É que nem me tem apetecido falar da politicagem que anda por aí...
Da Política
A política em Portugal anda pelas ruas da amargura.
Aquelas cenas no Parlamento Português, no dia 11 de Março de 2025, aquando da votação da Moção de Confiança ao XXIV Governo Constitucional foi... foi... foi... não existem palavras para classificar tal coisa. O que seria aquilo?
Não há cargo político algum, em Portugal, que não tenha sido manchado pela falta de lucidez de quem o ocupa, obviamente com raríssimas excepções.
Os bons recolhem-se, com medo de se transformarem em maus, porque o PODER corrompe, e digo isto com conhecimento de causa. Lidei durante quase 30 anos com políticos, com autarcas, com presidentes, com deputados, e quando o Jornal me mandava cobrir um acontecimento com discursos de políticos, eu escrevia o discurso antes de ir para as ocorrências, para adiantar serviço. Se houvesse alguma novidade era só introduzi-la no que eu havia escrito. Se não houvesse, os discursos estavam prontos para seguir para a redacção do Jornal. Sabia aquele blá-blá-blá político de cor e salteado. Sempre o mesmo, sempre a ausência do interesse pelos interesses do País e dos Portugueses.
E isso não mudou.
Vivemos tempos vazios de valores e cheios de sombras.
Até quando?
***
Quando me perguntaram se Luís Montenegro vai ou não deixar de ser primeiro-ministro, não sei, mas uma coisa eu sei: Portugal precisa de sangue novo no Parlamento, aliás, precisa de sangue novo em todos os cargos políticos, do mais elevado ao menos elevado.
Nenhum dos que pretendem candidatar-se à fantochada das próximas eleições legislativas devia poder candidatar-se. Já demonstraram a sua incompetência, a sua falta de lucidez e bom senso, o estarem-se nas tintas para os interesses de Portugal e dos Portugueses. O que lhes interessa é o PODER pelo PODER, é alimentar o próprio ego, é de ver quem consegue chegar mais alto, ainda que para isso tenha de sacrificar o País.
Comportam-se como uns parasitas, que sugam o sangue, suor e lágrimas dos Portugueses e dos pobres imigrantes que para aqui vêm iludidos com a “terra prometida, onde escorre leite e mel”, porque os há ricos e a usufruir de privilégios, à custa dos nossos impostos.
Isto das eleições é vira o disco e toca o mesmo, e os Portugueses já estão fartos de ver as mesmas caras, os mesmos discursos vazios, dos que querem abancar-se em São Bento, para lutarem pelos seus próprios interesses, e pelos interesses dos lobbies que representam.
Não direi que não haja políticos honrados, dignos de ocuparem os cargos mais altos da governação portuguesa. Porém, onde estarão, que não os vejo? Dos que estiveram no Poder nos últimos anos, e principalmente àqueles a quem dirigi cartas abertas e privadas, no meu estilo impecável [devo acrescentar que, conforme as circunstâncias, tenho vários estilos de escrita, e se me dirijo aos governantes, obviamente, sempre fui impecável] e nenhum, nenhum teve a hombridade de, como é da prática democrática, responder às questões que uma cidadã que paga impostos e cumpre os seus deveres cívicos, lhes pôs, levando-me a deduzir que não tinham respostas para perguntas tão incisivas. Como poderiam dizer-me que não estavam interessados no que aos Portugueses interessava?
***
Do AO90
Um cidadão escreveu-me a dizer que existem maneiras de acabar com o nefasto acordo ortográfico de 1990 [algo que está a provocar a perda da identidade portuguesa], por exemplo: substituir os políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses. O que pensava sobre isto?
Respondi-lhe o seguinte:
Que existem maneiras de acabar com o nefasto AO90 é algo que se vê a olho nu, mas nem todos os que podem, querem e mandam têm a capacidade de ver a olho nu, precisando de uma lupa gigante para ver o que está diante do nariz deles, e como não têm lupa...
Como diz, uma das maneiras para nos livrarmos do “abortográfico” talvez possa passar pela substituição dos políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses, porém, não me parece que haja gente que possa substituir tantos apátridas de uma só vez. A via mais natural e mais fácil passa pelo presidente da República, que tem o DEVER de cumprir a Constituição da República Portuguesa, conforme prometeu na tomada de posse do cargo, e os parlamentares cumprirem a lei vigente, que obriga à grafia de 1945.
Como não temos uma justiça que possa levar à barra do tribunal quem NÃO cumpre a Constituição e a Lei, temos o que temos: um país sem rei nem roque, sem Língua e sem rumo.
***
Da crueldade sobre animais não-humanos
O mesmo cidadão diz-me que são precisas pessoas influentes na luta contra as touradas, a caça, a pesca desportiva, o tiro aos pombos, as corridas de galgos, a pesca submarina, o uso de animais em experiências laboratoriais, as corridas de cavalos, o abate de pintainhos em empresas de produção de ovos, o corte dos cornos das vacas em empresas de produção de leite, os abates rituais hallal e koscher de bovinos, caprinos e ovinos, a "matança" do porco, o uso de animais em circos, o uso de golfinhos em "delfinários", os jardins zoológicos, as competições de pombos correio, a venda de animais silvestres para viverem em cativeiro, o uso de animais em trabalhos rurais, o uso de bois, burros e cavalos a puxarem carroças e outros veículos, outras práticas degradantes, cruéis e humilhantes para os animais não-humanos, que não podem defender-se, estando à mercê dos TROGLODITAS, com assento na Assembleia da República, responsáveis pelas leis que permitem todas estas barbaridades. Sim, penso que essas pessoas influentes são precisas.
Porém, eu iria um pouco mais longe: também é preciso correr com todos esses trogloditas da AR, os quais são a maioria. Muitos candidatam-se APENAS para defender os vários lobbies que representam, entre eles o lobby tauromáquico, muito acarinhado por praticamente TODOS os partidos políticos, da esquerda à direita (nisto praticam as mesmas políticas) excepto o PAN e o BE, e este é contra a barbárie, mas não muito.
Enquanto houver na Assembleia da República esses trogloditas, nenhuma lei de protecção animal, englobando TODOS os animais não-humanos explorados e torturados pelo bicho-homem, poderá passar.
Para a maioria dos deputados da Nação, apenas alguns Gatos e alguns Cães (nem todos) são reconhecidos como animais a merecer protecção. Todos os outros, incluindo certos Gatos e certos Cães são considerados ervas daninhas que podem ser destruídas, sem um pingo de dó, nem piedade.
Esta questão é uma questão civilizacional. E enquanto houver trogloditas a ditar as leis, desventurados animais que tiveram a desdita de nascerem num País onde quem quer, pode e manda deve milhares de Euros à Civilização.
Isabel A. Ferreira
Lê-se na Wikipédia que república das bananas é um termo pejorativo para um país, normalmente latino-americano, politicamente instável, submisso a um país rico e frequentemente com um governante corrompido e opressor, revolucionário ou não.
Portugal não estará incluído totalmente nesta definição, mas anda por lá perto.
Portugal não será uma república DAS bananas, mas é com toda a propriedade a República DOS Bananas, tendo em conta que um banana é um indivíduo sem iniciativa, um indivíduo indiferente, um indivíduo que revela falta de determinação, um indivíduo que não demonstra coragem, um indivíduo servil.
E indivíduos com estas características temos que chega e sobra na governação, na política e na sociedade portuguesas. Então vejamos:
- A Constituição da República Portuguesa está a ser VIOLADA, e ninguém faz nada.
- Os políticos e governantes portugueses servem interesses alheios aos interesses dos Portugueses, e ninguém faz nada.
- Uma grande parcela dos cidadãos portugueses está a ser comida por lorpa, e ninguém faz nada.
No meio de tudo isto, algumas VOZES se levantam, mas são DESPREZADAS pelos governantes, pelos políticos e pelos cidadãos, que estão a ser comidos por lorpas, mas não se importam.
Digam-me: Portugal é ou não é uma República DOS Bananas?
Isabel A. Ferreira
Uma perspectiva sobre o insucesso nas eleições.
É do senso comum que a política em Portugal está a ser exercida, na sua generalidade, sem dignidade, sem honestidade, sem ética, sem a mínima vergonha na cara, não servindo os interesses prioritários dos Portugueses. É uma política essencialmente lobista. Mente-se descaradamente. Prometem-se mundos e fundos, que nunca são cumpridos. São todos abraços e beijos antes das eleições, e depois das eleições são xutos e pontapés, quando, democraticamente, exigimos, até porque somos nós que lhes pagamos os salários, que se cumpram direitos consignados na Constituição da República Portuguesa, os quais são deliberadamente desprezados porque não vão ao encontro dos interesses políticos dos políticos.
Assim sendo, as populações tendem a afastar-se da farsa eleitoral.
E o que é necessário fazer, para recuperar a confiança nos nossos políticos?
Desta vez passou-se um cartão quase-vermelho ao Partido Socialista, e um vermelho ao Partido Comunista (CDU) que, para o gosto dos comunistas, pende demasiado para o lado socialista, e isto paga-se nas eleições. Não querem deixar de ser um partido troglodita, para não perder votos nas terrinhas trogloditas, e perdem mais do que ganham, com tal atitude.
Outra coisa horrível, que afasta, pelo menos os cidadãos mais instruídos, é a linguagem utilizada pelos que se apresentam a votos.
É preciso que tenham a noção de que FALAR CORRECTAMENTE é meio caminho andado, seja para que lado for, e passar a mensagem requerida. E ai!!!!! como se falou mal nesta campanha eleitoral autárquica! palavras mal pronunciadas, que reámente nos deixam mal. E houve muitos que "tiveram" ali e acolá, sem o menor pejo. E uma quantidade mais de coisas destas. Quem pode confiar em quem assim fala?
Mas quando vemos António Costa, primeiro-ministro de Portugal, a dizer (dando um péssimo exemplo) “todas e todos”, “portuguesas e portugueses”, “elas e eles”, e dirigir-se apenas aos CIDADÃOS (então e as cidadãs não são para aqui chamadas?) numa clara verbosidade incoerente, é de bradar aos céus, com a ignorância que demonstra, sobre a Língua oficial do País que representa.
Os dos outros partidos, principalmente do BE e PAN são outra desgraça, com este linguajar pervertido, que não eleva as mulheres, não leva a lado nenhum, e só os desprestigia. E tudo isso, pode também pagar-se nas eleições. Porque a pergunta é esta: valerá a pena investir em políticos que não sabem falar nem escrever correCtamente? Terão eles alguma coisa de útil a dar-nos?
É óbvio que não votar é dar poder ao Poder instalado. Não votar é fazer o jogo de quem não quer mudanças. Não votar é manter o “statu quo”. Não votar é regressar ao passado. Não votar é a única via para manter a corrupção.
O ideal é que todos os eleitores inscritos fossem a votos e ousassem votar na MUDANÇA, quando vissem que a mudança tinha asas para trazer vantagens à governação do Páis.
É óbvio que há candidatos mais preparados do que outros, mais honestos do que outros, mais dignos do que outros, menos mentirosos do que outros, mas nem todos os eleitores conseguem separar o trigo do joio, e amedrontam-se. Então, ou votam nos que já conhecem, ou não votam.
Poucos são os que ousam votar na mudança.
Os cidadãos (não é necessário dizer “e cidadãs”, porque cidadãos significa um GRUPO de PESSOAS) precisam de acreditar no que os políticos dizem.
Eu, por exemplo, não acredito sequer numa palavra que os políticos, instalados no Parlamento, principalmente os tiranossauros, aqueles que fazem do Parlamento a sua sala-de-estar, dizem. Nenhuma.
Mas eu votei. Votei na mudança. Nos mais novos, porque há que deixar entrar AR FRESCO na política, que já cheira a mofo.
BASTA de tiranossauros!
Mas o principal e o mais urgente é DIGNIFICAR o exercício da POLÍTICA.
Pela frente temos um novo período de quatro anos. Veremos o que acontece.
E, já agora, Dr. António Costa, nesta campanha política, apesar de ter tirado a gravata, notou-se que foi o primeiro-ministro que andou por aí a prometer mundos e fundos, com fundos que não eram para ali chamados. E essas, e muitas outras coisas, pagam-se nas eleições.
E são coisas como essas, entre outras pior do que essas, que desprestigiam a Política e os políticos em Portugal.
Isabel A. Ferreira
Os restantes partidos foram contra.
Portugal segue de marcha-atrás.
E ainda dizem que São Bento é a Casa da Democracia!
E mataram um rei e um príncipe para acabar com o Poder a dois tempos, e implantaram a República, para continuarmos com o Poder a dois tempos e um só objectivo: arruinar Portugal.
Envergonho-me desta política e destes políticos de trazer por casa.
Isabel A. Ferreira
Foto: António Cotrim/Lusa
Desde que Guerra Junqueiro escreveu o texto lapidar, abaixo publicado, já se passaram 124 anos.
O que mudou em Portugal?
Não direi que todo o Povo continue, hoje, imbecilizado. Não! Muitos evoluíram, mas não tanto quanto seria necessário para tornar Portugal um país civilizado e culto.
A burguesia é que continua cívica e politicamente corrupta até à medula. E a classe política, alinha por essa bitola (com raríssimas excepções, tão raras que nem damos conta delas).
Lamentavelmente a mentalidade não avança à velocidade do som. E o progresso nem sempre é sinónimo de evolução.
Actualmente, Portugal vive tempos de um obsceno retrocesso. E, por causa disso, está a afastar-se de si mesmo. Qualquer dia não sobra nada que nos faça lembrar que Portugal é um país ibérico e europeu, fundado por Dom Afonso Henriques. Um Portugal português.
Entretanto, dois partidos (que se dizem) políticos, sem ideias e sem vergonha, vão se revezando no poder, afundando Portugal na gosma que outros por cá vão largando…
E pensar que a Política é a Ciência do Governo das Nações!
E pensar que, por cá, ela é simplesmente um trampolim para se chegar aos lugares de topo, que garantirão uma boa vida para o resto da vida!
É ô né?
Isabel A. Ferreira
Um texto tão, mas tão, mas tão actual, que até nos assusta!
«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.
Guerra Junqueiro, in 'Pátria (1896)»
Fonte:
https://www.facebook.com/ParaPortuguesLer/photos/a.661589607209479/3073520462683036/?type=3&theater
(Eis um texto escrito em Abril de 2015. Se o escrevesse hoje, não lhe retiraria uma vírgula. Como é triste comprovar que Portugal não anda nem desanda, há tanto tempo!)
***
Portugal está em pleno retrocesso. Em tudo.
O estado da Educação, o estado da Cultura, o estado Social, o estado da Saúde, o estado do Estado é absolutamente caótico.
Qualquer dia regressamos às cavernas, porque as trevas obscurecem as mentes, ainda por evoluir, dos que conduzem o destino do país…
Almada Negreiros dizia que «Isto [Portugal] não é um país. É um sítio. E ainda por cima, mal frequentado!» Como estava certo, Almada Negreiros, que viveu entre 1893 e 1970.
O País anda chocado com a violência contra crianças de tenra idade que são barbaramente assassinadas pelos seus progenitores ou por quem tem à sua guarda a vida dessas crianças.
O País anda chocado com a onda de violência doméstica cometida por indivíduos que se entregam ao álcool, na maioria caçadores que, escasseando a caça nos matos, têm de dar gosto ao dedo no gatilho, e vingam-se nas crianças, nas mulheres e nos idosos, o elo mais fraco de uma sociedade assente na prática consentida da violência e da crueldade contra seres vivos. Qualquer ser vivo que viva.
A violência dessa gente é treinada nos animais indefesos que o governo português exclui do Reino Animal, considerando-os “coisas” que podem ser torturadas com crueldade.
(E isto não sou eu que afirmo).
Os progenitores são responsáveis por 45% dos maus tratos às crianças. Dizem as estatísticas.
As comissões de protecção de menores não funcionam. Dizem que não têm verbas, mas as verbas existem, por exemplo, quando se trata de patrocinar as chamadas “escolas” de toureio, antros de violência que transformarão essas crianças nos monstros do futuro. Este é um tipo de maus tratos psicológicos que trará graves consequências para a saúde mental dessas crianças.
E quem se importa? As crianças não votam...
Todo o ser humano que exercer crueldade, mais tarde vai vivenciar em si toda a crueldade que exerceu. Que não haja dúvidas sobre isso!
A política portuguesa de educação é pobre. É dirigida a um conhecimento infrutuoso, que não serve para a vida. É ministrada como se as crianças, os adolescentes e os jovens fossem muito estúpidos. E mais empobrecida ficou com a imposição ilegal do AO90, que empobreceu a Língua Portuguesa, atirando-a para a valeta e fabricando milhares de analfabetos funcionais.
A Educação Cívica deveria ser obrigatória, a começar pelos políticos que não sabem o que isso é.
Vivemos numa sociedade com gente muito insólita a deambular por aí, sem o mínimo sentido do SER.
No nosso país, civismo, evolução, cultura culta e ética são palavrões obscenos, impronunciáveis, e dos quais os políticos evitam falar.
Nunca tivemos tanta corrupção em Portugal.
É porta sim, porta sim...
Um mal que afecta essencialmente a gente chamada "graúda". E eu pergunto-me: porquê? Esses “graúdos” passarão fome? Passarão sede? Dormirão debaixo da ponte? Precisarão assim tanto de se corromperem?
E pensar que quando morrerem nada levarão com eles a não ser o esqueleto e aquilo que são (ou foram enquanto vivos!) ou seja NADA, e disso terão de prestar contas ao Poder Cósmico.
Portugal não evoluiu. Fez-se muitos progressos tecnológicos. Porém, as mentalidades, na generalidade, ficaram especadas num passado, já muito passado, a cair de podre.
Sempre existiram no mundo mentes brilhantes. Desde a Idade da Pedra.
Se hoje podemos andar de automóvel, é graças a alguém que num tempo muito, muito recuado, inventou a roda.
Mas ainda hoje, continuamos a ter escravos, a fazer guerras em nome de deuses, a praticar crimes contra a Natureza, contra os animais humanos, mas também não-humanos, contra a Humanidade, contra as Crianças, contra as Mulheres, contra os Velhos...
Enfim, hoje, deslocamo-nos de avião, mas existem muitas mulheres que ainda morrem esfaqueadas e baleadas pelos próprios maridos, e crianças assassinadas por quem as gerou.
E a prática da violência e da crueldade tem legislação, em Portugal.
Isabel A. Ferreira
Ainda há tempo!
VOTEMOS NOS MELHORES!
Dr. Vasco Reis (Médico Veterinário)
Texto de Vasco Reis (Médico Veterinário)
AINDA TEMOS ALGUM TEMPO PARA AFASTAR O ESPECTRO DA ABSTENÇÃO, POR EXEMPLO, PARTILHANDO ESTE MODESTO TEXTO:
OPINIÃO: NÃO VOTAR, PODENDO FAZÊ-LO, É COMETER UM ERRO COM CONSEQUÊNCIAS PARA A DEMOCRACIA, PARA O PAÍS !!!
Em Portugal, através do voto, o cidadão pode e deve influenciar a política, logo, a sociedade e o ambiente onde vive!
O voto é uma força, um meio de apoio ou de oposição, de pressão, de acção!
Quem não o utiliza, sujeita-se passivamente ao que outros decidem, o que é um risco acrescido.
Interessa, portanto, acompanhar minimamente o que se discute e formar uma opinião sobre o que pode influenciar a nossa vida. E votar no que pensamos ser positivo e nos políticos que nos parecem ser os representantes disso e nos parecem merecer confiança.
Políticos são gente como nós, logo, pessoas com virtudes e defeitos.
Não são todos iguais! Alguns orientam-se por princípios e valores! Alguns, pelo contrário, nem por isso!
Reconhecer e separar o trigo do joio é fundamental.
É preciso dialogar, intervir, argumentar, informar, vigiar, proporcionar crítica ou apoio, para que os políticos se sintam observados e motivados no bom sentido. Até, para que se lembrem de que foram eleitos para servir o país e as pessoas!
Apoiar os políticos dignos e as políticas positivas com o nosso voto!
Não votar neles, quando não nos merecem confiança!
Não devemos virar as costas aos políticos, nem devemos ficar pela abstenção! Porquê?
Porque se ficarmos pela abstenção, se os ignorarmos, deixando-os à vontade, arriscamos a concorrer para o seu isolamento, a sua indiferença, a sua alienação, o seu afastamento, o abuso, a impunidade, sentindo-se não observados.
Portugal e a União Europeia têm necessidade de bons políticos e de boas políticas, o que não tem sido observado.
VOTEMOS NOS MELHORES!!!
Vasco Reis
Fonte:
https://www.facebook.com/vmmreis/posts/2217817764975258?notif_id=1558698573616052¬if_t=notify_me
O que se passou ontem no Parlamento Português, quando a maioria dos deputados da Nação (com a ajudinha do Partido Socialista que desautorizou a posição da Ministra da Cultura) viabilizou a descida do IVA das touradas de 13 para 6%, ultrapassa todos os limites da racionalidade.
Lê-se no Expresso: «Quem vota a favor?», perguntou Ferro Rodrigues. PSD, CDS e PCP votaram por bancada, mas os deputados do PS dividiram-se: o líder parlamentar, Carlos César, levantou-se para apoiar a redução do IVA das touradas para 6%, e com ele levantaram-se mais 42 deputados socialistas.
Énfim, é isto que acontece num país civilizacionalmente ainda muito atrasado, com um PS muito, muito monarquista.
Ontem ficou provado, no Parlamento, que Portugal é um país riquíssimo em mediocridade, em miséria moral e em pobreza de espírito.
Podemos, com toda a propriedade, sentir-nos frustrados por vivermos num país representado por mentalidades tão retrógradas quanto as que vimos ontem (salvo as raras excepções, obviamente).
Porém, para estar na Política é preciso ser-se EVOLUÍDO e HONESTO, para poder servir os interesses da Nação, e não os dos lobbies, neste caso, o lobby da carnificina. Porém, infelizmente, o povo português, o portuguesinho, ainda muito inculto e desinformado, graças ao lado mau do jornalismo televisivo, vota nas cores dos respectivos partidos políticos da sua predilecção, como se fossem clubes de futebol, não olhando à integridade moral, às competências, à honestidade política e à cultura dos que vão a votos.
Contudo, nós, que damos voz aos indefesos Touros e Cavalos, aparentemente (e apenas aparentemente) perdemos esta batalha, mas não a Guerra, porque a Guerra são eles, os trogloditas, que a perderão. Como dois e dois serem quatro. E o que se tem passado nestas últimas semanas são um claro indicador disso mesmo.
Nesta questão do IVA das touradas deu-se um passo em frente: as actividades tauromáquicas, que os trogloditas confundem com espectáculos, vá-se lá saber por alma de quem, era isenta de IVA. Inacreditavelmente, os carrascos de bovinos tinham um estatuto superior aos dos cantores, dançarinos, músicos, actores de Teatro e Cinema, artistas circenses, o que só diz da extrema pobreza de espírito reinante no nosso País. Portanto, pagarem a percentagem mínima de IVA já é um passo importante, o que não significa que não continuem a ser privilegiados, uma vez que apesar de a tauromaquia estar ao nível de lixo, pagam IVA ao nível da Cultura Culta.
As propostas de alteração do PSD, PCP e CDS-PP para que as touradas também tenham o IVA na taxa reduzida, 6%, foram esta terça-feira aprovadas na especialidade do Orçamento de Estado.
O PSD e o CDS-PP alteraram as suas propostas iniciais, passando a ter uma redacção igual à do PCP, e as três foram votadas conjuntamente, descendo a taxa do IVA para o mínimo não só nas touradas, como nas entradas em espectáculos de canto, dança, música, teatro, cinema e circo, apesar dos votos contra do PS, do BE e PAN (não esquecer do PAN), que é representado por UM, que valerá por milhares nas próximas eleições.
Já a proposta de alteração do PS - contrária à do Governo, que mantinha as touradas nos 13% - que fixava o IVA na taxa mínima para "entradas em espectáculos de canto, dança, música, teatro, tauromaquia e circo realizados em recintos fixos de espectáculo de natureza artística ou em circos ambulantes" foi rejeitada, tendo tido o voto a favor apenas dos socialistas e os votos contra de todas as bancadas.
Em todas estas propostas exceptuam-se as entradas em espectáculos de carácter pornográfico ou obsceno, como tal considerados na legislação sobre a matéria. Como se as touradas não fossem um “espectáculo” que oferece cenas das mais obscenas.
Portanto, caros companheiros da luta pela Abolição das Touradas, somente através do nosso Voto, nas próximas eleições legislativas, podemos derrotar os trogloditas instalados no Poder…
No VOTO é que está a nossa revolução. Perante o que se passou ontem, no Parlamento, sabemos quem NÃO MERECE o nosso voto. E lembrem-se: o voto branco, o voto nulo e a abstenção só favorecem os trogloditas.
Isabel A. Ferreira
É deste modo, livres e em harmonia, que os Touros e Cavalos devem viver. Não nasceram para servir predadores com forma humana e de baixos instintos.
Sei que o meu País atravessa um momento onde o caos se instalou, a todos os níveis.
Sei que no meu país, existe uma descomunal miséria moral, cultural, social e educacional, avalizada pelos governantes.
Sei que a corrupção e o desgoverno imperam ao mais alto nível.
Sei que somos roubados descaradamente.
Sei que somos vilipendiados nos nossos mais básicos direitos.
Sei que os “políticos” são cegos e surdos aos apelos racionais do povo que os elegeu.
Sei que entre o povo que se faz de vítima, estão os principais cúmplices e culpados da situação caótica que o nosso País vive.
Sei que aos governantes não interessa um povo que pensa, por isso promove a incultura.
Sei que o nosso País precisa de uma Revolução a sério, que derrube os corruptos e os vendilhões da Pátria.
Sei que uma minoria inculta e abroeirada manipula descaradamente os partidos políticos de maioria que, despudoradamente, se deixam manipular.
Sei que essa maioria parlamentar não merece consideração, porque não se dá ao respeito.
Sei que a política praticada em Portugal, desde Lisboa aos municípios (com raríssimas excepções) é suja, é podre, é obsoleta, é madrasta, é obscura.
Sei que da política e dos políticos fiquei farta, fartíssima, depois de tantos anos a lidar com eles, e conhecer-lhes todas as manhas e artimanhas.
Por isso, um dia decidi emprestar a minha voz aos que não têm voz, e entrei numa “guerra” de muitas batalhas, e nela, desde então, continuo firmemente de pé, com as palavras em riste (a minha arma) apontadas para os inimigos dos que decidi defender, apesar de todas as ameaças, apesar das agressões verbais, apesar das dificuldades, apesar dos obstáculos. Isto é como caminhar num mar de estrume.
Sei que a selvajaria tauromáquica está pendurada por um fio no meio de um abismo.
Está acabada. Ultrapassada. A cair de podre. De velha. Desadequada aos tempos modernos.
Mas falta enterrá-la debaixo de uma lei oficial.
E para tal, os Touros e os Cavalos precisam de todas as vozes.
Não haverá muito mais para dizer.
Mas há algo que ainda é necessário fazer: derrubar as mentes velhas, encerrar as escolas de toureio, desmoralizar os aficionados, marginalizar os sádicos, boicotar os seus apoiantes, desfazer o nó entre os governantes e os tauricidas, destruir os falaciosos mitos tauromáquicos, enfim, fechar o cerco a esta minoria sanguinária que anda por aí, em bicos de pés, a tentar segurar um cadáver putrefacto.
É preciso um pouco mais de empenho.
Travamos a batalha final.
É urgente que todas as vozes abolicionistas se ergam para esmagar os últimos “olés” sussurrados, já sem força, que ainda se ouvem por aí…
VENCEREMOS! VENCEREMOS! VENCEREMOS!
Isabel A. Ferreira