Um texto de Rui M. Palmela, que nos dá um panorama trágico da "festa" diabólica, em Barrancos, em honra de Nossa Senhora da Conceição.
Chamo a atenção para os depoimentos absolutamente aberrantes de personalidades que, apesar de todos os estudos, não evoluíram minimamente, e mantêm-se com os pés e mentes bem fincados num tempo das maiores ignorâncias e obscurantismos.
O que se passa em Barrancos, graças a Jorge Sampaio, ex-presidente da República Portuguesa, é do mais desqualificado, do mais grosseiro, do mais bárbaro que possamos imaginar: crueldade, violência, bebedeiras, boçalidade, tudo elevado ao máximo… em nome da Santa… E é esta vergonhosa ignomínia que a igreja católica sustenta.
Texto de
Rui M. Palmela
«Barrancos é uma vila alentejana onde existe uma tradição centenária sanguinária de matar toiros numa festa religiosa que se realiza ali todos os anos no fim de Agosto "em honra de Nª Srª da Conceição", numa arena improvisada frente à Capela onde se reza e donde sai a procissão, tudo terminando numa diabólica diversão. E a Igreja Católica não se pronuncia cometendo também seu “pecado de omissão” ...
No entanto existe uma bula papal que condena estes espectáculos sangrentos onde se lê o seguinte:
(...) "Considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição a celebração destes espectáculos"... (in "Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio", tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.)
Portugal já foi um país sem touradas no Reinado de D. Maria II, quando pelo um Decreto nº 229 de 1836 se lia o seguinte:
“Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros"...
Porém, as touradas voltaram com a República e se mantêm até hoje com a "Democracia" com partidos de direita à esquerda a apoiarem a sua realização e a chumbarem propostas de sua abolição. Há mesmo figuras públicas bem conhecidas que defendem a tradição barranquenha dos toiros de morte e passo a citar algumas de suas frases que merecem repulsa ou reprovação. Aqui ficam:
Nuno da Câmara Pereira (fadista): "eu estou aqui em Barrancos com os cornos para o ar a apoiar a causa barranquenha, dos touros de morte, tradição que dura há séculos".
Moita Flores (investigador, criminologista), dizia sobre uma certa providência cautelar da Associação ANIMAL que visava travar o espectáculo dos toiros de morte, e se pronunciou assim: "O juiz que decretou a providência não sabe o que escreve, não sabe o que diz, pela simples razão que não conhece o que se passa em Barrancos, possivelmente nem sabe onde fica". Diário de Notícias 23/8/99.
Mafalda Ganhão (jornalista): "Na corrida de morte por exemplo, o touro não é picado para ser destroçado ou humilhado. É sangrado para que descongestione e possa vir ao de cima a sua bravura, corrigindo-lhe alguns defeitos, como a sua forma de investida". Expresso 28/8/99
Miguel Sousa Tavares (jornalista e comentador tv): "O que eu defendo em Barrancos é a sobrevivência de uma cultura própria e enraizada localmente e que tenta resistir em face de investidas do pensamento "moderno", "jovem" e "civilizado", de uma elite urbana e arrogantemente convencida da sua suposta superioridade civilizacional". Público 3/9/99.
Por fim, o padre Vítor Melícias, é um pseudo 'franciscano' que devia envergonhar-se pela sua obsessão por touradas que nada têm a ver com a doutrina de Francisco de Assis que tratava todos os animais como irmãos e condenava qualquer acto de violência e maus tratos aos seres da Criação.
Enfim, a minha opinião de cidadão é de que as touradas em Barrancos deviam ser proibidas com os toiros de morte e se penalizasse criminalmente todos os responsáveis por aquela famigerada 'tradição' que persiste a coberto de uma famigerada "lei de excepção" aprovada em 2002 pelos mesmos partidos políticos que chumbaram recentemente uma proposta do PAN pela sua completa ABOLIÇÃO.»
Rui M. Palmela
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10214938431085761&set=a.1309687193754&type=3&theater
Tourada em Barrancos: «A festa dos Necrófilos começa hoje! Vai ser vinhaça, tortura, sangue e sexo...tudo à mistura. E o prior a abençoar...» (Armando Frade)
Chamaram-me para ver a notícia, na RTP. Mesmo agora.
Indignei-me, pois claro.
Novamente, Nossa Senhora a ser INSULTADA, desta vez, com Touros de morte.
Mostraram o “ambiente” da festa.
Gente rude, com copos de vinho na mão, a cirandar pelo recinto. Gente insólita. Gente que não tem culpa do atraso da terra. Com um Presidente da Câmara do século XXI antes de Cristo.
E uma mulherzinha ainda teve a ousadia de dizer que aquela era a “tradição da terra”, que tinham de passar aos mais novos.
E lá estavam os “mais novos”, menores de seis anos, que é uma idade muito propícia para se ver TORTURAR seres vivos, ao vivo.
Depois não querem que se diga que a tourada é a prática da tortura de Touros e Cavalos para divertir sádicos e bêbados.
Pouca gente. Disse um.
Só os da terra. Disse outro.
Pois uma terra que ficou na Idade Média, em mentalidade e costumes tão bárbaros, quem se atreve a visitar? Para vir de lá a cheirar a mofo, a suor, a vinho, a sangue e a bosta?
Barrancos é o que há de mais rasca em Portugal.
E os governantes apoiam.
E a Igreja é cúmplice.
E as crianças menores de seis anos, mesmo contra a lei, estão lá.
E os Touros são torturados e mortos com uma crueldade indescritível. Graças à ajudinha do presidente Jorge Sampaio.
É a “coltura” portuguesa no seu melhor.
Quanta VERGONHA sinto! Quanta INDIGNAÇÃO!
Um dia todo este povo terá de prestar contas desta crueldade.
A opção da RTP
Nesta legenda, divulga-se em MAU Português esta barbárie. Em BOM Português "exceção" escreve-se excePção, e André Cepeda lança o seu livro EM 05 de Setembro.
E aqui está um péssimo exemplo de SERVIÇO PÚBLICO prestado pela RTP.
No rodapé, vem a notícia insignificante do lançamento de um livro.
Como notícia principal, que mereceu parangonas e tempo de antena, temos os Touros de morte em Barrancos.
Abaixo a RTP! Abaixo o SERVIÇO PÚBLICO RASCA que ela presta!
Isabel A. Ferreira
Padre Isidro Rodrigues Pedro, pároco de Barrancos, isto é uma violação às leis do Deus que o senhor padre diz representar
Festas a Nossa Senhora da Conceição, em Barrancos
Estas festas já existem desde o século XVIII e são uma das grandes “referências culturais” de Barrancos.
Tudo é preparado a rigor para celebrar a Nossa Senhora da Conceição.
Há procissão, e a imagem da Santa percorre as ruas de Barrancos, numa demonstração de uma religiosidade que deixa muito a desejar.
Depois desta demonstração de uma falsa religiosidade, realiza-se uma tourada, com touros de morte. Um ritual ímpio e sangrento em honra de Nossa Senhora.
E o Padre Isidro Rodrigues Pedro aplaude, como um bom herege.
Veja-se a “arena” e o ambiente em que o desgraçado do animal é torturado.
Por este Portugal fora, neste desgostoso mês de Agosto, todos os Santos e Santas das localidades mais atrasadas, são festejados deste modo: com tortura de touros e Cavalos.
A Igreja Católica cala-se.
A Igreja Católica consente.
A Igreja Católica é cúmplice destes rituais sanguinários que não condizem com os ensinamentos de Jesus Cristo.
Em Barrancos, a tortura prolonga-se para além da lide na arena.
O ar está empestado do cheiro a vinho. Do cheiro a suor. Do cheiro a bosta.
Os necrófilos rondam as mulheres.
Elas, por sua vez, gabam-se dos prazeres mórbidos das noites que se seguirão.
Os Toiros sofrem. São lidados sem dó nem piedade.
São mortos sem dignidade. São arrastados como um saco de estrume.
Ouvem-se risos macabros, vindos de gente macabra.
Barrancos ganha o aspecto de um cenário medieval. Cheio de gente que não evoluiu. Gente tosca, sádica, que desconhece o valor da Vida.
Mas também com um padre que não lhes ensina o valor da Vida, como poderão evoluir?
E o Padre Isidro Rodrigues Pedro consente. Aplaude, e talvez pense que Nossa Senhora da Conceição rogará por ele, quando chegar a hora de ele prestar contas a Deus.
http://www.diocese-beja.pt/site/index.php?module=Paroquias&func=view&ot=responsavel&id=3782Diocese
***
Mas não só a Igreja Católica Portuguesa é CULPADA.
Leiam esta notícia...
A igreja passa ao lado da morte de um jovem nas vacadas de Huesca
Um jovem foi morto devido à investida de uma bezerra, durante as festas em Huesca (Espanha). Todos os actos foram suspensos, excepto a oferenda de frutos a São Lourenço. Parece que a morte de um jovem não foi motivo suficiente para que a Igreja suspendesse os seus “actos religiosos” (se é que se possa chamar a esses actos “religiosos”).
Diego Antón Page Goyoaga, de 16 anos, natural de Bolea, faleceu depois de ter sido colhido por uma bezerra. A autarquia suspendeu os actos daquele último dia de festejos. Mas não a Igreja.
***
Pois como se vê, cá, como em Espanha, os Santos e as Santas são celebrados com SANGUE de seres humanos e de seres não-humanos
E a Igreja, cá, como lá... faz vista grossa a esta iniquidade.
Que função terá aIgreja Católica nas comunidades?
Apoiar as barbaridades, como sempre fez, contra todas as leis de Deus?
É o que parece.
Isabel A. Ferreira
Fonte: http://elventano.blogspot.pt/2012/08/la-iglesia-pasa-por-alto-la-muerte-de.html