Primeiro: Marcelo Rebelo de Sousa mete-se a comentar tudo e mais alguma coisa, excePto o que também importa, porém, em relação ao que também importa, remete-se a um silêncio extremamente comprometedor, o que também é de lamentar, até porque excede os limites do bom senso e dos deveres presidenciais.
Segundo: será que Marcelo Rebelo de Sousa NÃO tem amigos? Sabemos que quando se ocupa um cargo que permite ter a faca e o queijo na mão, NÃO se tem amigos, tem-se bajuladores. Contudo, na esfera privada ou mesmo familiar, NÃO terá UM amigo sequer que lhe diga que seria melhor retirar-se da vida pública, porque já não diz coisa com coisa?
Terceiro: ser-se Católico, Apostólico, Romano é muito natural. Nada contra. Porém, sendo Marcelo Rebelo de Sousa o Chefe de um Estado Laico, quando anda por aí a representar Portugal e os Portugueses, NÃO pode misturar alhos com bugalhos, e andar no beija-mão a todos os padres, bispos e arcebispos que encontra pelo caminho, incluindo o Papa (porque existe um protocolo de Estado que não o permite); e muito menos andar por aí a pôr paninhos quentes sobre algo absolutamente repugnante, como é a pedofilia, ainda mais no seio de uma instituição, que diz representar Deus na Terra.
Quarto: Marcelo ao dizer o que disse «haver 400 casos não me parece particularmente elevado, porque noutros países com horizontes mais pequenos houve milhares de casos», assim, tão claramente, não há margem alguma para outra interpretação que não esta: haver 400 casos não me parece particularmente elevado. Ponto. Como se isto já não dissesse tudo - até porque bastava haver apenas UM caso de pedofilia, no seio da Igreja Católica, para merecer o maior repúdio, por parte de todos os que se dizem católicos - Marcelo teve a insensatez de desvalorizar os crimes pedófilos perpetrados contra 400 crianças, que ficaram estigmatizadas para sempre (e serão muitas mais), com o argumento de que noutras partes do mundo são aos milhares, ou seja, justificou uma iniquidade com outra iniquidade. E isto não é coisa de quem tem a noção do que está a dizer. E o seu narcisismo - caracterizado por uma premente necessidade de ser bajulado, e por uma notória falta de empatia - e um imenso ego - que tem de ser alimentado, todos os dias, com protagonismo nas televisões - não lhe permitem pedir desculpa às vítimas, nem reconhecer os erros, a não ser que seja pressionado pela opinião pública, e então pedriá desculpas hipocritamente.
O que se passará com Marcelo Rebelo de Sousa?
Perderia o Norte? Perderia a pena e não há mal que lhe não venha? Como o Perdigão de Camões?
Alguém, que seja amigo de Marcelo, lhe diga que está na hora de sair de cena, porque, desde algum tempo a esta parte, tem demonstrado NÃO estar à altura do cargo que ocupa.
Isabel A. Ferreira
Fonte da imagem: TIAGO PETINGA/LUSA
RECOMENDAÇÃO
Devido aos comentários disparatados que tenho recebido acerca deste texto, recomendo que os leitores o leiam com os olhos do cérebro (se é que me entendem).
Este texto é para ser interpretado, não é para ser deturpado.
Façam esse favor a vós próprios.
Obrigada.
Isabel A. Ferreira
Há uns dias, escrevi um texto onde considerava a tauromaquia uma doença do foro psiquiátrico, mas há quem a considere do foro urológico: «Estes tipos sofrem todos de disfunção eréctil!» diz José Melo.
A este propósito, um “ilustre desconhecido” enviou-me o seguinte comentário:
Comentário no post QUANDO OS AFICIONADOS NASCEM COM O CÉREBRO DESCIDO...
Quando diz que é uma doença, pode indicar-me qual é a classificação DMS? Obrigada
Desconhecido a 25 de Agosto 2016, 11:33
Pois é a esta pergunta que tentarei responder, à luz das modernas descobertas das Ciências da Psicologia e da Psiquiatria e das Ciências Biológicas
Os primeiros registos desta prática sangrenta remontam ao século XII, tendo como principal palco de acção a Espanha. Em Portugal, esta barbárie foi introduzida em 1580, quando o nosso País foi ocupado pelos Reis Filipes (Filipe I, Filipe II e Filipe III de Portugal, respectivamente II, III e IV de Espanha) tendo depois sido disseminada pelo mundo, nomeadamente na América do Sul (onde se situam cinco dos oito tristes países que actualmente ainda mantém esta prática medieval e selvática), durante o período da expansão colonizadora, levada a cabo por ambos os países.
Portanto, durante alguns séculos, a tauromaquia e tudo e todos os que a rodeavam, desde toureiros a cavalo e a pé, forcados, bandarilheiros, novilheiros, campinos, e obviamente os aficionados, aqueles que frequentavam as ditas praças de touros, para aplaudir aquilo que consideravam um acontecimento cultural e artístico, dos mais majestosos, frequentado pela populaça, mas também por reis, rainhas, príncipes e princesas, artistas e escritores, o que demonstra que as doenças mentais ou os desvios comportamentais podem ocorrer no seio de qualquer classe social, da mais baixa à mais alta e indepentendemente do nível de instrução, era algo que fazia parte de uma sociedade ainda pouco ou nada evoluída, com poucas opções de divertimentos cultos, numa época em que a Santa Ignorância e o Santo Obscurantismo imperavam, a todos os níveis, e em que as mulheres e as crianças não tinham nenhuns direitos, e muito menos os animais não-humanos que, nessa época, eram tratados por bichos, sobre os quais recaíam as mais hediondas superstições, e muitas delas ainda hoje perduram nas localidades portuguesas mais atrasadas civilizacionalmente.
Aliás, este conceito de direitos do homem só apareceu nos finais do século XVIII (em 1789, em plena época da Revolução Francesa). A Declaração Universal dos Direitos da Criança, só foi proclamada em 1959, e até esta data as crianças eram consideradas ao nível de qualquer animal não-humano. Quanto à Declaração Universal dos Direitos dos Animais só foi proclamada pela UNESCO em 1978, assinada por quase todos os países do mundo, e promulgada por Portugal.
Ora foi a partir deste ano de 1978 que os activistas, com base neste documento, começaram a “fazer barulho” que se ouvisse, ao redor dos maus tratos infligidos aos animais não-humanos, nos países terceiro-mundistas, mas também nos ditos primeiro-mundistas.
E os tempos foram evoluindo, e com eles milhares de pessoas também, ficando, no entanto, uma parte dessa humanidade parada no tempo das trevas e de um obscurantismo que permanece até aos dias de hoje.
Paralelamente, as Ciências Biológicas foram também evoluindo, e descobriu-se a senciência animal (como se tal fosse necessário para condenar a tortura) e demonstrou-se que os animais, até então considerados irracionais, não eram assim tão irracionais, e começou-se a designá-los por não-humanos, e até apareceu a expressão “pessoas não-humanas” para designar algumas espécies, como os Símios e Cetáceos, entre outros.
Mas não só as Ciências Biológicas evoluíram.
No campo da Psicologia e da Psiquiatria foram surgindo novas áreas de estudo, e o que antes parecia normal, hoje é considerado um comportamento desviante, do foro da insanidade mental.
Na Grécia antiga, por exemplo, a pedofilia era uma prática comum e aceitável socialmente, até porque a criança não tinha quaisquer direitos, e era tratada como um animal irracional e sem alma. Aliás, tal como a mulher e os escravos.
Hoje, a pedofilia não só é considerada um crime, como está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual.
Deterioração mental
O mesmo se passa em relação à tauromaquia e a todos os seus intervenientes, desde os que a praticam (psicopatas), aos que a aplaudem (sádicos), como também aos que a apoiam e promovem, os aficionados, também sádicos, a qual, hoje em dia, é uma prática contestada em todo o mundo, pela sua descomunal perversidade.
Até a terminologia na tauromaquia mudou.
A tauromaquia passou a designar-se selvajaria tauromáquica.
O heróico toureiro hoje não passa de um cobarde tauricida ou torcionário; o cavaleiro é um cavalgador; o “valente” forcado é apenas um cobarde carrasco, bem como os bandarilheiros e novilheiros não passam de desalmados carrascos.
E tudo começa na infância.
Até há poucos anos, nos distúrbios revelados na psicopatia, na sociopatia, na condutopatia e no transtorno de personalidade, não estavam incluídos aqueles que, num passado medieval, eram considerados uns heróis, por lidarem um bovino a que chamavam touro bravo (que não existe na Natureza) e que nada sofria, mas que na realidade não era mais do que um manso e senciente herbívoro, torturado desde a nascença para se apresentar agressivo (bravo) diante dos seus carrascos.
E esta mentira circulou durante séculos e tornou-se verdade para aqueles que hoje se recusam a aceitar as evidências científicas, que, entretanto, ficaram mais do que provadas: o bovino é um ser pacífico, herbívoro, senciente e sofre horrores quando está a ser lidado pelos cobardes psicopatas, seus carrascos, tal como qualquer humano sofreria.
A partir desta comprovação, os tauricidas e aficionados passaram a ser incluídos no rol dos portadores de distúrbios mentais, afectivos e sexuais.
Os psicopatas costumam maltratar animais na sua infância e juventude. Esta é uma afirmação do FBI norte-americano, a partir de um estudo baseado em entrevistas a homicidas e psicopatas. Decapitar gatos e esquilos ou disparar sobre cães são algumas das crueldades que estes jovens podem cometer.
Ora tendo em conta que animais somos todos nós (humanos e não-humanos) e que está provado cientificamente que os bovinos, sendo animais como nós, são sencientes e padecem dos mesmos sofrimentos, como se fossem um de nós, e o que lhes fazem a eles é como se o fizessem a um de nós, o termo psicopata encaixa-se na perfeição a um tauricida e a um aficionado de tauromaquia, pois esse termo é atribuído a indivíduos com um padrão de personalidade caracterizado por um comportamento desviante, pela ausência da capacidade de sentir empatia/remorso e compaixão, falham em relação aos valores éticos e morais, são clinicamente indivíduos perversos e portadores de distúrbios mentais graves.
Os aficionados e tauricidas vivem na zona fronteiriça entre a normalidade e a doença mental.
Os indivíduos já nascem velhos e com essa predisposição, e se crescem num meio propício, estas características tendem a desenvolver-se e a cristalizar-se nos seus cérebros emurchecidos.
Em sociedade eles agem como indivíduos normais, por isso fazem questão de se considerarem “seres humanos como os outros”, mas apresentam manifestações patológicas no seu comportamento.
São bastante desequilibrados emocionalmente e sofrem de distúrbios afectivos e sexuais.
Prova disto mesmo são os impropérios que aficionados e tauricidas lançam, nomeadamente, às activistas, onde a nota principal recai sobre uma frustrada actividade sexual que eles transpõem para nós, como se estivessem a dirigir-se às mães, mulheres e filhas deles, algo que Sigmund Freud denominou Projecção Psicológica.
Vejam neste link, do que estou a falar:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/358058.html
Estes indivíduos necessitam de atacar violentamente um bovino indefeso e inofensivo, ou de aplaudir esse ataque cruel e violento para exorcizar a invirilidade de que sofrem (eles) e a frustração sexual (elas). Para além disso precisam de atacar também os que defendem a Vida, qualquer Vida, porque para eles a Vida dos outros não tem qualquer significado. Apenas a deles interessa.
Normalmente a classe social onde estão inseridos pode ser um factor desencadeante desses comportamentos desviantes, mas não são preponderantes, e os estudos universitários não são garantia, nem remédio para erradicar essa patologia. Por isso, vemos professores catedráticos, presidentes da República, ministros, deputados, artistas, escritores e jornalistas, entre os que aplaudem a tortura de um ser vivo.
O sadismo é um desequilíbrio patológico do controlo das emoções e dos impulsos dos indivíduos que já nascem com a propensão para sentir prazer com o sofrimento de um ser vivo; frequentemente têm um comportamento anti-social e sofrem de um excesso de crueldade.
Assim sendo, e usando as palavras do psiquiatra forense brasileiro Guido Arturo Palomba, aparentemente, os aficionados e tauricidas são indivíduos normais e lúcidos, mas têm uma conduta deformada.
Os aficionados de tauromaquia podem apresentar-se como indivíduos “normais”, mas são extremamente sádicos, portadores de transtornos de personalidade e de perturbação de comportamento, deformação moral e, no limite, são psicopatas, nomeadamente os tauricidas e cobardes forcados.
Vamos analisar os portadores deste transtorno de personalidade:
De acordo com o psiquiatra, Guido Arturo Palomba, um indivíduo com transtorno de personalidade apresenta alguns defeitos básicos:
- São altamente egoístas (não pensarão os tauricidas e afins só neles, e em satisfazer o seu desejo mórbido de ver sofrer um ser vivo, o que os leva a arrastarem-se até a uma arena para “gozarem” o sofrimento de um animal como eles?);
- Não se arrependem dos seus actos (não é verdade que nenhum deles jamais admite que o acto de aplaudir ou de praticar a selvajaria tauromáquica é um acto reprovável, e não se arrependem nunca do que fazem, porque acham que é o certo?); «assim, destaca-se enfaticamente a completa falta de remorso do criminoso psicopata, os seus critérios de emoção destoam em género, número e grau dos critérios normais do paradigma de normalidade psico-emocional do homem e mulher classificados como normais, daí o profundo mal-estar que as suas práticas criminosas provocam na sociedade em geral.»;
- Têm valores morais distorcidos (os aficionados não acham que podem torturar um ser vivo apenas porque é “tradição”, apesar de lhes serem apresentados dados científicos que provam que os bovinos são seres sencientes, tal como todos nós?;
- Gostam ou não se incomodam com o sofrimento alheio (este é o maior indicador do transtorno mental e de personalidade dos aficionados e tauricidas: não só sentem prazer como não se incomodam com o ATROZ E VISÍVEL sofrimento dos bovinos.
O que dizer dos indivíduos que aplaudem o que se passa nestas imagens tão cruéis?
De acordo com o psiquiatra Guido Arturo Palomba, e como já se referiu, aparentemente, os psicopatas são indivíduos normais e lúcidos, mas têm uma conduta deformada, e este problema foi descrito pela primeira vez em 1835, como insanidade moral (...) e ao longo dos anos, já foi chamado de psicopatia, sociopatia, condutopatia e transtorno de personalidade.
E as características apresentadas pelos tauricidas e aficionados não farão parte destas doenças do foro psiquiátrico?
Para finalizar posso ainda acrescentar o contributo da Ciência das Expressões Faciais, através da qual um especialista pode diagnosticar a insanidade mental, por exemplo, destes exemplares de tauricidas com que ilustrei este meu texto.
Isabel A. Ferreira
***
Fontes:
Este texto foi escrito a partir de estudos publicados na Internet, nomeadamente o do psiquiatra Guido Arturo Palomba e também no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais - DSM-5, da American Psychiatric Association (Climepsi Editores).
EL MALTRATO ANIMAL ES UNA PSICOPATÍA
https://www.psicologiapuebla.com/maltrato-animal-una-psicopatia/
SAIBA AS CARACTERÍSTICAS QUE MARCAM UM PSICOPATA
OS TORTURADORES DE ANIMAIS
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/os-torturadores-de-animais-571714
PERSONALIDADE E PSICOPATIA: IMPLICAÇÕES DIAGNÓSTICAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v17n3/14.pdf
PROJECÇÃO FREUDIANA/ PROJECÇÃO SEGUNDO FREUD
http://psicoativo.com/2016/01/projecao-freudiana-projecao-segundo-freud.html
A CIÊNCIA DAS EXPRESSÕES FACIAIS DAS EMOÇÕES E MICRO-EXPRESSÕES: TENDÊNCIAS DA PSICOLOGIA MODERNA
http://ceapuem.blogspot.pt/2014/05/normal-0-false-false-false-en-us-x-none_5220.html
A LIGAÇÃO ENTRE VIOLÊNCIA CONTRA ANIMAIS NÃO HUMANOS E VIOLÊNCIA CONTRA SERES HUMANOS
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/ligacao-entre-violencia-contra-animais-691311
(Entre muitos outros)
Tudo o que é dito sobre as patologias descritas e sobre os psicopatas é do domínio da Psicologia, da Psiquiatria e da Psicanálise, e encaixam-se nos distúrbios apresentados pelos tauricidas e aficionados.
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A PROPÓSITO...
A propósito deste artigo, um amigo escreveu o seguinte comentário: «Apesar de concordar com todos estes comentários e de ter a absoluta convicção de que só podem ser doentes as pessoas que praticam e/ou assistem a espectáculos deste tipo, e que por mim todos esses mentecaptos podiam desaparecer da face da Terra, gostaria de ver realizado um estudo (se é que ainda não existe) que analise especificamente o pensamento dessas personagens. Um estudo realizado por profissionais ligados ao estudo da mente sobre todas essas bestas»
Pois o que tenho a dizer sobre este comentário é que já existem estudos e já foram publicados acerca destes indivíduos que se divertem com o sofrimento de um ser vivo.
Para se mudar um paradigma, alguém tem de começar. Eu dei esse primeiro passo, com os meus parcos conhecimentos das cadeiras de Psicologia que concluí na Universidade.
Talvez seja aconselhável acrescentar neste meu texto, este pormenor, para que não digam que inventei tudo: eu estudei Psicologia, embora não seja Psicóloga diplomada.
Portanto, nada do que aqui escrevi, o escrevi sem conhecimentos, e sem base em estudos dos estudiososda matéria.
Isabel A. Ferreira
É preciso acabar com esta cumplicidade de crimes contra a Infância (pedofilia) e contra a Natureza (biocídio)
Por que se “abafou” este caso?
Casa Pia chega à RTP
Autor: Felícia Cabrita
Data: 06.09.2003
Publicação: Jornal EXPRESSO
A REDE de pedofilia da Casa Pia teve, durante décadas, um núcleo activo na RTP. Realizadores, operadores de câmara, locutores e outros profissionais constituíam este núcleo, mantendo contactos sexuais com menores da Casa Pia.
Uma testemunha ouvida pelo EXPRESSO, ex-aluno da Casa Pia e depois funcionário da RTP, diz que encontrou na estação casapianos que o tinham violado nesta instituição, criando-se deste modo laços de dependência.
Aquele núcleo também se dedicava à produção de filmes pornográficos usando os recursos técnicos da RTP. Estas filmagens, que nos anos 70 ganharam características quase industriais, eram feitas por quatro operadores de câmara e dois realizadores, e tinham lugar sobretudo aos fins-de-semana em casas particulares em Cascais, Sintra, Oeiras, Azeitão e Lisboa (no Campo Pequeno, Amoreiras e Bairro Azul).
Com o início das gravações em vídeo, desenvolveu-se fora da RTP uma empresa para reprodução de cassetes para venda no estrangeiro.
Um antigo aluno da Casa Pia, filmado em cenas de sexo no princípio dos anos 80, diz que se cruzava com os operadores dos filmes pornográficos ao vê-los em touradas à antiga portuguesa transmitidas pela RTP, onde alguns casapianos serviam de figurantes trajados como pajens.
Elementos do núcleo pedófilo da RTP estariam relacionados com frequentadores do Parque Eduardo VII, em Lisboa, hoje com relevo na política, advocacia e jornalismo, referidos com alcunhas como «Andorinha», «Diabinho» e «Coxinha».
RTP usada na pedofilia
Uma nova investigação do EXPRESSO indica que a RTP serviu de base, desde os anos 60, a um grupo ligado à rede de pedofilia, que usava os seus meios para fazer filmes e orgias com jovens da Casa Pia.
A RTP alojou ao longo de várias décadas um vasto grupo de elementos pedófilos activos, entre realizadores, operadores de câmara, engenheiros, técnicos de manutenção, supervisores de emissão, locutores e outros quadros - apurou o EXPRESSO junto de diversas fontes envolvidas na rede de tráfico sexual com menores da Casa Pia de Lisboa.
O referido núcleo pedófilo teve as suas raízes na própria origem da RTP, que contou desde a fundação, em 1957, com vários quadros oriundos da Casa Pia, os quais, ao subirem a lugares de responsabilidade dentro da empresa, tinham a capacidade de recrutar como funcionários outros casapianos.
O fenómeno teria a ver com a própria cultura tradicional da Casa Pia, onde, por um lado, sempre funcionou a solidariedade entre alunos e ex-alunos (sobretudo do sexo masculino) e o sentido de protecção recíproca e, por outro, a imposição ritual de práticas sexuais da parte dos mais velhos sobre os mais novos. Um dos ex-casapianos que, nos anos 60, foram recrutados para a RTP e fizeram parte da rede interna de praticantes de sexo com menores explicou esta semana ao EXPRESSO que a violação de caloiros pelos alunos mais velhos era regular no interior da instituição: «A todos aconteceu alguma coisa. Podia não ser uma violação, mas houve sempre qualquer tipo de prática ou contacto sexual, mas ninguém que passou pela Casa Pia nessa época pode dizer que desconhece tal situação».
«Não havia hipótese»
A mesma fonte, hoje com mais de 50 anos, aluno da Casa Pia na década de 60 e depois funcionário da RTP, confirma ter sido também vítima desse circuito: «Tive o azar de passar pelas mãos dos mais velhos, de 15, 16 ou 17 anos. Eles eram os chefes de camarata, cada um com um grupo de miúdos que tinham que lhes obedecer.
Davam o parecer para termos saídas e, por isso, tínhamos a preocupação de lhes agradar. Diziam: 'Cala-te! Depois não sais no fim-de-semana'. Ou: 'À noite ficas aqui'. Era uma espécie de coroa de glória, quando um chefe tinha conseguido dar a volta a todos os miúdos. No dia seguinte, éramos alvo de chacota, pois já não éramos puros, já tínhamos ido ao castigo.
Depois de termos sido possuídos pelos chefes, tínhamos de ir das camaratas para os balneários e aí era o grande regabofe com os mais velhos. Julgo que depois do 25 de Abril as coisas terão melhorado e isto já não será a cem por cento. Mas antes não havia hipótese».
A testemunha relata que foi encontrar na RTP casapianos mais velhos que o tinham violado na instituição (alguns a estudar para acabar os cursos, enquanto trabalhavam em lugares técnicos), assim se reforçando os laços de dependência mútua do núcleo pedófilo da estação. Além do continuado recurso a alunos da Casa Pia para práticas sexuais e de encontros para festas em vivendas e apartamentos particulares, a fonte salienta, na prática de alguns elementos desse grupo, a produção de filmes pornográficos com crianças, aproveitando-se não só dos conhecimentos profissionais adquiridos na RTP como dos próprios recursos técnicos da empresa.
Para as respectivas filmagens - que se terão intensificado nos anos 70, a ponto de ganharem características quase industriais - seria importante o contributo de um núcleo de quatro operadores de câmara da RTP. De forma a poderem garantir a recolha de imagens, que se processavam sobretudo aos fins-de-semana em casas particulares, esses operadores chegavam a trocar com outros os seus turnos de serviço. Também pelo menos dois realizadores terão participado nessas produções «paralelas», tendo a mesma testemunha relatado que um deles, conhecido pela direcção de programas teatrais e operáticos, a chegou a convidar para participar como actor nos filmes pornográficos.
Embora a produção de filmes - de acordo com o referido depoente, que abandonou os quadros da RTP há já alguns anos, embora se mantenha ligado ao sector audiovisual -, se tenha iniciado ainda antes do 25 de Abril, as condições de liberdade instauradas pela revolução terão facilitado a sua intensificação.
Com a adopção das gravações em vídeo, em vez da filmagem em película, ter-se-á desenvolvido, já fora da RTP, uma empresa para reprodução de cassetes de filmes pedófilos para venda no estrangeiro, com instalações iniciais no bairro de Telheiras, mudando-se depois para as Olaias. Relata ainda o ex-funcionário da RTP: «Ao visitar em serviço esta empresa em Telheiras, vi muitos filmes a serem copiados, vi miúdos e miúdas com sete e oito anos a fazerem sexo com adultos. Eram sempre planos aproximados para não se reconhecer o local. Ali faziam-se por dia cerca de mil cópias».
Tendo em conta o valor de um filme destes no mercado clandestino europeu (na Holanda, por exemplo, um DVD de pornografia infantil vende-se hoje por 15 mil euros), terá começado a circular dinheiro com abundância. Os operadores da RTP passaram a exibir um estilo de vida acima dos seus níveis salariais, enquanto o dono da empresa de Telheiras, um ex-electricista que ainda hoje se encontra ligado a negócios de cassetes de vídeo, terá na altura chegado a exibir-se num Ferrari. Mas até as próprias crianças ganhavam muito dinheiro: um ex-aluno da Casa Pia contou que, em finais dos anos 70, recebia, por cada fim-de-semana em que actuava em filmes pedófilos, a quantia de 60 mil escudos (300 euros).
O grupo do Parque
Nos vários testemunhos recolhidos pelo EXPRESSO, são mencionadas casas em Cascais, Sintra, Oeiras, Azeitão, Alcochete e Lisboa (no Campo Pequeno, nas Amoreiras e no Bairro Azul) como locais de rodagem de filmes pornográficos com menores.
Hélder (nome fictício), hoje com quase 40 anos, relata que aos nove anos, em 1975, foi abordado num jardim por um homem que elogiou os seus cabelos louros e se propôs filmá-lo no interior de uma casa do Bairro Azul, a troco de mil escudos. A criança, oriunda de uma família pobre, participaria assim no primeiro de vários filmes, tendo nessa sessão sido acompanhado por mais dois meninos da sua idade e por uma mulher adulta. Por outro lado, um ex-casapiano, agora com 37 anos, refere um palacete em Sintra, guardado por vários cães, onde foi filmado em formato super-8 por um indivíduo inglês, dono de uma agência de viagens ainda existente. A mesma casa é mencionada por outra fonte que também participou em filmes pedófilos.
Um outro antigo aluno da Casa Pia, que foi filmado em cenas de sexo no período de transição para os anos 80, afirma que se cruzava com os operadores dos filmes pornográficos ao vê-los trabalhar para a RTP na transmissão de touradas à antiga portuguesa realizadas no Campo Pequeno, onde alguns casapianos serviam de figurantes (como pagens).
E o ex-funcionário da RTP entrevistado esta semana pelo EXPRESSO afirma que um dos quatro operadores da empresa que faziam filmes com crianças possuía uma prótese numa perna, resultante de um acidente ocorrido numa pista de carros eléctricos que explorara na Feira Popular. Esse indivíduo reformou-se há alguns anos da RTP, tendo, nos últimos meses, deixado de aparecer nos almoços de confraternização que os antigos técnicos da empresa organizam semanalmente.
Este grupo que operava a partir da RTP terá tido cruzamentos com um conjunto de consumidores de sexo com menores que na segunda metade da década de 70 confraternizavam regularmente no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, conhecido local de recrutamento de jovens prostitutos.
De acordo com o ex-quadro da RTP, do grupo do Parque fariam parte figuras que hoje têm papel de relevo na política, na advocacia, na gestão de empresas públicas e no jornalismo. Um deles, mais tarde um conhecido advogado em Loulé e amigo do embaixador Jorge Ritto (arguido no processo da Casa Pia), chegaria a instalar nesta cidade um irmão de Hélder, então com 11 anos, para manter com ele práticas sexuais. O contacto ter-lhe-ia sido fornecido pelo próprio Hélder, o qual, segundo relatou ao EXPRESSO, levara o irmão para o Algarve depois de ele próprio ter sido instalado aos 12 anos na região por um médico pedófilo do Hospital de S. José, quando este abriu uma série de clínicas no distrito de Faro.
«Andorinha», «Diabinho» e «Coxinha»
Nas sessões de sexo com casapianos realizadas nos anos 80 em vários locais da Grande Lisboa teriam participado, segundo os depoimentos recolhidos pelo EXPRESSO, figuras que viriam a ter destaque na política portuguesa e nos principais partidos. Há abundantes referências a nomes que viriam a ter cargos de responsabilidade tanto no PSD e no PS, assim como a nível autárquico e até governamental.
Algumas dessas figuras eram tratadas pelas crianças através de pseudónimos, como o «Andorinha», o «Diabinho» e o «Coxinha». São também referenciadas casa em Lisboa (uma na Rua Castilho e um edifício na Infante Santo, baptizado de «Treme-treme»).
O grupo casapiano da RTP ter-se-á mantido coeso até muito tarde, tendo alguns dos seus elementos conseguido colocação depois noutros serviços e projectos do Estado.
Fontes:
http://processocarloscruz.com/popup.php?link=RTP
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=763506
Isto já tem barbas brancas, mas não está nem resolvido, nem esquecido. Escândalos abafados porquê?
(Os sublinhados são meus)
«MÁRIO COELHO: NO TOUREIO NÃO HÁ HOMOSSEXUALIDADE»
Entrevista
Mário Coelho, matador de toiros, assegura que na tauromaquia não há pedofilia. Diz mesmo que os toureiros são de uma raça diferente, não se metem em “rebaldarias” e que só frequentam quatro locais: praças de toiros, o campo, hotéis e igrejas.
22 Setembro 2003 - Correio da Manhã
Nacional/Actualidade
Por Octávio Lopes
Correio da Manhã – O que se passou exactamente com o curso de tauromaquia que quis fazer na Casa Pia?
Mário Coelho – Em, 1993/94, eu e outras pessoas – Maurício do Vale, Joaquim Tapada, Paulo Nuguez e Salvador Costa, entre outros – sob a égide da Associação Nacional de Tauromaquia, pretendíamos fazer na Casa Pia a escola do toureio em Portugal. Apresentámos um projecto global, dado que também queríamos formar técnicos ligados às artes tauromáquicas. São 18 a 20 profissões que, praticamente, estão esquecidas no nosso país, como, por exemplo, pintores, músicos, bordadores, alfaiates, correeiros e sapateiros.
– Com quem falou na Casa Pia sobre esse curso?
– Com o provedor de então, Luís Rebelo, com quem assinámos um protocolo. Também tivemos diálogos com outros membros da direcção, como Videira Barreto.
– O que falhou para esse curso não ter avançado?
– Após assinatura do protocolo tive a oportunidade de dar 19 horas de aulas práticas. A dada altura os apoios que necessitávamos falharam.
– Quantos alunos aderiram ao curso de tauromaquia?
– Chegámos a ter 47 alunos para um único professor, que era eu. Não recebia nada e algumas vezes tive de pedir a ajuda do meu filho, que apenas tinha 14 anos. Além disso, nem sequer tinha apoio, no tocante aos horários dos alunos. Aconteceu algumas vezes que ia à Casa Pia e não tinha alunos. Perante estas condições, decidi abandonar. E senti uma certa mágoa, porque alguns dos alunos tinham verdadeiro potencial artístico.
– Sabia que os alunos da Casa Pia que participavam como figurantes nas touradas à antiga portuguesa, no Campo Pequeno, iam depois para casa de algumas pessoas que abusavam deles sexualmente e que os filmavam, como referiu Pedro Namora?
– Não sabia absolutamente nada. Nunca assisti na minha vida a uma corrida à antiga portuguesa. Sou matador de toiros e nada tenho a ver com a arte equestre. Nem sei se no período em que estive na Casa Pia se realizou uma corrida à antiga portuguesa. Sabia que a Casa Pia recebia um certo número de bilhetes por cada corrida. Não só para os alunos, mas também para os funcionários.
– Quando leu o que Pedro Namora disse, referindo-se a relatos de antigos casapianos...
–... quem não deve não teme. Nunca pensei que essas declarações pudessem aproximar-se de mim. Ainda hoje penso que isto é um sonho. Refiro-me ao facto de o meu nome estar nos jornais como professor da Casa Pia. Só lá dei algumas aulas, sem ganhar um tostão.
– Quando passou pela Casa Pia alguém lhe mencionou os alegados abusos sexuais que os alunos sofriam?
– Não sabia absolutamente de nada, quando dei as 19 aulas, algumas em Maria Pia e outras em Belém. Enfim, frequentei muito pouco a Casa Pia.
–...
– Deixe-me dizer que na festa brava não há homossexualidade, vícios, droga ou ‘mariconeo’. Esta é uma festa de homens. Na história do toureio não há um único caso de maricas. Não há vícios. Não há pedofilia. Isso é impossível nos toureiros. E a mim, não há nada que me possam apontar. Se houvesse, eu ia a uma televisão e capava-me a mim próprio. Mais: se pudesse e mandasse capava todos os pedófilos.
– Conhece alguma das pessoas envolvidas no escândalo de pedofilia da Casa Pia?
– Nenhuma. Apenas as figuras públicas, mas nunca falei pessoalmente com nenhuma delas. E até sei que Carlos Cruz queria ser toureiro, mas eu nunca falei com ele.
– Como é que aparece então envolvido neste caso?
– Não sou acusado de nada. Dizem que o Mário Coelho esteve na Casa Pia, dizem que o Mário Coelho levou miúdos a passar nas férias. Isto é tudo falso. Nunca falei como nenhum aluno fora das instalações da Casa Pia. Apenas indiquei um à escola de Vila Franca de Xira. Sei que ele foi lá duas vezes e que depois desistiu.
– Levou alguns ao Campo Pequeno?
– Fiz aí uma ou duas aulas práticas e levei alguns alunos ao campo, para ver como reagiam frente a bezerras. Levava-os no meu próprio carro, sempre com a devida autorização da Casa Pia.
«AJUDEI JOVENS DE TODO O MUNDO»
- Diz-se que foi um dos toureiros que mais jovens ajudou...
- É verdade, quando decidi ser toureiro não éramos mal recebidos nas propriedades. Um dia, após andar 40 quilómetros para nada, tomei uma decisão: se conseguisse ser toureiro, iria ajudar todos os que o quisessem ser. E assim fiz, com jovens que vinham de toda a parte do mundo.
- Lembra-se de alguns?
- Rui Bento Vasques, Eduardo Oliveira, Pedrito de Portugal, Mário Coelho Júnior, Adolfo Rojas (Venezuelano), Pepe Luis Nuñez (venezuelano), Oscar San Roman (mexicano), Pepe Luis Giron (venezuela), Henrique Medina (mexicano). Foi com a minha ajuda que todos eles se fizeram matadores de touros. Recordo ainda os bandarilheiros Pedro Santos, João José, Rui Plácido e José António.
- Quando toureou no Campo Pequeno, alguma vez se apercebeu de alguma coisa relacionada com a pedofilia?
- Nunca. Absolutamente nada. Nunca vi o Carlos Silvino. Nem sabia que existia. Nada. Os toureiros estão fora disto. Somos de uma raça diferente. Só frequentamos quatro locais: as praças de toiros, o campo, os hotéis e as igrejas. Fugimos das rebaldarias.
PERFIL
Nome - Mário Coelho Luís
Idade - 67 anos (25/03/1936)
Naturalidade - Vila Franca de Xira
Estado civil - Divorciado (um filho)
Percurso como toureiro - Amador (1950), bandarilheiro (1955), matador de toiros (1966, alternativa, em Badajoz).
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Atenção! Maricas não tem o mesmo significado de homossexual.
Um maricas é um fraco, um covarde, um efeminado, um medroso.
Um homossexual é uma pessoa que sente atracção por pessoas do mesmo sexo e não sente atracção alguma por pessoas do sexo oposto.
Obviamente que os toureiros são maricas, ou de outro modo não necessitariam de torturar e matar um Touro, para provar a sua “virilidade”.
Isto não é uma atitude de HOMEM. Os HOMENS não precisam de torturar um animal para se sentirem viris.
Quanto aos toureiros serem de uma raça diferente, lá isso são - raça cobarde; e frequentarem igrejas, lá isso frequentam - beatos falsos. Mas tal, jamais lhes dará passaporte para o paraíso.
Isabel A. Ferreira
Nesta escola pública ensina-se às crianças a tortura, a violência, a maldade, enfim, os rituais macabros ligados à tauromaquia… Depois admiram-se das más notas às disciplinas-chave, nomeadamente a Língua Portuguesa, uma autêntica tragédia ao nível dos novos “senhores doutores”…
«De acordo com um blogue tauromáquico, a empresa tauromáquica “Toiros +” percorreu diversas escolas, (Portalegre, Monforte, Alter do Chão, Arronches, Cabeço de Vide e Fronteira), para promocionar a tauromaquia. Exemplos perfeitos de terriolas onde a evolução não chegou e provavelmente nunca chegará.
Nessa digressão foram oferecidos 500 convites às crianças para marcarem presença no festival taurino promovido pela empresa, em Cabeço de Vide, dia 23 de Março.
É escandaloso e totalmente inaceitável, que neste país esta gente se movimente livremente em espaços de ensino público para disseminar um espectáculo bárbaro.
São escolas públicas, dependentes do Ministério da Educação e onde todos os funcionários são pagos com o dinheiro dos contribuintes.
Sr. Ministro da Educação, desde quando é que é permitido que este tipo de gente deambule em recintos onde a palavra de ordem é educar para inculcarem em crianças de tenra idade que tortura é cultura?
Em qualquer país civilizado, a escola é um lugar onde se privilegia a educação, o saber e a cultura. Franquear as portas a este tipo de gente num santuário que deve e deveria ser o da educação, é permitir o total abandalhamento do sistema educativo, é permitir que futuramente estas crianças sejam futuros adultos insensíveis para os quais a vida nada vale seja ela a de um animal humano, ou de um animal não humano.
Sr. Ministro ao permitir estas investidas do sector tauromáquico nas escolas do nosso país não só V. Exa., está a permitir que se cometa um crime contra crianças inocentes, como em última instância está a ser cúmplice desse mesmo crime.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
(Tenham também em conta os comentários ao texto).
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Pois é, PRÓTOURO.
O actual ministro da educação (assim, com letra minúscula, pois não merece mais), Nuno Crato, está-se completamente nas tintas para a cultura, para a educação ou para a instrução das crianças portuguesas, aliás como todos os que já passaram por aquele ministério.
Várias vezes foi interpelado a este respeito, e outras tantas recebemos respostas evasivas, o que nos dá a certeza de que o ministério da educação do Governo de Portugal é cúmplice de crimes contra as crianças.
Não é só a pedofilia ou violência doméstica ou as violações sexuais ou maus tratos que são crimes contra crianças.
Este tipo de "educação" que lhes querem impor é também um crime maior, porque em vez de FORMAR CIDADÃOS RESPONSÁVEIS PARA A VIDA, estão a criar os futuros MONSTROS da sociedade, iguais àqueles que deambulam por aí, com o CADÁVER DA TAUROMAQUIA ÀS COSTAS.
Isto é extremamente lamentável, senhor ministro Nuno Crato, que ficará no Livro Negro da Tauromaquia, como o ministro da educação que, em 2013, teve oportunidade de sair das Trevas e nada fez.
(Texto enviado a Nuno Crato)