Um excelente discurso do actor Harrison Ford.
A "casa" (o planeta Terra) é de todos nós, uma alusão à Amazónia, que é um património da humanidade, e não exclusivo do Brasil.
Existe uma nova força da natureza, que está a varrer o mundo. São os nossos jovens, em relação aos quais fracassámos redondamente. São um exército moral (*) (Greta e todas as crianças e adolescentes), e a coisa mais importante que podemos fazer por eles, neste momento, é não ATRAPALHAR o caminho deles, um claro recado aos bolsonaros e trumps do mundo e a todos os que querem destruir o movimento que a jovem Greta iniciou, para continuarem a destruir o Planeta, em nome do maldito dinheiro.
Quando nada mais restar aos bolsonaros e trumps do mundo senão dinheiro para matarem a própria fome, o mundo estará morto, e eles também.
(*) Para os que desconhecem o significado da expressão "exército moral" aqui fica a explicação:
Exército (sentido figurado) = Multidão
Moral = conjunto dos princípios e valores de conduta do Homem.
Portanto, “exército moral” significa uma multidão de pessoas, neste caso, DO Bem e DE Bem, que estão a lutar pelos princípios e valores, neste caso, da BOA conduta humana.
A candidatura de quase tudo e mais alguma coisa a património da Unesco parece estar na moda neste arquipélago onde o oceano que devia unir as ilhas tem servido mais para as separar.
São mais do que muitas as intenções de candidatura. Algumas merecem ser trabalhadas e levadas a bom porto, enquanto outras nem merecem que se perca muito tempo com elas, pois a serem apresentadas seriam alvo de chacota e ridiculizariam os seus proponentes.
Em Outubro de 2010, a Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo anunciou a candidatura à UNESCO da Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade.
Esta pretensão foi imediatamente contestada, tendo na altura sido lançado um abaixo-assinado a pedir à Unesco para não aceitar a candidatura em virtude das touradas “para além de não criarem riqueza e de desconceituarem os Açores aos olhos da maioria dos povos do mundo …em nada contribuírem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, para além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas”.
Desconhecemos se foram dados outros passos, mas tudo leva a crer que o que se pretendeu foi apenas ocupar espaço nos jornais e preencher tempo de antena na comunicação social.
Outra das candidaturas anunciadas foi a das Festas do Espírito Santo. Com efeito, em 2012, a comunicação social divulgou que estava em preparação, por um grupo de investigadores, a candidatura das Festas do Divino Espírito Santo a Património Imaterial da UNESCO.
Segundo Maria Norberta Amorim, uma das investigadoras envolvidas no processo de candidatura, o objectivo era “divulgar por todo o mundo estas festividades, que se caracterizam pela “irmandade, solidariedade, partilha e integração de novas gentes à comunhão na devoção”.
Desconhecemos o que terá emperrado esta candidatura que era apoiada pela Direcção Regional das Comunidades. O que sabemos, segundo o Diário Insular, é que a mesma havia surgido depois de uma outra do mesmo género ter sido rejeitada pela UNESCO.
Quer sejamos crentes ou não, as festas do Espírito Santo mereciam ser preservadas como manifestação de verdadeira autonomia e participação das comunidades locais e como espaços de solidariedade para com os menos bafejados pela sorte ou marginalizados pelas políticas implementadas por quem tinha a obrigação de governar ao serviço do bem comum.
Mas, para o sucesso da candidatura e para um regresso aos fins originais, as festas do Espirito Santo deviam ser expurgadas de algumas modernices que levam a que grande parte dos orçamentos seja usada em contratações de artistas, muitas vezes vindos de paragens longínquas, “apoio” a desnecessitados e de maus tratos a animais para divertimento de quem gosta de ver os outros, racionais ou não, sofrer desnecessariamente.
Em Abril do presente ano, a Associação de Mordomos das Festas Tradicionais da Ilha Terceira defendeu a classificação, pela UNESCO, da tourada à corda como Património da Humanidade. Tal como a proposta de candidatura da chamada festa brava esta, cremos, não passará disto mesmo, dada a falta de consenso existente sobre o assunto na sociedade açoriana e a quantidade de vídeos de marradas que mostram uma parte, a negra sem a qual os vídeos não se vendiam, do que é a tourada à corda.
Por último, está em fase de consulta pública, até ao próximo dia 15 de Agosto, a candidatura das Fajãs de São Jorge a Reserva da Biosfera, a que damos o nosso total apoio e apelamos à participação na mesma.
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30703, 12 de Agosto de 2015, p.14)
Nos Açores é assim… tal e qual…
Touradas e marradas na ilha Terceira - edição Ivo Silva rta.
Aqui estava um excelente retrato do que os autarcas e mordomos da ilha Terceira querem para Património da Humanidade!!!!! Mas o vídeo foi eliminado por conter cenas violentas, cruéis e degradantes, que os terceirenses não querem que o mundo veja.
Por Elisabete de Albuquerque
«A Ilha Terceira é das que têm menos visitantes no conjunto do arquipélago dos Açores e isso deve-se em grande parte a estas práticas trogloditas de bandos de bêbados atacarem animais pelas ruas. A tourada à corda é alvo de chacota no mundo inteiro e isso pode ser verificado nos vídeos das marradas que circulam pela internet, que constituem um vexame para todos os portugueses. Acéfalos embriagados que voluntariamente levam cornadas, ficando feridos (ou mortos), não é coisa que orgulhe ninguém no seu juízo perfeito.
As touradas à corda contribuem em larga medida para a Terceira se manter no ranking de níveis de alcoolismo. São os próprios frequentadores das touradas à corda que confirmam o abuso escandaloso de álcool que é prática habitual! Esclarece-se o seguinte:
1.º O governo dos Açores e autarquias açorianas roubam e desviam milhares de euros todos os anos aos açorianos necessitados para entregar o dinheiro à indústria tauromáquica. Os grupos anti touradas açorianos têm divulgado inúmeros documentos oficiais publicados no Jornal Oficial da Região Autónoma que comprovam a atribuição de verbas à tauromaquia e as contas dos municípios também comprovam o mesmo. Não é possível negar porque o desvio de verbas está documentado, publicado e acessível para todos. Para além de não se interessarem por se informarem, não têm um pingo de vergonha na cara em mentir descaradamente.
As licenças pagas não chegam nem de longe, nem de perto para pagar os prejuízos causados pelas touradas à corda. Para além dos custos humanos, com policiamento e fiscalização municipal, as touradas à corda acarretam graves danos nas vias públicas, designadamente no mobiliário urbano muitas vezes destruído.
Também o património privado é danificado e muitas vezes as pessoas não são ressarcidas dos prejuízos causados. As estradas são cortadas, pessoas são impedidas de se deslocarem para o trabalho e viverem uma vida normal, o que naturalmente se traduz em prejuízo individual e colectivo incalculável.
2.º Não é verdade que exista um grande número de vendedores ambulantes nas touradas à corda. Muito menos é verdade que esses vendedores ambulantes não pudessem vender os seus produtos em outras festas e lugares. O que os lunáticos aficionados chamam de tascas, trata-se afinal de contas de latas velhas sobre rodas que representam um perigo para a saúde pública. Nem no mais pobre país da África sub sariana essas latas sujas e imundas poderiam ser consideradas como tendo peso na economia.
Comida e bebida não tem de ser à custa de sofrimento desnecessário dos animais. Comam e bebam sem castigar seres inocentes. Portem-se como humanos civilizados.
3.º Como é sabido por todos, o lixo causado pelos fanáticos e bêbados das touradas à corda perdura nas ruas vários dias e os municípios cúmplices com a máfia tauromáquica querem tudo menos aplicar multas aos seus amigos mafiosos. São os serviços das câmaras que acabam por limpar o rasto de imundice dos tarados da tortura à corda. Portanto, tudo pago pelos contribuintes.
4.º O dinheiro angariado é uma ficção e a única realidade que se vê são casas, carros e património público vandalizado no rasto de destruição deixado pelas touradas à corda. As pessoas não são tidas em consideração quando se realizam touradas à corda e têm de se fechar em casa durante a tourada e acarretar com os estragos feitos nas suas casas. Não raras vezes os moradores ficam em silêncio porque têm medo de protestar contra as máfias que organizam os eventos de tortura de bovinos com cordas.
Não é verdade que torturar animais seja um gosto “cultural”, porque se trata de uma doença estudada pela psiquiatria forense e claramente diagnosticada pelos médicos psiquiatras. A tourada à corda não tem nada de intelectual, é pura violência gratuita contra os animais. E como todos sabem, em Portugal tal como em todos os lugares civilizados, a violência injustificada contra os animais é proibida por lei. Por isso, torturar animais não é um direito ou liberdade, mas sim uma violação da lei.
As touradas sustentam apenas a economia de meia dúzia de famílias da indústria tauromáquica e, sem dúvida, atrasam a evolução civilizacional e económica dos Açores.»
Só gente muito alucinada e sem o mais ínfimo sentido crítico é que tem esta pretensão.
Tourada à corda Património da Humanidade, a que propósito?
Isto é uma anedota? Se é, é daquelas que até fazem rir as pedras.
Senhores autarcas e senhores mordomos, por favor, não sejam ridículos, nem façam passar os Açores por tal VERGONHA…
Vejam o que os autarcas e mordomos terceirenses querem candidatar a Património Mundial… não dizem de quê, mas será Património Mundial da Estupidez?... Se for… talvez tenham oportunidade de ganhar…
Reza a crónica que «o processo já está a ser preparado e baseia-se num novo conceito: o da "taurinidade" sustentado pela tradição, estreita ligação ao culto do Espírito Santo e o contágio na cultura terceirense».
Taurinidade? Ou seja a tortura de um bovino, amarrado a uma corda, sem defesa, baseada num costume bárbaro (que não tem nada a ver com tradição) introduzido no tempo dos Filipes espanhóis, e que os terceirenses, que não evoluíram, começaram a ligar ao culto do Espírito Santo (uma blasfémia que merecia a excomunhão dos padres católicos que com isto alinham) e a contagiar todos os broncos ali nascidos?
É isto a tal taurinidade.
E diz mais a crónica: «Sem certezas quanto à posição da Unesco a recolha histórica prossegue».
Sem certezas quanto à posição da UNESCO?
A UNESCO que afirmou em 1980 que «a Tauromaquia é a terrível e venal arte de torturar e matar animais em público, segundo determinadas regras. Traumatiza as crianças e adultos sensíveis. A tourada agrava o estado dos neuróticos atraídos por estes espectáculos. Desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura»?
Querem mais? Podem esperar sentados. Vão passar uma vergonha descomunal, e pior do que isso, desmoralizar o Arquipélago dos Açores.
E os autarcas terceirenses, na sua miséria moral, dizem que «não duvidam da importância económica e turística da "taurinidade».
Pois… importância económica para os ganadeiros e mais alguns bolsos.
Quanto à importância turística… que turistas vão aos Açores assistir a uma manifestação de pura estupidez?
Não os turistas cultos, com toda a certeza.
Por favor, senhores autarcas e mordomos, não sujem o nome dos Açores com a vossa ignorância.
Envergonham os açorianos cultos e todos os portugueses.
Vá… é hora de se demitirem.
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Fonte: Telejornal RTP/Açores
Terceira quer as touradas classificadas como Património Mundial (Vídeo)
http://www.rtp.pt/acores/?article=36964&visual=3&layout=10&tm=10
É isto que as autoridades açorianas promovem como “cartaz turístico” de uma Ilha…
É isto que a Presidente da Associação dos Mordomos da Ilha Terceira quer ver elevada a património da humanidade… (um imensurável delírio)
É isto a vergonha dos Açores, mas enfim… quem sofre de visão curta… não pode ver mais longe do que a ponta do seu próprio nariz...
E dizem que não maltratam o bovino… o que seria se maltratassem!
(fonte da foto) https://www.facebook.com/otoiroaarteeosaber/photos/a.281720448643910.1073741827.281532515329370/290271647788790/?type=1&theater
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A ABOLIÇÃO DA TOURADA À CORDA NOS AÇORES UM IMPERATIVO CIVILIZACIONAL!