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Prótouro – Touros em Liberdade:
«O jornal “Expresso” de ontem publicou em manchete que o deputado socialista João Pedro Alves vai apresentar um projecto-lei para modificar as touradas em Portugal de modo que as mesmas sejam feitas com velcro tal como acontece nos E.U. A. (Califórnia e Texas) e no Canadá. A Grécia não tem touradas nem com velcro nem sem velcro tal como o jornal menciona. A única tourada que se realizou na Grécia teve lugar nos anos 70 organizada por um tauromafioso português.
Afirma o jornal que o senil Manuel Alegre acha interessante e que a “prótoiro” e o PAN acham que é uma solução possível.»
«Quando lemos a manchete tivemos de imediato a certeza que o PAN jamais aceitaria tal solução como possível, porque estamos a falar de um partido que apresentou um projecto-lei para abolir a tauromaquia, projecto esse que foi rejeitado pelo parlamento.
E não estávamos errados porque de imediato o PAN se apressou e bem a desmentir tal declaração.
Resta portanto saber no que à “prótoiro” diz respeito se a mesma aceitaria tal solução possível como o jornal afirma ou não. O presidente da “prótoiro” Paulo Pessoa de Carvalho afirma que jamais disse tal coisa o jornalista afirma que o que publicou é exactamente o que o mesmo lhe disse.
E com este diz que disse os aficionados entraram em parafuso porque para os mesmos a possibilidade de touradas com velcro é inaceitável já que é transformar a suposta cultura e arte num circo.
Se as touradas com velcro são um circo – note-se que somos absolutamente contra as mesmas porque embora os bovinos não sejam dilacerados por bandarilhas são sujeitos a altos níveis de abuso e stress – então a pergunta que se impõe é porque é que os tauricidas portugueses aceitam participar nas mesmas no E.U.A. e no Canadá e não aceitam tal prática em Portugal?
A resposta é simples porque o dinheiro que esta escumalha recebe fala mais alto. Já o dissemos várias vezes a tauromaquia não é arte nem cultura é um negócio, negócio sujo em que o único inocente é o animal explorado, torturado e morto num espectáculo de terror que enche o bandulho a todos os terroristas que vivem do mesmo e que delicia todos bandalhos que o aplaudem!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
No programa Voz do Cidadão, que pode ser revisto aqui:
https://www.rtp.pt/play/p3305/voz-do-cidadao
transmitido na RTP 1, no passado dia 11/11/2017, a pergunta crucial foi: «Deve a televisão pública transmitir touradas?» O actual Provedor do TelespeCtador da RTP, Jorge Wemans, respondeu: «Eu penso que não…»
Mas…
Quem mada na RTP não é o senhor Wemans; nem a esmagadora maioria dos telespectadores que para lá escrevem, indignados com a transmissão de tortura ao vivo; nem é o senhor Daniel Deusdado, director de programas; nem é o aficionado Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração… Ninguém manda… Então quem manda?
Manda o lobby tauromáquico, instalado na Assembleia da República, disse (por outras palavras obviamente), o senhor Wemans.
Só o facto de a RTP, no ano 2017 d. C., estar a discutir esta matéria, já diz do baixo nível civilizacional em que Portugal está mergulhado.
Veja-se o que a RTP transmite em directo. E a questão é a seguinte: isto é arte? Isto é cultura? Isto faz parte de alguma tradição civilizada, digna do Homem civilizado?
E a loucura é tal, que acham que não se passou nada. Nem sequer se respeitam uns aos outros. Para os aficionados, a vida dos tauricidas não vale nada.
Vi e ouvi este programa da Voz do Cidadão com a atenção de um lince. E pasmei com as declarações de alguns dos envolvidos, nomeadamente dos que querem, porque querem, fazer da tortura de seres vivos sencientes, da violência, da crueldade, da estupidez que é este costume bárbaro (nada tem a ver com tradição) , uma “coisa” cultural e artística, como se todos nós fossemos muito estúpidos.
Comecemos por Luís Capucha, que acha, porque acha, que lá por, em tempos que já lá vão, a selvajaria tauromáquica ter dado alguma audiência à RTP, as coisas continuam iguais. Não continuam iguais. O mundo evoluiu. Já há mais informação sobre esta prática selvática. A RTP só perde audiências com a transmissão desta barbárie. Luís Capucha ainda não se deu conta de que Portugal está no século XXI d. C.. Vive metido na caverna, e não vê que o mundo avançou no tempo.
Depois vem o Jorge Palma, que eu não sabia que era aficionado (e perdeu uma fã, e até já o coloquei na lista dos
Nomes de figuras públicas portuguesas que apoiam e/ou actuam em touradas
a fazer a apologia da tourada, como se a tourada fosse um concerto de música.
Este também ficou especado na Idade Média.
Os aficionados dão respostas chapa 5. Enchem a boca com palavras das quais não sabem o significado.
Gonçalo Reis, presidente do conselho de administração da RTP, numa tourada, transmitida pela RTP, no campo pequeno, logo após a primeira pega (pega que lhe foi brindada) veio a público falar em património cultural, em tradição que é preciso preservar… Sabe lá o que é património cultural e tradição! Veja aqui a espécie de património cultural que é a selvajaria tauromáquica, que mata Touros e Cavalos, e mata também forcados e toureiros, ou deixa-os mutilados.
Um forcado que ficou tetraplégico, e depois foi abandonado pelos aficionados...
Nota: este vídeo foi removido do YouTube por violar os termos do YouTube, ou seja, por MOSTRAR a verdade nua e crua, da crueldade e estupidez numa tourada.
A ARTE não mata, nem mutila. E se a crueldade, a violência, o sangue derramado nas arenas é cultura, será apenas cultura troglodita, que nem os homens das cavernas cultivaram. Eles deixaram-nos a Arte Rupestre, e os tauricidas deixam-nos esta obra de arte estendida no chão:
Esta é arte final de uma tourada, ensinada aos que virão a ser os sádicos do futuro, com o aval de todas as autoridades…
Depois ficam muito ofendidos, quando lhe chamamos cobardes, carrascos, ignorantes, pois a tauromaquia não passa da arte da mais pura cobardia e estupidez.
Depois veio o Paulo Pessoa de Carvalho, da prótoiro exigir respeito e liberdade. Respeito e liberdade por e para carrascos? Por e para torturadores de seres vivos? A pretender opções? Escolhas? Como se a tortura pudesse ser melhorada? Não há nada a melhorar na tortura. Tortura é tortura. Ponto final. E carrascos não merecem respeito. E a tortura não faz parte do conceito de liberdade.
Até as crianças bem formadas sabem o que são as touradas. Este conjunto de imagens fazem parte de um trabalho elaborado por alunos do 9º ano, e que pode ser visto na íntegra neste link:
https://pt.slideshare.net/paulamorgado/touradas-contra
Espero que os aficionados de selvajaria tauromáquica tenham aprendido alguma coisa, com estas crianças.
Lá mais para o final do programa, vem novamente Luís Capucha, que dizem ser professor (se é, pobres alunos!), que disse esta coisa extraordinária:
«Os ataques à tauromaquia nunca têm a ver com os maus-tratos aos animais, mas sim com a imposição de uma ditadura cultural…».
Imposição de uma ditadura cultural? A Civilização? A Cultura Culta? São ditadura cultural?
Se isto não fosse extremamente trágico, daria para nos rirmos.
Senhor Luís Capucha o que ensina aos seus alunos?
Veja do que falamos, quando falamos da selvajaria tauromáquica:
Concluindo: a tauromaquia é uma prática macabra, cruel, violenta, medievalesca, que só mentes completamente deformadas acham que é arte e cultura.
E há mais a ter em conta:
Isto, diz quem sabe, quem viu, quem conhece os bastidores de uma tourada. Escusam de desmentir.
A tauromaquia a ser arte, é a arte da cobardia, e a ser cultura, é a cultura de trogloditas.
Tenham todos vergonha na cara, e evoluam. Dêem o salto para o século XXI depois de Cristo. Quanto à RTP, saia da caverna! Envergonham Portugal e a Humanidade com essa vossa postura medievalesca.
E para que não morram sem saber das coisas, aconselho a todos que leiam estes textos:
O moderno vocabulário da tauromaquia
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-moderno-vocabulario-da-tauromaquia-491355
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/22410.html
Isabel A. Ferreira
Isabel A. Ferreira