Agora é Arruda dos Vinhos, uma terreola que deve bastante à civilização, no que respeita a divertimentos, a candidatar tertúlias móveis a património nacional, como se isso pudesse travar o processo em curso da abolição das touradas.
Tais pretensões só dizem do desespero dos tauricidas, que estão a ver esta prática troglodita a cair num abismo…
Repare-se nesta imagem:
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Agora, digam de sua justiça, quem tem os neurónios a funcionar, se isto que aqui se vê é algo que possa estar no pódio do Património Nacional.
Uma prática assente na estupidez, na ignorância, na violência, no maltrato animal, na crueldade, na falta de senso comum, na maior pobreza de espírito, enfim, nada aqui leva ao conceito de património da humanidade, mas tão só de património da desumanidade dos que ainda não conseguiram evoluir, e acham que torturar bovinos é um bem imaterial herdado de antepassados ainda menos evoluídos, e que merece ser preservado como uma relíquia de tempos antigos e tenebrosos.
Mas coitados, deixai-os sonhar. Vivem na ilusão de que podem perpetuar uma prática moribunda que não se encaixa nos tempos modernos.
Ó gentes de Arruda dos Vinhos, que não sois capazes de olhar para a frente, andais às arrecuas com a cabeça virada para trás, e não vedes que essas práticas trogloditas não pertencem ao presente, mas a um passado desiluminado, sombrio, assente na maior das ignorâncias!
Sonhai. Tentai elevar o que rasteja. A queda será muito maior e fatal. Mas é o que merecem, por rejeitarem a evolução.
Isabel A. Ferreira
«… porque não fala e tão-pouco teu inimigo porque não fala».
Não é uma mente brilhante, o Alejandro Talavante?
Igualmente os seres humanos, que tiveram a desdita de nascer mudos, não podem ser nossos amigos… porque não falam…?
Se assim é, é como diz a minha amiga Maria do Carmo, o primeiro requisito necessário a alguém que queira ser toureiro, é a total falta de neurónios.
Este é o mundinho da tauromaquia, que uns tantos desalumiados, a começar pelos governantes que o apoia, querem, porque querem, impingir à sociedade civilizada como arte e cultura.
Mas todos sabemos que existem “artes e culturas” inferiores e desprestigiantes para a Humanidade e inadequadas ao ser humano.
Existe a arte do gamanço e a cultura (ou a subcultura) da violência e da delinquência, por exemplo.
E a prática da selvajaria tauromáquica não passa da arte de tirar a vida de um ser vivo senciente, e da cultura da violência exercida sobre esse mesmo ser vivo senciente.
A estupidez e a ignorância no seu estado mais puro.
E é como se diz por aí:
«A inteligência persegue o toureiro, mas ele é mais rápido…»