Quarta-feira, 5 de Julho de 2023

🐂 30 Touros serão massacrados se nada for feito durante visita do Papa

 

É preciso fazer chegar esta mensagem ao Papa Francisco, porque talvez ele não saiba que a  Lisboa que recebe a Jornada Mundial da Juventude é a mesma Lisboa que TORTURA Touros, para divertir os sádicos, no antro tauromáquico do campo pequeno.

 

Talvez os organizadores desta jornada não saibam, até porque não lhes interessa saber, que na encíclica “Laudato Si”,  o Papa Francisco refere que «é contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas».


Tanto dinheiro gasto nesta Jornada, ao menos que também sirva para pôr em prática os ensinamentos do Papa Francisco, até porque a Igreja Católica, em Portugal, não cumpre a Bula "De Salute Gregis" (01 de Novembro de 1567), ainda em vigor, do Papa São Pio V, que decretou a proibição das touradas,  e que excomungava todos quantos participassem ou assistissem a «esses espectáculos sangrentos e vergonhosos dignos de demónios e não de homens».

O Partido Político PAN - Pessoas Animais Natureza - defende a suspensão das touradas durante a JMJ, apoiando-se precisamente nestas palavras do Papa.

Mas não só.

 

PAPA FRANCISCO.PNG

 

O  PAN deu entrada no Parlamento de uma iniciativa em que apela ao Governo que não permita a realização de eventos tauromáquicos em Portugal durante a visita do Papa Francisco a Portugal, pela violência gratuita que os caracteriza, aplicando assim uma medida de clemência aos 30 animais que iriam ser sacrificados na arena.

Não nos faz, por isso, qualquer sentido que, durante a visita papal, no nosso país estejam a ter lugar este tipo de actividades anacrónicas, marcados por uma violência gratuita contra os animais, mas cuja exposição tem repercussões nas pessoas, incluindo crianças”, sublinha a porta-voz e deputada do PAN, Inês de Sousa Real. Actualmente, durante o período em que o Papa Francisco se encontrará no nosso país, está prevista a realização pelo menos de cinco corridas de touros em Nazaré, Beja, Abiul (Pombal), Nave de Haver (Almeida) e Colmeias (Leiria).

«Significa que, pelo menos, 30 animais serão massacrados e mortos nesses dias em Portugal», refere Inês de Sousa Real líder do PAN, que acrescenta: «Portugal estaria a dar um sinal ao mundo de respeito pela dignidade dos animais, da Natureza e até pelos direitos humanos, se aprovasse a suspensão da actividade tauromáquica durante a visita papal, já para não falar no avanço civilizacional que daria se, finalmente, desse passos firmes no sentido de erradicar definitivamente as touradas»  reforçando ainda o APELO do PAPA «a uma intervenção global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas, ao respeito pela natureza e à erradicação da crueldade para com os animais

O PAN critica ainda o facto de Portugal continuar a alimentar a crueldade das touradas também por via de excepções legislativas, bem como através do uso de milhões de euros de fundos públicos para manter estas práticas bárbaras. Adicionalmente, a violência da tauromaquia em Portugal foi considerada uma violação de vários artigos da Convenção dos Direitos da Criança, em Setembro de 2019, no último relatório periódico de avaliação de Portugal no Comité dos Direitos da Criança das Nações Unidas.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:03

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Quarta-feira, 23 de Novembro de 2022

«Bicadas do meu Aparo: “Farrapos Humanos”, por Artur Soares

 

 

O Claustro dos Farrapos Humanos.png

Claustro dos "Farrapos Humanos"

 

Para a VI Jornada Mundial dos Pobres, o Papa Francisco disse/denunciou o seguinte: “A pobreza que mata é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos. É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspectivas nem vias de saída”.

 

Há mais de dois anos, a ONU afirmou que existem no mundo mais de duzentos milhões de pobres e que cerca de oitenta milhões são de pobreza extrema: passam fome. Também nos seus últimos anos de vida, Madre Teresa de Calcutá denunciou o seguinte: “Se todos os homens levassem para casa o dobro daquilo que consomem, ninguém no mundo tinha fome, porque o que o planeta dá, chega e sobra para toda a Humanidade

 

Nós por cá, temos, pois claro, os nossos pobres, os esfomeados e temos os nossos sem-abrigo que “habitam” nas ruas, nos becos, nos halls de entrada e no Verão “habitam” nos bancos dos jardins. Estes pobres – alguns porque assim querem e outros porque não têm outro remédio – abeiram-se de instituições organizadas para terem uma sopa, bem como contam com as instituições da Igreja católica para serem socorridos.

 

O presidente da República, Marcelo R. de Sousa, mandou recados ao Governo de António Costa para que se retirassem das ruas os sem-abrigo em Portugal. E que foi feito? Penso que nada. Em qualquer cidade ou vila, os sem-abrigo têm aumentado, precisamente o contrário daquilo que o Presidente sonhava.

 

Assim, é de perguntar quem criou ou quem fez este género de farrapos humanos? Só eu, só nós, só a sociedade a que pertencem. Mas se todos os homens “levassem para casa o dobro do que precisam”, não havia fome – como disse, repito, Teresa de Calcutá.

 

Há aberrações na distribuição dos géneros alimentícios. Há desperdícios para o lixo de toneladas de alimentos e há consumos de alimentos que rondam o egoísmo, a gula e o desdém por aqueles a quem tudo falta. E se há alimentos “para o lixo”, também há luxos de verdadeiros atentados contra os esfomeados ou os farrapos humanos de que falamos.

 

Admiro e agradeço ao Criador todos os animais selvagens e domésticos. Destes, sou fervoroso devoto de cães e durante anos tive-os na minha companhia. Sei que agora – e ainda bem que assim é - estes animais têm de ter dono identificado e terem chips que possam identificar o animal para, em caso de perda ou outros, se devolver a quem pertencem. Isto é, são animais que vivem protegidos.

 

Assim sendo – animais domésticos protegidos, com dono identificado, possibilidades de perda, lavados, vacinados, escovados, devidamente alimentados, perfumados com desodorizante canino e muito mais… - porque não se colocam chips aos “Farrapos Humanos” sem-abrigo para, no mínimo, lhes ser feito ao que se faz aos “nossos irmãos cães”, como diria S. Francisco?

 

Tenho outra ideia ainda melhor do que a que acabo de expor: é sabido que os sem-abrigo (sem chip), por norma, não são criminosos. Se foram, talvez já tenham “pago as contas” à sociedade. Logo, não fazem mal a ninguém.

 

Também é sabido, que certas prisões do país vão ser melhoradas porque não têm “condições para agasalhar” esses fora-da-lei. É ainda sabido que os presos, têm as três refeições diárias garantidas, banhos quentinhos três ou quatro vezes por semana, roupa de cama mudada duas vezes por semana, médico uma vez por semana, vêem uma hora de televisão por dia e no fim da pena, ainda levam uns trocos no bolso para sua inserção à liberdade.

 

Sendo verdade o que acabo de afirmar – mas é mesmo verdade! – porque não se colocam nas prisões os sem-abrigo – que não fazem mal a ninguém – obrigando e colocando os presos nos lugares dos sem-abrigo e com as “regalias” destes? Parece-me justa a troca. Pelo que, é de pedir ao sr. Ministro da Administração Interna e aos respectivos presidentes de câmaras, que pensem nesta forma de justiça social, uma vez que as suas políticas são o desejo de “igualdade e distribuição” e não de “liberdade e produção”.

 

Bom seria que todos os Governos, dessem condições de vida aos presos por crimes praticados, mas que dessem aos sem-abrigo um imóvel em – pelo menos – cada distrito, com as mesmas regalias e condições que dão aos presos de Portugal. Todos, fazem parte dos farrapos humanos que criamos. Mas os impostos que o Estado cobra, também têm de ser aplicados nestes problemas, para poder dizer-se que entre nós funcionam os direitos do homem.

 

(Artur Soares – escritor d’Aldeia)

(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)  

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:37

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Quinta-feira, 24 de Junho de 2021

O pároco de Fenais da Luz (Ponta Delgada – Açores) maltrata bovinos com ferros em brasa – De párocos destes o inferno deve estar mais do que cheio

 

Figuras públicas a Favor das Touradas ou a Vergonha Nacional adicionou 3 fotos novas ao álbum: Figuras públicas/artistas a FAVOR das TOURADAS

 

[Nas fotos:

 O padre Ricardo Tavares, actual Director Regional da Cultura do Governo Regional, doutorado e autor de um livro chamado "O verme de Deus"; o Padre Duarte Rosa (capelão-reitor do Santuário de S. Gonçalo de Angra, doutorado em música e mestre de cerimónias-protocolo da Sé Catedral de Angra, entre outras "afinidades"   e António Ventura (secretário regional da Agricultura, grande aficionado e defensor das Touradas, como bem mostrou em debates na Assembleia da República)!!!]

 

Padre ferrador.jpg

Ferra 1.jpg

Açores -.jpg

Ferra 2.jpg

Ferra 3.jpg

Origem das fotos:

https://www.facebook.com/VergonhaNacional/photos/pcb.5866586513383955/5866569573385649

 

Em 2017:

 

O pároco de Fenais da Luz, Ricardo Tavares, manifestou o seu desacordo com a realização de uma tourada, junto da Comissão de Festas do Senhor bom Jesus dos Aflitos, por considerar a tourada “uma prática anti-cristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas”.

 

Enquanto eu for pároco, não haverá lugar a violência contra animais, nem touradas nem bezerradas. Porque quando há maus-tratos a animais haverá sempre violência contra pessoas…”

https://basta.pt/padre-acoriano-realizacao-touradas/

 

Afinal era, mas já não é.... depois de ter sido eleito Director Regional da Cultura (Açores):

 

 2020

 

《 Com a sua autorização e por uma questão de justiça publico a mensagem recebida do Sr. Padre Ricardo Tavares:

 

"Boa tarde, S.r ******

Como já lhe referi, a minha opinião é pessoal e não passa disso. A partir do momento que sou nomeado Diretor Regional da Cultura, meto de lado as minhas opiniões e trabalho ao serviço das tradições culturais da Região, qualquer que ela seja.

Pode esperar de mim respeito e apoio efectivo a todas as manifestações da Ilha Terceira, até porque a tauromaquia contribui em boa medida para a economia da Ilha.

Se tem amor e respeito pela verdade, não deve esconder esta minha visão.

Com os melhores cumprimentos,

Ricardo Tavares"》

 

Fotos: Grupo Central Anti-tourada

https://m.facebook.com/Grupo-Central-Anti.../posts/...

 

 ***

(Outro testemunho recebido via-email)

 

Padre que era anti-touradas participa em ferra

 

AGORA

 

O padre anti-touradas a ferrar um bovino * [na imagem acima]

 

O padre Ricardo Tavares, director regional da cultura, é um verdadeiro aficionado da festa brava que é o mesmo que dizer que deve ter algum prazer em observar animais em sofrimento.



E porque deve considerar essa actividade como cultura ( e apenas o é porque faz parte do modo de vida de certas comunidades mas ao mesmo tempo trata-se duma manifestação violenta, já banida em muitos lugares do mundo) marcou presença num evento de marcação de gado (Ferra).


A minha vista deve andar a atraiçoar-me porque me pareceu ter lido numa publicação periódica qualquer, há algum tempo, que o sr. padre se tinha expressado com veemência contra esse tipo de manifestações.

Tenho de ir ao oculista ver o que se passa.

Autor: Mário Roberto

* Título da nossa responsabilidade

21 de Junho de 2021

 

ANTES

 

TOURADAS NAS FESTAS DO SENHOR BOM JESUS DOS AFLITOS - FENAIS DA LUZ


O Pároco tinha-se manifestado, perante a Comissão de Festas do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, então em funções, contra a realização da tourada. Além de não ser uma tradição micaelense, a tourada é uma prática anti-cristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas. Inclusivamente a última encíclica do tão aplaudido Papa Francisco, Laudato Si', condena os maus tratos sobre animais. A tourada é uma prática sádica, na qual as pessoas se divertem à custa do medo e do pânico do toiro, além de ser uma actividade bárbara, anti-civilizacional e dispendiosa, que queima verbas que podiam muito bem ser canalizadas para uma acção social ou até para o restauro da Igreja.


Infelizmente, a Comissão realizou a indesejada tourada, na qual poucas pessoas participaram. Porém, a Comissão foi demitida pela Diocese, por desobediência aos ditames da Igreja, a este e a outros. E acabam-se 7 anos de barbárie contra animais em nome de Deus!


Enquanto eu for pároco, não haverá lugar para violência contra animais, nem touradas nem bezerradas. Porque, enquanto houver maus-tratos contra animais, haverá sempre violência contra pessoas...


O Pároco dos Fenais da Luz

Ricardo Tavares

25.07.2017

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:25

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Segunda-feira, 23 de Março de 2020

Carta aberta a Dom João Evangelista Pimentel Lavrador, Bispo Residencial da Diocese de Angra

 

BULA PIOV.png

 

Excelentíssimo Dom João Evangelista Pimentel Lavrador

Bispo Residencial da Diocese de Angra

 

domjoaolavrador@diocesedeangra.pt

 

Venho, por este meio, manifestar a minha mais veemente repulsa pela presença de alguns forcados, devidamente identificados, através da sua indumentária, numa procissão realizada no passado dia 8 de Março, em Angra do Heroísmo, tendo alguns deles transportado o andor da imagem de Nosso Senhor dos Passos, como se fossem “irmãos” de alguma confraria religiosa; bem como pela realização de um “festival” taurino, previsto para o próximo dia 23 de Maio, de apoio a obras das igrejas das Lajes e da Agualva, como se a tortura de criaturas, também de Deus, servisse para branquear as acções selváticas perpetradas por algozes.

 

Ao longo dos tempos, têm sido inúmeras as declarações de membros da Igreja Católica a condenar as práticas tauromáquicas entre outras, em que são maltratados animais não-humanos. A título de exemplo, posso referir o que o Secretário do Vaticano, Bispo Pietro Gasparri, em 1923, disse: «Embora a barbárie humana ainda persista nas corridas de touros, a Igreja continua a condenar em voz alta estes sangrentos e vergonhosos “espectáculos”, como o fez Sua Santidade o Papa Pio V». Mais recentemente, na sua Encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco escreveu que «sujeitar os animais ao sofrimento e à morte desnecessária não é digno de um ser humano».

 

Face ao exposto, venho manifestar a minha repugnância e repúdio pela presença de forcados, devidamente identificados, numa procissão, fazendo propaganda a uma actividade condenável nas sociedades humanas actuais, e não a manifestar a sua fé em Deus que, pela Sua Natureza divina, condena todos os actos violentos e cruéis contra as Suas criaturas, quer sejam humanas ou não-humanas.

 

Manifesto também, a minha indignação e repúdio pela realização de uma sessão de tortura de touros para, hipocritamente, apoiar obras em igrejas.

 

Venho, igualmente, apelar a Vossa Reverendíssima para que, em nome de Deus, condene estas práticas bárbaras e macabras, e a presença de forcados identificados em procissões, e não autorize que as paróquias aceitem recolher fundos através de touradas ou de outros eventos onde animais não-humanos, indefesos, inocentes e inofensivos são barbaramente torturados, para divertimento de uma peque fatia de um povo que ficou parado no tempo, e afastado dos ensinamentos de Jesus Cristo.

 

Para um melhor aprofundamento deste tema, sugiro a Vossa Reverendíssima a leitura dos textos inseridos nestes links:

 

A Igreja Católica e a tourada

Touradas e Igreja Católica


Com os meus cumprimentos,

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:10

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Sexta-feira, 4 de Outubro de 2019

Comemora-se hoje o Dia Mundial dos Animais, de todos os animais, e não só de Cães e Gatos

 

Apesar de todos os dias serem dias de todos os animais.

 

Mas hoje, celebra-se São Francisco de Assis, que morreu em 03 de Outubro de 1226. É o Santo patrono e irmão de todos os animais não-humanos e plantas (meio ambiente).

 

E quando se fala em patrono dos animais, não é apenas patrono de cães e gatos, mas de todos os outros animais não-humanos: touros, cavalos, porcos, vacas, galinhas, tigres, leões, aves, enfim, os outros animais que sofrem barbaridades às mãos de humanóides, porque os seres humanos não maltratam os animais, nem permitem que os maltratem.

 

Para celebrar este dia, que também poderá ser o meu, porque sou um animal humano (não sou, como hoje já ouvi a Maia a dizer: metade animal e metade humana. Qual será a parte animal e a parte humana da Maia?), deixo-vos com um magnífico texto de Leonardo Boff, um teólogo, escritor, filósofo e professor universitário brasileiro que muito prezo (daí o texto estar escrito segundo a ortografia brasileira) .

 

Leonardo-Boff.jpg

 

Por Leonardo Boff

 

«Os animais: portadores de direitos e devem ser respeitados

 

A acei­ta­ção ou não da dig­ni­da­de dos ani­mais de­pen­de do pa­ra­dig­ma (vi­são do mun­do e va­lo­res) que ca­da um as­su­me. Há dois pa­ra­dig­mas que vêm da mais al­ta an­ti­gui­da­de e que per­du­ram até ho­je.

 

O pri­mei­ro en­ten­de o ser hu­ma­no co­mo par­te da na­tu­re­za e ao pé de­la, um con­vi­da­do a mais a par­ti­ci­par da imen­sa co­mu­ni­da­de de vi­da que exis­te já há 3,8 bi­lhões de anos. Quan­do a Ter­ra es­ta­va pra­ti­ca­men­te pron­ta com to­da sua bi­o­di­ver­si­da­de, ir­rom­pe­mos nós no ce­ná­rio da evo­lu­ção co­mo um mem­bro a mais da na­tu­re­za. Se­gu­ra­men­te do­ta­dos com uma sin­gu­la­ri­da­de, a de ter a ca­pa­ci­da­de re­fle­xa de sen­tir, pen­sar, amar e cu­i­dar. Is­so não nos dá o di­rei­to de jul­gar­mo-nos do­nos des­sa re­a­li­da­de que nos an­te­ce­deu e que cri­ou as con­di­ções pa­ra que sur­gís­se­mos.

 

A cul­mi­nân­cia da evo­lu­ção se deu com o sur­gi­men­to da vi­da e não com o ser hu­ma­no. A vi­da hu­ma­na é um sub-ca­pí­tu­lo do ca­pí­tu­lo mai­or da vi­da.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma par­te de que o ser hu­ma­no é o ápi­ce da evo­lu­ção e to­das as coi­sas es­tão à sua dis­po­si­ção pa­ra do­mi­ná-las e po­der usá-las co­mo bem lhe aprou­ver. Ele es­que­ce que pa­ra sur­gir pre­ci­sou de to­dos os fa­to­res na­tu­ra­is, an­te­rio­res a ele. Ele jun­tou-se ao que já exis­tia e não foi co­lo­ca­do aci­ma.

 

As du­as po­si­ções têm re­pre­sen­tan­tes em to­dos os sé­cu­los, com com­por­ta­men­tos mui­to di­fe­ren­tes en­tre si. A pri­mei­ra po­si­ção en­con­tra seus me­lho­res re­pre­sen­tan­tes no Ori­en­te, com o bu­dis­mo e nas re­li­gi­ões da Índia. En­tre nós além de Ben­tham, Scho­pe­nhau­er e Schweit­zer, seu mai­or fau­tor foi Fran­cis­co de As­sis, di­to pe­lo Pa­pa Fran­cis­co em sua en­cí­cli­ca “So­bre o cui­da­do da Ca­sa Co­mum” co­mo al­guém “que vi­via uma ma­ra­vi­lho­sa har­mo­nia com Deus, com os ou­tros, com a na­tu­re­za e con­si­go mes­mo…exem­plo de uma eco­lo­gia in­te­gral”(n.10). Mas não foi es­te com­por­ta­men­to ter­no e fra­ter­no de fu­são com na­tu­re­za que pre­va­le­ceu.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma, o ser hu­ma­no “mes­tre e do­no da na­tu­re­za” no di­zer de Des­car­tes, ga­nhou a he­ge­mo­nia. Vê a na­tu­re­za de fo­ra, não se sen­tin­do par­te de­la, mas seu se­nhor. Es­tá na ra­iz no antro­po­cen­tris­mo mo­der­no que tan­tos ma­les pro­du­ziu com re­fe­rên­cia à na­tu­re­za e aos de­mais se­res. Pois o ser hu­ma­no do­mi­nou a na­tu­re­za, sub­me­teu po­vos e ex­plo­rou to­dos os re­cur­sos pos­sí­veis da Ter­ra, a pon­to de ho­je ela al­can­çar uma si­tu­a­ção crí­ti­ca de fal­ta de sus­ten­ta­bi­li­da­de.

 

Seus re­pre­sen­tan­tes são os pa­is fun­da­do­res do pa­ra­dig­ma mo­der­no co­mo Newton, Fran­cis Ba­con e ou­tros, bem co­mo o in­dus­tri­a­lis­mo con­tem­po­râ­neo que tra­ta a na­tu­re­za co­mo me­ro bal­cão de re­cur­sos, um baú ines­go­tá­vel de bens e ser­vi­ços, em vis­ta do en­ri­que­ci­men­to.

 

O pri­mei­ra pa­ra­dig­ma – o ser hu­ma­no par­te da na­tu­re­za – vi­ve uma re­la­ção fra­ter­na e ami­gá­vel com to­dos os se­res. De­ve-se alar­gar o prin­cí­pio kan­ti­a­no: não só o ser hu­ma­no é um fim em si mes­mo, mas igual­men­te to­dos os se­res, es­pe­ci­al­men­te os vi­ven­tes e por is­so de­vem ser res­pei­ta­dos.

 

Há um da­do ci­en­tí­fi­co que fa­vo­re­ce es­ta po­si­ção. Ao des­co­di­fi­car-se o có­di­go genético por Drick e Dawson nos anos 50 do sé­cu­lo pas­sa­do, ve­ri­fi­cou-se que to­dos os se­res vi­vos, da ame­ba mais ori­gi­ná­ria, pas­san­do pe­las gran­des flo­res­tas e pe­los di­nos­sau­ros e che­gan­do até nós hu­ma­nos, possuímos o mes­mo có­di­go genético de ba­se: os 20 ami­no­á­ci­dos e as qua­tro ba­ses fos­fa­ta­das. Is­so le­vou a Car­ta da Ter­ra, um dos prin­ci­pa­is do­cu­men­tos da UNES­CO so­bre a eco­lo­gia mo­der­na, a afir­mar que “te­mos um es­pí­ri­to de pa­ren­tes­co com to­da a vi­da” (Pre­âm­bu­lo). O Pa­pa Fran­cis­co é mais en­fá­ti­co: “ca­mi­nha­mos jun­tos co­mo ir­mãos e ir­mãs e um la­ço nos une com ter­na afei­ção, ao ir­mão sol, à ir­mã lua, ao ir­mão rio e à Mãe Ter­ra” (n.92).

 

Nes­ta pers­pec­ti­va, to­dos os se­res, na me­di­da que são nos­sos pri­mos e ir­mãos/as e pos­su­em seu ní­vel de sen­si­bi­li­da­de, so­frem e são por­ta­do­res de cer­ta in­te­li­gên­cia, que lhes per­mi­te fa­zer co­ne­xões ce­re­bra­is e as­sim se ori­en­ta­rem no mun­do. Por is­so mes­mo são por­ta­do­res de dig­ni­da­de e de di­rei­tos. Se a Mãe Ter­ra go­za de di­rei­tos, co­mo afir­mou a ONU, eles, co­mo par­tes vi­vas da Ter­ra, par­ti­ci­pam des­tes di­rei­tos.

 

O se­gun­do pa­ra­dig­ma – o ser hu­ma­no se­nhor da na­tu­re­za – tem uma re­la­ção de uso com os de­mais se­res e os ani­mais. Se co­nhe­ce­mos os pro­ce­di­men­tos da ma­tan­ça de bo­vi­nos e de aves fi­ca­mos es­tar­re­ci­dos pe­los so­fri­men­tos a que são sub­me­ti­dos. Ad­ver­te-nos a Car­ta da Ter­ra: “há que se pro­te­ger ani­mais sel­va­gens de mé­to­dos de ca­ça, ar­ma­di­lhas e pes­ca que cau­sem so­fri­men­to ex­tre­mo, pro­lon­ga­do e evi­tá­vel” (n.15b).

 

Aí nos re­cor­da­mos das pa­la­vras sá­bi­as do ca­ci­que Se­at­le (1854): “Que é o ho­mem sem os ani­mais? Se to­dos os ani­mais se aca­bas­sem, o ho­mem mor­re­ria de so­li­dão de es­pí­ri­to. Por­que tu­do o que acon­te­cer aos ani­mais, lo­go acon­te­ce­rá tam­bém ao ho­mem. Tu­do es­tá re­la­ci­o­na­do en­tre si”.

 

Se não nos convertermos ao pri­mei­ro pa­ra­dig­ma, con­ti­nu­a­re­mos com a bar­bá­rie con­tra nos­sos ir­mãos e ir­mãs da co­mu­ni­da­de de vi­da: os ani­mais. Na me­di­da em que cres­ce a con­sci­ên­cia eco­ló­gi­ca mais e mais sen­ti­mos que so­mos pa­ren­tes e as­sim nos de­ve­mos tra­tar, co­mo São Fran­cis­co com o ir­mão lo­bo de Gub­bio e com os mais sim­ples se­res da na­tu­re­za. Es­ta­mos se­gu­ros de que che­ga­rá o dia em que es­te ní­vel de con­sci­ên­cia se­rá um bem co­mum de to­dos os hu­ma­nos e en­tão, sim, nos com­por­ta­re­mos co­mo uma gran­de fa­mí­lia de se­res vi­vos, di­fe­ren­tes, mas uni­dos por la­ços de familiaridade e ir­man­da­de. »

 

(Le­o­nar­do Boff é ar­ti­cu­lis­ta do JB on-li­ne e es­cre­veu: «Fran­cis­co de As­sis: sa­u­da­de do pa­ra­í­so», Vo­zes 1999)

 

Fonte:

https://www.dm.com.br/opiniao/2017/11/os-animais-portadores-de-direitos-e-devem-ser-respeitados/

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:19

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Segunda-feira, 25 de Março de 2019

Papa Francisco não estará a ofender a Deus e aos católicos e São Francisco de Assis ao abençoar um torturador e matador de Touros?

 

No passado dia 20 de Março, depois da Audiência Geral no Vaticano, o Papa Francisco abençoou o torturador e matador de Touros espanhol Juan José Padilla e a sua família. Uma criatura que, embora seja criação de Deus, tortura Touros, criaturas também de Deus.

 

Padilla encarregou-se de contar ao Papa sobre a sua “profissão”. E o que fez o Papa? Sorriu e apertou-lhe a mão, bem apertada. E o que deveria ter feito o Papa? Não deveria tê-lo levado para um sítio reservado, e dizer-lhe que os Touros também são criaturas de Deus, e torturá-los e matá-los, por divertimento, não faz parte das práticas católicas apostólicas romanas, condenáveis aos olhos de Deus? 

 

Eu fiquei perplexa, porque este gesto não combina nada com o que ele disse na sua carta encíclica. E das duas uma: ou o Papa desconhece o que faz um matador de Touros ou é hipócrita. Não nos esqueçamos que até Jesus Cristo correu à chicotada os vendilhões do Templo, porque há coisas que não podem ser toleradas.

 

Padillka 1.jpg

 

Diante de Juan José Padilla, torturador e matador de Touros, o Papa Francisco deveria ter condenado a prática selvática da tauromaquia, que tortura e mata cruelmente os Touros, seres vivos, criaturas mansas, pacíficas, criaturas também de Deus, e máta-os em nome de nada que seja de Deus. O Papa Francisco deveria ter dado a bênção a esta criatura do mal, que também é criatura de Deus, mas na qual não germinou a semente de Deus, mediante a promessa de este nunca mais voltar a torturar e a matar Touros como divertimento de sádicos.

 

Padilla 2.jpg

 

Diz a notícia que, neste encontro, o Papa abençoou uma foto da família e uma medalha, e o torturador e matador de Touros agradeceu a Deus a protecção na sua vida profissional. E o Papa Francisco não lhe disse que torturar e matar Touros para divertimento não é uma profissão, mas uma prática diabólica, e que Deus não gostará que torturem e matem as suas criaturas mais indefesas, ou seja, os animais não-humanos, que estão à mercê da crueldade da criatura desumana.

 

Petição ao Papa Francisco, para que honre o nome de São Francisco de Assis e condene a tauromaquia:  

 

À conta deste insulto aos católicos, aos cristãos, a São Francisco de Assis e ao próprio Deus, já corre por aí esta petição, que aconselho, a todos os que abominam os maus-tratos aos animais, a assinarem:

https://secure.avaaz.org/es/community_petitions/Papa_Francisco_Papa_Francisco_honre_a_San_Francisco_de_Asis_Condene_las_Corridas_de_Toros/details?fbclid=IwAR1E836HYHfWVPQDuZbDkZysZ8djFSIgneGHTA-4VBdqQdlcp1exols-pl4O

 

O texto da petição diz o seguinte:

 

Em 20 de Março de 2019, depois da sua audiência geral, o Papa Francisco teve a atenção especial de abordar o toureiro Juan José Padilla para o cumprimentar, o qual lhe contou sobre a sua profissão. Apesar disso, o Papa Francisco não se pronunciou sobre o facto de que a profissão de Padilla é torturar animais até à morte e pôr a sua vida em risco por dinheiro.

 

A sensibilidade da sociedade em relação à violência contra os animais está a aumentar, depois de a ciência ter demonstrado que os animais sentem dor e sofrimento. As touradas são violentas, porque nelas todos os tipos de agressões são exercidas sobre um animal inocente até o matar, afogado no seu próprio sangue, cravando-lhe uma espada (estoque) no tórax. De toda a violência contra os animais, aquela que é exercida como meio de entretenimento, cercada de risos e aplausos, é a mais deplorável.

 

São Francisco de Assis, de quem o actual Papa tomou o nome, ficaria horrorizado com a crueldade gratuita das touradas.

 

Por outro lado, o Papa São Pio V emitiu em Novembro de 1567 uma Bula chamada De Salute Gregis Dominici que proibia as touradas sob pena de excomunhão. Embora tenha havido modificações subsequentes, a Bula permanece válida e ainda está vigente e aplicável aos crentes católicos.

 

Por meio desta petição exigimos que o Papa Francisco honre o nome que adoptou e a memória de São Francisco de Assis, assim como a mencionada Bula, com a condenação incondicional das touradas e de qualquer outra prática em que animais sejam maltratados, torturados e executados.

 

***

O mais estranho é que o Papa Francisco, que adoptou o nome de São Francisco de Assis, o Santo Padroeiro dos Animais, disse-se contra os maus-tratos animais, na sua carta encíclica - Carta Encíclica Laudato Si´ (um dos documentos mais importantes da Igreja), e fez um apelo extraordinário a cada um de nós, católicos e não-católicos.

 

Neste documento o Papa começa por dizer que «a indiferença ou a crueldade com as outras criaturas deste mundo sempre acabam de alguma forma por repercutir-se no tratamento que reservamos aos outros seres humanos. O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas».

 

(…) «É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas».

 

E termina a apelar a «todos os cristãos a explicitar esta dimensão da sua conversão, permitindo que a força e a luz da graça recebida se estendam também à relação com as outras criaturas e com o mundo que os rodeia».

 

É, pois, de estranhar esta atitude do Papa Francisco, ao abençoar um torturador e matador de Touros, sem lhe ter chamado a atenção para a crueldade daquilo que ele faz na vida, que não é uma actividade digna de um ser humano, e muito menos uma profissão.

 

Juan Padilla saiu do Vaticano crente, crente que o que faz é abençoado por DEUS.

 

O que ele não sabe é que o Papa não é Deus, e se representa Deus na Terra, ao abençoar um torturador das suas Criaturas mais indefesas, cometeu um grave erro, e ofendeu os católicos e o próprio Deus.

 

E eu, que no dia do Conclave, poucos minutos antes de aparecer o fumo branco, vaticinei o nome que o próximo Papa haveria de tomar (disse alto para os que comigo seguiam o Conclave: «Gostava que o próximo Papa se chamasse Francisco, como São Francisco de Assis, porque ainda não há um Papa Francisco», e quando, naquela noite, ouvi o nome do novo Papa, fiquei paralisada (porque o meu vaticínio cumpriu-se) e ao mesmo tempo feliz. EU, que até tinha muita admiração por este Papa, pela coragem que tem tido de “desenterrar mortos”, fiquei estupefacta e decepcionada com esta sua estranha atitude, de abençoar alguém que ganha a  vida com uma prática cruel e sanguinária. 

 

Não digo que não abençoasse o Padilla, afinal é um pobre pecador, que há-de prestar contas a Deus,  de toda a crueldade que já praticou na vida. Mas essa bênção deveria vir acompanhada do arrependimento dele, e da sua promessa de nunca mais torturar e matar uma criatura de Deus, para divertir gente sádica.

 

E isso não aconteceu.

 

Isabel A. Ferreira

 

Link para a Carta Encíclica Laudate Si’

http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:55

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Sexta-feira, 11 de Maio de 2018

Mais de quatro mil assinaturas contra as touradas nos Açores

 

COMUNICADO DO MCATA - Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores

 

AÇORES.jpg

 É deste modo bronco que os açorianos  broncos se divertem...

 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) condena o início de outra época de touradas à corda na ilha Terceira e relembra que são já mais de quatro mil as assinaturas que apoiam a petição “Não mais touradas, com ou sem corda, nem violência contra os animais nos Açores” disponível na plataforma Change.org:

(https://www.change.org/p/assembleia-regional-dos-a%C3%A7ores-n%C3%A3o-mais-touradas-com-ou-sem-corda-nem-viol%C3%AAncia-contra-os-animais-nos-a%C3%A7ores).

 

Os assinantes protestam contra a intenção do Governo Regional dos Açores de introduzir novas alterações à legislação que regulamenta a tourada à corda (entretanto aprovadas na Assembleia Legislativa Regional em Março), considerando que esta prática cruel e retrógrada, que nos envergonha como povo, deveria ser abolida, introduzindo definitivamente o progresso e a modernidade no âmbito das nossas festividades populares.

 

As touradas à corda são responsáveis pela morte e pelo ferimento frequente de numerosos animais, que são abusados inutilmente, para mera diversão humana. São também a causa do ferimento e da morte de seres humanos, calculando-se em cerca de uma pessoa morta e 300 feridos, em média, anualmente. Além do referido, contribuem ainda para uma imagem negativa dos Açores junto de cidadãos nacionais e estrangeiros, que se sentem incomodados ao saber que na região que visitam os animais não são respeitados.

 

Embora haja quem pretenda associar as touradas à corda a tradições religiosas, queremos relembrar aqui as recentes palavras do Pároco dos Fenais da Luz, o Padre Ricardo Tavares: “A tourada é uma prática anticristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas. Inclusivamente a última encíclica do tão aplaudido Papa Francisco, Laudato Si, condena os maus tratos sobre animais. A tourada é uma prática sádica, na qual as pessoas se divertem à custa do medo e do pânico do toiro, além de ser uma actividade bárbara, anticivilizacional e dispendiosa, que queima verbas que podiam muito bem ser canalizadas para uma acção social ou até para o restauro da Igreja.”

 

Infelizmente o Governo Regional e as autarquias da ilha Terceira são mais tradicionalistas que a própria Igreja Católica, e a sua ideia de progresso é manter para sempre associada às festividades populares do nosso povo uma tradição bárbara e violenta como são as touradas à corda.

 

Quantos mais feridos graves e mortos, quantos mais animais feridos e com os ossos partidos, quantos mais turistas envergonhados e constrangidos serão necessários para acabar com o apoio governamental a esta infame actividade própria de outra época?

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

10/05/2018

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:43

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Segunda-feira, 30 de Outubro de 2017

MENSAGEM QUE APELA AO FIM DA TORTURA ANIMAL DIRIGIDA AO PAPA FRANCISCO

 

«Papa Francisco acabe com a tortura animal Ingrid Chávarri exorta o Papa Francisco e a igreja católica a pôr em vigor a encíclica de São Pio v, "De Salutis Gregis Dominici", que proíbe a tauromaquia. Também menciona a encíclica "Laudato se", contra o abuso animal, escrita pelo Papa Francisco.»

Siga-nos:

You Tube: Espaço Público TV

Twitter: @Espaciopublictv

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:20

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Segunda-feira, 29 de Maio de 2017

Carta aberta de Rui Palmela ao Padre Vítor Feitor Pinto

 

A propósito de um texto que escrevi em 2012, sobre a muito “franciscana” afición do padre Vítor Melícias, o Rui Palmela enviou-me um comentário, onde partilha a Carta Aberta que dirigiu ao padre Vítor Feitor Pinto, porque isto de padres católicos e touradas, são como unha e carne.

 

Nada sabem da criação do Deus que dizem representar, nem da obediência aos Papas, Pio V, Bento XVI entre outros, nem da Laudato Si’, Carta Encíclica do Papa Francisco, enfim, mas sabem de carnificina q.b.

 

Porque concordo com cada palavra do Rui Palmela, dou destaque à sua Carta e faço também minhas todas as palavras que escreveu…

É urgente que a igreja católica se transforme em Igreja Católica.

 

MELÍCIAS.jpg

Grande Corrida Caras, em 2 de Maio de 2010 na praça de Touros do campo pequeno, em Lisboa. Padre Victor Melícias (embaixador português junto da UNESCO).

 

Rui Palmela, deixou um comentário ao post «As touradas, o padre Melícias e a Assembleia da República» às 00:21, 2017-05-25.

 

Comentário:

 

Entrei casualmente no Blog e aplaudo tudo o que nele se escreve contra a Tauromaquia de que o padre Vítor Melícias é fervoroso aficionado apesar de se dizer "franciscano".

 

Gostaria de partilhar aqui também uma CARTA ABERTA que dirigi há algum tempo ao padre Vítor Feitor Pinto por causa de uma afirmação que ele fez um dia dizendo que "os animais não têm alma"... Em face disso escrevi-lhe uma carta que deixo aqui:

 

Caro sr. Padre Vítor Pinto: Confesso que sempre gostei de o ouvir como homem da Igreja cheio de grande lucidez e sensatez falando das questões humanas cuja cultura não questiono pela sua dimensão, porém surpreendeu-me bastante pela forma como se exprimiu em relação aos animais que tal como diz o Génesis da Criação são criaturas de “almas viventes” criadas por Deus que fazem na Terra o percurso de sua evolução.

 

O homem surgiria muito tempo depois para dominar sobre todas as espécies e direi mesmo que muitos já perderam sua alma e se comportam hoje como 'zombies' sem coração que devoram até às entranhas seres viventes que confiam no homem, mas este se tornou pior que as bestas-feras que mata todos os dias milhões de animais que sofrem, mas como “não têm alma” são vistos como ‘coisas’ que vivem apenas para a nossa alimentação. É assim que pensa a maioria dos humanos e o sr. padre não é excepção!

 

Agora entendo porque é que muitas pessoas crentes em Deus desprezam e maltratam animais, inclusive com a bênção da Igreja Católica que não reprova as touradas por exemplo, de que o Padre Vítor Melícias é um grande aficionado apesar de se dizer “Franciscano”. Creio que Francisco de Assis ficaria escandalizado com isso e mais ainda a “Nª Srª da Conceição” que vê horrorizada o que se passa em Barrancos por altura das festas em seu nome que culminam com a tortura e morte de toiros frente à Capela, em plena praça pública, tudo feito em nome de uma 'tradição' que a Igreja aprova quando devia condenar esta situação. Mas, é claro, como “os animais não têm alma” (segundo a Igreja), então as pessoas pensam que eles não sofrem como nós e continuam a tratá-los de forma cruel e nisso tem muita responsabilidade a própria Religião. Talvez por isso o Pregador Eclesiastes já dizia o seguinte: ...”

 

«O que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego (alma, pneuma, anima); e a vantagem dos filhos dos homens sobre os animais (a este respeito) não é nenhuma. Todos vão para um lugar, todos são pó (matéria perecível) e ao pó (à terra) tornarão. Quem adverte que o fôlego (alma) dos filhos dos homens sobe para cima (para os céus) e que o fôlego (alma) dos animais desce para baixo da terra (ao inferius)?» - Eclesiastes, cap. 3:19 a 21, da Bíblia.

 

Portanto, caro senhor Padre Vítor Pinto, espero que cultive melhor a palavra de Deus e não a sua que precisa ser mais repensada e cuidada para não induzir em erro quem lhe pede esclarecimentos ou explicações sobre coisas para as quais deveria estar melhor preparado e não criar mais confusões. Os animais têm mesmo sua alma e sofrem como nós e deveriam ser respeitados e não torturados nem transformados em refeições. É o que penso de minha alma e meu coração!

 

Com os meus cumprimentos,

 

 ***

Já agora, para completar este périplo pelos pecados da igreja católica no que diz respeito a esta matéria, podem consultar o texto abaixo referido, onde esta relação mórbida é abordada.

 

 

A Igreja Católica e a tourada

03 de Dezembro de 2012

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:01

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Sexta-feira, 19 de Maio de 2017

PARA OS QUE SE DIZEM CATÓLICOS, BEIJAM A MÃO DO PAPA, VÃO A FÁTIMA, AJOELHAM-SE, ACENDEM VELAS E DEPOIS VÃO ÀS TOURADAS…

 

«É melhor ser ateu do que católico hipócrita»

(Papa Francisco)

 

Um texto que dirijo aos governantes portugueses, que se dizem católicos, à igreja católica portuguesa e a todos os falsos católicos que apoiam e aplaudem e divertem-se com práticas cruéis contra seres vivos.

 

Leiam, pasmem e sigam o exemplo que vem de cima.

 

Agora não têm mais desculpas para dizerem que não sabiam.

 

PAPA FRANCISCO.jpg

Origem da foto: Internet

 

Não foi por acaso que o Papa Francisco adoptou o nome de São Francisco de Assis, o Poverello de Assis, que deixou a vida mundana para se dedicar aos mais pobres dos pobres e amar toda a Criação de Deus, considerando todas as criaturas irmãs suas.

 

A visão iluminada de São Francisco de Assis sobre a Mãe Natureza e a natureza do Homem influenciou a Filosofia da Renascença e todos os que, conscientemente, vivem como Seres Humanos e não como seres desumanos.

 

Inspirado nestes princípios franciscanos, o Papa Francisco, a 24 de Maio de 2015, publica a sua carta encíclica Laudato Si’ - Sobre o Cuidado da Casa Comum, na qual tece relevantes críticas aos “poderosos”, ao consumismo, ao “progresso” irresponsável, aos que se julgam superiores a todas as outras criaturas, e faz um apelo à mudança e à unificação global de acções que combatam a degradação ambiental, as alterações climáticas e a postura dos homens perante as criaturas de Deus.

 

Para mim, esta Encíclica, além de ser um hino à cominhão universal, contém algo extraordinário: apresenta uma oração, onde se roga a Deus pela mais pequenina das suas criaturas…

 

Para os que não sabem (e devem ser aos milhares, porque na esmagadora maioria dos púlpitos não se fala disto) as Encíclicas são os documentos mais importantes emitidos pela Igreja Católica, Apostólica Romana, os quais actualizam a doutrina católica através do desenvolvimento de um tema da actualidade.

 

Eis as mais conhecidas Encíclicas, objecto de estudo, nomeadamente dos não-católicos:

 

"Rerum Novarum" (Papa Leão XIII) sobre a questão operária; “Mater et Magistra” (João XXIII), sobre a questão social à luz da doutrina cristã; “Populorum Progressio” (Paulo VI), sobre a cooperação entre os povos e os problemas dos países pobres; "Laborem Exercens" (Papa João Paulo II) sobre o trabalho humano; "Fides et Ratio" (Papa João Paulo II) sobre as relações entre fé e razão; "Deus Caritas est" (Bento XVI), sobre o Amor Cristão; "Caritas in Veritate" (Bento XVI), sobre o desenvolvimento humano na Caridade.

 

São Cartas dirigidas geralmente aos Patriarcas, Arcebispos, Bispos, Sacerdotes, Irmãos da Igreja, mas também aos fiéis; contudo, são os não-católicos que mais as lêem e conhecem.

 

Faça-se um inquérito aos milhares que vão a Fátima e veja-se quantos deles conhecem o conteúdo destas Encíclicas.

 

Pergunte-se aos nossos governantes, que se dizem católicos, e aos padres de todas as paróquias portuguesas, se conhecem o conteúdo da Laudato Si’, do Papa Francisco.

 

Não conhecem, se conhecessem e fossem bons católicos, não se comportariam como se comportam: benzem-se com a mão direita e estendem a esquerda ao diabo.

 

E isto porque, a maioria dos governantes portugueses que se dizem católicos, os que se sentam nos Palácios de Belém e São Bento, e em palacetes de cerca de 40 municípios portugueses, e os que representam as várias dioceses e paróquias espalhadas pelo Continente e Ilhas, comportam-se como carrascos em relação às inocentes, inofensivas e indefesas criaturas de Deus, nossos irmãos planetários.

 

Abordarei aqui apenas a questão dos animais não humanos, incluída nesta Encíclica, porque essa tem sido a minha luta. Mas a Encíclica vai muito além desta questão. Centra-se Sobre o Cuidado da Casa Comum (a Terra) versando sobre os maus tratos que os homens dão ao Planeta, destruindo impiedosamente e irracionalmente o meio ambiente, a sua biodiversidade e as suas Criaturas.

 

Diz o Papa: «Por nossa causa, milhares de espécies cessarão de dar glória a Deus pelo simples facto de existirem, deixarão de levar a sua mensagem até nós. Não temos esse direito. (…). Quando se avalia o impacto ambiental de um projecto, normalmente (os “poderosos”) preocupam-se com os efeitos sobre o solo, a água e o ar, mas são poucos os estudos cuidadosos feitos acerca do impacto sobre a biodiversidade, como se o prejuízo em relação a espécies de plantas e animais fosse de pequena importância. (…) Como resultado, algumas espécies enfrentam o risco de extinção.

 

O Papa Francisco começa por justificar-se, na sua Laudato Si’:

 

São Francisco de Assis

 

10. Não quero prosseguir esta encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o seu nome por guia e inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior.

 

A reacção ao mundo que cercava Francisco de Assis foi muito além da avaliação intelectual ou do cálculo económico. Para ele, toda e qualquer criatura era sua irmã, com a qual estava unido por vínculos de um profundo afecto. O Papa Francisco também reflecte essa veneração por todos os seres vivos, afinal, todos fazem parte da mesma criação divina.

 

Eis alguns excertos retirados da carta encíclica que pode ser lida neste link, na íntegra:

 

87. Quando nos damos conta do reflexo de Deus em tudo o que existe, o coração experimenta o desejo de adorar o Senhor por todas as suas criaturas e juntamente com elas, como se vê neste gracioso cântico de São Francisco de Assis:

 

«Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o meu senhor irmão sol, o qual faz o dia e por ele nos alumia. E ele é belo e radiante com grande esplendor: de Ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas, que no céu formaste claras, preciosas e belas. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento pelo ar, pela nuvem, pelo sereno, e todo o tempo, com o qual, às tuas criaturas, dás o sustento. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite: ele é belo e alegre, vigoroso e forte».[64]

 

89. As criaturas deste mundo não podem ser consideradas um bem sem dono: «Todas são tuas, ó Senhor, que amas a vida» (Sab 11, 26). Isto gera a convicção de que nós e todos os seres do universo, sendo criados pelo mesmo Pai, estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde. Quero lembrar que «Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia, que a desertificação do solo é como uma doença para cada um, e podemos lamentar a extinção de uma espécie como se fosse uma mutilação».[67]

 

92. Além disso, quando o coração está verdadeiramente aberto a uma comunhão universal, nada e ninguém fica excluído desta fraternidade. Portanto, é verdade também que a indiferença ou a crueldade com as outras criaturas deste mundo sempre acabam de alguma forma por repercutir-se no tratamento que reservamos aos outros seres humanos. O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana».[69] Não podemos considerar-nos grandes amantes da realidade, se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo».

 

89. As criaturas deste mundo não podem ser consideradas um bem sem dono: «Todas são tuas, ó Senhor, que amas a vida» (Sab 11, 26). Isto gera a convicção de que nós e todos os seres do universo, sendo criados pelo mesmo Pai, estamos unidos por laços invisíveis e formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde. Quero lembrar que «Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia, que a desertificação do solo é como uma doença para cada um, e podemos lamentar a extinção de uma espécie como se fosse uma mutilação».[67]

 

246. Depois desta longa reflexão, jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações: uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Omnipotente, e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe.

 

Oração pela nossa terra

 

Deus Omnipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas, Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais connosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.

 

Oração cristã com a criação

 

Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura. Louvado sejais!

 

Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas as coisas. Fostes formado no seio materno de Maria, fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos. Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado. Louvado sejais!

 

Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação, Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem. Louvado sejais!

 

Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós. Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes. Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe. Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós. Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos. Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz, para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza. Louvado sejais! Àmem.

 

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015, terceiro ano do meu Pontificado.

Franciscus

 

***

Independentemente de se ser católico ou não-católico, agnóstico ou simplesmente NADA, todos os que sabem ler e não sofrem daquela moderna peste negra chamada iliteracia, devem ler e meditar na mensagem profundamente humanista desta

 

CARTA ENCÍCLICA LAUDATO SI’

SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM

 

que pode e deve ser lida, na íntegra, neste link, para saberem o que andam a fazer neste mundo e para não morrerem ignorantes...

 

http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:24

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