Este é um texto que publiquei neste Blogue em Março de 2014. Repesco-o, hoje, à conta do recente "rebuçado" que o Conselho de Ministros pretendeu dar aos anti-touradas, sem sequer levar em conta o que está em causa, quando falamos de levar crianças a touradas. Nada mudou. Nada mudará, enquanto a tauromaquia estiver sob a protecção dos que governam. O mal que isto provoca, está bem patente no que um jovem/velho (hoje já adulto) escreveu sobre a sua experiência tauromáquica (e visivelmente traumática) desde a infância.
Este texto é um valioso testemunho, que devia ser estudado por psiquiatras e psicólogos, os quais deveriam aconselhar o Conselho de Ministros a não deliberar sobre matérias sobre as quais não tem o mínimo conhecimento e nem competência para legislar.
Deixo-o à atenção das autoridades, que aqui são frontalmente ultrajadas, e das comissões de protecção de menores, que não cumprem a sua missão, quando se trata de proteger crianças, filhas de aficionados, criadas na violência e na crueldade infligidas a seres vivos, e que deformam, para toda a vida, as suas mentes.
Este texto diz claramente que a tauromaquia é protegida pelas autoridades. Porquê?
“Mentidero” por Duarte Palha: Desmamar a afición
(Nota: os excertos a negrito e entre parêntesis rectos são da responsabilidade da autora do Blogue)
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação (…) E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.» (Duarte Palha)
«Lembro-me de fazer 6 anos e soprar as velas na cozinha da minha avó. Era um bolo de chocolate com gomas em forma de golfinho. Podiam ser ursos, mas eu lembro-me de golfinhos. É talvez a primeira memória visual que sou capaz de identificar no tempo. Tenho outras memórias, que julgo anteriores, mais ou menos nítidas, mais ou menos leves, perdidas na incerteza do tempo.
Quase todas me trazem toiros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Quase todas me trazem a minha aficion.»
[Pois… é muito normal dentro das psicopatias, um jovem lembrar-se muito intensamente de episódios passados na primeira infância, mormente, se eles têm a ver com touros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Mas isto, nada tem a ver com a afición. Tem a ver com os cheiros que o transtornaram. O “Palhinha” lembra-se do cheiro da bosta, do suor, da urina, do sangue que cheirou. E isso, na verdade fica para toda a vida entranhado nas narinas, como uma doença.]
«Talvez mais intensa do que hoje. De usar panos de cozinha como capotes e colheres de pau como bandarilhas. O toiro era, muitas vezes, um banco - o banco parado no meio da sala, e eu em volta, a cravar ferros. Mais ou menos o mesmo que tourear um murube.»
[Um menino normal, nessas idades, ia para a rua jogar à bola com os amigos, mas este, não. Brincava na sala aos torcionários. Este já nasceu com a doença ancestral, a correr-lhe no sangue, e brincadeiras saudáveis não eram para ele. Por que havia de ser, se não conhecia mais nada, e quem o “educou” educou-o para a ignorância, para acrueldade e para a violência?Mas o pior, é que têm essa ignorância como uma grande sabedoria. Como uma respiração. E se não inalam aqueles odores já referidos, acham que não é viver. Pobres mentes! E de quem é a culpa? É dos legisladores e das autoridades e das comissões de “protecção” de menores e da igreja católica, que não cumpre a sua missão cristã.]
«Não me lembro se era egoísta, se era chorão, teimoso ou divertido. Lembro-me de gostar de toiros. Tenho esta certeza absoluta em relação a mim. Nasci apaixonado por “isto”. Antes da memória dos golfinhos no bolo de chocolate, lembro-me de tentas no campo.»
[Pois… as tentas no campo… Essas é que são as memórias, não por serem boas, mas por serem as que mais o afectaram psiquicamente enquanto criança. E obviamente o traumatizaram ao ponto de não ver mais nada à frente dos olhos do que touros, touros e mais touros… Mas isso não é de uma criança com um desenvolvimento normal. Isso faz parte de um desequilíbrio mental que o acompanhou até à juventude. E deu no que deu: mais um perdido no mundo da violência, da crueldade, da tortura, da maldade, da ignorância, da estupidez, da iniquidade… e que não tem a mínima noção do que diz. Neste texto, não vejo o jovem/velho “Palhinha” a encantar-se com uma namoradinha, por exemplo, o que seria bastante mais saudável. Não! O “Palhinha” só pensa em touros, e no modo como os torturar. Isto é fruto de um desadequado desenvolvimento mental, desintegrado do que se considera uma vivência saudável.]
«Empoleirado nas varolas do tentadero da Quinta da Foz. E de querer e não poder ir aos currais, sem que alguém me levasse pela mão. E de ir aos toiros. Às corridas, ainda antes de me poder lembrar bem disso.»
[Por aqui podemos comprovar a má influência que tais visões deixaram no miúdo, ao ponto de viver obcecado por isso. Ele só queria “ir aos toiros”, não porque isso fosse bom, mas porque o enfeitiçava, o arrebatava, e nesse arrebatamento, ele colhia todo o prazer mórbido de uma mente já doente e envelhecida. As crianças que nascem nestes meios, já nascem velhas, e poucas são as que conseguem “renascer” para uma vida saudável. O “Palhinha” é um bom exemplo disso.]
«Lembro-me que esperava esses dias com uma ansiedade como hoje já não espero. Nem eu, nem muitos dos actuais aficionados imberbes esperarão. Querem roubar-lhes essa ansiedade.»
[É natural. A ansiedade vai passando, à medida em que não depende de ninguém para ir… para ver… para estar onde está a violência, que já se entranhou na sua mente. E já não consegue viver sem esse aditivo mental.]
«Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos. Querem acabar com as pegas a cabeças de toiro, feitas com os dedos dos pais, com as bandarilhas de colher de pau, com os capotes aos quadrados, com os bancos que marram.»
[Atente-se neste pormenor: «Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos». Como se a ansiedade por ir ver torturar Touros fosse algo bom para uma criança menor de 12 anos, ou mesmo de um adulto! Por aqui se vê o dano mental que a tourada fez a este jovem/velho que nunca teve infância. Vejamos o que é a ansiedade: é aflição, é perturbação, é agonia, é tormento, tudo isto faz parte de uma patologia do foro psiquiátrico. E é disso que sofre uma criança sujeita à iniquidade da tauromaquia. E até são os pais que ajudam a esta “missa” , juntamente com os padres, que lhes dão a bênção. E as comissões “protectoras” para que servirão, se não protegem os que têm a infelicidade de nascer no seio de uma família aficionada? Bandarilhas de colher de pau? Bancos que marram? Não é isso que as imagens mostram. São bandarilhas de ferros afiados. São bezerrinhos vivos e ainda por desmamar. Além de psicóticos, tornam-se mentirosos.]
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação.»
[Eis o cúmulo da alienação. Eis algo juridicamente, moralmente, culturalmente, socialmente grave. Eis algo para as autoridades tomarem uma posição pública. Não podem deixar que um imberbe diga isto publicamente e se fique por aqui. Será menor para umas coisas e para outras não?
«Alimentar a aficion de quem a tem sem saber porquê. Porque um dia que eu seja pai, quero investir com um carrinho de mão, quero montar praças com lego, quero ir aos toiros e explicar que o forcado da cara não é um campino, por ter barrete.
Quero e hei-de fazê-lo. Que não é a lei que mata a aficion. E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.»
-[Até ao dia de hoje, “Palhinha”. Essa protecção à tauromaquia é anticonstitucional. É um crime que todos cometem às claras… até ao dia em que hja uma autoridade competente que faça cumprir as leis… Além disso, a afición está a morrer, por todo o mundo. E talvez mais cedo do que se espera, os que querem manter este costume bárbaro terão de se socorrer de colheres de pau a fazer de bandarilhas, e bancos de cozinha a protagonizar touros no meio das salas. O “Palhinha” acaba de dar uma grande facada na tauromaquia, e nem o padre da sua paróquia lhe valerá.]
Excelentíssimas autoridades, juridicamente temos aqui algo grave… não?
Isabel A. Ferreira
Fonte:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2014/03/mentidero-por-duarte-palha-desmamar.html
Serão apanhados numa volta da vida
Quanta desumanidade nestes gestos inúteis e falsos!
E quanta irracionalidade dos governantes que permitem tamanha estultícia!
Origem da foto:
Será isto possível? Não é uma brincadeira de mau gosto?
Vejamos:
É já no próximo dia 25 de Maio que se pretende (acreditamos que o bom senso imperará e que Deus iluminará os promotores de tamanho despautério) realizar uma tourada em Oliveira de Frades (distrito de Viseu) onde já não se realizam desde o século XIX.
E o mais inacreditável é que esta tortura de bovinos tem como finalidade angariar fundos para a associação de solidariedade do padre Luís da paróquia de São João da Serra.
Refira-se que esta iniciativa sanguinária tem como protagonistas o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, Luís Manuel Martins de Vasconcelos (que só podia ser do PSD) e o tal padre Luís.
Mas ainda há mais: a tourada está marcada para realizar-se mesmo em frente da igreja principal de Oliveira de Frades, contudo, o padre Manuel Fernandes não se incomoda. O cenário da carnificina fica a 100 metros de um cruzeiro onde os não-cristãos eram queimados vivos, pela santa inquisição…
Estará tudo dito?
Não.
Ainda há mais.
Uma fonte local refere: «Também fica bem lembrar à Nossa Senhora, ali em frente, que também lá no tempo dela, as pessoas, iam muito contentes bater palmas quando os indesejados eram espetados num madeiro até à morte, e se agora não se podem espetar humanos, que se espetem os animais que o povinho tem que se divertir principalmente com a ajuda de presidentes de Câmaras e de bondosos padres.»
Sendo assim, o lugarejo tem antecedências carniceiras.
Contudo não estamos mais nesses tempos medievalejos, onde imperava a ignorância e a crueldade.
Vamos dizer ao presidente da câmara de Oliveira de Frades e ao padre Luís que há outras formas mais cristãs e humanas de angariar fundos para fazer o bem: espectáculos musicais, por exemplo, com artistas portugueses, que não se negarão a contribuir.
Fazer o bem com as mãos manchadas do sangue de indefesos e inocentes animais é o mesmo que andar de mãos dadas com o diabo.
Por isso, sugiro que enviem os vossos protestos para estes endereços:
gabinetedeapoio@cm-ofrades.com
Este texto vai à atenção das autoridades, que aqui são frontalmente ultrajadas, e das comissões de protecção de menores, que andam a “dormir”…
Este texto diz claramente que a tauromaquia é protegida pelas autoridades. Porquê?
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação (…) E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.» (Duarte Palha)
Excelentíssimas autoridades, juridicamente temos aqui algo grave… não?
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“Mentidero” por Duarte Palha: Desmamar a afición
«Lembro-me de fazer 6 anos e soprar as velas na cozinha da minha avó. Era um bolo de chocolate com gomas em forma de golfinho. Podiam ser ursos, mas eu lembro-me de golfinhos. É talvez a primeira memória visual que sou capaz de identificar no tempo. Tenho outras memórias, que julgo anteriores, mais ou menos nítidas, mais ou menos leves, perdidas na incerteza do tempo.
Quase todas me trazem toiros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Quase todas me trazem a minha aficion.»
- Pois… é muito normal dentro das psicopatias, um jovem lembrar-se muito intensamente de episódios passados na primeira infância, mormente, se eles têm a ver com touros, cavalos, campinos, forcados e toureiros. Mas isto, nada tem a ver com a afición. Tem a ver com os cheiros que o transtornaram.
O “Palhinha” lembra-se do cheiro da bosta, do suor, da urina, do sangue que cheirou. E isso, na verdade fica para toda a vida entranhado nas narinas, como uma doença.
«Talvez mais intensa do que hoje. De usar panos de cozinha como capotes e colheres de pau como bandarilhas. O toiro era, muitas vezes, um banco - o banco parado no meio da sala, e eu em volta, a cravar ferros. Mais ou menos o mesmo que tourear um murube.»
- Um menino normal, nessas idades, ia para a rua jogar à bola com os amigos, mas este, não. Brincava na sala aos torcionários. Este já nasceu com a doença ancestral, a correr-lhe no sangue, e brincadeiras saudáveis não eram para ele. Por que havia de ser, se não conhecia mais nada, e quem o “educou” educou-o para a ignorância, para acrueldade e para a violência?
Mas o pior, é que têm essa ignorância como uma grande sabedoria. Como uma respiração. E se não inalam aqueles odores já referidos, acham que não é viver. Pobres mentes!
E de quem é a culpa? É dos legisladores e das autoridades e das comissões de “protecção” de menores e da igreja católica, que não cumpre a sua missão cristã.
«Não me lembro se era egoísta, se era chorão, teimoso ou divertido. Lembro-me de gostar de toiros. Tenho esta certeza absoluta em relação a mim. Nasci apaixonado por “isto”. Antes da memória dos golfinhos no bolo de chocolate, lembro-me de tentas no campo.»
- Pois… as tentas no campo… Essas é que são as memórias, não por serem boas, mas por serem as que mais o afectaram psiquicamente enquanto criança.
E obviamente o traumatizaram ao ponto de não ver mais nada à frente do que touros, touros e mais touros…
Mas isso não é de uma criança com um desenvolvimento normal.
Isso faz parte de um desequilíbrio mental que o acompanhou até à juventude. E deu no que deu: mais um perdido no mundo da violência, da crueldade, da tortura, da maldade, da ignorância, da estupidez, da iniquidade… e que não tem a mínima noção do que diz.
Neste texto, não vejo o jovem/velho “Palhinha” a encantar-se com uma namoradinha, por exemplo, o que seria bastante saudável.
Não! O “Palhinha” só pensa em touros, e no modo como os torturar.
Isto é fruto de um desadequado desenvolvimento mental, desintegrado do que se considera uma vivência saudável.
«Empoleirado nas varolas do tentadero da Quinta da Foz. E de querer e não poder ir aos currais, sem que alguém me levasse pela mão. E de ir aos toiros. Às corridas, ainda antes de me poder lembrar bem disso.»
- Por aqui podemos comprovar a má influência que tais visões deixaram no miúdo, ao ponto de viver obcecado por isso. Ele só queria “ir aos toiros”, não porque isso fosse bom, mas porque o enfeitiçava, o arrebatava, e nesse arrebatamento, ele colhia todo o prazer mórbido de uma mente já doente e envelhecida.
As crianças que nascem nestes meios, já nascem velhas, e poucas são as que conseguem “renascer” para uma vida saudável. O “Palhinha” é um bom exemplo disso.
«Lembro-me que esperava esses dias com uma ansiedade como hoje já não espero. Nem eu, nem muitos dos actuais aficionados imberbes esperarão. Querem roubar-lhes essa ansiedade.»
- É natural. A ansiedade vai passando, à medida em que não depende de ninguém para ir… para ver… para estar onde está a violência, que já se entranhou na sua mente. E já não consegue viver sem esse aditivo mental.
«Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos. Querem acabar com as pegas a cabeças de toiro, feitas com os dedos dos pais, com as bandarilhas de colher de pau, com os capotes aos quadrados, com os bancos que marram.»
- Atente-se neste pormenor: «Querem roubar a ansiedade a quem tenha menos de 12 anos». Como se a ansiedade por ir ver torturar Touros fosse algo bom para uma criança menor de 12 anos, ou mesmo de um adulto!
Por aqui se vê o dano mental que a tourada fez a este jovem/velho que nunca teve infância.
Vejamos o que é a ansiedade: é aflição, é perturbação, é agonia, é tormento, tudo isto faz parte de uma patologia do foro psiquiátrico.
E é disso que sofre uma criança sujeita à iniquidade da tauromaquia. E até são os pais que ajudam a esta “missa” , juntamente com os padres, que lhes dão a bênção. E as comissões “protectoras” para que servirão, se não protegem os que têm a infelicidade de nascer no seio de uma família aficionada?
Bandarilhas de colher de pau? Bancos que marram? Não é isso que as imagens mostram. São bandarilhas de ferros afiados. São bezerrinhos vivos e ainda por desmamar. Além de psicóticos, tornam-se mentirosos.
«Mas nós diremos que não. Que não deixamos. Que é a luta que nos resta. Desobedecer cegamente. Porque não? Porque havemos de encarneirar sempre? Vamos, por uma vez, fazer as coisas à nossa maneira. Como queremos. Como seres livres que somos. Vamos levar crianças às praças. Mentir na idade que têm, escondê-las da polícia, fingir que não conhecemos a lei. Porque é essa a nossa obrigação.»
- Eis o cúmulo da alienação. Eis algo juridicamente, moralmente, culturalmente, socialmente grave. Eis algo para as autoridades tomarem uma posição pública. Não podem deixar que um imberbe diga isto publicamente e se fique por aqui.
Será menor para umas coisas e para outras não?
«Alimentar a aficion de quem a tem sem saber porquê. Porque um dia que eu seja pai, quero investir com um carrinho de mão, quero montar praças com lego, quero ir aos toiros e explicar que o forcado da cara não é um campino, por ter barrete.
Quero e hei-de fazê-lo. Que não é a lei que mata a aficion. E não é a lei que nos impede de fazer o que queremos. Nunca foi.»
- Até ao dia de hoje, “Palhinha”.
Essa protecção à tauromaquia é anticonstitucional. É um crime que todos cometem às claras… até um dia…
Além disso, a afición está morta.
E a lei enterrá-la-á muito brevemente.
E os que querem manter este costume bárbaro terão de se socorrer de colheres de pau a fazer de bandarilhas, e bancos de cozinha a protagonizar touros no meio das salas.
O “Palhinha” acaba de dar uma grande facada na tauromaquia, e nem o padre da sua paróquia lhe valerá.
Fonte:
http://diariotaurino.blogspot.pt/2014/03/mentidero-por-duarte-palha-desmamar.html
A festa ao Senhor dos Aflitos, em Lousada, vai incluir a TORTURA DE TOUROS E CAVALOS.
Como se isto já não bastasse para ENVERGONHAR as pedras das ruas desta terra, que ainda não EVOLUIU, está a ser também utilizado um carrossel com cavalinhos VIVOS, que andam à roda, à roda, à roda, até ficarem em frangalhos.
Isto é revoltante. Aviltante. Cruel. De uma maldade inominável. Uma autêntica cena medieval.
Não haverá nenhuma autoridade em Lousada com CAPACIDADE INTELECTUAL para saber discernir o que é ou não é HUMANO fazer?
Nunca fui a Lousada. Nem irei, enquanto Lousada não evoluir.
E todas estas crueldades são cometidas em honra do Senhor dos Aflitos.
E aqui quem são os aflitos? São naturalmente os animais não humanos usados brutalmente para divertirem os SÁDICOS.
E para que não digam que estou a insultar as pessoas, vou colocar aqui a DEFINIÇÃO de sádico: é aquele que sente prazer em ver ou fazer sofrer um ser vivo. Pessoa má, bárbara, cruel.
Não será este o caso, em Lousada?
Por isso não se ofendam. É o que são.
Que o Senhor dos Aflitos tenha piedade das criaturas que irão ser torturadas e das que já estão a ser torturadas para um povo irresponsável se divertir.
Mas a culpa é do PADRE.
A culpa é de quem GOVERNA MAL Lousada.
A culpa é de quem devia zelar pela INTEGRIDADE MORAL do povo, e ao contrário, arrasta-os pela lama da iniquidade.
TENHAM VERGONHA. EVOLUAM.
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Reparem na estupidez que as imagens transmitem. Isto é de gente civilizada? Quanta ignorância! Quanta maldade! Quanta boçalidade, ó gente de Ponte de Lima. Nunca mais aí vou, nem recomendo aos meus amigos estrangeiros...
«Amanhã tem lugar a denominada “vaca das cordas” em Ponte de Lima, um dos últimos resquícios da tauromaquia no Minho (exceptuando a vergonhosa Barcelos). Curiosamente, hoje li num jornal de Braga qualquer coisa que dizia que o mundo avança e que a sociedade também evolui, mas que era necessário manter o essencial das festas. No Jornal de Notícias, pasquim pró-touradas, dizia que a festa em Ponte de Lima atrai cada vez mais jovens devido à “vaca das cordas” no que eu entendo ser um texto escrito por um demente tauromáquico a tentar justificar a manutenção do evento.
Durante as festas, um touro é usado para ser abusado durante um dia inteiro. Amarrado à igreja, é banhado com vinho tinto num cerimonial «para dar força» ao animal. Depois é solto e o objectivo é ser perseguido pelas ruas da vila até dar três voltas à igreja sem cair. No fim é recolhido num matadouro e a sua carne posteriormente vendida num talho da vila.
É através destes eventos que a tauromafia se vai infiltrando sub-repticiamente em locais onde as touradas não têm tradição pois rapidamente se passa de uma “vaca das cordas” para uma corrida Há que estar atento.»
Rui Barbosa
***
Faço minhas as palavras do Rui Barbosa.
Mas em que época vive esta gente? Não saiu do tempo dos dinossauros?
Quanta IGNORÂNCIA!
O Touro está amarrado à IGREJA? E o padre consente?
Malfadada igreja, mais o padre, mais o povo, mais os ignorantes do município de Ponte de Lima e do Governo Português.
ARRE!
Isabel A. Ferreira