Deana Barroqueiro é uma das mais destacadas escritoras de romance histórico português, do século XXI, com uma vasta obra, predominantemente de personagens e acontecimentos do Renascimento e Descobrimentos Portugueses, período que estuda há mais de trinta anos. (Wikipédia).
Sou sua leitora assídua e atesto a sua escrita correCta e escorreita, seguindo fontes fidedignas, e não baseada no modismo luso-brasileiro, disseminado por aí, que vê o passado pelo prisma do presente, descontextualizando a NOSSA História, e apresentando-a assente numa lavagem cerebral que uma esquerda ignorante se propôs a fazer aos que ainda não estão preparados para separar o trigo do joio, demonstrando, com tal atitude, uma descomunal ignorância optativa, pois quando lhes apresentamos o CONHECIMENTO recusam-se a adquiri-lo.
Deana Barroqueiro, na sua página do Facebook, publicou um texto que passo a transcrever, onde diz da sua indignação:
O meu "post" anterior e a minha irritação foram provocados pelas reacções de alguns indivíduos a dois textos que escrevi - um sobre o mau jornalismo e outro de uma exposição sobre os Descobrimentos Portugueses de que fiz parte.
Recebi insultos num e noutro. Em alguns destes, pude ver que as pessoas não leram ou não compreenderam o meu texto (no do jornalismo eu apenas criticava o formato e a incompetência do jornalista e não a ideologia). No dos Descobrimentos Portugueses, estão sempre a bater na mesma tecla da escravatura, a extraordinária Expansão Portuguesa dos séculos XV e XVI é sinónimo de escravatura e de nada mais. Todos os ramos da Ciência (Medicina, Botânica, Geografia, Astronomia, Cartografia, Navegação, construção naval, etc.), Literatura, Artes e, sobretudo, o Conhecimento e adaptação de alimentos, com as suas trocas em todo o mundo, feita pelos Portugueses, nada disso conta para esta gente.
Escravatura era uma forma de economia, a nível mundial, os traficantes portugueses substituíram os traficantes muçulmanos (que o faziam já há muitos séculos, seguidos pelos espanhóis, holandeses, franceses, ingleses, ainda no séc. XX).
Não podemos ver esse tempo com os olhos do séc. XXI. E nós fomos um dos primeiros países a abolir a escravatura. As pessoas não lêem, ainda menos estudam os temas, mas opinam e têm certezas inabaláveis sobre os assuntos. E insultam a quem nem sequer conhecem. Não há pachorra! Portanto vou passar a exercer censura na minha página: vou correr com todos os que me insultarem e aos meus amigos e apagarei todas as mensagens das conspirações malucas que esta gente espalha pela Net. E jamais pedirei desculpa seja a que grupo for, pelo que ponho nos meus livros.
Fonte:
https://www.facebook.com/photo/?fbid=10223971567016861&set=a.1109924468158
***
Muito bem, Deana Barroqueiro. Desse mal também eu sofro, quando escrevo sobre esses temas.
A ignorância impera entre os novos jornalistas, os políticos moderneiros e os seus seguidistas, que nada lêem, nada estudam, nada compreendem, e o único argumento que apresentam é o insulto, que só a eles fica mal.
Não podemos permitir que a ignorância crie raízes em Portugal.
Parabéns, pelo seu texto.
Isabel A. Ferreira
A notícia veio no JN de hoje.
Pasmei. Eu também defendi e defendo o Zico, do mesmo modo que lamento a morte da inocente criança.
Como pode uma pessoa de tão elevado nível intelectual e humano, como de Ruy de Carvalho, ser “enxovalhada” por defender um animal inocente?
Todos nós lamentamos profundamente a morte da criança, mas a culpa jamais pode ser atribuída ao cão.
A criança foi uma vítima infeliz da irresponsabilidade dos adultos, que tinham a seu cargo a criança e o cão.
E o cão foi outra vítima, por ter sido acusado de algo completamente alheio à sua VONTADE.
Essa gente que enxovalhou o actor, não tem um pingo de lucidez nem de humanidade para saber interpretar um acto, à luz da razão.
Engole todas as patranhas que a comunicação social diz, sem fazer um juízo crítico.
Ruy de Carvalho é um homem culto, civilizado, evoluído, por isso não embarcou no facilitismo: é mais fácil culpar um cão inocente, que não pode defender-se, do que um dono mentiroso e irresponsável.
Senis, confusas e absolutamente nada lúcidas são essas pessoas que julgam os outros com argumentos irracionais, e ainda por cima são portadoras de um alto grau de ILITERACIA, pois não conseguem interpretar correctamente o que se escreve.
«Como defender um cão mais do que uma criança?» Isto é uma pergunta de quem não sabe o que diz, nem sequer sabe interpretar o que lê. Não sabe nada da VIDA e das emoções, e da verdadeira ESSÊNCIA HUMANA.
Ruy de Carvalho pertence àquele (ainda) enorme grupo de pessoas que sabe distinguir o bem do mal. Sabe onde está o perigo. Sabe quem é perigoso para a sociedade e para a Natureza.
Sabe distinguir o humano do desumano.
O Actor diz que a filha foi mordida três vezes, e ele nunca mandou abater um animal. Por que haveria de fazê-lo?
Eu também posso dar o meu testemunho: fui mordida várias vezes, VÁRIAS, pelo meu gato mais querido, ao dar-lhe injecções de insulina, porque era diabético, enquanto ele não se habituou a elas. Tive várias infecções graves. Uma delas resultou numa septicémia, que quase me levou à morte.
Nunca culpei o gato. Ele apenas estava a defender-se. Legitimamente. Se eu morresse, morria. Faz parte da vida. Viveu comigo durante 19 anos, e morreu agarradinho a mim, e quando ele partiu, partiu também um pedaço de mim.
Quem não consegue entender isto, não pode dizer-se HUMANO.
Ruy de Carvalho, tem todo o nosso apoio.
É um GRANDE SER HUMANO. UM HOMEM LÚCIDO.
Deixe falar quem tem apenas boca.
Porque quem tem coração e cérebro age como o Ruy agiu e como mais de 65 mil pessoas agiram.
Seremos todos insanos?
E nem o Ruy e nem nenhum de nós jamais sairemos de cena. Defenderemos sempre os INOCENTES, sejam eles seres humanos ou seres não-humanos. Para poder haver justiça justa.
Que o menino morto, pela negligência e irresponsabilidade dos seus cuidadores, possa descansar em paz. Todos nós o lamentamos.
Isabel A. Ferreira