Depois querem ter bons resultados nas eleições!
O texto que se segue, publicado no Blogue Prótouro - Pelos Touros em Liberdade explica, muito bem explicadinho, este assalto aos cofres públicos, para encher os bolsos dos torturadores de Touros.
Os deputados do PSD não aprenderam nada com a mensagem tácita desta invasão do novo coronavírus?
Portugal não precisa de deputados trogloditas! Precisa de EVOLUIR! Já se faz tempo! (Isabel A. Ferreira)
«Os deputados do PSD Ribatejo enviaram uma carta à Ministra da Agricultura onde afirmam que estão muito preocupados com os prejuízos dos ganadeiros de brava de lide, ou seja, as mães dos touros que são torturados em touradas.
«Isaura Morais e João Moura eleitos por Santarém vão mesmo ao ponto de afirmar que o facto de muitos bovinos não serem vendidos para tortura pode gerar prejuízos muito superiores a sete milhões de euros.
É preciso ter muita lata para pedir ainda mais dinheiro para gentalha que recebe anualmente milhões em subsídios nacionais e europeus quando milhares de portugueses estão em lay-off e muitos até a passar fome.
Em 2011 o ganadeiro José Dias afirmava ao jornal “O Mirante” e citamos:
“Os ganadeiros são na sua maioria senhores muito ricos, com muitas propriedades, que se dedicam ao negócio mais por paixão. Ninguém pode viver directamente de uma ganadaria.”
Claro que são ricos têm propriedades com milhares de hectares de terra e criam outros animais para além de bovinos para touradas. Muitos criam cavalos e muitos até têm outros negócios que nada têm a ver com tauromaquia.
Estes deputados deveriam ser corridos a pontapé do partido uma vez que estão mais preocupados com a trampa da indústria tauromáquica do que com milhões de portugueses!
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
Isto não é genial?
Isto não é de gente com demasiada “coltura”?
Na Chamusca as carências sociais podem esperar… Mas tortura de Touros não pode faltar….
O pessoal nem dormia bem de noite!!! Bolas!
(Denunciado à IGAL - Inspecção Geral da Administração Local - o que poderá configurar um crime de gestão danosa, para que se investigue se a despesa com a tourada, que o presidente da Câmara Municipal da Chamusca quis realizar, foi autorizada pelo Executivo, e com que justificação).
Lê-se na notícia:
«A Câmara da Chamusca investiu dinheiros públicos na organização de uma corrida de toiros na vila, porque temia que o empresário concessionário da praça não fizesse o espectáculo e por capricho do presidente, que queria escolher o cartel de artistas.
O município contratou organização da tourada por ajuste directo, num valor de 30.564 euros (24.849 euros sem IVA), tendo vendido os bilhetes a 15 euros e oferecido as entradas a 300 pessoas que participaram num desfile etnográfico, tendo cobrado entradas mais baratas, a 10 euros, aos acompanhantes dos participantes.»
O cartel foi escolhido pela autarquia, e o presidente da Câmara, Paulo Queimado, disse esta coisa espantosa: «a realização da corrida foi estratégica para a promoção do município», é que «são estas pequenas coisas que fazem a grande diferença»…
Então não foi uma promoção para o município?
O mundo saberá que na Chamusca o presidente da Câmara municipal esbanja dinheiros públicos na tortura de ser vivos, que é assim um evento ao nível da ópera e do ballet (de acordo com a professora catedrática Maria Alzira Seixo), e isto dá um grande prestígio à vila, então não dá? Principalmente entre as pessoas cultas e civilizadas.
E realmente são estas pequenas coisas que fazem a grande diferença entre o atraso civilizacional e a evolução que, na Chamusca, ficou a vários milhares de quilómetros de distância.
E então é assim: o presidente da Câmara retirou do erário público 30.564 euros. A receita da bilheteira ficou em cerca de 18.900 euros, e o autarca, que é um génio a Matemática, disse que as contas das despesas e das receitas «ficaram ela por ela»…
Então não ficaram?
E depois não querem que se diga que a selvajaria tauromáquica é uma questão do foro da psiquiatria…
Fonte:
***
ICE, o Hitleriano de serviço, interrogou-me a este propósito: «Cometeu algum crime? A lei não permite? Deus castiga?»
- Sim, cometeu um crime contra a consciência da Humanidade, mas mais do que isso, cometeu um crime contra a Vida.
- Sim, a lei permite que psicopatas torturem animais para divertir sádicos, o que não significa que seja da Ética, da Moral, da Civilização e da Evolução.
- Sim, o castigo virá. Vem sempre. A Lei do Retorno é infalível e implacável. Basta estarmos atentos ao que se passa ao nosso redor, para não termos qualquer dúvida acerca desse castigo.
Isabel A. Ferreira
A primeira carta está neste link, para quem pretender recordá-la, e escrevia-a a propósito da notória afición deste candidato à presidência da República Portuguesa (e não obtive resposta).
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/carta-aberta-ao-senhor-doutor-marcelo-510489
«Marcelo Rebelo de Sousa foi aos toiros no fim‑de‑semana passado no Sobral Monte Agraço». (Fonte da foto e da legenda prótoiro)
Exmo. Sr. Professor Marcelo Rebelo de Sousa,
Nestes últimos tempos, enviei a V. Excelência uma quantidade considerável de textos, que aqui vou escrevendo sobre a selvajaria tauromáquica que, infelizmente, ainda existe no meu País.
E V. Excelência nunca se dignou a responder-me.
Até já lhe escrevi uma Carta Aberta, e nada. Nem uma palavra.
Um destes dias porém, precisamente há 22 horas (é o que consta no e-mail) enviei ao Senhor Professor, e com a minha mais veemente indignação (aliás como sempre faço) um texto intitulado «Marcelo Rebelo de Sousa no Sobral apoiando a Tauromaquia», aliás um título que encontrei numa publicação tauromáquica, na Internet.
***
| 16:40 (Há 22 horas) | |||
|
Com a minha mais veemente indignação,
«Marcelo Rebelo de Sousa no Sobral apoiando a tauromaquia»
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/marcelo-rebelo-de-sousa-no-sobral-585357
Isabel A. Ferreira
***
Qual não foi o meu espanto, quando hoje, ao consultar o meu correio electrónico, me deparei com esta resposta que, devo confessar-lhe, me deixou estupefacta, por dois motivos: primeiro, porque não esperava que me respondesse, uma vez que nunca me respondeu aos outros meus “recados”; segundo, pelo conteúdo extraordinário da resposta.
| 03:34 (Há 11 horas) | |||
|
Como ainda escrevi em prefácio a livro, nunca fui aficionado. Nem percebo nada de Festa Brava.
Estive nas Festas de Sobral de Montagraço, e fui ao final de uma novilhada, a convite municipal, onde assisti a pega.
A pega, como é sabido, não envolve nenhum sofrimento para o novilho, antes risco para os pegadores.
Com os cordiais cumprimentos,
MRS
PS- Nem sequer sou como Picasso, Dali ou Manuel Alegre, verdadeiros aficionados.
***
Francamente, Senhor Professor…!
Isto já fará parte da campanha política como candidato a presidente da República?
Desmentir algo que é público e tão claro como as águas que jorram de uma nascente?
Diz Vossa Excelência que esteve a ver uma pega, e como é sabido, não envolve nenhum sofrimento para o NOVILHO, antes risco para os pegadores?
Como é sabido? Como é sabido, é que a tal pega é o acto mais cobarde de uma tourada. Os cobardes “pegadores” atacam, atiram-se para cima de um Touro já moribundo, estraçalhado por dentro e por fora, mais morto do que vivo, de cornos embolados, a sangrar e com bandarilhas espetadas no corpo, e ainda tem o desplante de dizer que o Touro não sofre?
O senhor professor saberá o que é um TOURO?
Não sabe. Não sabe nada de Biologia, de Zoologia, de Antropologia, de Senciência Animal, de Humanidade, de Ética, e pior do que isso, nem sequer está interessado em saber, e esta é a mais repulsiva das ignorâncias (porque existem vários tipos de ignorância, como deve saber).
E ainda por cima vem falar-me de um NOVILHO?
Um jovem bovino, que é lançado a uma arena, sem saber porquê e é torturado para que sádicos se divirtam?
E os “pegadores” é que correm risco? Risco de quê? De um TOURO reunir as suas derradeiras forças e legitimamente defender a própria vida, que já está no fim, e estropiar um cobarde ou mandá-lo desta para melhor, que está ali por sua livre vontade?
Francamente, professor, se não sabe o que é um ANIMAL, não se conhece a si próprio.
E referir Picasso, Dali ou Manuel Alegre, neste contexto, foi de uma infelicidade monumental, sabe porquê?
Porque a crueldade de Picasso é por demasiado conhecida; a loucura de Dali, idem; e todos sabemos que, apesar de Manuel Alegre ter escrito, «Cão como Nós», tal como todos os que se deleitam com o sofrimento de seres vivos, desconhece que animais como nós são os cães dele, mas também toda a fauna existente no Planeta, e que essa fauna merece todo o respeito daqueles que são SERES HUMANOS, porque a VIDA é só uma.
E quer saber o que nós pensamos dos caçadores? São uns grandes cobardes, que matam seres indefesos, surpreendidos no seu habitat, com armas apontadas para eles, sem eles saberem. Isto é a maior das cobardias.
Picasso, Dali ou Manuel Alegre não servem de exemplo para exemplo de Seres Humanos verticais.
Sabia que os maiores assassinos do mundo estão no rol dos chefes de Estado, dos governantes, dos imperadores, dos chefes militares, dos líderes políticos, e também pintaram quadros e escreveram livros? Não encontra nessa lista (que hei-de publicar) nenhum agricultor, ou sapateiro, ou empregado de mesa.
E agora, para que não tente desmentir o indesmentível, aqui deixo as provas da afición de V. Excelência.
Grupo de forcados de Santarém comemora 100 anos de actos cobardes contra bovinos indefesos
E o professor Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos “ilustres” nomes que fizeram parte da “comissão de (des)honra” dos forcados.
Alguém, não sendo aficionado de selvajaria tauromáquica, jamais aceitaria tão indigno convite.
Pode recordar este assunto neste link (enviei-lho na altura):
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/grupo-de-forcados-de-santarem-comemora-546874
***
E mais:
«Prof. Marcelo Rebelo de Sousa o fala-barato»
«Em declarações ao jornal “O Mirante”, à margem de uma tertúlia que teve lugar em Virtudes, concelho da Azambuja, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa falou do seu gosto pela tauromaquia afirmando e citamos:
«Já assisti diversas vezes a faenas sensacionais que terminaram com a morte do toiro, sobretudo em Espanha, e não me lembro de ter ficado indignado com o facto. Em Portugal há quase uma tradição contra isso desde o tempo do Marquês de Marialva”.
Afirmou também, que considera incompreensível, o facto de haver pessoas e movimentos que se opõem à realização de touradas em Portugal e que não se vê como um homem das cavernas ou um troglodita, como por vezes são classificados os aficionados pelos activistas anti-touradas e deu como exemplos, Pablo Picasso que “era um amante de toiros e tinha uma visão de esquerda”, e Manuel Alegre que além de ser político e poeta “é caçador e gosta de touradas”.
Muito elucidativo professor, não pelo facto de ser aficionado porque tal é do conhecimento geral, mas sim pelos exemplos que citou. Pouco importa que Manuel Alegre seja poeta, o que importa é que é um indivíduo execrável, tal como são todos os aficionados e caçadores e quanto a Picasso esse era um devasso, cruel e mulherengo.
E é este um dos prováveis candidatos à presidência da epública, um homem vaidoso, que por adorar ouvir a sua própria voz fala pelos cotovelos enreda-se em politiquices e que caso fosse eleito não aportaria nada de bom a este país.
Esta geração de caducos que continuam na política e que têm desgraçado o país, tem que ser afastada de uma vez por todas, caso contrário não passamos da cepa torta.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
https://protouro.wordpress.com/2015/02/13/prof-marcelo-rebelo-de-sousa-o-fala-barato/
***
E ainda mais:
«Marcelo Rebelo de Sousa envergonha os Portugueses»
«Marcelo Rebelo de Sousa ainda não se posicionou como candidato à Presidência da República no entanto, anda num frenesim por todo o país como se estivesse em campanha eleitoral, e no dia 19 assistiu a uma tourada em Sobral de Monte Agraço onde foi brindado pelos abusadores de bovinos de Coruche.
Na foto, recebendo o brinde dos Forcados de Coruche. Foto Armando Alves
Não há dúvida que este país está entregue a gajos de má pinta que a todo o custo tentam chegar ao poder, tipos que embora doutorados, só provam que ao apoiar barbaridades tais como touradas mais não são que gentalha inculta e desprezível.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
https://protouro.wordpress.com/2015/09/21/marcelo-rebelo-de-sousa-envergonha-os-portugueses/
***
E mais aqui:
O Aficionado e cristalino Marcelo [Rebelo de Sousa] "diestro das arenas", candidato a presidente da República Portuguesa?
Um texto que transcrevi do Jornal «O Mirante” que se encontra neste link ( e que também lho enviei, e não obtive resposta):
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/o-aficionado-e-cristalino-marcelo-511355
***
E mais imagens que não deixam dúvidas:
O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa honrou a Tauromaquia assistindo no sábado, na trincheira, ao festival taurino no Sobral de Monte Agraço. Na foto, com o empresário e antigo forcado José Luis Gomes (ex-cabo dos Amadores de Lisboa) e o actualmente apoderado Maurício do Vale, antigo comentador da RTP (Foto e legenda Farpas Blogue)
Origem das fotos Farpas Blogue, com esta legenda: «Marcelo Rebelo de Sousa honrou a Tauromaquia com a sua presença no festival deste sábado no Sobral de Monte Agraço»
***
Depois do que aqui ficou registado, o professor Marcelo Rebelo de Sousa ainda terá a coragem de vir a público desmentir que é aficionado de selvajaria tauromáquica?
E ser aficionado de selvajaria tauromáquica é uma vergonhosa maneira de estar no mundo, inadequada a um candidato a presidente da República.
Para envergonhar Portugal já nos bastou Jorge Sampaio, que decretou os Touros de morte em Barrancos (e este nome ficará para sempre ligado a essa ignomínia); e o também professor Cavaco Silva, que anda por aí a condecorar a cobardia dos forcados, com medalhas de mérito.
Não queira V. Excelência entrar para o rol dos desilustres.
Não queira V. Excelência fazer de mim uma idiota.
Com muita indignação,
Isabel A. Ferreira
Li a notícia no jornal «O Mirante», com direito a este cartoon, onde pode ler-se: «Foi a ver muitas faenas desde pequenino que aprendi a ter este jogo de cintura que tanto jeito me dá na política».
E não pude deixar de sorrir: «Ora aqui está uma indumentária e um discurso muito sugestivos para o Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa apresentar no Palácio de Belém, se alguma vez conseguir que o elejam Presidente da República»
A notícia é a seguinte. Assim… tal e qual:
«O aficionado e cristalino Marcelo
O famoso comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa esteve em Virtudes, aldeia de Azambuja, para participar numa tertúlia onde falou sobretudo de temas nacionais, como as próximas eleições presidenciais em que poderá ser candidato, segundo o que se vai lendo na comunicação social nacional. Ou seja, o professor falou para o auditório ribatejano daquilo que habitualmente vai falando no seu espaço de comentário semanal na TVI, não abrindo muito o jogo relativamente à região onde se encontrava.
Por isso, O MIRANTE teve de fazer pela vida e ficou a saber que, por exemplo, o professor universitário é um entusiasta da festa brava que não se indigna com a morte do toiro na arena. Uma opinião cristalina, e politicamente incorrecta para alguns sectores, que lhe pode arranjar ódios de estimação e até custar alguns votos caso seja candidato a Presidente da República. No entanto, o Cartoon da Notícia acredita que o professor Marcelo saberá contornar esses potenciais obstáculos com a habilidade discursiva que o caracteriza e o seu famoso jogo de cintura, digno de um diestro das arenas.
***
Senhor Professor Doutor catedrático, “diestro das arenas”, Marcelo Rebelo de Sousa, isto é que é! Estará em plena campanha eleitoral, a mostrar aos eleitores incultos o seu “famoso jogo de cintura” com que tenta carambolar os mais incautos?
Mas há mais…
Aqui vê-se Marcelo Rebelo de Sousa, o “diestro das arenas”, naquela que foi a primeira edição da chamada "Tertúlia do Convento", realizada no Convento de Santa Maria das Virtudes, no concelho de Azambuja, onde proferiu palavras incríveis, que se não estivessem escritas, e se mas contassem apenas, eu não acreditaria, porque nunca me passaria pela cabeça que uma pessoa com tantos títulos académicos, pudesse cair tão baixo.
Veja-se o título da notícia que foi publicada no jornal “O Mirante”: (Marcelo Rebelo de Sousa) um adepto da festa brava que não fica “indignado” com os toiros de morte”…
Como disse?
Que era adepto da festa brava todos já sabíamos, mas esta de não ficar “indignado” com os Touros de morte, não sabíamos… Mas agora que sabemos que o “jogo de cintura” que joga na política, para distrair o zé-povinho, e é digno dos cobardes diestros das arenas, já começamos a entender…
Ora nesta notícia podemos ler que nessa tertúlia, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre o seu gosto pela tauromaquia afirmando que «considera incompreensível, o facto de haver pessoas e movimentos que se opõem à realização de touradas em Portugal.» Afirmou ainda que não se vê como um “homem das cavernas” ou um “troglodita”, como por vezes são classificados os aficionados pelos activistas anti-touradas, e o professor universitário deu o exemplo de Pablo Picasso, que era um amante de toiros e tinha uma visão de esquerda”, ou do próprio Manuel Alegre que além de ser político e poeta é caçador e gosta de touradas”.
Mas esqueceu-se o “professor universitário” de dizer que Pablo Picasso era um indivíduo cruel para com os seus próprios filhos e para com as mulheres que dizia “amar”. E isso diz muito do carácter de quem gosta de ver torturar seres vivos (sejam humanos ou não humanos).
Quanto a Manuel Alegre é caçador, e isso diz tudo de alguém que faz emboscadas a seres vivos no seu habitat natural para os matar cobardemente… É poeta? É. Mas em lado nenhum está escrito que os poetas devem ser humanos e ter bom carácter. Os poetas, os pintores, os escritores, os professores catedráticos…
Mas ainda disse mais, o “diestro das arenas” (gostei desta designação). Disse que «viu corridas com os melhores toureiros de todos os tempos, tanto em Portugal como em Espanha, e embora tenha a noção do efeito que a sua opinião possa causar junto das entidades defensoras dos animais, afirma que não é contra os toiros de morte. “Já assisti diversas vezes a faenas sensacionais que terminaram com a morte do toiro, sobretudo em Espanha, e não me lembro de ter ficado indignado com o facto. Em Portugal há quase uma tradição contra isso desde o tempo do Marquês de Marialva”, revelando que é um apreciador da festa brava desde criança.
Pois aí está a explicação: desde criança. É em criança que se forma o carácter. E o carácter de Marcelo Rebelo de Sousa assentou numa má formação educacional, com base no visionamento de tortura de seres vivos para se divertir. Como poderia não ser aficionado? É que nas Universidades não se ensina o carácter. E o facto de ter conhecimentos não é o mesmo que ser Culto. Ser culto é o contrário de ser bronco, parafraseando a também aficionada, Lili Caneças, com a sua célebre frase «estar vivo é o contrário de estar morto!» Estão bem um para o outro.
Quanto ao Marquês de Marialva… quanto tempo já passou e ainda estão nessa época? Pois é daí que vem o termo “marialvas” que são aqueles da “classe alta” (como os políticos) que ainda frequentam os antros de tortura de bovinos indefesos, inocentes e inofensivos.
Como é possível, Senhor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, deixar-se envolver nas lamas deste charco de águas fétidas, que é a selvajaria tauromáquica e o seu mundinho inculto, cruento, muito abaixo do mundo do “homem das cavernas” ou dos “trogloditas” que não consta que torturassem animais para se divertirem.
E ainda tem a pretensão de se candidatar a Presidente da República?
Para envergonhar Portugal bastou Jorge Sampaio, a quem Barrancos, a terra dos broncos, deve uma estátua.
Fontes:
https://www.facebook.com/jfaveirasdebaixo?fref=photo
Em Portugal desde meados do século XX as touradas passaram a realizar-se da forma que hoje as conhecemos, ou seja, numa versão mais suave aos olhos do público, sem que os touros sejam sujeitos à ‘sorte de varas’ protagonizada pelos picadores no início da lide e à ‘sorte de morte’ executada pelos matadores no final.
Muitas vezes a tourada portuguesa, é vista como menos cruel para os animais e até apelidada no estrangeiro de ‘bloodless‘, ou seja, sem sangue.
Sendo certo que o espectáculo se tornou mais agradável aos olhos do público, isso não significou uma redução da crueldade e do sofrimento a que são sujeitos os animais utilizados nas touradas, muito pelo contrário.
Na verdade, a tourada “à portuguesa” constitui um dos espectáculos legalmente permitidos, mais cruéis em todo o mundo civilizado tendo em conta os processos a que são sujeitos os touros antes e depois da corrida. Poucas horas antes do espectáculo os touros, depois de separados do resto da manada, são imobilizados e com uma serra são-lhe cortados os cornos que depois são revestidos com as chamadas “embolas” de ferro forradas a couro, processo doloroso e stressante para o animal.
Depois de terminada a corrida não recebem qualquer tipo de assistência veterinária. Em vez disso, ainda vivos, são novamente imobilizados para que lhes sejam arrancadas as múltiplas bandarilhas e ferros que têm espetados no dorso. Para retirar as lâminas é necessário efectuar alguns cortes com uma navalha.
Os touros são depois transportados para o matadouro, gravemente feridos e sem alimento, onde aguardam o abate, geralmente à segunda-feira…
“É muito mais cruel para um toiro ser corrido a uma quinta-feira, por exemplo, levar os ferros e ficar a sofrer com febres até ao dia de ir para o matadouro, geralmente à segunda-feira, com as feridas já infectadas.”
Luís Ortigão Costa, criador de touros ao Jornal O Mirante, 22 de Março de 2009
A “tourada à portuguesa” é vista pela afición espanhola como um desvirtuamento completo do verdadeiro ritual tauromáquico, uma fraude inaceitável não só pela ausência da “sorte de morte” que culmina a lide, mas também pelo embolamento dos cornos dos touros que é considerada uma farsa em todo o mundo taurino.
Também no nosso país, a “tourada à portuguesa”, inicialmente conhecida como “festa mansa”, não foi muito bem aceite e por vezes criticada de forma veemente pelos próprios aficionados: “A corrida de toiros foi cultivada durante séculos na península. Em Portugal, porém, decaiu a tal ponto que se transformou graças à falta de escrúpulos de certos traficantes da Tauromaquia, nesse espectáculo reles a que os empresários começaram a chamar anti-patrioticamente, a tourada à portuguesa”, escreveu Nizza da Silva no Jornal “Sector 1″ em 1933.
A crueldade da tourada “à portuguesa” foi pela primeira vez denunciada numa reportagem publicada em 2004 na Revista “Grande Reportagem”, que conseguiu entrar nos obscuros bastidores de uma praça de touros relatando uma realidade sombria desconhecida da maioria dos cidadãos e que ocorre já depois dos espectadores regressarem às suas casas:
“A corrida terminou às oito da noite e o último touro foi já carregado debaixo dos olhares de muitos curiosos e habilidosos. Confusão, falta de visibilidade, medo. O último touro revoltou-se, guerreou, tentou atingir quem estava por perto. As suas cornadas afectaram os outros animais já carregados, e pouco foi preciso para que todos se enervassem e começassem às cornadas dentro das respectivas cabinas. Os homens gritaram, incitaram-no com o pano pendurado, o touro teimou em não entrar. Até quando lhe deram pequenos choques eléctricos na traseira ele não entrou. E foi aí que entre gritos e confusão recomeçou o mugido longo, o uivo, o chamamento das baleias. Longo e gutural. Quase um lamento.”
Também na sombra, os picadores fazem o seu trabalho em Portugal. Apesar de proibida nas arenas, a “sorte de varas” não foi erradicada do nosso país e continua, de forma ilegal, a ser prática fundamental para manter o nível artístico das corridas. Todos os anos centenas de animais são ‘picados’ pelas afiadas lanças dos picadores em herdades privadas nas chamadas ‘tentas‘ que servem para seleccionar os animais com características físicas e morfológicas para participar nas touradas. Uma selecção fundamental para obter animais com um comportamento que permita efectuar as lides artísticas e o triunfo dos toureiros, já que com um comportamento natural, os touros não “colaboravam” com artistas da mesma forma.
Mais de 2.000 touros são mortos todos os anos em Portugal em consequência da realização de touradas.
“Houve concurso numerosíssimo, em despeito da inclemência do dia – 14 animais atormentados – um dos homens de forcado morto, ou pouco menos, um cavaleiro despejado da sela, dez homens maltratados e escorrendo em sangue – e por sobre isto tudo as gritas de uma multidão selvagem. O espectáculo de morte era presidido e dirigido pela autoridade pública, cuja missão devera ser a de tutelar os mais preciosos tesouros, moral, costumes, sentimentos, civilização.”
José Feliciano de Castilho, «Uma Corrida de Touros» – 1842
Fonte: http://basta.pt/tourada-portuguesa-crueldade-escondida/
«A tauromaquia tem um futuro inexistente»
O jornal “O Mirante”, publicou no dia 20 do corrente mês, um artigo intitulado: “Memórias de toiros Murteira Grave que faziam tremer as pernas a toureiros e forcados”.
Joaquim Grave filho, num jantar convívio no clube taurino vila-franquense, ao recordar o pai, proferiu a seguinte afirmação:
“Hoje não há tempo para os toiros se criarem mas não concordo com os aficionados que dizem que a tauromaquia tem um passado glorioso, um presente decadente e um futuro inexistente. O segredo dos ganaderos e dos aficionados é saber acompanhar os tempos”.
A afirmação só vem provar que até os aficionados sabem que as touradas têm um futuro inexistente. Obviamente que ele discorda porque quando as touradas acabarem, acaba-se o negócio e os subsídios.
E como o negócio vive à conta dos aficionados, está tudo dito.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
***
O segredo dos ganadeiros, dos tauricidas e dos aficionados é viverem num país onde existe um governo que não evoluiu e uns legisladores com mente pequena e uma Igreja Católica cúmplice.
Os ganadeiros, os tauricidas e os aficionados se vivessem num país civilizado, já estariam há muito, mas há muito tempo a cavar batatas lá no quintal deles.
No entanto, para eles, o FUTURO é realmente INEXISTENTE.
E o passado ficará para a História como um período NEGRO, onde gente sem alma torturava Touros e Cavalos para se divertir, tal como os romanos em tempos atrasados, governados por imperadores dementes se divertiam a ver torturar gladiadores e animais não humanos. E lançavam seres humanos à fogueira. E aplaudiam, tão sádicos, como os aficionados de hoje.
O presente é o que é: os tauricidas estão com os pés enfiados na cova, onde se hão-de enterrar muito brevemente.
Muito brevemente.
E como diz o Lviz MB G: «Dediquem-se aos desportos radicais, já que são tão valentes; atirem-se das montanhas ou das pontes, partam tijolos com a cabeça, cuspam fogo no circo, mas deixem de ser estúpidos e boçais com os animais. Quem quer festa brava que dance o tango até ficar sem bofes. Que se lixe essa porcaria de tradição - como tantas outras!»
Eis óptimas alternativas para os tauricidas.