É que nem me tem apetecido falar da politicagem que anda por aí...
Da Política
A política em Portugal anda pelas ruas da amargura.
Aquelas cenas no Parlamento Português, no dia 11 de Março de 2025, aquando da votação da Moção de Confiança ao XXIV Governo Constitucional foi... foi... foi... não existem palavras para classificar tal coisa. O que seria aquilo?
Não há cargo político algum, em Portugal, que não tenha sido manchado pela falta de lucidez de quem o ocupa, obviamente com raríssimas excepções.
Os bons recolhem-se, com medo de se transformarem em maus, porque o PODER corrompe, e digo isto com conhecimento de causa. Lidei durante quase 30 anos com políticos, com autarcas, com presidentes, com deputados, e quando o Jornal me mandava cobrir um acontecimento com discursos de políticos, eu escrevia o discurso antes de ir para as ocorrências, para adiantar serviço. Se houvesse alguma novidade era só introduzi-la no que eu havia escrito. Se não houvesse, os discursos estavam prontos para seguir para a redacção do Jornal. Sabia aquele blá-blá-blá político de cor e salteado. Sempre o mesmo, sempre a ausência do interesse pelos interesses do País e dos Portugueses.
E isso não mudou.
Vivemos tempos vazios de valores e cheios de sombras.
Até quando?
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Quando me perguntaram se Luís Montenegro vai ou não deixar de ser primeiro-ministro, não sei, mas uma coisa eu sei: Portugal precisa de sangue novo no Parlamento, aliás, precisa de sangue novo em todos os cargos políticos, do mais elevado ao menos elevado.
Nenhum dos que pretendem candidatar-se à fantochada das próximas eleições legislativas devia poder candidatar-se. Já demonstraram a sua incompetência, a sua falta de lucidez e bom senso, o estarem-se nas tintas para os interesses de Portugal e dos Portugueses. O que lhes interessa é o PODER pelo PODER, é alimentar o próprio ego, é de ver quem consegue chegar mais alto, ainda que para isso tenha de sacrificar o País.
Comportam-se como uns parasitas, que sugam o sangue, suor e lágrimas dos Portugueses e dos pobres imigrantes que para aqui vêm iludidos com a “terra prometida, onde escorre leite e mel”, porque os há ricos e a usufruir de privilégios, à custa dos nossos impostos.
Isto das eleições é vira o disco e toca o mesmo, e os Portugueses já estão fartos de ver as mesmas caras, os mesmos discursos vazios, dos que querem abancar-se em São Bento, para lutarem pelos seus próprios interesses, e pelos interesses dos lobbies que representam.
Não direi que não haja políticos honrados, dignos de ocuparem os cargos mais altos da governação portuguesa. Porém, onde estarão, que não os vejo? Dos que estiveram no Poder nos últimos anos, e principalmente àqueles a quem dirigi cartas abertas e privadas, no meu estilo impecável [devo acrescentar que, conforme as circunstâncias, tenho vários estilos de escrita, e se me dirijo aos governantes, obviamente, sempre fui impecável] e nenhum, nenhum teve a hombridade de, como é da prática democrática, responder às questões que uma cidadã que paga impostos e cumpre os seus deveres cívicos, lhes pôs, levando-me a deduzir que não tinham respostas para perguntas tão incisivas. Como poderiam dizer-me que não estavam interessados no que aos Portugueses interessava?
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Do AO90
Um cidadão escreveu-me a dizer que existem maneiras de acabar com o nefasto acordo ortográfico de 1990 [algo que está a provocar a perda da identidade portuguesa], por exemplo: substituir os políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses. O que pensava sobre isto?
Respondi-lhe o seguinte:
Que existem maneiras de acabar com o nefasto AO90 é algo que se vê a olho nu, mas nem todos os que podem, querem e mandam têm a capacidade de ver a olho nu, precisando de uma lupa gigante para ver o que está diante do nariz deles, e como não têm lupa...
Como diz, uma das maneiras para nos livrarmos do “abortográfico” talvez possa passar pela substituição dos políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses, porém, não me parece que haja gente que possa substituir tantos apátridas de uma só vez. A via mais natural e mais fácil passa pelo presidente da República, que tem o DEVER de cumprir a Constituição da República Portuguesa, conforme prometeu na tomada de posse do cargo, e os parlamentares cumprirem a lei vigente, que obriga à grafia de 1945.
Como não temos uma justiça que possa levar à barra do tribunal quem NÃO cumpre a Constituição e a Lei, temos o que temos: um país sem rei nem roque, sem Língua e sem rumo.
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Da crueldade sobre animais não-humanos
O mesmo cidadão diz-me que são precisas pessoas influentes na luta contra as touradas, a caça, a pesca desportiva, o tiro aos pombos, as corridas de galgos, a pesca submarina, o uso de animais em experiências laboratoriais, as corridas de cavalos, o abate de pintainhos em empresas de produção de ovos, o corte dos cornos das vacas em empresas de produção de leite, os abates rituais hallal e koscher de bovinos, caprinos e ovinos, a "matança" do porco, o uso de animais em circos, o uso de golfinhos em "delfinários", os jardins zoológicos, as competições de pombos correio, a venda de animais silvestres para viverem em cativeiro, o uso de animais em trabalhos rurais, o uso de bois, burros e cavalos a puxarem carroças e outros veículos, outras práticas degradantes, cruéis e humilhantes para os animais não-humanos, que não podem defender-se, estando à mercê dos TROGLODITAS, com assento na Assembleia da República, responsáveis pelas leis que permitem todas estas barbaridades. Sim, penso que essas pessoas influentes são precisas.
Porém, eu iria um pouco mais longe: também é preciso correr com todos esses trogloditas da AR, os quais são a maioria. Muitos candidatam-se APENAS para defender os vários lobbies que representam, entre eles o lobby tauromáquico, muito acarinhado por praticamente TODOS os partidos políticos, da esquerda à direita (nisto praticam as mesmas políticas) excepto o PAN e o BE, e este é contra a barbárie, mas não muito.
Enquanto houver na Assembleia da República esses trogloditas, nenhuma lei de protecção animal, englobando TODOS os animais não-humanos explorados e torturados pelo bicho-homem, poderá passar.
Para a maioria dos deputados da Nação, apenas alguns Gatos e alguns Cães (nem todos) são reconhecidos como animais a merecer protecção. Todos os outros, incluindo certos Gatos e certos Cães são considerados ervas daninhas que podem ser destruídas, sem um pingo de dó, nem piedade.
Esta questão é uma questão civilizacional. E enquanto houver trogloditas a ditar as leis, desventurados animais que tiveram a desdita de nascerem num País onde quem quer, pode e manda deve milhares de Euros à Civilização.
Isabel A. Ferreira
Devido a uma carta que recebi, tive de me deslocar nos primeiros dias de Junho passado, à cidade de Hobart, capital da Ilha South East, sob administração da Austrália.
O autor da carta, amigo antigo, solicitou a minha presença urgente na referida Ilha, uma vez que lhe garantiram somente quatro a cinco meses de vida e queria que fosse seu herdeiro de quinhentos mil euros. Antecipadamente transferiu-me a importância necessária para as deslocações e iniciei viagem, acompanhado de dois bagageiros e dois seguranças.
O meu amigo Komiscua é um homem de setenta anos, baixo, testa alta, nariz de papagaio, de olhos rasgados, orelhas curtíssimas e com dentes de tamanho mínimo, acriançados. Mas é inteligentíssimo!
Licenciado em filosofia, numa das melhores universidades da Grécia; em psicologia, no Canadá e, em sociologia, na Alemanha, Komiscua é homem simples e grande democrata, parece-me. Enriqueceu como administrador de uma empresa de electricidade, sem ter habilitação para tal! Mas é inteligente!
Chegado a sua casa, fizemos a festa possível, falamos de política, de religiões, do covi-19 em Portugal e, como não podia deixar de ser, falamos da nossa presença na União Europeia.
-- Sabes, grande amigo -- disse Komiscua -- sei que o teu país vive em crise há mais de quarenta anos. Há muitos pobres, muita sacanisse e tacanhice política, jactância, burlões etc. E eis a razão por que, desconfiando que és também um pobre de Portugal, quero fazer-te meu herdeiro. Mas o grande mal - continuou Komiscua - é que os homens inteligentes do teu país se têm recusado a exercer política em Portugal, por sempre se ter apresentado infecciosa, rapace, e, tantas vezes, políticas ingénuas e impostas.
-- Mas o povo português vota livremente e escolhe os governantes! - Interrompi-o.
“-- Isso é simplesmente fachada! Os políticos e os vossos partidos políticos, não trabalham, não têm pés nem mãos, caçam, comem e rastejam como a serpente: não se formam, não se educam, não lhes interessa o povo. São raposas à porta das capoeiras.
Nas Repúblicas como a nossa – continuou - só resulta um único estilo de democracia: sorteamos um Régulo por um ano, autoridade máxima. Depois numa roda, chamada a "Roda dos Governantes", colocamos os nomes de todos os elementos com mais de quarenta anos até aos sessenta, para serem sorteados e governar. Uma criança de oito anos, de seis em seis meses tira da Roda os nomes necessários para formarem governo e sorteamos ainda os elementos do Parlamento, que exercem por seis meses o mandato. Esta democracia avançada permite que todos tenham possibilidades de governar, uma vez que os anteriormente sorteados jamais terão possibilidades de segundo mandato. Tal sistema, inspirado, aceite e implantado (democraticamente) por mim, permite a não existência do clientelismo, do compadrio, das camarilhas, das negociatas, da fuga às obrigações, da prostituição embuçada nos serviços públicos e ministérios, etc. Neste sistema, tudo é perfeito porque todos os sorteados têm pouco tempo para serem transgressores”.
-- Mas -- interrompi. E se algum dos sorteados sair parvo ou perverso, incompetente ou madraço?
-- Bem -- respondeu Komiscua. Aqui todos ganham bem. Depois os governantes ganham por mês vinte vezes mais daquilo que ganham como empregados. Por isso o povo é exigente e, dificilmente há madraços, mentirosos ou incompetentes. Nesta Ilha, somente um género de pessoas não entra na "Roda dos Governantes: que são os loucos, uma vez que a Ilha exige homens que sirvam o povo. No teu país governam os loucos e os pretensiosos.
-- Desculpa, Komiscua, a interrupção. Mas na Ilha há presos políticos?
“- Nós cá damos absoluta prioridade aos anseios e às necessidades do povo, em primeiríssimo lugar! Temos por toda a Ilha salas de ensino com os melhores professores do mundo para falarem de todas as religiões e de todos os ideais políticos. Só que, se existir um professor que tente influenciar, obrigar ou comprar qualquer ilhéu para seguir certa religião ou ideal político, é preso.
-- Vamos lá ver, Komiscua. -- Nada disseste dos incompetentes ou madraços que possam ter sido governantes! - Interroguei.
“-- Cá na Ilha quando se provar incompetência e madracismo nesses governantes, são destituídos do lugar, comunica-se a toda a Ilha e, de seguida, são colocados nus, numa jaula de ferro bem forte, por trinta dias, na cidade mais próxima do governante defeituoso e dá-se-lhe a comida mínima dia-sim-dia-não”.
Passei três dias na Ilha do Komiscua e, durante a noite pensava na democracia local e nos conselhos dados a aplicar no meu país. Respeitei o dia e a hora da partida e, na bagagem foi guardado o cheque da herança anunciada.
Apresentado no Banco o cheque para receber, verificou-se que lhe faltava uma assinatura.
(Artur Soares – escritor d’Aldeia)
(P.S.: o autor não segue o actual acordo ortográfico).
Texto de Josefina Maller
Como poderemos falar do Futuro às nossas crianças? Ou melhor, poderemos falar do Futuro às nossas crianças? Não? Sim? Talvez, se partirmos a palavra em três. Assim teremos Fu, que é o dono do restaurante Chinês, ali da esquina; o Tu (quem és tu?); e o Ró (que devemos pronunciar com acento) que é o nome da décima sétima letra do alfabeto grego, que corresponde ao nosso R, ou se quisermos ir pouco mais longe, Ró que representa, em física, a grandeza «resistividade».
Mas do que nos interessa falar é do senhor Fu, do Tu, e do Ró. Como é que três coisas tão diferentes podem ter ligação com o Futuro? Não têm. Então, qual o interesse de falar nisto? Não interessa nada, como diz aquela senhora que nós sabemos. Então porque estou para aqui envolvida neste sarilho?
Não estou. Parece que estou, mas não estou. É um truque que aprendi com os políticos. Eles parecem que estão, mas não estão. Parecem que fazem, mas não fazem... Ao contrário, desfazem.. Parece que dizem «sim, meus queridos eleitores», mas o que querem mesmo dizer é «queriam... queriam...!», parafraseando o grande Jô Soares, aquele que fazia rir com graça, aquele que fazia graça com inteligência, aquele que com inteligência fazia humor, sem precisar de recorrer a ordinarices, como muitos que eu cá sei. Só não sei é como ainda há quem ria dessas ordinarices!
Acho que me desviei das minhas intenções primeiras. Mas quais eram as minhas intenções primeiras? Ah! Sim, dissertar sobre o senhor Fu, o Tu, e o grego Ró (entre nós Erre)! E se de repente não me apetecer dissertar? Não disserto. Esta também é uma atitude que aprendi com os políticos. Por exemplo, os políticos prometem tudo durante as campanhas eleitorais, e depois de eleitos se não lhes apetece cumprir as promessas, não cumprem. Tão simples quanto isto. E quem os obriga?
Ninguém tem essa coragem. Ai de quem tiver! Aí vai papel que não é assinado. Aí vai obra que empanca nas gavetas das secretárias dos gabinetes de quem pode, quer e manda. Aí vai perseguição por coisa nenhuma. É o tens coragem de obrigar um político a cumprir o prometido durante as campanhas eleitorais! O que pensam? Um político não é eleito (salvo raras excepções, mas estes não são políticos, são Homens, com H), mas eu dizia que um político não é eleito para resolver os problemas de uma autarquia ou da Nação! Não! Isso é o que diz o papel. E uma coisa é o que diz o papel e outra coisa é o que o político quer. E quem o impede? Nenhum poder é maior do que o Poder!
Bem, quanto ao senhor Fu, é boa pessoa. Tu, dependendo de quem és tu, também és boa pessoa. O erre, coitado! Errar é humano, dizem. Será? Podemos tentar abordar este assunto, numa outra ocasião. Mas e então quanto ao Futuro? Querem saber? Nunca fui ao Futuro. Do Futuro nada sei.
Lê-se na Wikipédia que república das bananas é um termo pejorativo para um país, normalmente latino-americano, politicamente instável, submisso a um país rico e frequentemente com um governante corrompido e opressor, revolucionário ou não.
Portugal não estará incluído totalmente nesta definição, mas anda por lá perto.
Portugal não será uma república DAS bananas, mas é com toda a propriedade a República DOS Bananas, tendo em conta que um banana é um indivíduo sem iniciativa, um indivíduo indiferente, um indivíduo que revela falta de determinação, um indivíduo que não demonstra coragem, um indivíduo servil.
E indivíduos com estas características temos que chega e sobra na governação, na política e na sociedade portuguesas. Então vejamos:
- A Constituição da República Portuguesa está a ser VIOLADA, e ninguém faz nada.
- Os políticos e governantes portugueses servem interesses alheios aos interesses dos Portugueses, e ninguém faz nada.
- Uma grande parcela dos cidadãos portugueses está a ser comida por lorpa, e ninguém faz nada.
No meio de tudo isto, algumas VOZES se levantam, mas são DESPREZADAS pelos governantes, pelos políticos e pelos cidadãos, que estão a ser comidos por lorpas, mas não se importam.
Digam-me: Portugal é ou não é uma República DOS Bananas?
Isabel A. Ferreira
A notícia pode ser lida aqui:
Na rubrica «Cartas ao Director», do Jornal Público, um cidadão escreveu uma carta com a qual concordo inteiramente, até porque a subserviência também tem limites.
A carta diz o seguinte:
«A diplomacia tem limites»
«Mas parece que não os terá. Pelo menos a avaliar pelo comportamento dos Presidentes das Repúblicas de Portugal e do Brasil, embora com diferentes leituras por parte de cada um deles.
O nosso, Marcelo Rebelo de Sousa (MRS), ateve-se até à exaustão no dever que Portugal tinha em participar - através da presença in loco da sua pessoa/cargo - na comemoração dos 200 anos da independência do Brasil. O deles, Jair Bolsonaro (JB), atem-se ao “direito”, que reclama, de dizer e fazer tudo o que lhe apetece pois “ele é como é, pensa o que pensa e está na terra dele”. Pois é, quanto ao último, isso é com os brasileiros.
Agora o que não tem o direito é de usar o nosso Presidente da República “na lapela” para cometer todos os desmandos e este tem todo o direito e dever de não “comer e calar” como, infelizmente, fez. Foi patético assistir à feitura dum comício travestido em cerimónia de Estado, em que desde a auto-afirmação de virilidade de JB, até à adulteração da bandeira do Brasil, passando pela companhia dum celerado vestido a preceito (!), e ver a presença, na primeira fila, dum “assarapantado” MRS, que nada ouviu e nada viu.
Senhor Presidente da República do meu país, a diplomacia tem limites.
Fernando Cardoso Rodrigues, Porto
Fonte da Carta: https://www.publico.pt/2022/09/11/opiniao/opiniao/cartas-director-2020019
Fonte da imagem e do comentário de Armando Antunes (mais abaixo):
Ainda a propósito desta cena, o Armando Antunes diz o seguinte (algo que subscrevo inteiramente):
O que o Fernando Cardoso Rodrigues e o Armando Antunes escreveram corresponde ao que milhares de Portugueses, que têm os neurónios a funcionar, PENSAM (eu incluída), e, igualmente, muitos dos Portugueses das Comunidades na Diáspora, que me escrevem, manifestam a tristeza deles, a vergonha deles por serem, por aí, representados por uma personagem com um EGO do tamanho do mundo, que, no entanto, não tem brio próprio, e ainda que seja menosprezado, como já o foi por Bolsonaro, verga-se ao menor aceno que lhe façam, porque é preciso aparecer, para alimentar esse EGO.
Na verdade, todos sabemos que a diplomacia tem limites, porém, Marcelo Rebelo de Sousa não conhece esses limites.
É o único chefe de Estado do mundo que se presta a estas cenas (como sói dizer-se actualmente) e que sai todos os dias nas televisões, a comentar tudo e mais alguma coisa, o que deve e o que não deve, contudo, RECUSA-SE a responder a uma questão que, há muito, muitos portugueses lhe põem: por que é que sendo o AO90 ilegal e inconstitucional, ele, que jurou DEFENDER a Constituição da República Portuguesa, VIOLA-A tão descaradamente, e se recusa a dar uma resposta ao Povo Português, como é do seu DEVER, uma vez que se diz Chefe de um Estado de Direito, isto é, de um sistema institucional, no qual, desde o mais comum dos cidadãos, até ao PODER público, todos estão sujeitos ao império do direito, que significa que o Estado de Direito está ligado ao respeito às normas e aos direitos fundamentais. O Estado de Direito é, pois, aquele no qual até mesmo os políticos e os governantes, que são eleitos democraticamente, estão sujeitos à legislação vigente.
Sua excelência, o presidente da República Portuguesa, parece ser a excePção, porque passa por cima da Lei, viola a Constituição da República Portuguesa, e permite que o País, que diz representar, esteja a perder a sua identidade linguística, cultural e histórica, sendo, por aí, já considerado a colónia brasileira da Europa, e ainda vai para o Brasil ajudar à missa...
Isabel A. Ferreira
Se nada se fizer, daqui a cinco anos (poderá até ser menos) a Língua Portuguesa já terá desaparecido, porque os Portugueses e quem de direito, incluindo professores, pais, políticos, governantes, advogados, escritores, jornalistas, tradutores, apresentadores de televisão, artistas, juristas, enfim a sociedade mais instruída, as pessoas mais “importantes” que têm a obrigação e o dever de saber escrever bem e falar bem, não souberam lutar por ela, e a próxima geração será a geração dos analfabetos funcionais, que estarão (já estando) na cauda da Europa (como sempre estiveram).
Já em 2002, de acordo com o estudo “O futuro da Educação em Portugal”, apresentado pelo então Ministro da Cultura, Roberto Carneiro, se dizia que o nosso sistema educativo era «medíocre, quando comparado com os níveis internacionais» tendo Portugal, segundo o mesmo estudo, «um atraso de 200 anos, (…) 80% dos Portugueses não tinha mais de nove anos de escolaridade e (…) 60% da população estava satisfeita com o seu nível educativo».
Se a situação em 2002 já era péssima, e já estávamos atrasados 200 anos, desde então, as coisas pioraram substancialmente e o atraso será agora para cima de mil anos, com a introdução do AO90 e o colossal desleixo no uso da Língua nas escolas, nos livros escolares, nos livros traduzidos, nos livros publicados, na comunicação social escrita e televisionada, nas legendas de filmes, no rodapé das notícias, em todos os canais televisivos, imperando em Portugal uma agigantada iliteracia, em que estão bem evidenciadas as dificuldades na escrita, na leitura, na capacidade de interpretação do que se escreve e também na oralidade, com tantas bacoradas, de bradar aos céus, que se dizem alto… E as pessoas que lêem, ou ouvem rádio ou vêem televisão têm o direito de exigir que se escreva e se expressem num Português correCto.
Para não falar nas desventuradas crianças que foram frequentar escolasm para terem um Ensino de Qualidade, como é do direito delas, e atiraram-lhes à cara o lixo ortográfico, base de toda a comunicação e de todo o Ensino, desde o básico ao superior! Mas quando temos "peixe graúdo" como um presidente da República, um primeiro-ministro, ministros e deputados da nação a falar e a escrever tão mal, nas páginas oficiais e nas suas redes sociais, e que deveriam dar o exemplo da boa escrita e da boa oralidade, esperar o quê dos "mexilhões"? Poderiam, ao menos, ter vergonha, mas não têm.
Não é apenas na Covid-19 que Portugal ultrapassa a linha vermelha.
No Ensino da Língua Portuguesa já se ultrapassou, faz tempo, todas as linhas vermelhas possíveis e imagináveis.
Daí que seja premente que todos os Portugueses e quem de direito: professores, pais, políticos, advogados, escritores, jornalistas, tradutores, apresentadores de televisão, artistas, juristas, enfim a sociedade mais instruída, as pessoas mais “importantes” e mediáticas acordem e se unam para exigir dos governantes e do constitucionalista-mor, que é o primeiro a não cumprir a Constituição da República Portuguesa, a anulação do aberrante AO90 e a reposição da grafia de 1945, não só nas escolas, como em TUDO o que mexe com o Idioma Oficial de Portugal, além de um Ensino de Qualidade, que nos faça acompanhar os níveis europeus.
Ou somos gente que sente, ou não somos ninguém!
Ou seremos apenas fantoches nas mãos de fantocheiros, a deambular por aí, sempre a dizer que sim, que sim… ?
Isabel A. Ferreira
Saberão os adeptos do Benfica que na sua maioria são contra touradas que a candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência integra na sua comissão de honra vários tauricidas?
Ao todo são 9 e para que conste eis os seus nomes:
– António Ribeiro Telles, Diego Ventura, Francisco Palha, João Ribeiro Telles, João Ribeiro Telles Jr., Luís Rouxinol, Luís Rouxinol Jr., Rui Salvador e Filipe Gonçalves.
Simplesmente vergonhoso.
Primeiro foram os políticos agora é a tauromáfia nada que nos surpreenda afinal são todos farinha do mesmo saco e comem todos da mesma malga!
Prótouro
Pelos touros em liberdade
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Texto publicado pelo Blogue Prótouro – Pelos Touros em Liberdade, aqui:
https://protouro.wordpress.com/2020/10/08/tauromafia-infiltra-se-no-sport-lisboa-e-benfica/
Os restantes partidos foram contra.
Portugal segue de marcha-atrás.
E ainda dizem que São Bento é a Casa da Democracia!
E mataram um rei e um príncipe para acabar com o Poder a dois tempos, e implantaram a República, para continuarmos com o Poder a dois tempos e um só objectivo: arruinar Portugal.
Envergonho-me desta política e destes políticos de trazer por casa.
Isabel A. Ferreira
Foto: António Cotrim/Lusa
(Eis um texto escrito em Abril de 2015. Se o escrevesse hoje, não lhe retiraria uma vírgula. Como é triste comprovar que Portugal não anda nem desanda, há tanto tempo!)
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Portugal está em pleno retrocesso. Em tudo.
O estado da Educação, o estado da Cultura, o estado Social, o estado da Saúde, o estado do Estado é absolutamente caótico.
Qualquer dia regressamos às cavernas, porque as trevas obscurecem as mentes, ainda por evoluir, dos que conduzem o destino do país…
Almada Negreiros dizia que «Isto [Portugal] não é um país. É um sítio. E ainda por cima, mal frequentado!» Como estava certo, Almada Negreiros, que viveu entre 1893 e 1970.
O País anda chocado com a violência contra crianças de tenra idade que são barbaramente assassinadas pelos seus progenitores ou por quem tem à sua guarda a vida dessas crianças.
O País anda chocado com a onda de violência doméstica cometida por indivíduos que se entregam ao álcool, na maioria caçadores que, escasseando a caça nos matos, têm de dar gosto ao dedo no gatilho, e vingam-se nas crianças, nas mulheres e nos idosos, o elo mais fraco de uma sociedade assente na prática consentida da violência e da crueldade contra seres vivos. Qualquer ser vivo que viva.
A violência dessa gente é treinada nos animais indefesos que o governo português exclui do Reino Animal, considerando-os “coisas” que podem ser torturadas com crueldade.
(E isto não sou eu que afirmo).
Os progenitores são responsáveis por 45% dos maus tratos às crianças. Dizem as estatísticas.
As comissões de protecção de menores não funcionam. Dizem que não têm verbas, mas as verbas existem, por exemplo, quando se trata de patrocinar as chamadas “escolas” de toureio, antros de violência que transformarão essas crianças nos monstros do futuro. Este é um tipo de maus tratos psicológicos que trará graves consequências para a saúde mental dessas crianças.
E quem se importa? As crianças não votam...
Todo o ser humano que exercer crueldade, mais tarde vai vivenciar em si toda a crueldade que exerceu. Que não haja dúvidas sobre isso!
A política portuguesa de educação é pobre. É dirigida a um conhecimento infrutuoso, que não serve para a vida. É ministrada como se as crianças, os adolescentes e os jovens fossem muito estúpidos. E mais empobrecida ficou com a imposição ilegal do AO90, que empobreceu a Língua Portuguesa, atirando-a para a valeta e fabricando milhares de analfabetos funcionais.
A Educação Cívica deveria ser obrigatória, a começar pelos políticos que não sabem o que isso é.
Vivemos numa sociedade com gente muito insólita a deambular por aí, sem o mínimo sentido do SER.
No nosso país, civismo, evolução, cultura culta e ética são palavrões obscenos, impronunciáveis, e dos quais os políticos evitam falar.
Nunca tivemos tanta corrupção em Portugal.
É porta sim, porta sim...
Um mal que afecta essencialmente a gente chamada "graúda". E eu pergunto-me: porquê? Esses “graúdos” passarão fome? Passarão sede? Dormirão debaixo da ponte? Precisarão assim tanto de se corromperem?
E pensar que quando morrerem nada levarão com eles a não ser o esqueleto e aquilo que são (ou foram enquanto vivos!) ou seja NADA, e disso terão de prestar contas ao Poder Cósmico.
Portugal não evoluiu. Fez-se muitos progressos tecnológicos. Porém, as mentalidades, na generalidade, ficaram especadas num passado, já muito passado, a cair de podre.
Sempre existiram no mundo mentes brilhantes. Desde a Idade da Pedra.
Se hoje podemos andar de automóvel, é graças a alguém que num tempo muito, muito recuado, inventou a roda.
Mas ainda hoje, continuamos a ter escravos, a fazer guerras em nome de deuses, a praticar crimes contra a Natureza, contra os animais humanos, mas também não-humanos, contra a Humanidade, contra as Crianças, contra as Mulheres, contra os Velhos...
Enfim, hoje, deslocamo-nos de avião, mas existem muitas mulheres que ainda morrem esfaqueadas e baleadas pelos próprios maridos, e crianças assassinadas por quem as gerou.
E a prática da violência e da crueldade tem legislação, em Portugal.
Isabel A. Ferreira
Tal como um Dom Quixote há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… muitas vezes com êxito, outras, nem por isso.
Em 2016, escrevi o texto que aqui hoje reproduzo, porque já naquele tempo eu pressentia um mundo a vir, povoado por algo que não podia ainda imaginar.
Hoje, que o mundo anda virado do avesso, devido a uma essência invisível, mais poderosa do que o mais poderoso dos homens, repito essas palavras, escritas com desalento, mas mantendo a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…
É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016 [leia-se 2020].
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.
Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.
Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...
Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.
O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.
Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.
E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.
(Origem da imagem)
http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html
Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…
Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.
Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.
Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.
Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.
Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…
É verdade!
Mas que motivos terei eu para ser optimista?
… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…
Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!
Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…
Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.
Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…
Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?
Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …
Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.
E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/no-entanto-mantenho-a-esperanca-de-608100