Balanço mortal das touradas à corda realizadas em 2024
Durante o presente ano de 2024, três pessoas morreram nas touradas à corda realizadas na ilha Terceira. Os falecidos foram um homem de 58 anos, morto no dia 1 de Junho, em Angra, um homem de 52 anos, morto no dia 29 de Junho, em Porto Martins, e um homem de 62 anos, morto no dia 3 de Agosto, em São Bartolomeu dos Regatos. No entanto, poderá ter havido mais alguma morte que não tenha sido publicamente noticiada, algo que é bastante habitual, sendo também desconhecido o número de feridos graves, os quais poderão talvez ter originado algum outro falecimento.
A trágica morte de uma ou várias pessoas é infelizmente algo habitual, todos os anos, como consequência das touradas à corda realizadas na ilha Terceira. No passado ano, por exemplo, foi conhecida a morte de outra pessoa, um emigrante, numa tourada realizada durante as festas Sanjoaninas, em Angra do Heroísmo. E no balanço dos anos anteriores há quase sempre que lamentar igualmente uma ou várias mortes.
Para além dos falecidos, o número de pessoas que sofrem ferimentos graves durante as touradas à corda é também consideravelmente elevado. Segundo os dados de um recente estudo realizado no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, uma em cada dez touradas à corda acaba com um ferido grave. Destes feridos, quase todos eles, nove em cada dez, são pessoas que assistem como público às touradas. E um em cada cinco, de forma bastante significativa, são turistas que se encontram de visita na ilha.
Segundo o referido estudo, durante os anos 2018 e 2019 chegou ao serviço de urgências do hospital um total de 56 feridos graves. Entre eles, cinco pessoas com ferimentos traumáticos muito graves e uma com forte risco de morte. Como consequência disto, uma pessoa teve de ser transferida para outro hospital, seis precisaram de intervenção cirúrgica urgente em bloco operatório e três foram internadas na unidade de cuidados intensivos.
Mas a violência das touradas não afecta unicamente as pessoas. Também afecta, muito gravemente, os animais que são forçados a participar como vítimas nesta retrógrada tradição. O número de touros feridos e mortos é, todos os anos, muito elevado. Sem existirem estatísticas sobre este assunto, pode citar-se o exemplo duma tourada à corda realizada no dia 18 de Agosto do passado ano na Agualva, onde morreram quatro dos touros utilizados, um deles na própria tourada e três sacrificados posteriormente devido aos graves ferimentos sofridos. E nesta mesma freguesia, já no presente ano, outro touro morreu também em idênticas circunstâncias.
Perante esta contínua e incessante tragédia, podemos fazer a seguinte pergunta: é aceitável, em pleno século XXI, a existência de uma festa na qual morrem ou podem morrer as pessoas que participam nela? É divertido assistir às lesões, aos ferimentos graves ou à morte de pessoas?
Para além disso, pode considerar-se como uma festa acossar e maltratar reiteradamente animais com a única finalidade de divertir-se? Este ano, em Angra do Heroísmo, e não é a primeira vez que isto acontece, os participantes chegaram ao extremo de obrigar a ingerir álcool a um dos touros utilizados numa tourada.
Afinal, será que não existe mesmo outro tipo de festas, livres de toda a violência, onde ninguém tenha de lamentar a morte de um familiar e onde nenhum animal tenha de ser acossado, maltratado ou morto? Ou alguém acha que as pessoas mortas e feridas, sempre que não sejam parte da própria família, fazem necessariamente parte da diversão duma festa?
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Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
14/11/2024
O TÍTULO DO VÍDEO FOI MODIFICADO DEPOIS DE EU TER PUBLICADO O POST NO BLOGUE
Este novo título da pessoa que filmou o episódio é bastante ridículo... De facto dizer que o touro "salva" criança é forte!!! Nem se diz "poupa" ou "falha" ou deixa "escapar"... Diz-se "salva"... É claro que pode ser falta de vocabulário, mas, enfim...
De resto, vê-se bem que o touro ainda tenta apanhar a criança, só não o conseguindo porque os pastores lhe puxam a corda naquele momento preciso, o mesmo acontecendo com o homem que retira a criança da trajectória do animal! Tudo uma série de imprudências, riscos, violências, etc.
Podemos ver a sequência nos "print screens" (tipo instantâneos) que acrescento ao post.
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Quem anda à chuva é para se molhar.
A estupidez assentou arraiais em Porto Martins.
E se morrerem mulheres e crianças, o que importa isto, comparado com a “adrenalina” de TORTURAR um animal?
Ouçam o RISO dos SÁDICOS.
Mas a culpa não é deles. Coitados! Não lhes dão mais nada. Não conhecem mais nada, a não ser este divertimento de broncos.
A culpa é dos governantes que, não sendo evoluídos, não pugnam pela evolução. E o povo continua a viver num tempo pré-histórico.
Como diz a minha amiga Judite Corte-Real: «O problema destas criaturas é que lhes falta mundo, educação, cultura. A única realidade que conhecem é mesmo esta, dos costumes bárbaros, da brejeirice. Muitos, só conhecem, e mal, o mundinho onde vivem ou quanto muito foram a Badajoz comprar caramelos. Não evoluem, porque não podem. Não têm capacidade. Pararam no tempo. São uns pobres de espírito. São empedernidos, fossilizados. A única esperança é que entrem em extinção, o mais depressa possível».
Se os terceirenses tivessem vergonha na cara, atirar-se-iam todos ao mar, ou iam para uma ilha deserta e desapareceriam do mapa civilizado.
Belo cartaz turístico a Terceira oferece! Divulguem bastante para que se perceba a violência que existe na tourada à corda!!
«Foto de um touro que "desmaiou" numa tourada no Porto Martins, Ilha Terceira, Acores. E o sádico que esta ao pé dele a sorrir... Mostra bem a psicopatia destes mentecaptos! Note-se que esta foto foi retirada, à pressa, de circulação na Internet, para os anti tauromaquia não a apanharem!!!! Mas não se esqueçam que há muito boa gente, que não se manifesta, mas que não gosta e vos denuncia!!! Bandidos sem vergonha!!!» ( P. Y.)
Fonte:
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O que vemos neta imagem é o resultado de um costume bárbaro, que os terceirenses teimam em dizer que é “tradição”. Também dizem que não maltratam os animais, como se todos nós fôssemos parvos!
Pois se isto não é maltratar um animal, então o que será?
Que ideia de “bem tratar” farão os broncos que cometem tais actos?
Veja-se a expressão de regozijo sádico do parolo que está a torturar um ser vivo.
E o que mais revolta, é que as autoridades da ilha Terceira são cúmplices destes actos bárbaros, grosseiros, primitivos, coisa de criaturas que não estão no seu juízo perfeito, e deviam estar internadas num manicómio.
Demitam-se autarcas terceirenses. Não servem para gerir os destinos de um município. Deviam ser também internados, por permitirem tal demência.
Isabel A. Ferreira