Anda por aí um modismo de destruição de monumentos que recordam um tempo que apenas quem o viveu teria o direito de pôr em causa.
Um povo que rejeita o seu passado e não consegue entendê-lo à luz desse mesmo passado, é um povo fracassado e sem futuro.
Não esquecer que o Brasil só é Brasil, porque os Portugueses descobriram o território, e o povoaram, sendo um dos povos colonizadores que menos mossa fez aos indígenas, verdadeiros donos daquelas terras, os quais colaboraram, por livre vontade, com eles, nas guerras travadas contra Ingleses, Holandeses, Franceses, Espanhóis. Além de a miscigenação (união de brancos com os indígenas) ser uma realidade na sociedade da época. E o Brasil tem o tamanho que tem, graças aos Bandeirantes.
Talvez por desconhecerem a verdadeira História do Brasil, ocultada e deturpada nas escolas brasileiras, o Brasil ainda não tenha conseguido encontrar o rumo certo para a Evolução Cultural. Falta-lhe o PASSADO.
Mas vamos aos factos.
Fonte da imagem: https://twitter.com/Midia1508/status/1430260482703757320/photo/1
Na passada terça-feira, a estátua de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, localizada no Largo da Glória, no Rio de Janeiro, foi incendiada e pichada em protesto contra o Marco Temporal, uma teoria segundo a qual os povos indígenas [os verdadeiros donos dos territórios que sempre foram deles, desde os tempos do colonizador], só teriam direito às terras [que legitimamente] sempre ocuparam] em 5 de Outubro de 1988, aquando da promulgação da Constituição Federal, algo defendido pelos camponeses e pelo governo Bolsonaro.
Segundo a notícia, essa interpretação desvaloriza as violências e expulsões forçadas, às quais os indígenas estiveram expostos ao longo do tempo, nomeadamente depois de o Brasil ter-se libertado do jugo do colonizador, sendo que foram sempre perseguidos pelos brasileiros emancipados; e também contra o Projecto de Lei nº 490, que prevê empreendimentos dentro das terras indígenas, como o plantio de soja transgénica e a construção de hidroeléctricas e rodovias.
A estátua foi erguida em 1900, para celebrar os 400 anos do descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
Afinal, que culpa tem Pedro Álvares Cabral de os Brasileiros pós-1822 ainda não terem encontrado o caminho da Evolução Cultural?
Isabel A. Ferreira
Em Portugal, anda por aí uma doidice e uma ignorância que é preciso travar, a todo o custo. Aqui fica este contributo, para destruir essa doidice e essa ignorância, que pairam no tão poluído ar português. (Isabel A. Ferreira)
Lado Poente (1ª foto)
1 Infante D. Pedro, Duque de Coimbra (filho do rei João I de Portugal);
2 Dona Filipa de Lencastre (Rainha, Mãe dos Infantes, mulher de D. João I);
3 Fernão Mendes Pinto (escritor e aventureiro do Oriente);
4 Frei Gonçalo de Carvalho (Dominicano);
5 Frei Henrique de Coimbra (Franciscano);
6 Luís Vaz de Camões (poeta épico, o maior de Portugal);
7 Nuno Gonçalves (pintor);
8 Gomes Eanes de Zurara (cronista);
9 Pêro da Covilhã (viageiro);
10 Jácome de Maiorca (cosmógrafo);
11 Pêro Escobar (navegador/piloto);
12 Pedro Nunes (matemático);
13 Pêro de Alenquer (navegador/piloto);
14 Gil Eanes (navegador);
15 João Gonçalves Zarco (navegador);
16 Infante D. Fernando, (o Infante Santo, filho do rei João I de Portugal).
Lado Nascente (2ª foto)
1 D. Afonso V de Portugal (Rei);
2 Vasco da Gama (navegador/descobridor do Caminho Marítimo para a Índia);
3 Afonso Baldaia (navegador);
4 Pedro Álvares Cabral (navegador/descobridor do Brasil);
5 Fernão de Magalhães (Navegador/Viagem de Circum-navegação);
6 Nicolau Coelho (navegador);
7 Gaspar Corte-Real (navegador/Península Labrador);
8 Martim Afonso de Sousa (navegador);
9 João de Barros (Cronista/Historiador);
10 Estêvão da Gama (capitão);
11 Bartolomeu Dias (navegador/descobridor do Cabo da Boa Esperança);
12 Diogo Cão (navegador);
13 António de Abreu (navegador);
14 Afonso de Albuquerque (Vice-rei da Índia/governador);
15 São Francisco Xavier (missionário/evangelizador);
16 Cristóvão da Gama (capitão).
Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=275027297474750&set=pcb.275029057474574