Depois disto esperamos que as touradas sejam ENTERRADAS.
Definitivamente.
Diz-se na notícia que elas, infelizmente, continuarão.
No entanto a Abolição desta prática medievalesca é uma questão de tempo, porque esta recusa da UNESCO representa mais um golpe para a tauromaquia, a juntar ao recente corte dos subsídios europeus agrícolas, para a produção de Touros para fins tauromáquicos, aprovado na semana passada pelo Parlamento Europeu durante as votações para a nova Política Agrícola Comum (PAC).
Sem subsídios europeus e sem prestígio algum no mundo civilizado, esta actividade, que assenta na tortura de Touros e Cavalos, está condenada à extinção.
E já não é sem tempo.
Bruxelas, 29 outubro 2020 - A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - revelou que não reconhecerá as touradas como Património Cultural Imaterial da Humanidade em necessidade de salvaguarda urgente, tal como pedido pela associação espanhola International Tauromaquia Association.
A revelação foi feita por uma fonte interna da UNESCO ao eurodeputado Francisco Guerreiro, que indicou que o assunto não chegará a ser debatido nem pelo secretariado, nem pela comissão responsável. A decisão surge depois da UNESCO questionar o governo Espanhol sobre a urgência da classificação por iminência do desaparecimento da actividade no país, sugestão que foi liminarmente rejeitada pelo executivo Espanhol.
“A UNESCO fez o seu trabalho e percebeu que não há qualquer risco de extinção da indústria tauromáquica, em Espanha, logo o principal argumento utilizado pela International Tauromaquia Association era falso. Infelizmente, a prática vai manter-se, mas felizmente, não será distinguida pela UNESCO”, explicou Francisco Guerreiro.
Existem assim 54 propostas que serão discutidas, sem contemplar a tauromaquia, na 15ª sessão da Comissão para a Protecção do Património Cultural Imaterial da UNESCO, que se realiza de 14 a 19 de Dezembro, na sede da própria organização em Paris.
A discussão sobre o assunto iniciou-se no Parlamento Europeu em Setembro devido à carta de contestação redigida por Francisco Guerreiro e enviada à Directora-geral da UNESCO, subscrita também por 61 eurodeputados de 6 das 7 famílias políticas europeias, incluindo também as assinaturas dos vice-presidentes dos Verdes/ALE, Ska Keller e Philippe Lamberts.
“O cerco continua a apertar ao sector tauromáquico e o seu desespero é claro pois o pedido, para ser Património Cultural Imaterial da Humanidade, foi baseado em falsos pressupostos e é contrário aos próprios princípios de não violência da UNESCO”, conclui Francisco Guerreiro.
Esta rejeição afigura-se como mais um golpe ao sector tauromáquico, juntando-se ao recente corte dos subsídios europeus agrícolas (aos chamados 'pagamentos associados' a serem recebidos pelos agricultores) para a produção de touros para fins tauromáquicos, aprovado na semana passada pelo Parlamento Europeu durante as votações para a nova Política Agrícola Comum (PAC).
E como é triste testemunhar que Portugal está entregue a quem o vende ao desbarato…
By the way... não vi nestes 15 motivos para visitar Portugal as tão "colturais" touradas que muitos aficionados querem ver como Património Cultural Imaterial da Humanidade... proclamado pela UNESCO…
Isto… just in case... de alguém se lembrar de me enviar um comentário a dizer que os estrangeiros apreciam a “colturalidade” tauromáquica… e que vêem a Portugal, de propósito, principalmente ali para os lados da ilha Terceira, para assistir a tal “coisa”…
Bem, é sabido que os idiotas são tão idiotas que pensam que o resto do mundo é todo idiota também…
Nos Açores, ainda andam a ruminar a ideia de apresentar à UNESCO, a parvoíce da tourada à corda (uma variante da tauromaquia) como património cultural imaterial da humanidade, como se a UNESCO fosse um organismo constituído por idiotas.
UNESCOMANIA?
Um texto de Teófilo Braga para recordar neste link:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/unescomania-567539
«O que falta fazer para a candidatura avançar:
- inventariar o número de feridos e mortos, bem como as despesas públicas associadas;
- inventariar os apoios oficiais às entidades organizadoras de touradas e aos criadores de gado;
- obter uma cópia de todos os vídeos das marradas que serão um anexo muito útil para a Unesco se pronunciar com conhecimento de causa».
Fonte:
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A estupidez é como a sarna: prega-se à pele, mas com a diferença de que a sarna cura-se, e a estupidez não.
Isabel A. Ferreira
Luís Campos Ferreira, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, deslocou-se ao Alto Minho para mais uma “Embaixadoria”, desta vez dedicada ao México, acompanhado pelo Embaixador Alfredo Pérez Bravo, com o objectivo de levar embaixadores acreditados em Lisboa a visitar diversas regiões portuguesas, para realçar a diversidade cultural regional e as potencialidades do tecido empresarial do país.
Desta vez a “Embaixadoria” foi até Viana do Castelo, onde, num discurso aqui proferido, Luís Campos Ferreira referiu o Fado, o Cavalo Lusitano e as touradas como prova da “qualidade” do Alto Minho.
Ora, tal afirmação mostra uma certa ignorância sobre o que é o Alto Minho e as suas qualidades.
O Alto Minho não é Lisboa, que põe o Fado e a selvajaria tauromáquica (vulgo tourada) no mesmo saco “cultural”.
O Fado é Património Cultural Imaterial da Humanidade. É.
Mas a tourada é um costume bárbaro, ainda praticado em Lisboa, mas não tem qualquer tradição no Norte de Portugal, à excepção de Ponte de Lima, que é um autêntico ninho de lixo tauromáquico.
Viana do Castelo, a primeira cidade portuguesa a ousar ser anti-tourada, curiosamente, nos mandatos posteriores ao Dr. Defensor Moura, Presidente do município vianense, que limpou Viana do Castelo do lixo tauromáquico, regressou á selvajaria, tornando-se pró-tourada, devido à ineficácia política dos actuais autarcas. Mas a esmagadora maioria da população vianense é anti-tourada.
O Cavalo Lusitano, esse, é na verdade um Cavalo digno e de excelência, porém, é bastante maltratado em Portugal, pois além de não ser considerado um animal, pela lei portuguesa, é cobardemente utilizado nas bárbaras corridas de touros à antiga portuguesa (coisa de um passado que já passou há muito).
Por incrível que pareça, lê-se na Wikipédia que «existe uma raça de cavalos desenvolvida especialmente para as Corridas de Touros, o cavalo Puro-sangue Lusitano (PSL), que se diferencia pela sua coragem, generosidade e altivez.»
Agora digam-me, colocar o Cavalo Lusitano como prova de qualidade do Alto Minho, quando o torturam barbaramente nessas “corridas” á moda do tempo dos ignorantes… será uma prova de “qualidade”?
Isto é uma falta de discernimento total.
Luís Campos Ferreira continua a “mostrar Portugal” ao mundo, mas de um modo que não dignifica nem Portugal, nem os Portugueses que não se revêem nesta incultura bárbara de touradas e utilização de animais como os dignos Touros e o generoso e altivo Cavalo Lusitano, na festa parva dos que ainda vivem na Idade do Calhau.
E a Rádio Geice, que transmitiu este vergonhoso discurso, não terá um espírito de Cultura Crítica, que possa fazer uma triagem daquilo que é civilizado dizer alto, e daquilo que não é civilizado dizer alto?
Este secretário de estado envergonhou Portugal e desprestigiou o Alto Minho com o um discurso sem nexo. E ninguém diz nada?
Fica-se pela triste, pobre e apodrecida mensagem de alguém que ficou parado na Idade Média, mas representa o governo português, no ano de 2015, da era cristã?
Sim, sabemos, que era o embaixador do México (um país tão retrógrado quanto Portugal, nestas questões de evolução e civilização, pois também ainda alberga a selvajaria tauromáquica, se bem que a caminho da abolição) que acompanhava Luís Campos Ferreira….
Mas ainda assim...
Tinha de haver senso crítico.
Fonte:
Existem uns parvinhos por aí com pretensão a candidatar a selvajaria tauromáquica também a Património Cultural Imaterial da Humanidade
Sim… talvez no dia de São Nunca, ou na melhor das hipóteses, será Património Imaterial da Desumanidade… da Incultura ou dos Broncos…
Isabel A. Ferreira
Fonte:
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