A propósito da morte recente de dois forcados ao serviço do lobby tauromáquico, que os força e condena a esta má sorte.
«Se Portugal, tivesse políticos daqueles que olham a política como uma actividade nobre o que quer dizer, governarem pelo bem público o que muitas vezes é verdade, exige coragem e determinação, mortes destas não aconteciam pela simples razão da barbárie de torturar animais, estar erradicada do país. Claro, é preciso coragem e compaixão, Passos Manuel há mais de cem anos, teve-as. Actualmente, pelo contrário, 200.000.00 euros, dinheiro dos contribuintes, vai para alimentar esta prática execrável que um povo evoluído se indignaria com tal facto.
Mas Portugal, não é um país confiável em termos de uma sociedade moderna, evoluída e humana.
País de brandos costumes, estamos conversados, é um conceito do Salazarismo que bem sabemos no que deu. Dá para perguntar, como seria Portugal, numa situação limite?! Os políticos, já que não são sensíveis ao sofrimento dos animais não humanos, ao menos que, pensem sobre estas mortes dos da sua espécie e ajam em conformidade.»
(José Costa)
Um dos forcados, Pedro Primo, que fazia a última pega quando morreu, vivia num quarto alugado em casa de amigos e não tinha ligações à família. Dizem que teve uma infância difícil, trabalhava no campo para um empresário tauromáquico, de nome Inácio Ramos Jr., e andava nos forcados há 10 anos, ou seja, desde a menoridade… Segundo uma senhora, que se me apresentou como mãe deste forcado, Pedro Primo não queria ir para a arena, neste dia, mas “foi obrigado”.
Quem o obrigou? Quem o atirou para a morte? Esses sim, são os que se regozijam com a morte destes infelizes, tanto quanto se regozijam com a morte dos Touros. O que lhes interessa é que possam continuar a viver à tripa forra, à custa dos nossos impostos e da ignorância do povo.
(Isabel A. Ferreira)
ADITAMENTO A ESTE TEXTO!
Este texto não deve ser lido por gente que sofre de iliteracia! Não irão entender nada!
(7 de Setembro de 2017)
Morreu o forcado colhido pelo Touro que estava a torturar, e o qual, apesar de moribundo, conseguiu reunir derradeiras forças para se defender do seu carrasco, como é de seu direito e instinto.
Não aplaudo a morte de um carrasco. Obviamente. Mas também não a choro. O mundo libertou-se de uma criatura que passou a vida a torturar Touros moribundos. Não surpreende que tivesse acabado a vida deste modo, porque colheu simplesmente o que plantou.
(Quem com ferros mata, com ferros morre! Onde é que eu já ouvi isto?)
Pedro Primo, à esquerda, não resistiu aos ferimentos…
Fonte da imagem:
O mais insólito disto tudo, é que esta e outras mortes como esta, levam o carimbo do governo português, que nada faz para abolir esta prática cruel e violenta, que mata animais não-humanos (Touros e Cavalos) mas também animais desumanos (os seus carrascos), numa escalada de violência que, ultimamente, tem-se verificado com muita frequência.
O forcado Pedro Primo, que tinha apenas 25 anos, e pertencia aos Amadores de Cuba, morreu esta terça-feira, num hospital em Lisboa, depois de ter sido colhido por um Touro moribundo, que reuniu as últimas forças, para se defender, com bravura, do ataque selvagem e cobarde dos forcados.
Pedro Primo despedia-se das arenas no passado sábado, em Cuba (Beja), durante uma corrida de touros à portuguesa, a mais cruel, a mais selvática de todas as actividades tauromáquicas.
Se ao menos os pais do Pedro lhe tivessem incutido valores humanos quando era criança...! O que fazem os pais aficionados? Incitam as crianças a tornarem-se violentas e cruéis, inúteis e parasitas da sociedade. E isto tudo com o aval dos governantes e dos responsáveis pela Protecção de Menores... e da Igreja Católica...
O forcado, que sofreu lesões no fígado, foi transportado para o Hospital de Beja, onde foi submetido a várias transfusões sanguíneas ao ponto de esgotar o banco de sangue do hospital, sendo mais tarde transferido de helicóptero para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, onde acabou por morrer.
Escusado será dizer que todas as despesas foram pagas com os nossos impostos.
É de lamentar que ninguém aprenda nada com estas mortes inúteis, insanas e inglórias.
Ao Pedro Primo já não poderemos perguntar se valeu a pena andar a torturar Touros, cobardemente, para morrer sem glória, numa arena, rodeado e aplaudido por sádicos.
Lamento a inutilidade da sua vida, e ainda mais a insanidade da sua morte.
Mas aos outros forcados, pergunto: vale a pena semear violência? É que os carrascos não terminam a vida tranquilamente, deitados na relva de um jardim, porque não o merecem. A Lei do Retorno é infalível e implacável. E colhemos sempre aquilo que semeamos.
Mais uma morte, na longa lista de mortos e mutilados nestas práticas violentas e cruéis, avalizadas pelo governo português e pela igreja católica.
Quantos mais precisarão de morrer, para se acabar com isto?
Isabel A. Ferreira
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Post Scriptum:
(20 de Setembro de 2017)
Pedro Primo, que fazia a última pega quando morreu, vivia num quarto alugado em casa de amigos e não tinha ligações à família. Dizem que teve uma infância difícil, trabalhava no campo para um empresário da tauromaquia, de nome Inácio Ramos Jr., e andava nos forcados há 10 anos, ou seja, desde a menoridade… Segundo uma senhora, que se me apresentou como mãe deste forcado, Pedro Primo não queria ir para a arena, neste dia, mas “foi obrigado”. Quem o obrigou? Quem o atirou para a morte? Esses sim, são os que se regozijam com a morte destes infelizes, tanto quanto se regozijam com a morte dos Touros. O que lhes interessa é que possam continuar a viver à tripa forra, à custa dos nossos impostos e da ignorância do povo.
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Ainda sobre esta matéria podem ler:
AS LÁGRIMAS DE CROCODILO DOS QUE LEVARAM À MORTE O FORCADO PEDRO PRIMA