Remeto este texto a quem promove a pobreza, a fome, a estupidez, a guerra e a crueldade
Howard Zinn foi um historiador, cientista, político, activista e dramaturgo norte-americano, mais conhecido como autor do livro “A People's History of the United States”, que vendeu mais de um milhão de cópias desde que foi lançado em 1980
Por Howard Zinn
«O nosso problema
Desobediência civil não é o nosso problema.
O nosso problema é a obediência civil.
O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência.
O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade.
O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país.
É esse o nosso problema.»
(Howard Zinn)
Terminada a II Grande Guerra Mundial, foi encontrada, num campo de concentração nazista, uma mensagem dirigida aos professores.
Numa época em que o retrocesso educacional, social, cultural, e civilizacional é uma realidade assustadora, faz todo o sentido relembrar as palavras contidas nessa carta, que não interessa se foram idealizadas por alguém, ou se foram realmente escritas por um sobrevivente de um campo de concentração.
O que interessa é que o conteúdo da carta transmite uma cruel realidade que já existiu e pode repetir-se.
A mensagem apela para uma EDUCAÇÃO mais HUMANIZADA, algo que está a perder-se, dando lugar a um vazio de valores, só visto nesses tempos tenebrosos, em que a vida humana valia menos do que um monte de esterco.
O futuro não precisa de MONSTROS.
O futuro precisa de SERES HUMANOS.
Isto jamais deveria ter acontecido, numa sociedade construída pelo dito "racional" Homo Sapiens Sapiens. Mas aconteceu.
Contudo, ainda hoje, os mares e os rios são campos de concentração, onde morrem crianças e adultos, fugindo da ignomínia de governantes, buscando uma vida mais humanizada, que não encontram nos seus países. Campos de concentração são as cidades onde todos os dias se morre devido a guerras insanas. E a pobreza e a fome, que afectam milhões de seres humanos, também são uma espécie de campos de concentração, onde ainda se morre, pelo simples querer de hominídeos graduados em colégios e universidades.
Eis a mensagem do sobrevivente do campo de concentração nazi:
«Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Os meus olhos viram o que nenhum homem jamais deveria ter visto:
- Câmaras de gás construídas por engenheiros formados.
- Crianças envenenadas por médicos diplomados.
- Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas.
- Mulheres e bebés fuzilados e queimados por graduados em colégios e universidades.
Assim, tenho as minhas dúvidas acerca da Educação.
O meu pedido é este: ajude os seus alunos a tornarem-se humanos. Os seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis.
Ler, escrever e saber aritmética, só serão importantes se fizerem as nossas crianças mais humanas.»
Como é imensa a ignorância acomodada em Portugal!
Leiam mais. Instruam-se.
Não emprenhem pelos ouvidos. Desenvolvam em vós o espírito crítico. Não sejam maria-vai-com-as-outras.
Vejam menos televisão, porque as televisões são programadas para vos alienar.
Tenham personalidade própria.
Não andem por aí a rastejar e a lamber, servilmente, o chão que os outros pisam…
Quase um século passou desde que Guerra Junqueiro fez esta descrição do povo português, e a descrição continua tão actual…
Já se perguntaram porquê?
Não sejam comodistas, nem acomodados, nem subservientes, nem seguidistas. Optem pelo Saber. Libertem-se das grilhetas da ignorância, que vos atam ao chão.
Sejam cidadãos plenos, não lacaios de um Poder apodrecido, de tão antiquado, gasto e servil.
Como lamento o vosso apedeutismo e a vossa pobreza cultural…
Isabel A. Ferreira
Uma reflexão sobre a ignorância e os ignorantes militantes, ou seja, aqueles que, apesar de toda a informação, optam por continuar ignorantes.
Origem da foto: Internet
Consta que são bastantes, os ignorantes, os indiferentes, os invejosos, os mesquinhos, os desconfiados, os medrosos, os corruptos e os interesseiros, que desconhecem o sentido da cidadania, logo, não a exercem. E, por isso, permitem que o país seja malgovernado, abandalhado e vendido aos pedaços, a quem dá mais.
Se a ignorância pagasse imposto, Portugal seria o país mais rico do mundo.
Esta é a triste verdade.
É que a ignorância optativa está disseminada por toda a parte, por todos os extractos sociais e pelos mais altos cargos da Nação.
A Saúde, em Portugal, está gravemente doente.
A Pobreza espreita em cada esquina.
O Ensino anda a rastejar por um chão pejado de uma descomunal cegueira mental.
A Cultura Culta e a Cultura Crítica emigraram para mundos mais civilizados.
As Artes sufocam, e apenas os escravos do poder vivem à custa delas.
A Língua Portuguesa anda perdida nos subterrâneos de uma ignorância e de uma indiferença descomunais que, alarvemente, estão a esmagar a identidade do povo português.
A política da violência e crueldade contra seres vivos tem os seus maiores defensores sentados nos Palácios de São Bento e de Belém.
Os indiferentes andejam por aí, como sonâmbulos. Se lhes mexem nos bolsos, agitam-se, mas sem grande convicção, por isso tudo continua sempre igual, sempre funesto, sempre obscuro, sempre mergulhado no lodo de um passado que se quer passado, e não presente ou futuro.
Na hora do voto, vota-se na continuidade, porque o medo de mudar é mais forte do que a vontade de ousar o desconhecido, a modernidade, o avanço civilizacional.
A ignorância e a indiferença estão a cozinhar Portugal em banho-maria, e os bobos da corte saltam e riem, porque enquanto houver povo ignorante e indiferente, mantê-lo-ão sob o seu jugo, e destruirão a Nação, em prol de interesses que não interessam, de modo algum, a Portugal.
E os Portugueses, tal como num tempo ainda bem presente, lá vão cantando e rindo, levados, levados, sim, pela voz do som tremendo, da ignorância sem fim… (1)
Isabel A. Ferreira
(1) Excerto adaptado do Hino da Mocidade Portuguesa, letra de Mário Beirão
Como disseram?...
Quem se atreve a torturar um ser magnífico como este, que vale muito mais do que todos os exploradores de Cavalos juntos, não merece ser qualificado como espécie humana…
A notícia é de 29 de Julho de 2012
Mas como não vá o diabo tecê-las!...
Não sei se “isto” é a sério, ou se é uma brincadeira de muito mau gosto (mais uma) que a ser verdade, envergonha Portugal, já tão marcado pela ignomínia.
Como se já não bastasse a (falsa) "corrida" de Touros, teremos mais esta aberração de corrida de Cavalos? Algo tão abominável, condenável e ignóbil como a tourada, e que traz grande sofrimento aos Cavalos, seres extremamente sensíveis e muito mais racionais do que aqueles que os exploram, os usam, os montam, os torturam…?
E com a "santa" casa da (i)misericórdia como acólita deste jogo sujo e repulsivo?
Será que Portugal nunca vai evoluir?
Estamos em franco retrocesso em muitas frentes. Tantas frentes...
E ainda mais esta?
Não posso acreditar que "isto" possa acontecer algum dia. Não no meu pobre país, já com tantas misérias morais, sociais e culturais nas "costas"!
Por que têm tanto ÓDIO aos animais ditos não humanos, que são muito mais racionais do que a raça de falsos humanos que os ODEIA?
Que raça será essa?
Esta raça de “gente” não é minimamente sensível ou sensibilizável. Esta "gente" está totalmente formatada para ser cega e indiferente ao sofrimento dos animais ditos não humanos.
Como podemos combater tanta falta de empatia? Tanta ignorância optativa? Este biocídio?
Só existe um modo: marginalizar esta escória social, até fazê-la sentir nojo de si própria e envergonhar-se de assumir socialmente um gozo tão sádico, obsceno, perverso e criminoso como este.
Espero que os governantes portugueses tenham a hombridade (se e que sabem o que isto é) de abolir não só a abominável tauromaquia, como não apoiar a condenável corrida de Cavalos, onde estes seres magníficos são barbaramente torturados.
Mas ainda há mais:
Num país onde existe uma pobreza social profunda (Portugal é considerado o país mais pobre da Europa, onde existem crianças e adultos a passar fome como uns desgraçados) mas também uma abjecta pobreza moral e cultural, o presidente da Liga Portuguesa de Criadores e Proprietários de Cavalos, um tal de Manuel Armando Oliveira, diz esta coisa absurda: para o desenvolvimento desta actividade em Portugal vai ser preciso construir hipódromos, talvez três (Norte, Centro e Sul), com uma dimensão adaptada à realidade portuguesa…
Que realidade portuguesa?
A realidade da pobreza mental portuguesa? Sim, só pode ser.
Portugal não tem qualquer “tradição” das abomináveis corridas de Cavalos.
Porquê isto agora? Quando o mundo está a deixar estes costumes bárbaros, Portugal importa-os. Portugal importa tudo o que é o lixo dos outros.
Os criadores de Touros estão a ver fugir-lhes o “negócio” e querem substituí-lo por Cavalos? Será isso?
Portugal precisa de construir escolas para os políticos aprenderem a Arte da Democracia (para que saibam que o poder emana do povo e para o povo, e não de uma minoria inculta e abetesgada) e não de construir hipódromos para a tortura de Cavalos.
Portugal precisa de evoluir.
A introdução, no país, de uma aberração desta envergadura é um colossal retrocesso.
Até porque os Cavalos também sofrem, e para quem não sabe desta terrível verdade, aqui fica um texto escrito por quem de direito, por já ter trabalhado com eles:
A DOR DOS CAVALOS
«A língua (dos Cavalos) é o músculo capaz de mais movimentos. É um órgão extremamente enervado e sensível. Os cavalos sofrem atrocidades devido aos ferros que lhes metem na boca e que actuam sobre a gengiva da mandíbula, comprimem a língua e muitas vezes a ferem.
Assim, “cavaleiros” mais ou menos ignorantes, mais ou menos brutais, dominam cruelmente os indefesos animais. Há freios de borracha, menos agressivos.
O Hackamore/Serrilha não actua na boca, mas sim sobre o chanfro, o dorso da cavidade nasal. A sua acção pode ser brutal, havendo casos de fractura do osso nasal, quando se faz uso de grande violência.
Menos terrível, até podendo ser agradável para os cavalos, são cavaleiros sensíveis, que fazem uso suave das rédeas e transmitem as suas ordens à montada por voz, por posição do corpo, por pressão das pernas e prescindem de esporas ou fazem uso suave de esporas de extremidade redonda.
Quando o “homem” se põe a explorar animais, provoca-se neles muito sofrimento.» (Dr. Vasco Reis – Médico Veterinário)
E “isto” não é condizente com a espécie humana.
Mas tão-só com a maldita raça do animal-homem-predador, que já devia ter sido extinto há muito, porque o mundo evoluiu.
E Portugal sempre na cauda do mundo…
Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2692369
Remeto este texto a quem promove a pobreza, a fome, a estupidez, a guerra e a crueldade
Howard Zinn foi um historiador, cientista, político, activista e dramaturgo norte-americano, mais conhecido como autor do livro “A People's History of the United States”, que vendeu mais de um milhão de cópias desde que foi lançado em 1980
Por Howard Zinn
«O nosso problema
Desobediência civil não é o nosso problema.
O nosso problema é a obediência civil.
O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência.
O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade.
O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país.
É esse o nosso problema.»
(Howard Zinn)
UM ESCÂNDALO, DENTRO DA UNIÃO EUROPEIA
Temos de terçar armas neste crime contra a Humanidade!
Por favor divulguem o mais possível e denunciem as negociatas (escondidas).
Exija-se do Poder Político - a começar pelas autarquias - a renúncia a tamanho atentado!
(Recebido via-email)
Água - Uma operação da União Europeia que começou a ser experimentada em Paços de Ferreira. Reportagem no programa de tv alemão Ard Monitor. Legendado em português (clique em CC no canto inferior direito do vídeo para activar as legendas)
***
O IMI, a ÁGUA e a ELECTRICIDADE vão colocar 90% no limiar da pobreza.
Em Portugal, na Europa, no Mundo inteiro.
Nós pensávamos que se tivéssemos uma casinha, tínhamos uma velhice descansada...
Um vídeo com origem na Alemanha e legendado em português (clicar em cc no lado direito da barra inferior do vídeo) sobre um assunto na ordem do dia, a entrega da água aos interesses privados, interessante, assertivo e pedagógico.
Vale a pena para ver como se tecem as linhas de força dos negócios na UE e divulgar.
É PARA ISTO QUE SERVE A COMISSÃO EUROPEIA?
MELHOR SERÁ DEITÁ-LA AO LIXO.
Se tenho acesso a uma vinha, não vou colher todas as uvas só para mim...
Os ricos existem para que haja pobres
Pobreza e riqueza.
Duas condições de vida. Ambas injustas, porquanto nem a pobreza nem a riqueza são a medida do homem. Ambas condenáveis à luz da razão, porque uma é imprópria e a outra abusiva da natureza humana.
O mundo foi criado para que nele vivessem todos os Homens em plena condição de igualdade, sem necessidade de passarem qualquer privação, porquanto na Natureza existe, em abundância, tudo o que é preciso para a adequada sobrevivência de todos os seres viventes.
Por isso, a pobreza não tem razão de existir, bem como também a riqueza. No equilíbrio entre uma condição e outra é que assenta a lógica da coexistência pacífica.
Porquê é a pobreza imprópria da natureza humana?
Porque todos os seres humanos nascem iguais, com o mesmo direito de usufruir do que no mundo existe à sua disposição. Se tenho acesso a uma vinha, não vou colher todas as uvas só para mim. Colho apenas as necessárias para saciar o meu desejo de as comer. As restantes, deixá-las-ei para outros que tiverem o mesmo desejo.
Porquê é a riqueza abusiva da natureza humana?
Porque se todos os seres humanos nascem iguais e com o mesmo direito de usufruir do que no mundo existe à sua disposição, não devo apoderar-me do que é para repartir com todos esses outros. Não vou colher todas as uvas apenas para as acumular e mostrar que sou rico, privando as outras pessoas de saborearem as que deixo apodrecer, porque são demasiado para mim.
Uma sociedade só será justa quando todas as pessoas, sem excepção, tiverem o seu pão com manteiga, o seu copo de leite e a sua banana – o essencial – para matarem o seu jejum. Porquê hão-de uns comer dois pães, quando um só bastava, e outros hão-de não comer nenhum?
No mundo, o pão existe em quantidade suficiente para alimentar todos os seres humanos. Mas porquê hão-de uns passar fome para que outros vomitem o excesso dos alimentos que não precisam?
Uma questão de pura ganância e mesquinhez, que conduz à má distribuição dos bens necessários à sobrevivência justa e condigna de todos os seres humanos.
Os ricos existem para que haja pobres. Podes crer. Se os ricos fossem menos ricos, a riqueza estaria equitativamente distribuída, e a pobreza deixaria de existir à face da Terra. Porquê haveríamos de ter seis mãos, quando duas são a medida exacta da nossa mestria?
in «Manual de Civilidade» © Isabel A. Ferreira