Considerações com as quais me identifico (Isabel A. Ferreira)
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, em Paris, em 12 de Junho de 2016
Those were the days my friend...
Fonte da imagem (que é da responsabilidade da autora do Blogue): https://www.publico.pt/2016/06/12/politica/noticia/reportagem-1734906
«Tinha de acontecer, era previsível, senão fatal como o destino, são ditames populares que, em conjunto com o adágio “Diz-me com quem andas, dir-te-ei as manhas que tens”, podem servir de justificação ao terramoto político do momento, que derrubou o primeiro-ministro do PS e com seu governo, que fora eleito por uma maioria absoluta.
Depois do abalo Sócrates que levou o país à bancarrota e originou a intervenção do fundo Monetário Internacional na orientação da nossa política económico-financeira, e dos avisos da União Europeia sobre a degradação do combate à corrupção que lavrava nos meios da administração central e autárquica, o sistema legislativo e governamental daquele partido continuou a fazer ouvidos de mercador ou a fazer de conta sem mudar uma linha no caminho que trilhava. Os homens do sistema em vigor nos tempos de Sócrates que escaparam à repressão criminal, mantiveram-se em campo uns, foram repescados outros.
Mas acontece, pelo menos tem acontecido, ser o eleitor pouco sensível à honestidade ou desonestidade com que se labora a coisa pública. Assim, como dizem os comentadores da bola na véspera dos jogos de futebol, tudo está em aberto quanto aos vencedores das próximas eleições.
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O PS não perde tempo, fiel ao princípio do rei morto, rei posto. E, garra é que não lhe falta, avança de imediato com dois candidatos à presidência do partido. Dois jovens, mas já curtidos nas andanças dos palcos políticos e suas subtilezas. Caras novas, embora de promessas antigas, apresentam o PSD, PCP e o BE, enquanto o Chega se mantém com Ventura. Afinal nada de novo na nossa democracia.
Pois quanto a mim, simples cidadão eleitor que deixou de confiar nos programas eleitorais, geralmente um rol de promessas e de mentiras piedosas, já ficaria satisfeito se todos os partidos políticos susceptíveis de eleger deputados para a próxima Assembleia da República se comprometessem, em acordo público assinado, certificado e registado em cartório notarial, a três meses depois de constituído o novo poder legislativo terem aprovada nova lei que punisse o enriquecimento ilícito.
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Assim, para não ficar de fora e ser acusado de andar a dormir na forma, ouso botar faladura sobre o caso da demissão do primeiro-ministro António Costa e o escarcéu que assola a comunicação social sobre quem recai a responsabilidade do infausto acontecimento. Na esteira do habitual, sempre que se instaura procedimento criminal contra políticos, banqueiros e poderosos, o bode expiatório de culpas alheias é o M.º P.º e a procuradora-geral da República, no caso concreto porque esta divulgou em nota oficial ter remetido ao Supremo Tribunal de Justiça certidão para abertura de inquérito tendente a averiguar se o chefe do governo tinha ou não rasca na assadura dos comparsas.
Certo é que o primeiro-ministro não esperou pelo inquérito e, sem sequer saber quais os factos que lhe eram imputados, se demitiu.
Conclusão imediata e assanhada: o M.º P.º e a procuradora-geral derrubaram o governo, opinião que esquece o tráfico de influências apontado a um ministro e ao seu próprio chefe de gabinete, como causa política suficiente para o efeito.
Tanto ética como politicamente não vejo que o facto de haver uma denúncia pendente para abertura de inquérito, só por si seja motivo suficiente para a demissão de um cargo público.
Qualquer pessoa é susceptível de ser objecto de inquérito, bastando para o seu desencadeamento a denúncia anónima, cabendo à entidade competente a sua investigação. Finda esta, pode o inquérito ser arquivado. Só após a acusação do M.º P.º, sufragada por despacho de pronúncia do juiz de instrução, se poderá falar em indícios suficientes da existência de um comportamento criminoso, o que justificaria eticamente a demissão.
Perante este quadro, incorrecto nos parece afirmar que o M.º P.º e a procuradora-geral da República derrubaram o governo em vez de anunciar que António Costa, ponderado o circunstancialismo do caso, entendeu demitir-se.
Os que berram contra o regime actual da magistratura do M.º P.º, que lhe atribui a autonomia perante o poder político, berram sem propor alternativa. É que esta vigorou durante quase meio século durante o regime salazarista e continua a manter-se nos regimes totalitários: a de ser o governo a mandar naquela magistratura. Não há meios-termos.
Os mortos têm o direito a ser respeitados, e os vivos têm o dever de fazer valer esse direito.
Os fundamentos apresentados nesta Carta Aberta, assinada pelos seis bisnetos do também nosso Eça, deveria ser suficiente para ganharem esta causa, que também é minha e dos milhares de Queirozianos espalhados pelo mundo.
É que Eça de Queiroz repousa ao lado da sua filha Maria, no cemitério de Santa Cruz do Douro, um lugar que era da sua predilecção, longe do fausto de um monumento, longe do ruído de multidões, perto daquela quietude, daquele silêncio e daquela paz que, ao morrer, todos almejam.
É inaceitável que, passados tantos anos (123) os restos mortais de Eça de Queiroz tenham de andar em bolandas, apenas por caprichos de quem nunca leu, ou não leu com olhos de ler, a sua obra, e nela viu o quanto o Panteão Nacional está longe de ser o lugar que o escritor escolhesse para o seu repouso eterno.
Eis os argumentos dos seis bisnetos que contestam a trasladação do bisavô, para o Panteão, baseados na realidade e não em vontades, os quais deviam ser levados em conta, para que Eça de Queiroz não seja forçado a ir para onde nunca desejaria ir, se, lá do além, pudesse dizer de sua justiça, ou se tal não ficasse bem patente na sua obra.
Cabe aos vivos ter esse discernimento.
Isabel A. Ferreira
«Carta Aberta aos Queirosianos, e não só...»
Nas vésperas da entrada no Supremo Tribunal administrativo do recurso interposto pelos bisnetos que se opõem à trasladação dos restos mortais de Eça de Queiroz, divulgam os mesmos uma "Carta aberta a Queirosianos, e não só..."
É um documento extenso, mas que explica todos os meandros desta polémica...
Mais de 123 anos após a sua morte, José Maria Eça de Queiroz, nosso bisavô, volta a ser incomodado no seu eterno descanso. Tendo este facto gerado polémica inesperada, pontuada por desinformação, alguns destratos e até referências caluniosas, a nosso ver escusadas e que apenas ficam com quem as fez.
Sobre isto cumpre-nos esclarecer alguns pontos importantes, mas pouco abordados.
Em 1⁰ lugar é preciso esclarecer de que a Fundação Eça de Queiroz (FEQ), sediada no Concelho de Baião, não representa nem nunca representou a família do escritor, sendo uma sociedade de direito privado conjunturalmente presidida por um trisneto de Eça a quem não compete sequer pronunciar-se sobre o assunto à luz da lei vigente. Fica pois claro que a FEQ não tem direitos de representação da família nem sobre os restos mortais do escritor que está enterrado junto à sua filha no cemitério de Santa Cruz do Douro – e de que a Fundação é apenas fiel-depositária.
Como é sabido, Eça de Queiroz morreu em Paris em 1900. Foi trasladado para Portugal onde ficou depositado no jazigo da família Rezende – família da sua mulher – aguardando a decisão de sua viúva sobre o local definitivo que seria a sua última morada.
Passou-se o tempo, a nossa bisavó morreu, e os filhos aceitaram que as coisas ficassem como estavam.
Em 1989, por razões que não nos dizem respeito, a família foi Informada pela Câmara de Lisboa de que o jazigo ia mudar de mãos, e onde se perguntava também que destino iriam ter os restos mortais do nosso antepassado.
Nessa altura, foram consultadas as netas sobrevivas, e oficiosamente o então Presidente da República Dr. Mário Soares , perguntou se aceitariam a trasladação para o Panteão Nacional – eram pois as herdeiras mais próximas – e por unanimidade a sugestão foi recusada, tendo então o corpo sido enviado para o cemitério de Santa Cruz do Douro, Concelho de Baião junto à quinta que Eça mitificou no seu romance “A Cidade E As Serras”, pelo que se pensou que o assunto tinha ficado resolvido por quem de direito e que não iria ressurgir inopinadamente mais de 30 anos depois.
A Fundação foi criada por Maria da Graça Salema de Castro, viúva de Manuel Pedro Benedito de Castro, neto de Eça, que cedeu a casa e toda a propriedade à FEQ, assumindo-se compreensivelmente como Presidente vitalícia, pois tratava-se da casa onde residia desde que casara. E assim, durante mais de 30 anos, Eça repousou sossegado nesse bonito lugar, pois todos sabiam que D. Maria da Graça jamais patrocinaria a sua trasladação.
Com a sua morte, em 2015, as coisas mudaram, e com a conivência do actual Ministro José Luís Carneiro, então Presidente da Camara Municipal de Baião, membro por inerência do Conselho de Administração da FEQ e de malas feitas para ocupar importante cargo partidário em Lisboa, a Fundação propôs à Assembleia da República a atribuição de honras de Panteão a Eça de Queiroz. Proposta esta que não tinha a competência legal para apresentar, pelo que o Parlamento votou algo que não estava de acordo com a lei e que nos soou a pagamento de favores – o que, a ser verdade, seria inqualificável.
Este é um relato factual, facilmente confirmável pelos factos dados à estampa pela imprensa de 1989.
Poderá perpassar pela ideia de alguém de que esta polémica não passa de uma mera querela familiar, mas na realidade é muito mais do que isso. Trata-se de uma questão de fundo que representa um aproveitamento político para nós intolerável, tal como o facto de alguns bisnetos considerarem mais importantes as suas ambições pessoais do que a memória do seu bisavô, que com esta trasladação, seria enterrado pela 4ª vez nos últimos 123 anos.
Terminamos afirmando que nos sentimos orgulhosos com as honras de Panteão Nacional, seja através de lápide ou cenotáfio, desde que não envolvam de forma alguma a saída dos restos mortais do escritor de Santa Cruz do Douro.
Como sempre o dissemos, a obra de Eça de Queiroz pertence aos Portugueses, mas não os seus restos mortais.
Não nos movem quaisquer intenções que não sejam respeitar o que resta do Homem, e dado que nada disto é uma Sociedade Anónima, tudo o que seja contrário ao seu pensamento e escritos consistirá numa irreparável ofensa à sua memória.
Assinam:
José Maria Eça de Queiroz
Francisco de Paula Queiroz de Andrada
António Benedito Afonso Eça de Queiroz
Maria Teresa Eça de Queiroz Cortez
Isabel Maria Afonso Eça de Queiroz
Ana Leonor Queiroz de Andrada
Fonte: https://www.facebook.com/antonio.ecadequeiroz
Depois disto esperamos que as touradas sejam ENTERRADAS.
Definitivamente.
Diz-se na notícia que elas, infelizmente, continuarão.
No entanto a Abolição desta prática medievalesca é uma questão de tempo, porque esta recusa da UNESCO representa mais um golpe para a tauromaquia, a juntar ao recente corte dos subsídios europeus agrícolas, para a produção de Touros para fins tauromáquicos, aprovado na semana passada pelo Parlamento Europeu durante as votações para a nova Política Agrícola Comum (PAC).
Sem subsídios europeus e sem prestígio algum no mundo civilizado, esta actividade, que assenta na tortura de Touros e Cavalos, está condenada à extinção.
E já não é sem tempo.
Bruxelas, 29 outubro 2020 - A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - revelou que não reconhecerá as touradas como Património Cultural Imaterial da Humanidade em necessidade de salvaguarda urgente, tal como pedido pela associação espanhola International Tauromaquia Association.
A revelação foi feita por uma fonte interna da UNESCO ao eurodeputado Francisco Guerreiro, que indicou que o assunto não chegará a ser debatido nem pelo secretariado, nem pela comissão responsável. A decisão surge depois da UNESCO questionar o governo Espanhol sobre a urgência da classificação por iminência do desaparecimento da actividade no país, sugestão que foi liminarmente rejeitada pelo executivo Espanhol.
“A UNESCO fez o seu trabalho e percebeu que não há qualquer risco de extinção da indústria tauromáquica, em Espanha, logo o principal argumento utilizado pela International Tauromaquia Association era falso. Infelizmente, a prática vai manter-se, mas felizmente, não será distinguida pela UNESCO”, explicou Francisco Guerreiro.
Existem assim 54 propostas que serão discutidas, sem contemplar a tauromaquia, na 15ª sessão da Comissão para a Protecção do Património Cultural Imaterial da UNESCO, que se realiza de 14 a 19 de Dezembro, na sede da própria organização em Paris.
A discussão sobre o assunto iniciou-se no Parlamento Europeu em Setembro devido à carta de contestação redigida por Francisco Guerreiro e enviada à Directora-geral da UNESCO, subscrita também por 61 eurodeputados de 6 das 7 famílias políticas europeias, incluindo também as assinaturas dos vice-presidentes dos Verdes/ALE, Ska Keller e Philippe Lamberts.
“O cerco continua a apertar ao sector tauromáquico e o seu desespero é claro pois o pedido, para ser Património Cultural Imaterial da Humanidade, foi baseado em falsos pressupostos e é contrário aos próprios princípios de não violência da UNESCO”, conclui Francisco Guerreiro.
Esta rejeição afigura-se como mais um golpe ao sector tauromáquico, juntando-se ao recente corte dos subsídios europeus agrícolas (aos chamados 'pagamentos associados' a serem recebidos pelos agricultores) para a produção de touros para fins tauromáquicos, aprovado na semana passada pelo Parlamento Europeu durante as votações para a nova Política Agrícola Comum (PAC).
Como o Saber não ocupa lugar, o que aqui se transcreve, textualmente, também poderá interessar a Portugal que, além de estar a perder a Língua Materna, está a perder também a sua História.
A História que se ensina nas escolas brasileiras está muito mal contada. Em Portugal, a História está posta de canto. Estes apontamentos valem muito mais do que tudo o que se (mal) ensina, por lá e por cá.
Aproveitemos a lição, não só de História, mas também do Português, dito Brasileiro, assinalado a negrito. É que uns e outros ainda têm muito, muito o que aprender.
Isabel A. Ferreira
Dom Pedro II – Imperador do Brasil
«CERTAMENTE SEU PROFESSOR DE HISTÓRIA NÃO TE ENSINOU ISSO NA ESCOLA» 🏴
✔ Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.
✔ A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel.
✔ A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família.
✔ D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
✔ D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
✔ A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.
✔ D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.
✔ D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.
✔ Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.
✔ Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.
✔ Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.
✔ D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.
✔ Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.
✔ Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica.
✔ Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.
✔ Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
✔ A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
✔ (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
✔ (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
✔ (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
✔ (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
✔ (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
✔ (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
✔ (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
✔ (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
✔ A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
✔ "Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
✔ O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
✔ Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
✔ Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
✔ A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
✔ D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.»
Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.
Origem do texto:
https://www.facebook.com/veralucia.assuncao/posts/3145347318812699
Há indivíduos que, não conseguindo discernir o óbvio, precisam de estudos MUITO, MUITO CIENTÍFICOS para entenderem as coisas que um cego de nascença consegue ver com os olhos da alma.
Porém, quando lhes fornecemos esses estudos, CONTINUAM sem conseguir discernir.
Então só resta uma conclusão: esses indivíduos não batem bem da bola, e isto, em linguagem científica, significa que sofrem de um qualquer distúrbio mental que os impede de ver óbvio.
Isto vem a propósito de um comentário brilhante, que me enviou o José Manuel…
José Manuel E. R. C. Costa, deixou um comentário ao post TAUROMAQUIA - DOENÇA DO FORO PSIQUIÁTRICO às 11:31, 2016-09-16.
Comentário:
Bom gostaria de saber onde foi publicado este "brilhante" estudo. Quais os dados estatísticos.
***
José Manuel E. R. C. Costa, eu nem quero acreditar que alguém, que no mínimo sabe unir as letras, faça uma pergunta destas.
Você gostaria de saber ONDE foi publicado este “brilhante” estudo?
Pois então ainda não se deu conta ONDE foi publicado este “brilhante” estudo?
Se AINDA não se deu conta, pois não serei eu quem lho dirá.
Quanto aos dados estatísticos não sei a que se refere.
No entanto, poderei responder-lhe à pergunta do cabeçalho desta publicação, com as brilhantes palavras que um médico dirigiu a alguém que comentou este meu texto publicado também no Facebook, e que, por coincidência (ou não, uma vez que se identificou como Zé Mané, e apresentou-se numa figura feminina), fez a mesmíssima pergunta, ou seja, quis saber onde foi publicado o meu estudo…
E o Luís Vicente respondeu assim:
«O Galileu dizia que a experimentação servia para explicar aos ignorantes aquilo que ele estava farto de saber.
Sobre a necessidade deste estudo da Isabel, apenas lhe quero perguntar umas coisas, Zé Mané: Independente do vasto conteúdo da palavra "doentio" que é vasto, a Zé Mané não acha doentio ter prazer, por exemplo, a assistir ao espectáculo do circo de Roma em que cristãos são mortos por leões? Não acha doentio ter prazer em assistir ao espectáculo dos guilhotinados na Praça da Revolução em Paris (hoje Praça da Concórdia)? Não acha doentio ter prazer em assistir à morte de "bruxas" nas fogueiras do Rossio? Não acha doentio ter prazer em assistir a um filme onde se expõe o abuso sexual de menores? Não acha doentio, alguém ter prazer na morte de judeus nos fornos crematórios dos campos de concentração?
A Zé Mané necessita de ler um estudo para, se assistir na rua a uma cena de violência gratuita em que alguém é barbaramente agredido, se insurgir contra isso?
Acha que são necessários estudos para concluir que é doentio, ou é simplesmente uma questão de civilidade, ética e bom senso? » (Luís Vicente)
***
Sobre a mesma pergunta, o Rui Barbosa disse o seguinte: «dever-se-ia fazer era um estudo para tentar compreender como há gente que ainda precisa de estudos para entender que esta porcaria das touradas já deveria ter terminado há muito tempo!»
Pois é…
Não posso estar mais de acordo com Luís Vicente e Rui Barbosa.
José Manuel E. R. C. Costa, sugiro-lhe que reflicta acerca destas palavras. Use o cérebro, se é que tem cérebro…
A propósito do tema Ambiente e da última Conferência de Paris
«Somente depois que a última árvore tiver sido cortada,
Somente depois que o último rio tiver sido contaminado,
Somente depois que o último peixe tiver sido pescado,
Somente então vocês entenderão que dinheiro não se pode comer».
(Os Cree são um povo indígena da América do Norte)
«Não há machado que corte, a raiz ao pensamento, não há morte para o vento… não há morte…» (Carlos de Oliveira)
Ontem, dia 11 de Janeiro de 2015, todo o mundo civilizado (e não só os que se juntaram na Praça da República em Paris), disse um rotundo não ao terrorismo e demonstrou que é possível a união dos povos ao redor da liberdade de culto, de ideias, de expressão, de culturas e da civilização que ainda não chegou a quem em nome de um deus assassina seres humanos.
Foto: Peter Dejon/AP
Um uníssono grito em Paris contra os que querem impor ao mundo a desordem da mente
O mundo não mais será o mesmo depois desta demonstração de força contra os fracos de espírito.
Ontem, o terrorismo foi reduzido à sua insignificância.
Podem calar umas tantas vozes, mas milhares de outras se farão ouvir e gritarão que um deus, porque é um ser superior, não se ofende com meros desenhos satíricos, alguns de muito mau gosto (deve dizer-se), uma vez que não passam de riscos e dizem apenas da personalidade de quem os cria.
E nenhum terráqueo, por muito que se julgue representante do divino, tem o direito de fazer a justiça que cabe unicamente aos deuses colocados em causa por esses desenhos.
Ontem, juntaram-se líderes políticos de todo o mundo.
Ontem, gente de todas as crenças religiosas e políticas uniram-se para mostrar que a liberdade é possível.
Notou-se a estranha ausência de Barack Obama (ou de um seu representante mais directo) e também a ausência de líderes religiosos muçulmanos (estiveram lá líderes políticos muçulmanos, o que não é a mesma coisa), para dizerem, com a sua presença, o que com as palavras não dizem.
Repudiar actos terroristas de extremistas, perpetrados em nome de uma religião, seja qual for, qualquer cidadão comum, com um mínimo de lucidez o faz.
O que é preciso é que sejam os próprios líderes religiosos a orientarem esses extremistas, perdidos no tempo, no sentido do caminho de uma prática religiosa pacífica e livre do estigma da vingança.
No entanto, desde o ano 632, os muçulmanos não se entendem numa questão primordial: quem é o elemento congregador do Islamismo, ou seja, o correspondente ao Papa cristão, que aglutina as questões da fé?
Existem muitos títulos para designar os líderes religiosos e políticos muçulmanos: Aiatolá, Califa, Emir, Imã, Marajá, Rajá, Mulá, Ulemá, Paxá, Sultão, Vizir, Xá, Xeque, contudo, as entidades islâmicas de topo ainda não chegaram a um consenso (e existem várias facções que os dividem) daí que não seja fácil uma liderança que possa manter a unidade da fé islâmica e desmistificar a questão do “mártir”, que conduz a actos condenáveis à luz da razão ou de qualquer desígnio divino.
No entanto, e apesar destas ausências notadas, milhões de pessoas, por todo o mundo, deixaram uma mensagem bem clara aos terroristas: nenhuma arma de fogo jamais calará as vozes da consciência dos povos livres e civilizados.
E a este grito, junto um outro grito, o meu grito, pela menina-bomba que foi utilizada por terroristas na Nigéria, no passado dia 9 de Janeiro, e matou vinte pessoas (incluindo a inocente menina), e poucos, no mundo, se importaram…