A crescente preocupação com a nossa saúde, o ambiente e o bem-estar de alguns animais não humanos é bem encarada por nós, mas como defensores dos direitos de todos os animais não nos satisfaz, pelo que nos cabe informar e sensibilizar o mais possível.
Os meios de comunicação têm dado relevância às consequências do consumo de carne na nossa saúde e no ambiente, descurando o impacto negativo do consumo peixe, o que tem vindo a causar um abrupto aumento deste. A partilha deste vídeo parece-nos bastante pertinente a fim de desconstruir alguns mitos, como o da “pesca sustentável”, dos supostos benefícios para a saúde do consumo de peixe e, sobretudo, alertar para o brutal sofrimento destes animais.
Não é audível o sofrimento dos peixes quando empalados em ganchos ou quando estes lhes são arrancados das suas bocas enquanto asfixiam mas, se estivermos dispostos a olhar, o seu sofrimento é claramente visível assim como o de qualquer outro ser senciente.
Link do vídeo original (sem legendas)
https://www.youtube.com/watch?v=MLgkrQSRy9E
Exmo. Senhor:
Vem esta minha carta a propósito do Editorial escrito por V. Exa., no passado dia 12 de Março, sob o título «O Silêncio dos Inocentes», no Jornal de Notícias, e que pode recordar neste link:
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=4448550&opiniao=David%20Pontes
A minha primeira reacção foi de perplexidade.
Agora V. Exa. faça o favor de ler este excelente artigo, escrito em Língua Portuguesa, sem submissão ao aberrante AO/1990:
Sobre as petições de justiça para com animais e as petições de justiça para com humanos
«Gostaria de dizer às pessoas que apresentam estudos comparativos entre petições para pedir justiça para com crimes cometidos contra humanos e petições para pedir justiça para com crimes cometidos contra animais, e que depois tiram ilacções vazias mas tremendamente auto-importantes sobre as diferenças entre os assinantes de umas e de outras o seguinte: não, o facto de um crime contra um animal ter mais assinaturas que um crime contra humanos não quer dizer rigorosamente nada sobre as prioridades do país. Não quer dizer, sequer, que há mais pessoas em Portugal a defender os animais do que a defender os humanos. A única coisa que esses estudos querem dizer – de quem os faz – é que há quem anseie pôr-se em bicos de pés a qualquer custo, em nome de um efeito de superioridade moral sobre os outros que nada tem de solidário, nem com humanos, nem com animais.
A razão pela qual um caso como o do Simba tem mais assinaturas do que outros casos, como a petição contra a violência doméstica (causa urgente de que ainda há dias falei neste estaminé) é por uma razão simples que escapa aos polícias da moral e da justiça internética: porque enquanto, apesar de tudo, vai havendo mecanismos para defender seres humanos, até há pouco tempo havia ZERO para defender animais. Zero. E os que há hoje não está garantido que funcionem. E metam na cabeça de uma vez por todas isto: uma pessoa que assina uma petição como a do caso do Simba não é um pateta ou um alarve ou um idiota que dá prioridade aos bichos e que não liga às causas que realmente interessam que são as dos humanos; é simplesmente, na esmagadora maioria das pessoas que continuam a apoiar estas causas, alguém que sabe que, em Portugal, desde sempre que os animais estão no fim dos fins da cadeia de importância. E que está farto disso. E que toda a miserável contribuição que puder dar para mudar um milímetro que seja disso e punir o anormal que agrediu ou matou um cão só porque sim, dará.
“Buá, buá, o astronómico número de 50 e tal mil pessoas assinaram a petição para conseguir justiça pela morte de um cão, buá, buá”.
Perdoem-me o vernáculo, mas foda-se. Parem lá com as lágrimas de crocodilo. Solidariedade selectiva não é solidariedade nenhuma. E a desculpa “tenho pouco dinheiro e não é para dar a animais, mas a pessoas” não vale um cabelo. Porque solidariedade, seja para com humanos ou animais, é muito mais que dar dinheiro. Não é preciso ter dinheiro para ser solidário. Às vezes basta ter mãos, seja para pegar em mantas velhas que estão a apodrecer numa gaveta e que ainda aquecem seres vivos, seja para fazer reparações em tectos, seja, muito simplesmente, para partilhar uma mensagem importante nas redes sociais. 50 mil pessoas num país de 10 milhões é uma gota de água, ou menos que isso. E não está sequer garantido que as petições online tenham assim tanto efeito.
A razão porque nós, os supostos “maluquinhos dos animais” corremos em massa a assinar estas coisas, não é porque nos estejamos a cagar para as causas dos seres humanos. Tenho a honra de conhecer e de ser amigo de várias pessoas ligadas às causas dos animais e são pessoas cuja humanidade e sentido de decência não escolhe espécies. Simplesmente focaram-se no elo mais fraco. E isso, não me lixem mais a vossa superioridade moral, isso é que é ser solidário. Perder tempo a resmungar contra os actos de solidariedade alheia, fazendo leituras arrogantes, sobranceiras e genéricas sobre o “estado das coisas” é só ser desagradável.
E isso, lamento informar, é zero.
Fonte:
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Concordo, em absoluto, com as palavras de Nuno Markl, porque o meu sentimento, quanto a este assunto, é exactamente o mesmo.
O mesmíssimo.
Compreendeu agora, Senhor David Pontes?
Se todos os directores e subdirectores de jornais e TVs cumprissem o dever de informar formando (e não compactuando com o opressor de seres humanos e não-humanos) não estaríamos aqui a falar deste assunto, porque era sinal de que os direitos de uns e de outros estavam a ser cumpridos, numa sociedade onde a Vida, qualquer Vida, teria toda a importância do mundo.
Ah! E já agora, os gatos gostam de comer peixe, logo, se tiver gatos e peixes, é dever de V. Exa. acautelar os peixes, para que os gatos não os comam.
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
O que sóis vós diante das forças da Natureza?
O que é a vossa irracionalidade comparada com a racionalidade dos animais não humanos?
O que representais vós na cadeia cósmica que une todos os seres vivos?
As respostas para estas perguntas estão neste vídeo que tive o cuidado de traduzir para que todos possam entender.
A FAVOR DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
Quem é mais animal?
Não esperes o momento perfeito, agarra o momento e torna-o perfeito…
A mim não me preocupa morrer, preocupa-me ser feliz enquanto estou viva…
Não importa quem te deu a vida, o que importa é quem te ensinou a viver…
Ser bom não é ser idiota, ser bom é uma virtude que alguns idiotas não entendem…
O homem inferior ama a sua propriedade, o Homem Superior ama a sua alma…
E por cada minuto em que estás com raiva, perdes 60 segundos de felicidade…
Nunca te esqueças de sorrir, porque um dia em que não sorris será um dia perdido…
A Vida: ou a vives ou a entendes, mas não as duas coisas ao mesmo tempo…
Se porventura um amigo não conseguir levantar-te, procurará um modo de não deixar-te cair…
Busca a paz para a tua mente, e terás saúde para o teu corpo…
Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a simples arte de viver como irmãos…
As tuas crenças não fazem de ti uma pessoa melhor, mas o teu comportamento, sim…
Para mim, a minha consciência vale mais do que a opinião do mundo inteiro…
Os que asseguram que é impossível, não devem interromper aqueles que, como nós, estão a tentar…
Não basta a indignação, é hora do compromisso …
Salvar um animal não muda o mundo, mas mudará o mundo desse animal…
Porque as pessoas que estão o suficientemente loucas com a intenção de mudar o mundo são as que, de facto, o melhoram…
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A vossa falta de empatia para com os seres não humanos transforma-vos em seres despidos de humanidade, logo, incapazes de gostar de vós próprios.
Vós sois os vossos piores inimigos.