Terça-feira, 25 de Março de 2025
É que nem me tem apetecido falar da politicagem que anda por aí...

Da Política
A política em Portugal anda pelas ruas da amargura.
Aquelas cenas no Parlamento Português, no dia 11 de Março de 2025, aquando da votação da Moção de Confiança ao XXIV Governo Constitucional foi... foi... foi... não existem palavras para classificar tal coisa. O que seria aquilo?
Não há cargo político algum, em Portugal, que não tenha sido manchado pela falta de lucidez de quem o ocupa, obviamente com raríssimas excepções.
Os bons recolhem-se, com medo de se transformarem em maus, porque o PODER corrompe, e digo isto com conhecimento de causa. Lidei durante quase 30 anos com políticos, com autarcas, com presidentes, com deputados, e quando o Jornal me mandava cobrir um acontecimento com discursos de políticos, eu escrevia o discurso antes de ir para as ocorrências, para adiantar serviço. Se houvesse alguma novidade era só introduzi-la no que eu havia escrito. Se não houvesse, os discursos estavam prontos para seguir para a redacção do Jornal. Sabia aquele blá-blá-blá político de cor e salteado. Sempre o mesmo, sempre a ausência do interesse pelos interesses do País e dos Portugueses.
E isso não mudou.
Vivemos tempos vazios de valores e cheios de sombras.
Até quando?
***
Quando me perguntaram se Luís Montenegro vai ou não deixar de ser primeiro-ministro, não sei, mas uma coisa eu sei: Portugal precisa de sangue novo no Parlamento, aliás, precisa de sangue novo em todos os cargos políticos, do mais elevado ao menos elevado.
Nenhum dos que pretendem candidatar-se à fantochada das próximas eleições legislativas devia poder candidatar-se. Já demonstraram a sua incompetência, a sua falta de lucidez e bom senso, o estarem-se nas tintas para os interesses de Portugal e dos Portugueses. O que lhes interessa é o PODER pelo PODER, é alimentar o próprio ego, é de ver quem consegue chegar mais alto, ainda que para isso tenha de sacrificar o País.
Comportam-se como uns parasitas, que sugam o sangue, suor e lágrimas dos Portugueses e dos pobres imigrantes que para aqui vêm iludidos com a “terra prometida, onde escorre leite e mel”, porque os há ricos e a usufruir de privilégios, à custa dos nossos impostos.
Isto das eleições é vira o disco e toca o mesmo, e os Portugueses já estão fartos de ver as mesmas caras, os mesmos discursos vazios, dos que querem abancar-se em São Bento, para lutarem pelos seus próprios interesses, e pelos interesses dos lobbies que representam.
Não direi que não haja políticos honrados, dignos de ocuparem os cargos mais altos da governação portuguesa. Porém, onde estarão, que não os vejo? Dos que estiveram no Poder nos últimos anos, e principalmente àqueles a quem dirigi cartas abertas e privadas, no meu estilo impecável [devo acrescentar que, conforme as circunstâncias, tenho vários estilos de escrita, e se me dirijo aos governantes, obviamente, sempre fui impecável] e nenhum, nenhum teve a hombridade de, como é da prática democrática, responder às questões que uma cidadã que paga impostos e cumpre os seus deveres cívicos, lhes pôs, levando-me a deduzir que não tinham respostas para perguntas tão incisivas. Como poderiam dizer-me que não estavam interessados no que aos Portugueses interessava?
***
Do AO90
Um cidadão escreveu-me a dizer que existem maneiras de acabar com o nefasto acordo ortográfico de 1990 [algo que está a provocar a perda da identidade portuguesa], por exemplo: substituir os políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses. O que pensava sobre isto?
Respondi-lhe o seguinte:
Que existem maneiras de acabar com o nefasto AO90 é algo que se vê a olho nu, mas nem todos os que podem, querem e mandam têm a capacidade de ver a olho nu, precisando de uma lupa gigante para ver o que está diante do nariz deles, e como não têm lupa...
Como diz, uma das maneiras para nos livrarmos do “abortográfico” talvez possa passar pela substituição dos políticos profissionais anti-Portugal e anti-Portugueses, porém, não me parece que haja gente que possa substituir tantos apátridas de uma só vez. A via mais natural e mais fácil passa pelo presidente da República, que tem o DEVER de cumprir a Constituição da República Portuguesa, conforme prometeu na tomada de posse do cargo, e os parlamentares cumprirem a lei vigente, que obriga à grafia de 1945.
Como não temos uma justiça que possa levar à barra do tribunal quem NÃO cumpre a Constituição e a Lei, temos o que temos: um país sem rei nem roque, sem Língua e sem rumo.
***
Da crueldade sobre animais não-humanos
O mesmo cidadão diz-me que são precisas pessoas influentes na luta contra as touradas, a caça, a pesca desportiva, o tiro aos pombos, as corridas de galgos, a pesca submarina, o uso de animais em experiências laboratoriais, as corridas de cavalos, o abate de pintainhos em empresas de produção de ovos, o corte dos cornos das vacas em empresas de produção de leite, os abates rituais hallal e koscher de bovinos, caprinos e ovinos, a "matança" do porco, o uso de animais em circos, o uso de golfinhos em "delfinários", os jardins zoológicos, as competições de pombos correio, a venda de animais silvestres para viverem em cativeiro, o uso de animais em trabalhos rurais, o uso de bois, burros e cavalos a puxarem carroças e outros veículos, outras práticas degradantes, cruéis e humilhantes para os animais não-humanos, que não podem defender-se, estando à mercê dos TROGLODITAS, com assento na Assembleia da República, responsáveis pelas leis que permitem todas estas barbaridades. Sim, penso que essas pessoas influentes são precisas.
Porém, eu iria um pouco mais longe: também é preciso correr com todos esses trogloditas da AR, os quais são a maioria. Muitos candidatam-se APENAS para defender os vários lobbies que representam, entre eles o lobby tauromáquico, muito acarinhado por praticamente TODOS os partidos políticos, da esquerda à direita (nisto praticam as mesmas políticas) excepto o PAN e o BE, e este é contra a barbárie, mas não muito.
Enquanto houver na Assembleia da República esses trogloditas, nenhuma lei de protecção animal, englobando TODOS os animais não-humanos explorados e torturados pelo bicho-homem, poderá passar.
Para a maioria dos deputados da Nação, apenas alguns Gatos e alguns Cães (nem todos) são reconhecidos como animais a merecer protecção. Todos os outros, incluindo certos Gatos e certos Cães são considerados ervas daninhas que podem ser destruídas, sem um pingo de dó, nem piedade.
Esta questão é uma questão civilizacional. E enquanto houver trogloditas a ditar as leis, desventurados animais que tiveram a desdita de nascerem num País onde quem quer, pode e manda deve milhares de Euros à Civilização.
Isabel A. Ferreira

tags: ao90,
assembleia da república,
be,
civilização,
constituição da república portuguesa,
deputados da nação,
lobby tauromáquico,
luís montenegro,
moção de confiança ao xxiv governo const,
pan,
parlamento,
poder,
política,
políticos,
portugal,
touradas
Terça-feira, 22 de Outubro de 2024
- 2018 – 2M€
- 2019 – 2M€
- 2020 – 2.850.000€
- 2021 – 10M€
- 2022 – 12M€
- 2023 – 13.200.000€
- 2024 – 13.200.000€
- 2025 – 0€
O que está a passar-se, de acordo com o PAN, é um verdadeiro atentado à Causa Animal, uma vez que o Orçamento de Estado para 2025, NÃO prevê verba alguma para o bem-estar e protecção animal, que vinha a aumentar gradualmente, contudo, o actual governo da AD (PSD, CDS/PP e PPM) decidiu eliminar, por completo, essas verbas, o que representa um retrocesso de oito anos para a Causa Animal.
Ao que parece a política do actual governo é de para dar ali, tira-se dacolá.
Este corte drástico põe em risco programas essenciais como o CED (Captura, Esterilização e Devolução), bem como o apoio a associações e às camadas mais carenciadas da população.
O PAN está a mobilizar-se para reverter esta situação.
Até porque:
![559620_417125618353115_1131091101_n[1].jpg](https://fotos.web.sapo.io/i/B521798ee/22699609_m7JWR.jpeg)
«A grandeza de uma Nação e o seu progresso moral podem ser julgados pelo modo como os seus animais [humanos e não-humanos] são tratados»
Isabel A. Ferreira
Domingo, 13 de Outubro de 2024
A ser verdade, sempre os Açores na senda de apetites assassinos e do retrocesso civilizacional, em vez de optar por soluções mais condizentes com o respeito que devemos aos animais não-humanos, como é próprio da civilização! (IAF)
«O PAN/Açores tomou conhecimento, por meio de denúncias, de que há suspeitas, de que foi realizado (...) um abate indiscriminado de gamos na Reserva Florestal do Lugar da Fazenda, na freguesia e concelho de Santa Cruz das Flores. Entre os animais abatidos, há suspeitas de que se incluam fêmeas gestantes, agravando as preocupações quanto ao respeito pelos preceitos de bem-estar animal.
De acordo com as informações recebidas e perante a reincidência deste cenário – recorde-se que no ano passado teve lugar o abate de cerca de 20 gamos no mesmo lugar, o PAN/Açores formalizou uma queixa junto das entidades competentes, visando uma investigação rigorosa do ocorrido.
Paralelamente, assim que tomou conhecimento, o PAN/Açores interpelou, por escrito, o Governo Regional com o intuito de esclarecer a autenticidade das denúncias e perceber, desde Agosto do ano passado, que medidas foram implementadas para controlar a população de gamos não só na ilha das Flores, como em outras reservas florestais onde estes animais habitam, designadamente Monte Brasil e Pinhal da Paz.
Este cenário tende a repetir-se por todo o arquipélago e, a fim de evitar que abates indiscriminados ocorram como controlo da população – uma medida arcaica que espelho um retrocesso civilizacional em termos de bem-estar animal, urge ouvir os alertas dados e implementar medidas preventivas de controlo da população como a esterilização e castração.
No entanto, caso sejam confirmadas as suspeitas, o Partido repudia veemente tais actos que vitimaram cerca de 10 animais, aparentemente, perfeitamente integrados em meio natural, e, exige que sejam tornados públicos os motivos que levaram a este abate.
“O Executivo está a transmitir um sinal errado à sociedade quando recorre ao abate como meio de controlo da população de animais. Deveriam liderar pelo exemplo, implementando medidas que não colidissem com o bem-estar animal, especialmente quando o combate aos maus-tratos a animais está na agenda política, e são investidas verbas do erário públicos para combater esse flagelo”, afirmou o Deputado e Porta-Voz do PAN/Açores Pedro Neves.»
https://pan.com.pt/pan-acores-suspeita-de-abate-de-gamos...
Fonte da imagem:
https://www.facebook.com/photo/?fbid=1021490703352016&set=a.344045851096508
tags: abate de gamos,
animais não-humanos,
açores,
deputado e porta-vos do pan/açores,
ilha das flores,
monte brasil,
pan,
pan/açores,
pedro neves,
pinhal da paz,
reserva florestal do lugar da fazenda,
santa cruz das flores
Sábado, 5 de Outubro de 2024
A abolição da selvajaria tauromáquica não devia passar por referendos, mas unicamente pela consciência civilizacional dos deputados da Nação. Estar hoje a falar nisto, é sinal do atraso civilizacional em que Portugal ainda se encontra.

Touro em extrema agonia, depois de ser bárbara e cobardemente torturado.
São a favor ou contra o que vêem nesta imagem? Isto é pergunta que se faça, nos tempos que correm? Estaremos ainda na Idade das Trevas, onde a estupidez imperava?
É esta selvajaria, que a Assembleia da República Portuguesa quer que se continue a perpetuar, com os dinheiros públicos? Onde está a consciência civilizacional dos deputados?
Abolição JÁ! para esta barbárie. A tortura de um ser vivo NÃO é referendável.
Do que li nas notícias, o referendo defendido pelo PAN foi rejeitado pelo Chega, CDS-PP, Iniciativa Liberal, PSD, PS e PCP, contando apenas com o apoio do BE e Livre e a abstenção de três deputados socialistas.
A discussão que se travou e os argumentos apresentados pelos deputados da Nação, aficionados de selvajaria tauromáquica, uma prática bárbara medieval, que não dignifica a espécie humana, foi algo que me chocou, pela pobreza, pela falta de empatia (o sentimento mais nobre do ser humano) por seres indefesos, inofensivos e inocentes; pela cobardia que caracteriza quem defende práticas bárbaras, pois só os cobardes adoram praticar, aplaudir e apoiar a tortura de seres vivos, que não podem defender-se e que não pediram para lutar nas arenas contra gente armada de bandarilhas afiadas e de espadas. É da mais VIL cobardia lutar com armas na mão contra seres desarmados (ainda por cima embolados).
O PAN apresentou também um projecto de lei que propunha o impedimento da assistência e a participação em actividades tauromáquicas, a menores de 16 anos, que também foi chumbado, porque, e segundo o deputado Pedro Pinto, do Chega, «quem educa as crianças são os pais», como se assistir ou praticar a tortura de Touros fizesse parte da EDUCAÇÃO de uma criança. E a isto a CPCJ não está atenta: à educação para a violência, impingida aos filhos dos aficionados e dos tauricidas.
Este projecto de lei do PAN foi chumbado com os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PCP e 17 deputados do PS, a abstenção da Iniciativa Liberal e votos favoráveis do PS, BE, PAN e Livre, enquanto a iniciativa do BE mereceu os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP, abstenção de sete deputados socialistas e votos favoráveis do BE, Livre, PAN e quatro deputados do PS.
Os diplomas foram votados depois de um vergonhoso debate sobre a protecção e bem-estar animal em Portugal, em que o tema das touradas dividiu o plenário.
Divide o plenário, mas não, a sociedade portuguesa, porque mais de 80% dos portugueses sé CONTRA a selvajaria tauromáquica.
Inês Sousa Real, deputada do PAN, começou a sua intervenção por classificar as actividades tauromáquicas como um «retrocesso civilizacional inqualificável» e uma «actividade cruel e atroz», referindo o que há 200 anos foi defendido nas Cortes Constituintes: este tipo de “espectáculos” tauromáquicos, são contrários às luzes do século e à natureza humana.
Verdade. Há 200 anos a tauromaquia foi proibida. Fez-se LUZ.
Mas como em tudo, em Portugal, a civilização NÃO se fixa, como noutros países, que promoviam a mesma prática, mas aboliram-na em nome da CIVILIZAÇÃO. Em Portugal, retrocedeu-se ao tempo das trevas e a selvajaria tauromáquica foi aqui reintroduzida, com contornos cada vez mais cruéis envolvidos em requintes de malvadez, e hoje, é uma das práticas mais selváticas, mas com muitos adeptos na Assembleia da República Portuguesa. Chego a pensar que muitos deputados da Nação se candidatam unicamente para proteger o lobby da selvajaria.
Isto é digno da mais veemente repugnância.
A intenção do PAN era deixar nas mãos do povo a decisão de abolir ou não estas práticas selváticas, porém a maioria parlamentar chumbou esta intenção, chegando o deputado socialista Pedro Sousa, a considerar que o debate em torno desta matéria, é sobre “o tipo de civilização que queremos”, mas também sobre “o tipo de democracia em que queremos viver”.
Ora os portugueses querem um tipo de civilização em que as práticas bárbaras contra seres vivos sejam a nódoa de um passado que já passou, e NÃO a nódoa do século XXI depois de Cristo. Quanto ao tipo de Democracia que queremos, obviamente, queremos uma Democracia onde a civilização e a cultura cultas sejam a nota dominante, uma vez que as práticas selváticas NÃO encaixam na ideologia democrática. Não esquecer de que essa prática bárbara era o entretenimento maior da monarquia, onde reinava a ignorância, e não havia os divertimentos civilizados que hoje existem.
Pedro Sousa, considerou ainda que «uma democracia robusta é aquela que permite ao povo decidir sobre a expressão da sua cultura. Não deve caber à Assembleia da República decidir sobre estas matérias», numa posição partilhada também, à direita, pela Iniciativa Liberal.
Mas expressão de que cultura? Se só há dois tipos de cultura: a culta e a popular. A cultura selvática e inculta dos trogloditas não se encaixa na definição de Cultura. Quando muito será a coltura dos broncos.
Além disso, já houve referendos sobre matérias não-referendáveis, como as da vida e da morte: aborto e eutanásia. Contudo, a vida e a morte não se referendam. E não cabe à Assembleia da República fazer leis que permitam decidir quem vive e quem morre. Esse argumento é irracional.
“O verdadeiro teste de uma sociedade livre está em permitir aquilo de que discordamos”, defendeu o deputado da Iniciativa Liberal, Mário Amorim Lopes, considerando que, “de forma natural, a sociedade caminhará, por vontade própria, para o fim das touradas”.
Não, Mário Amorim Lopes, numa sociedade livre não vale tudo!
Não podemos permitir o que é pernicioso para os seres vivos que estão ao nosso cuidado. Numa sociedade verdadeiramente livre NÃO podemos permitir a pedofilia, a violação, o assassinato, a ladroagem, a corrupção, a vigarice, podemos? Discordamos de tudo isto, mas em nome da tal sociedade livre podemos aceitar tais barbaridades?
A tauromaquia está no rol das coisas que são nocivas à sociedade, da qual fazem parte os animais não-humanos. E é nesta empatia por seres que NÃO têm voz para se defenderem, que está toda a grandeza da humanidade. Ouçamos Mahatma Gandhi: «A grandeza de uma Nação pode ser julgada pelo modo como os seus animais não-humanos são tratados.» Quanto à Nação portuguesa essa grandeza ainda está muitos zeros abaixo de zero.
Os animais NÃO são brinquedos, que possam ser usados e abusados para divertir sádicos e psicopatas.
Na Assembleia da República há um FORCADO social-democrata (PSD): Gonçalo Valente, que começou a dizer algo que o desqualificou imediatamente: “Eu fui forcado”. Gonçalo Valente não sabe que numa tourada, a criatura mais cobarde é o forcado, porque tortura um animal já moribundo, ferido por dentro e por fora, a sangrar, e num sofrimento atroz? Torturar um ser moribundo é COBARDIA, da mais pura e dura.
O ex-forcado teve ainda o desplante de pedir responsabilidade e tolerância para com as convicções de cada um, como se torturar Touros e Cavalos numa arena fosse uma questão de convicção!!!!
Não! A selvajaria tauromáquica é uma questão civilizacional, de cultura culta, de ética, de bom senso.
Depois veio o deputado Paulo Núncio, do CDS-PP, partido político, como não podia deixar de ser, sempre ao lado da tauromaquia, acusar o PAN de querer “determinar por decreto o que as pessoas vêem, fazem e gostam”. Como se a selvajaria tauromáquica fosse uma questão de ver, fazer ou gostar. Não estamos no tempo do Coliseu Romano ou das fogueiras da Inquisição. É do sadismo gostar de ver ou fazer sofrer um animal indefeso, e isto pertence ao foro psiquiátrico.
Por sua vez, Pedro Pinto, do Chega disse esta coisa insólita: «Ir a uma corrida de touros é um acto de liberdade”. Liberdade para quem? O Touro também participa na corrida. Terá a liberdade de querer ir à corrida, ser torturado? Saberá Pedro Pinto o significado de liberdade? Não sabe. Se soubesse não diria tamanho disparate. A nossa liberdade acaba, quando começa a liberdade do OUTRO, ainda que esse outro seja um Touro. Nunca ouviu dizer?
O BE e o Livre posicionaram-se ao lado do PAN contra a realização das touradas, mas consideram que a resposta deve passar, antes de mais, pelo fim dos apoios públicos.
«Se as touradas sobrevivem em Portugal é porque continuam a ser financiadas com o dinheiro público», argumentou a deputada do Livre, Isabel Mendes Lopes, enquanto o bloquista Fabian Figueiredo afirmou que «o mínimo que o Estado pode fazer é vedar a utilização do dinheiro dos contribuintes para promover uma prática arcaica».
O mínimo que o Estado pode fazer é vedar a utilização do dinheiro dos contribuintes para promover uma prática arcaica? O mínimo?
O mínimo que o Estado pode e DEVE fazer é, em nome da Civilização, ABOLIR imediatamente as práticas selváticas tauromáquicas, em todas as suas vertentes. Não é por acaso que em 196 países, que existem no mundo, apenas SETE (agora que a Colômbia se pôs ao lado da civilização) são trogloditas. Por que será?
O BE tinha também a votação um projecto de lei que impedia o apoio institucional à realização de touradas e outras práticas bárbaras que inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais, rejeitado com os votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP, e votos favoráveis da IL, PAN, Livre, BE e 11 deputados do PS.
Votos contra do Chega, CDS-PP, PSD, PS e PCP! Como podemos confiar em partidos políticos que CULTUAM a morte? O culto da morte era uma prática medieval, que levava muita gente às fogueiras. Era uma tradição bárbara. Felizmente foi abolida. Se não fosse, hoje teríamos muitos deputados da Nação a serem queimados nas fogueiras.
Sem se posicionar quanto aos eventos tauromáquicos, Alfredo Maia, do PCP, questionou a constitucionalidade da recomendação de referendo, pela ausência de um projecto de lei concreto com vista à abolição das touradas.
Alfredo Maia, meu colega no Jornal «O Primeiro de Janeiro», então? Não o tinha como um NIM. O mais importante desta questão é a inconstitucionalidade do referendo, ou será a abolição desta prática bárbara, que minimiza a grandeza da Nação Portuguesa?
Eu sou contra o Referendo, pelos motivos que já referi aqui .
A abolição da tortura de Touros e Cavalos é uma questão que pertence à consciência civilizacional.
E não me venham falar que há muita gente a depender desta actividade, porque não é verdade. Os ganadeiros enchem os bolsos com dinheiros públicos. Mas se é verdade, que vão plantar hortas e pomares e searas, porque são actividades muito dignas e especialmente necessárias, porque a alimentação é uma das prioridades do ser humano, não, torturar Touros, para divertir sádicos e psicopatas.
Isabel A. Ferreira
Fonte desta publicação:
https://observador.pt/2024/10/04/parlamento-chumba-referendo-sobre-abolicao-das-touradas/
tags: aborto,
alfredo maia,
assembleia da república,
assembleia da república portuguesa,
be,
cds-pp,
chega,
coliseu romano,
cortes constituintes,
cpcj,
deputados da nação,
eutanásia,
gonçalo valente,
idade das treva,
iniciativa liberal,
inquisição,
inês sousa real,
isabel mendes lopes,
jornal o primeiro de janeiro,
livre,
mahatma gandhi,
mário amorim lopes,
pan,
paulo núncio,
pcp,
pedro pinto,
portugal,
ps,
psd,
rerendo da abolição das touradas,
touradas
Quarta-feira, 2 de Outubro de 2024
O PAN prepara-se para pedir um Referendo para a abolição das touradas, no próximo dia 04 de Outubro, na Assembleia da República.

Cara Inês Sousa Real.
Um referendo sobre esta matéria seria um desastre.
O número de abstenções, nas eleições para eleger governantes, já é elevadíssimo, como elevadíssimo foi o número de abstenções nos Referendos que já se realizaram em Portugal, através de perguntas dúbias.
Imagine em relação a algo que só interessa aos tauricidas, aos trogloditas, aos seus apoiantes e aos sádicos, ou seja, a quem pratica, aplaude e apoia esta prática bárbara medieval.
Também dependeria da pergunta, que deveria ser esta:
«É a favor de que se massacrem Bovinos e Cavalos, numa arena, para divertir sádicos e trogloditas, e encher os bolsos de ganadeiros, com os nossos impostos?
Sim ou Não?
Porém, a pergunta irá ser elaborada pela Assembleia da República, constituída por uma grande maioria de adeptos desta barbárie, e será feita de tal modo que irá induzir, quem for votar, a votar a favor das touradas, uma vez que os trogloditas, esses, iriam votar em massa.
Um Referendo sobre touradas será dar um tiro no próprio pé.
Não sei como a Inês Sousa Real ainda não se apercebeu de tal engodo.
Isabel A. Ferreira
Quarta-feira, 25 de Setembro de 2024

Recebi esta triste notícia, proveniente do PAN – Pessoas-Animais-Natureza.
Os Estados-Membros da União Europeia irão hoje votar sobre a proposta da Comissão Europeia para reduzir o estatuto de protecção do Lobo, na Convenção de Berna.
Há duas semanas, Portugal manifestou a sua intenção de votar contra esta medida. No entanto, a manutenção dessa posição não está garantida, uma vez que pressões políticas de outros países estão a tentar influenciar a posição portuguesa para apoiar a desprotecção do Lobo.
Não fui a tempo de reforçar o pedido à Ministra do Ambiente e da Acção Climática, para que tal recuo não aconteça. Seria crucial que a Ministra mantivesse, como defende o PAN, o compromisso assumido no início do seu mandato: seguir a Ciência e defender a protecção do Lobo, votando contra qualquer medida que reduza o seu estatuto de protecção.
Mas sabemos como os lobbies funcionam, e nem sempre os ministros ouvem a voz dos defensores da Natureza, dando mais ouvidos aos que a querem empobrecer ou destruir.
Esperemos que, hoje, a União Europeia dê o passo certo na defesa dos Lobos, esses magníficos animais, tão mais antigos do que a espécie humana, onde se encontram os únicos predadores do Planeta Terra.
Isabel A. Ferreira
Quinta-feira, 7 de Setembro de 2023

Pedrito de Portugal está a ser muito criticado e é alvo de chacota depois das declarações polémicas que fez num podcast do Expresso, onde defendeu as touradas, referindo que “o touro não sofre”.
Com 48 anos de idade, Pedrito de Portugal, o nome artístico com o qual o toureiro ficou conhecido, está a viver em Espanha, onde trabalha no ramo imobiliário.
A sua carreira de toureiro está, neste momento, em stand-by depois da morte do seu treinador, Fernando Camacho. Mas Pedrito sai desse “exílio” em Espanha, para voltar a ser notícia em Portugal pelas declarações que fez ao podcast “Geração 70” do Expresso e da SIC Notícias.
“O touro não sofre. Eu já tive 6 cornadas, as pernas todas abertas, e não morri de dor. Naquele momento, nem se sente“. Esta é uma das posições do toureiro que está a causar polémica.
“As pessoas não vão a uma praça de touros para se alegrarem ou para satisfação com o sofrimento do animal. Isto não são os gladiadores da época romana. O toureiro põe a sua vida em risco e o animal também está a cumprir a sua missão. Não existiria a espécie de touro bravo se não existissem as corridas“, diz ainda Pedrito.
“Enquanto Deus entender que a tauromaquia tem um benefício [(***)] seja ele qual for, para a sociedade, vai continuar a existir. Quando não for assim, acaba naturalmente como acabou o Muro de Berlim”, continua o toureiro.
Pedrito ainda diz que as manifestações anti-touradas “são um negócio” e resultam de “interesses políticos”.
“Nós sabemos porque é que essas manifestações no Campo Pequeno existem. Há interesses políticos, nomeadamente do PAN. Todas as pessoas que vão a essas manifestações cobram 25 euros para lá estar, se fosse grátis não estariam”, acusa o toureiro.
“Ninguém está preocupado com o sofrimento do animal, isso é pura hipocrisia“, acrescenta.
“É falso que o touro não sofre”
O PAN já reagiu às posições de Pedrito, repudiando as suas declarações e acusando-o de “mentir” e de “desrespeitar” o trabalho do partido e dos activistas que lutam pela causa animal.
Num comunicado, o partido diz que é “absolutamente falso” que pague 25 euros a manifestantes que participem nos protestos junto ao Campo Pequeno, em Lisboa. “Não existe qualquer valor envolvido na presença dos manifestantes contra a tauromaquia”, reforça.
“[Pedrito de Portugal] possui uma carreira incompreensível à luz dos valores éticos e morais do nosso tempo: a de torturar e matar touros na arena“, atira ainda o PAN que se reporta directamente à posição do toureiro quanto à capacidade de estes animais sentirem dor.
“É falso que o touro não sofre, nem sente qualquer dor durante uma tourada. Esta afirmação nega um consenso existente na comunidade científica”, salienta o comunicado do partido.
A terminar, o PAN sublinha também que “se Pedrito de Portugal está tão preocupado com o bem-estar das pessoas e das finanças públicas, não deveria ignorar os milhões de euros que são gastos anualmente na perpetuação da actividade tauromáquica em Portugal”.
Pedrito toureado nas redes sociais
As palavras do toureiro estão a ter muito eco nas redes sociais, onde a líder do PAN, Inês de Sousa Real, reforça as críticas do partido.
“Pedrito de Portugal, em pleno Séc. XXI, orgulha-se e defende a morte e a tortura de um animal na arena”, salienta a deputada, frisando que “para tentar justificar o injustificável, nega a ciência e que o touro não sofre”.
Também o presidente da concelhia do Chega em Matosinhos e deputado municipal naquela autarquia, Álvaro Costa, critica o toureiro, falando em “pura estupidez” e notando que Pedrito o deixa “perplexo”.
Num tom mais irónico, há quem fale de Pedrito como o “grande filósofo de todos os tempos”. Ou ainda quem nota que o mais chocante na entrevista “não é a cena dos direitos dos animais”, mas “ver um maduro de 50 anos a usar os termos “mamã” e “papá””.
“Chamas-te Pedrito de Portugal mas, *claramente*, já tens idade para te chamares só Pedro“, atira outro utilizador do Twitter, agora designado por X.
Quanto à ideia defendida por Pedrito de que “para haver direitos, tem de haver deveres e os animais não têm deveres”, também há várias considerações. E se alguns falam do “neurónio solitário de Pedrito de Portugal”, outros são mais criativos.
“O Pedrito tem razão. Nunca vi o meu cão fazer os TPC. Logo, é porque nunca tem deveres. Logo, não tem deveres”, atira um utilizador do Twitter.
Já outro diz que “Pedrito de Portugal tem toda a razão” porque “a abstenção entre os touros é de 100%“. “Não votam, mas depois querem direitos… vão mas é trabalhar”, sublinha.
Portanto, no fim de contas, é o toureiro Pedrito de Portugal que acaba toureado, ou chacoteado.
00000
(***) Como é possível a igreja católica permitir que um torturador de Touros diga esta barbaridade: «Enquanto Deus entender que a tauromaquia tem um benefício»!!!!! Por que haveria Deus de entender que a tauromaquia tem um benefício? Para quem? Para os ganadeiros e tauricidas? Que falta de respeito pelo Deus que é o criador também dos Touros, e que eles dizem adorar!
Outra coisa: NÃO existem Touros bravos na Natureza. Qualquer pessoa instruída sabe disto. Além de toda a outra ignorância o Pedrito nada sabe de Touros. Empinou a lavagem cerebral que os aficionados fazem aos filhos desde pequeninos, meteu-se na bolha tauromáquica e nada mais sabe do mundo.
Isabel A. Ferreira
tags: campo pequeno,
deus,
espanha,
inês de sousa real,
muro de berlim,
pan,
pedrito de portugal,
podcast do expresso,
redes sociais,
sic notícias,
sofrimento animal,
susana valente,
tauromaquia,
touradas,
touro,
touros,
tpc,
twitter,
zap
Sexta-feira, 25 de Agosto de 2023
Baião continua no registo troglodita, considerando "cultura" a tortura de Touros.
Pobres mentes! Como poderão saber que as touradas são costumes bárbaros, que fazem parte apenas da "coltura" dos broncos, se as autoridades locais também não sabem? E não é por falta de INFORMAÇÃO. É mesmo opção pela ignorância.
Baião é uma localidade onde a CIVILIZAÇÃO ainda não entrou.
Protestos de elementos do PAN contra uma tourada em Baião geraram hoje momentos de tensão, com troca de apupos entre apoiantes e críticos da tauromaquia, que só não se tornaram mais violentos graças à GNR.  Faltava cerca de uma hora para o início de uma tourada, marcada para as 17:00, numa praça improvisada nos arredores da vila de Baião, no distrito do Porto, quando cerca de uma dezena de activistas do Pessoas - Animais – Natureza - PAN, alguns com cartazes, megafones e sirenes, começaram a gritar palavras de ordem contra as touradas, voltados para centenas de pessoas que aguardavam a entrada no recinto taurino. Na maior tarja, com a imagem de um touro, lia-se: “Nas tradições mexe-se. Chama-se evolução. Abolição das touradas já”. Do outro lado da estrada, os aficionados, a maioria homens, respondiam com apupos e assobios, em confronto com os manifestantes, enquanto os militares da GNR procuravam manter ambos os grupos afastados, com alguns empurrões pelo meio. No local, Cristina Santos, dirigente do PAN, disse à Lusa saber que a tourada em Baião é um espectáculo legal, mas considerou tratar-se de “uma actividade completamente anacrónica, que nem sequer tem tradição no Norte, principalmente em Baião”. “Aqui não há uma estrutura que seja própria para estes acontecimentos. Eles têm de construir estruturas precárias, que são amovíveis. O PAN gostaria que essas estruturas não fossem permitidas, porque são precárias. Como se pode ver, é uma actividade tão anacrónica que neste momento já não há estruturas para as pôr”, afirmou. A dirigente prosseguiu: “Esta manifestação é pacífica, mas nós pretendemos mostrar que na maior parte dos concelhos do país e até no mundo já aboliram as touradas. Portugal tem de fazer esse caminho, porque há maneiras muitos melhores de as pessoas se divertirem, que não impliquem tortura de um animal, um acto que torna as crianças violentas”. Sob um calor próximo dos 40 graus, o clima de tensão prolongou-se por mais de uma hora, que ia subindo quando passavam ou eram avistados elementos ligados ao espectáculo taurino, como forcados e cavaleiros. Nuno Gomes, residente em Baião, estava incomodado com os protestos protagonizados pelos activistas do PAN. “Eles sabem que a tourada é cultura e enquanto for cultura tem de ser defendida. Se não gostam, que não venham, isto é um espectáculo pago e só vem quer”, acentuou, apoiado por pessoas que o acompanhavam. Já Carla Fernandes, da organização local da tourada, disse à Lusa que “eles [manifestantes do PAN] podem defender as suas ideias, mas sem ofender os outros”. “E eles não o fazem”, rematou, lamentando, por outro lado, as dificuldades que a organização sentiu, nomeadamente por parte da câmara municipal e outras entidades, para organizar uma tourada que disse ter décadas de tradição no concelho. “Só ontem às cinco da tarde é que nos passaram as licenças”, exclamou. Sobre se, face à contestação, haverá condições para repetir a tourada no próximo ano, respondeu: “Não sei se temos coragem para continuar. O tempo dirá”. A praça de touros quase encheu para o espectáculo, chegando a cerca de 900 espectadores, segundo a responsável. Fonte:https://blogcontraatauromaquia.wordpress.com/2023/08/23/tensao-e-apupos-entre-ativistas-do-pan-e-aficionados-devido-a-tourada-em-baiao/ |
|
Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023
Na sequência das notícias ontem aqui difundidas, sobre a morte de Touros numa corrida à corda, na Ilha Terceira (Agualva- Açores), deixo-vos aqui a história, e um link para o Noticiário da RTP-Açores, chamando a atenção para a incrível peça jornalística, onde fica evidente a manipulação/distorção dos factos (por parte do jornalista), e pela inacreditável falta de vergonha cívica, jurídica e ética, acrescentada ao descaramento político-administrativo inaudito por parte da Vereadora da autarquia da cidade da Praia da Vitória (a cujo concelho pertence a freguesia da Agualva, local da ocorrência referida)!
Veja-se o que se considera normal e conforme a legalidade: servirem-se de três seres vivos sencientes, para satisfazerem sádicos instintos primitivos. E o mais incrível é que o Governo Regional dos Açores e o Governo do Continente estão cheios de gente sem um pingo de visão civilizacional e desprovidos do mais nobre sentimento humano – a empatia – que se candidatam para garantirem que o costume bárbaro continue a encher os bolsos dos ganadeiros, e o povo continue eternamente bronco...
Dois partidos políticos – o PAN e o BE – têm lutado para que a EVOLUÇÃO penetre em território português, mas em vão, porque não é nada fácil semear o que quer que seja em cérebros mirrados. Mas lá virá o dia da em que os cavernícolas, de tão isolados e marginalizados, cederão ao apelo da Evolução.
A vergonhosa reportagem pode ser vista neste link (ao minuto 5.15)
https://www.rtp.pt/play/p56/telejornal-acores


tags: agualva,
be,
bloco de esquerda,
costume bárbaro,
governo do continente,
governo regional dos açores,
ilha terceira,
pan,
pedro neves,
praia da vitória,
rtp-açores,
touradasà corda
Quarta-feira, 23 de Agosto de 2023

Será isto uma imagem de CULTURA, consignada na Constituição da República Portuguesa? Se é, temos a CR mais atrasada do mundo.
De acordo com uma informação que me foi enviada via e-mail, o deputado do PAN/Açores Pedro Neves, denunciou aos órgãos de polícia criminal uma suspeita de maus-tratos a Touros numa tourada à corda na Agualva, na Terceira, a que se seguiu a morte dos animais. O partido político Pessoas Animais Natureza pretende entregar na Assembleia Legislativa um requerimento em que pede explicações sobre o sucedido, ao Governo dos Açores, tal como fez o Bloco de Esquerda Regional.
Depois de diversas denúncias que lhe chegaram, o PAN/Açores teve conhecimento, que no passado dia 17 de Agosto foi realizada uma tourada à corda com touros puros na freguesia da Agualva, concelho da Praia da Vitória, na qual os animais ficaram gravemente feridos, acabando por falecer na sequência das lesões causadas".
Pedro Neves salienta que «os padrões de bem-estar animal são transversais a todos os animais e a actividade tauromáquica colide com esses padrões, são incompatíveis».
O deputado refere ainda que «o que aconteceu na Agualva, lamentavelmente, não é caso isolado", sendo que a gravidade da situação foi tal que nem os promotores do evento conseguiram abafar os gritos de revolta da população».
O BE/Açores também questionou o executivo regional sobre o assunto, num requerimento enviado ao parlamento do arquipélago, destacando também que a situação «gerou indignação por parte de várias pessoas e de movimentos da causa animal que alegam que os animais morreram por ferimentos causados durante a tourada». Refere-se que «estas situações não podem, de forma alguma, ser consideradas normais, pois em causa está o bem-estar destes animais».
Os dois deputados regionais bloquistas questionam quais as medidas que tomadas pelas autoridades presentes no local e que diligências serão tomadas pelo Governo Regional de modo a evitar uma repetição.
No requerimento, «o Bloco considera fundamental que as ocorrências em touradas à corda sejam reportadas de forma transparente e, por isso, quer saber quantos touros perderam a vida por ferimentos ou por outra situação relacionada com a tourada à corda desde 2018 nos Açores».
O PAN/Açores tem pendente para apreciação e votação na Assembleia Legislativa uma proposta que visa acabar com as actividades tauromáquicas nos Açores.
Esta seria uma medida inteligente, progressista, evolucionista, limpando a ilha Terceira do lixo tauromáquico que ali ainda existe e tem sido difícil de extirpar.
Segundo informação que me chegou, em 20 de Julho, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) manifestou a sua oposição à proposta legislativa, argumentando que as touradas são espectáculos culturais previstos na Constituição, mas acontece que a TORTURA DE TOUROS não é um espectáculo, mas um costume bárbaro dos tempos filipinos, e muito menos culturais, uma vez que a CULTURA não é sinónimo de TORTURA, logo querer as touradas consignadas na Constituição é uma violação da Constituição. E quem não consegue ver esta realidade é cego mental.
E preciosamente o contrário do que a secretária regional da Educação e Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, ouvida na Comissão de Assuntos Sociais do Parlamento açoriano disse, ao considerar a proposta para eliminação da tortura de Touros como uma violação de um direito constitucional [que NÃO existe]. Diz a senhora que «a cultura não pode definir-se por decreto. A Constituição Portuguesa define a liberdade de acesso à cultura, e como tal, o nosso parecer é contrário ao projecto que aqui nos é apresentado".
Minha senhora, torturar touros NÃO está consignada na CRP, e, se estivesse, era evidente que tínhamos uma constituição medievalista, com séculos de atraso, e que não serve as sociedades civilizadas e modernas.
Em pleno século XXI depois de Cristo já era altura de os terceirenses retrógrados (porque os há civilizados) darem um salto para a modernidade, e aceitarem os projectos que lhes são apresentados para limpar a ilha do tal lixo tauromáquico.
Mas iinda há mais este delírio: o secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, António Ventura, igualmente ouvido pelos deputados, disse que as touradas têm cada vez mais aficionados na região, sobretudo na ilha Terceira, onde a tradição está mais enraizada, com grande impacto na economia regional. Terão?
Então só podemos chegar a uma conclusão: a ilha Terceira em vez de EVOLUIR, está cada vez mais a retroceder, e é uma ilha que envergonha o Arquipélago dos Açores, Portugal e o mundo dos Homens Civilizados.
Fonte/base deste texto:
https://www.noticiasaominuto.com/politica/2385178/panacores-denuncia-a-policia-morte-de-touros-na-ilha-terceira