numa ilha onde a evolução ainda não chegou, e muito menos a intelectualidade, mas mostra também o atraso civilizacional outorgado por um Governo que desconhece a importância do bom senso, numa sociedade do Século XXI d. C.

 

TOURADA À CORDA.jpg

 

Por que será que ao lermos este texto ficamos com a sensação de que estamos perante um fenómeno insólito, que acontece apenas em localidades fechadas em si mesmas, onde não entra a luz, nem o saber, nem a lucidez, nem sequer a vontade de mudar e de entrar na modernidade?

 

Por que será que a leitura deste texto nos provoca um desmedido amargo, por não vislumbrarmos uma luzinha ao fundo de um túnel, há tantos séculos desalumiado, e que parece não terminar em lado nenhum…?

 

Por que será que nos ofende o odor da podridão das palavras que se proferem sem a mínima lógica, esperando que se veja na tourada à corda algo “culturalmente válido”… a merecer a atenção da UNESCO?

 

Por que será que o Governo português, para vergonha de Portugal, mantém ainda vivo este símbolo da mentalidade primitiva que via no sacrifício de animais um modo de apaziguar os demónios da incultura que atazanavam os espíritos débeis?

 

Por que será que nenhuma autoridade, de todas as que já abordei, conseguiu dar-me uma resposta racional para a existência deste insulto à portugalidade e à dignidade de um povo?

 

É que dizerem-me que nada é afectado pela questão relativa à “legalidade dos espectáculos tauromáquicos” é o mesmo que me dizerem que os legisladores portugueses legalizam a crueldade e a violência contra animais não humanos indefesos, porque esse é o atributo maior da humanidade.

 

É urgente que as autoridades portuguesas dêem aos portugueses uma justificação lógica para tamanha agressão à inteligência dos Portugueses.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:19

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