Faço minhas as palavras de Pilar Rahola, política e jornalista espanhola que, com muita lucidez, nos explica do que estamos a falar, quando falamos de touradas... que não é cultura, nem arte em nenhuma parte do mundo civilizado...
«... Do que estamos a falar?...
Estamos a falar de perdas de sangue até 18%, apenas com as “puyas”.
Estamos a falar da fractura da medula espinal, de vértebras torácicas, de hemorragias no canal medular, de lesões em nervos fundamentais...
Estamos a falar da “puya” que trespassa, até 30 centímetros, o animal, provocando-lhe roturas e lesões...
Estamos a falar inclusive muitas vezes da entrada de sangue e de água para os pulmões...
Estamos a falar de barbaridades…
Estamos a falar de um animal que agoniza, que grita de dor...
Estamos a falar de um animal que finalmente é aplaudido na sua morte, e isso não nos dignifica como seres humanos...
Desculpa! Podes gostar, o sangue por vezes é muito atraente...
Eu não entendo o teu gosto. Sinto-o.
Mas o problema não é nem o teu gosto, nem o meu.
O meu problema é uma sociedade na qual existem leis que permitem essa tortura.
Eu quero uma sociedade que não o permita.
É tão simples como isto.
(...)»
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