Quinta-feira, 2 de Março de 2023

PAN quer compromisso do Governo para acabar com a produção e importação de peles de origem animal

 

Em comunicado à imprensa o PAN - Pessoas-Animais-Natureza deu hoje entrada de uma iniciativa que visa o fim progressivo do abate de animais para fins de extracção de peles e da importação de peles em Portugal, bem como a criação de uma rotulagem mais transparente para os consumidores.

 

Inês de Sousa Real porta-voz e deputada do PAN afirmou que “Os impactes ambientais e em termos de protecção animal do sector têxtil não podem ser descurados, particularmente num contexto de recursos escassos e de agravamento das alterações climáticas, de perda de biodiversidade e de crescente preocupação das pessoas para com o bem-estar animal. Assim, é preciso continuar a aprofundar o caminho e a dar sinais económicos claros para uma transição verde deste importante sector de actividade, que vem ele próprio mostrando evidências de que a inovação pela sustentabilidade é o caminho a seguir”.

 

Inês de Sousa Real defende que “neste momento, no plano da União Europeia (UE), está em curso uma oportunidade única para que se limite o uso de métodos de produção e/ou a importação de produtos de fora da União Europeia, que recorrem à crueldade animal por via do uso de produtos de origem animal e Portugal não deve ficar à margem desta mais do que necessária e justa mudança de paradigma”,  até porque os dados demonstram que muito há ainda a fazer, como seja na Europa, onde em média cada pessoa compra anualmente cerca de 26 quilos de têxteis e deita fora uma média de 11 quilos/ano, sendo que apenas 1% das roupas descartadas globalmente é reciclada.

 

Com efeito, desde Março de 2021, está em discussão uma estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares, a qual prevê um conjunto de acções concretas para garantir que, até 2030, os produtos têxteis colocados no mercado europeu sejam de longa duração e recicláveis, feitos tanto quanto possível de fibras recicladas, isentos de substâncias perigosas e produzidos no respeito dos direitos sociais e do ambiente.  Contudo, apesar de o uso de produtos de origem animal pela indústria têxtil ser um factor que, para além de promover práticas cruéis, tem preocupantes impactes ambientais que podem comprometer o cumprimento dos objectivos europeus de neutralidade carbónica, este é um aspecto que não merece qualquer menção na estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares. 

 

A deputada do PAN acrescenta que “é neste contexto que o PAN, procurando suprir estas insuficiências, avança com a presente iniciativa que visa que o Governo assegure que, no âmbito da discussão da estratégia da UE para os têxteis sustentáveis e circulares, são incluídas medidas de limitação do abate de animais para fins de produção de peles e da importação de peles pela União Europeia”, explica. “Pretendemos ainda que o Governo actue no sentido de vir a ser garantido que se classificam como intrinsecamente insustentáveis os produtos têxteis de origem animal por comprometerem o bem-estar destes seres, e que aposte na criação de apoios à investigação e ao desenvolvimento de alternativas sustentáveis de origem não animal. 

 

“É preciso ainda, por outro lado, que, tendo em conta que os artigos de peles e de couro são muitas vezes rotulados de forma deliberadamente errada e em termos que induzem em erro o consumidor, Portugal, através do Governo, defenda no quadro da União Europeia a revisão do Regulamento sobre Rotulagem de Têxteis, de forma a assegurar uma rotulagem transparente de todas as partes não-têxteis de origem animal”.

 

Para o PAN, Portugal deve pôr-se ao lado de países como a França, Itália, Irlanda e Estónia ou - em fase de discussão - Bulgária, Letónia, Polónia e Espanha, e caminhar para a proibição do abate de animais para fins de produção de peles e a importação de peles de criação no nosso país. 

 

A presente iniciativa do PAN procura dar resposta à Iniciativa de Cidadania Europeia “Europa sem peles”, que até ao momento já recolheu mais de 1,5 milhões de assinaturas, exortando a União Europeia a proibir a criação de peles e a importação de produtos de peles de criação, uma iniciativa apoiada e difundida por várias organizações de protecção animal em Portugal.

 

 

Fonte da foto: https://i0.wp.com/followthecolours.com.br/wp-content/uploads/2016/05/follow-the-colours-lacoste-pele2.jpg

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:10

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Segunda-feira, 2 de Março de 2020

PAN exige do Governo a implementação efectiva das medidas de conservação do Lobo Ibérico

 

Amanhã, dia 3 de Março, assinala-se o Dia Internacional da Vida Selvagem, e o Grupo Parlamentar do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) pretende exigir ao Governo a plena implementação do Plano de Acção para a Conservação do Lobo Ibérico (PACLobo), uma espécie considerada “em perigo” desde 1990 em Portugal. Este é um dos temas que o PAN leva amanhã a discussão na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território que reúne a partir das 15h00.

 

Lobo Ibérico.jpg

 

Em comunicado, o PAN refere as várias medidas contidas no PACLobo que precisam urgentemente de sair do papel, de modo a que seja assegurada a sustentabilidade da ocorrência desta espécie em Portugal. Para tal, enumera o porta-voz e deputado do PAN, André Silva, “é fundamental que o Governo assegure a concretização dos objectivos operacionais que se encontram definidos no plano de acção, e que, de resto, deveriam ter sido apresentados até Novembro de 2019, com destaque, por exemplo, para os Planos Globais de Gestão (PGG) para cada núcleo populacional de lobo”.

 

 

O PAN exige ainda ao Governo que, através do Ministério do Ambiente e Acção Climática, liderado por João Pedro Matos Fernandes, a quem cabe a tutela da Conservação da Natureza, os PGG venham a integrar, por sua vez, a obrigatoriedade de zonas de refúgio de presas silvestres (como o corço, veado, cabra-montês e javali) sem actividade cinegética, em cada núcleo populacional do lobo-ibérico.

 

 

“Tão ou mais prioritário é ainda a elaboração de um novo diagnóstico da situação do lobo ibérico no nosso país, mediante a realização de um censo populacional, porque só com a actualização dos dados disponíveis que datam de 2002-3 podem, por um lado actualizar o mapa de distribuição da espécie e estimar o número e distribuição dos grupos familiares existentes, e, por outro, desenvolver medidas de conservação adequadas”, defende André Silva. Complementarmente, defende ainda, é também premente a constituição de um plano de monitorização de espécies cinegéticas com o sentido de determinar o estado das populações de presas silvestres.

 

 

O PAN avança ainda com a proposta de um conjunto de outras medidas que incluem a realização de um relatório com as medidas e áreas para fomento de cada espécie de presa silvestre; de um mapa de risco de mortalidade ilegal; de um manual de actuação em casos de suspeita de ocorrências de envenenamento, captura e abate ilegal de lobo; ou de protocolo de recuperação de lobos acidentados com vista à sua devolução à natureza.

 

Estima-se que a principal causa de morte dos lobos ibéricos se mantém maioritariamente relacionada com a perseguição ilegal por humanos, tendo por referência o Sistema de Monitorização de Lobos Mortos, a cargo do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas desde 1999. Contudo, apenas se conhece um relatório referente ao período de 1999-2008, havendo assim uma lacuna de informação relativa à monitorização de lobos mortos entre o período de 2008 e 2020.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:49

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2020

PAN pede esclarecimentos sobre morte de animais no Sado

 

 

PAN.png

 

O Grupo Parlamentar do PANPessoas – Animais – Natureza informa que um mês depois de terem iniciado as dragagens no rio Sado, endereçou um Requerimento ao Governo para solicitar os resultados da monitorização a que o processo está obrigado. O pedido surge também na sequência de nos últimos dias terem sido denunciados por associações locais diversas mortes de animais no rio Sado.

 

Em causa estão a morte de cetáceos (golfinhos) e aves, entre as quais gaivotas, estas encontradas numa área muito próxima da restinga, local onde estão a ser depositados os sedimentos provenientes das dragagens. No seguimento desses acontecimentos, o PAN questionou também o Ministro do Ambiente e Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, que tutela a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), sobre as circunstâncias da morte destes animais, os números exactos de animais mortos, quem os recolheu e se estão a ser analisadas as verdadeiras causas destas ocorrências.

 

Para além destas situações, informa o PAN que tem sido alertado por diversas associações ambientalistas para a alteração na coloração da água do rio, que poderá ser consequência do aumento de sedimentos em suspensão, os quais poderão afectar grandemente a qualidade da água do rio. Recorde-se que o rio Sado foi exposto durante décadas a emissões de poluentes provenientes das diversas actividades industriais pesadas localizadas junto ao estuário e da agricultura, os quais podem estar presentes nos sedimentos que até às dragagens se encontravam depositados no fundo do rio e que agora poderão voltar à cadeia alimentar através do consumo pelas espécies marinhas com impactos no ecossistema e na saúde pública.

 

Cristina Rodrigues, deputada do Grupo Parlamentar do PAN afirmou que “importa indagar se a APA tem de facto acompanhado as dragagens e se têm sido feitas acções de fiscalização para garantir a implementação das medidas de mitigação. É fundamental que sejam públicos os resultados, por exemplo, da monitorização da qualidade da água e dos contaminantes nos sedimentos”.

 

Do ICNF, o PAN pretende também saber se entre os cetáceos encontrados sem vida se encontram golfinhos-roazes pertencentes à comunidade residente do Estuário do Sado, bem como que dados existem relativos ao arrojamento de cetáceos na região de Setúbal e Grândola e se existe a intenção concreta de se criar uma rede nacional que permita recolher e analisar estes números.

 

Informa ainda o PAN que as dragagens se integram no projecto de melhoria da acessibilidade da via marítima para aumentar a capacidade do porto para receber contentores da Administração do Porto de Setúbal e Sesimbra. Ao todo serão movimentados 6 500 000 m3 de areia, um número nove vezes superior à quantidade de sedimentos removida nas dragagens de manutenção que o canal sofreu regularmente entre 2010 e 2015, nas dragagens de manutenção. A operação coloca em elevado risco ambiental para o estuário do Sado e a protecção dos ecossistemas, uma vez que a localização das dragagens se encontra nas imediações da Reserva Natural do Estuário do Sado e do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, zonas protegidas pelas Directivas Comunitárias Habitats e Aves.

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:31

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Terça-feira, 14 de Janeiro de 2020

OE2020 - Discussão na Especialidade: PAN vai apresentar 150 propostas de alteração

PAN.png

 

Após o debate da generalidade do Orçamento do Estado (OE) para 2020, o PAN - Pessoas-Animais-Natureza acaba de dar entrada de cerca de 40 propostas de alteração ao OE que defenderá em sede de discussão na especialidade, dando assim continuidade às negociações com o Governo.



Estas medidas fazem parte de um pacote com mais de 150 propostas de alteração que o PAN dará entrada ao longo das próximas duas semanas, que contemplam áreas como justiça social e fiscal, ambiente e justiça climática, agricultura e florestas, saúde e alimentação, protecção animal, e educação e habitação.

 

Das propostas que deram entrada hoje, destacam-se:



JUSTIÇA SOCIAL E FISCAL


Aumentar isenção do IVA, para prestadores de serviços, de 10.000€ para 12.000€

Actualmente o Código do IVA determina que beneficiam da isenção os prestadores de serviços que não tenham atingido, no ano civil  anterior, um volume de negócios superior a 10 mil euros. Num país onde o rendimento médio dos portugueses não chega aos mil euros/mensais, o PAN considera que este valor representa uma “baliza” para isenção de pagamento de IVA demasiado pequena, sendo que a mesma deve aumentar para 12.000 euros.


Acomodar baixa com 10 dias pagos para pessoas vítimas de violência doméstica ou violação.


O crime de violência doméstica é um dos fenómenos criminológicos com maior grau de incidência na sociedade portuguesa. Em 2018 registaram-se em todo o território nacional 26.472 ocorrências, cerca de 72 ocorrências em média por dia.  Nesse ano foram assassinadas 28 mulheres em contexto de violência doméstica, número que, em 2019, subiu para 35 vítimas mortais.



Sendo um crime com graves e profundas repercussões nos planos pessoal, familiar, profissional e social das vítimas em causa, as vítimas de violência doméstica devem ter direito a 10 dias de licença paga integralmente, a obter junto da Segurança Social, com vista a poderem reorganizar a sua vida e afastar-se do agressor, permitindo a ausência do trabalho sem perda dos direitos laborais.


AMBIENTE E JUSTIÇA CLIMÁTICA


Dedução do IRS nas despesas com a reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico.


Esta medida tem vários benefícios associados, nomeadamente de impacto ambiental, através da diminuição do recurso às matérias-primas, impacto social, pela possibilidade de melhorar e prolongar as relações com os diferentes parceiros, e impacto económico, na medida em que representa um estímulo à criatividade na redução de custos e fomenta a criação de emprego.



AGRICULTURA E FLORESTAS


Iva reduzido para fertilizantes orgânicos.


Alteração gradual da actual taxa de IVA reduzida (6%) dos fitofarmacêuticos utilizados na agricultura integrada para a taxa intermédia (13%) até 2020 e para a taxa normal (23%) a partir desse período, fomentando, desta forma, a prática agrícola em modo biológico, com todas as consequências que daí advêm, como a diminuição dos níveis de poluição da água, ar e solo provocada por pesticidas e fertilizantes, contribuindo para a protecção dos recursos naturais e aumentando a qualidade dos produtos agrícolas.



SAÚDE E ALIMENTAÇÃO


Reforço dos nutricionistas no SNS – contemplando a contratação de mais 55 nutricionistas

PROTECÇÃO ANIMAL


Aumento da verba para os Centros de Recolha Oficial de Animais (CROA)


Aumento da verba para os CROA de 2 milhões de euros para 5 milhões de euros e desburocratização do processo de candidatura das autarquias a estas verbas – uma medida que visa dar continuidade ao trabalho que já está a ser desenvolvido e que permite um melhor funcionamento dos CROA em todo o país, bem como disponibilizar uma parte da verba para as associações zoófilas legalmente constituídas que têm desempenhado o papel que cabe ao Estado.



Redução do IVA nos actos médico-veterinários


Atendendo a que mais de metade dos lares têm animais de companhia, importa que as despesas médico-veterinárias tenham uma redução da carga fiscal de 23% para 6%. Falamos de famílias, em muitos casos, vulneráveis economicamente para as quais a detenção de animais de companhia não pode ser encarada como um encargo acrescido.



Dedução do IRS nos medicamentos para animais


Os medicamentos veterinários assumem importância na prevenção e tratamento das doenças que afectam os animais. Atendendo a que na União Europeia, a venda de produtos para saúde animal carece de aprovação oficial (“Registados” ou “Licenciados”) pelas autoridades nacionais e/ou europeias, assente numa avaliação científica por peritos independentes, a despesa com medicamentos veterinários deve também estar sujeita a dedução em matéria de IRS.



TRANSPARÊNCIA


Revogação imediata dos vistos gold, indo ao encontro de recomendações recentes de várias organizações internacionais, que têm tecido fortes críticas aos vistos ‘gold’ e apelado à sua revogação, sublinhando que os potenciais benefícios económicos destes instrumentos não compensam os riscos de corrupção, de branqueamento de capitais, de evasão fiscal e de segurança que envolvem.

 

Posto isto, Inês de Sousa Real, deputada do Grupo Parlamentar do PAN, salientou que “não deixa de ser incoerente que o governo afirme que este é o melhor orçamento que tem para oferecer ao país, pois parece-nos que está ainda muito longe de responder eficazmente aos desafios que temos pela frente, deixando de fora as reais preocupações das pessoas”.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:35

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Quarta-feira, 5 de Junho de 2019

ESTA QUARTA-FEIRA, DIA MUNDIAL DO AMBIENTE, PARTICIPA NA ACÇÃO DE LIMPEZA DO PAN

 

Este ano no Porto, o PAN – Pessoas-Animais-Natureza assinala o Dia Mundial do Ambiente, que se celebra a 5 de Junho, com uma Acção de Limpeza na Praça de Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista) das 18h às 19h.

 

PAN.png

 

Desafio: Quantas beatas conseguimos recolher do chão no período de 1 hora?

 

As pontas de cigarros, usualmente conhecidas como beatas, são um dos resíduos mais abundantes em todo o mundo e, devido à sua composição, são também tóxicos e perigosos para o ambiente.

 

Os desafios para encontrar soluções para as beatas de cigarro são grandes, uma vez que o impacto ambiental provocado por este resíduo em concreto requer objectivos reais e soluções integradas, estruturais e adequadas às necessidades cada vez mais evidentes da sociedade portuguesa.

 

Estima-se que para cerca de 20% da população portuguesa seja normal descartar as beatas para o chão, um hábito inconsciente, e ainda socialmente aceite. Alguns fumadores atiram a ponta de cigarro para o chão como um gesto automático e inconsciente, sem qualquer noção do real perigo deste resíduo, não considerando este um acto inadequado e nem entendendo sequer a beata como lixo, por ser tão pequena e móvel.

 

Assim, com esta acção, pretendemos sensibilizar a população no que concerne a esta problemática no concelho e no distrito do Porto e alertar para a urgência de serem disponibilizados equipamentos e infra-estruturas para o depósito destes resíduos, sendo este um problema apontado por 80% dos fumadores.

 

Tendo em conta a inexistência de soluções para estes resíduos no Distrito, após esta acção entregaremos todas as beatas no Laboratório da Paisagem em Guimarães, no âmbito do projecto “EcoPontas e PapaChicletes – Redução e Valorização de Resíduos”.

 

Traz luvas reutilizáveis e junta-te a nós nesta acção de limpeza. Juntos, celebraremos o Dia Mundial do Ambiente deixando-o mais limpo. Aceitas o desafio?

 

***

PAN Lisboa incentiva a produção local

 

E se pudesse comprar legumes e a fruta na sua vizinhança?

 

Comprar produtos da área metropolitana de Lisboa será melhor para o ambiente, para a economia local e para a sua saúde, sempre conjugado com as metas da descarbonização e diminuição da poluição.

 

Lisboa, 4 de Junho de 2019 – A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou hoje uma recomendação do Grupo Municipal do PAN de incentivo a cadeias curtas agro-alimentares na área metropolitana de Lisboa, com o objectivo de promover uma maior sustentabilidade alimentar na cidade. Esta recomendação foi aprovada por maioria, com o voto contra do PSD, com excepção do ponto 7 que foi rejeitado.

 

As cadeias agro-alimentares curtas têm sido apontadas em diversos estudos como positivas não só na diminuição do impacto ambiental, mas também porque promovem a proximidade entre produtores e consumidores e estimulam as relações interpessoais, combatendo fenómenos urbanos que o PAN já abordou, como a solidão. A efectivação desta recomendação passa também por atingir as metas da descarbonização e da redução dos níveis de poluição na cidade, aumentando a qualidade de vida de todos e de todas.

 

A mudança está não só no consumidor, mas também no produtor! Cada vez mais a grande distribuição e a indústria alimentar introduzem nos nossos hábitos produtos processados, carregados de pesticidas, descurando assim a economia local, os impactos no ambiente e na nossa saúde. O incentivo às hortas urbanas e à produção local é a melhor forma de promover a economia circular na área metropolitana, sabendo quem produz, onde produz e como produz!”, afirma a deputada municipal do PAN Inês de Sousa Real.

 

Esta recomendação visa aumentar as áreas de hortas na cidade, regularizar estas hortas e produções individuais e elaborar um Regulamento Municipal de Hortas Urbanas, atribuir talhões de hortas urbanas a colectividades, incentivar a criação de pequenas unidades de produção em áreas permeáveis na cidade e, por fim, construir um portal de informação que reúna todos os produtos e produtores de Lisboa.

 

Com esta recomendação pretendemos promover a agricultura sustentável e biológica no território do município e na área metropolitana, desde a produção aos pontos de venda e restauração. Queremos ligar produtores e consumidores directamente, diminuindo o custo final do produto, eliminando a necessidade de conservantes e reduzindo drasticamente a pegada carbónica, ao mesmo tempo que incentivamos a auto-sustentabilidade e o aproveitamento dos excedentes de produção”, acrescenta Inês de Sousa Real.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:48

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Outubro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

PAN quer compromisso do G...

PAN exige do Governo a im...

PAN pede esclarecimentos ...

OE2020 - Discussão na Esp...

ESTA QUARTA-FEIRA, DIA MU...

Arquivos

Outubro 2024

Setembro 2024

Agosto 2024

Junho 2024

Maio 2024

Abril 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Direitos

© Todos os direitos reservados Os textos publicados neste blogue têm © A autora agradece a todos os que os divulgarem que indiquem, por favor, a fonte e os links dos mesmos. Obrigada.
RSS

AO90

Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

Comentários

Este Blogue aceita comentários de todas as pessoas, e os comentários serão publicados desde que seja claro que a pessoa que comentou interpretou correctamente o conteúdo da publicação. 1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas". 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. Serão eliminados os comentários que contenham linguagem ordinária e insultos, ou de conteúdo racista e xenófobo. Em resumo: comente com educação, atendendo ao conteúdo da publicação, para que o seu comentário seja mantido.

Contacto

isabelferreira@net.sapo.pt