«Fascismo, comunismo e nazismo, são ideologias que foram enterradas há muito tempo. Mas, o mundo tem que ter cuidados permanentes, porque esses ismos de que escrevo, têm novas versões: Putinismo, Trumpismo e, agora, Bolsonarismo.» (Artur Soares)
A opressão é um dos males que existe em qualquer canto do mundo. A liberdade não é um bem que existe em todo o mundo.
Sabemos desde o início da humanidade que a opressão reina e é fácil concluir que a opressão jamais acabará enquanto existir o homem. Mais: a opressão é uma acção humana que sempre tenderá a organizar-se e a aperfeiçoar-se continuamente.
Este intróito para se poder reflectir, que o agora presidente eleito do Brasil, Lula da Silva nestas eleições presidenciais de 2022, foi, desde há quatro anos para cá vítima de opressão política pelo presidente Bolsonaro. Este político, sem o mínimo de quantidade de estadista, sem o mínimo de cultura em democracia pluralista, sempre actuou na opressão a Lula da Silva, sempre o denegriu politicamente e socialmente, chegando aos pontos de o cognominar de “ladrão e de bandido”, mensagem que conseguiu passar a todos os bolsonaristas.
A mensagem de “ladrão e de bandido” não pode ter passado junto dos democratas e daqueles que tiveram conhecimento de que Lula da Silva foi inocentado dos crimes que lhe moveram. Os que acreditam e afirmam de pés-juntos que Lula da Silva é ladrão, não são nem mais nem menos do que os bolsonaristas desmiolados e de certas seitas fanáticas religiosas – que se dizem cristãos, como IURDES e EVANGELISTAS, porque anticatólicos - de quem Bolsonaro se serve para ter o poder.
Ora Bolsonaro, afirmo-o acima, nem é estadista nem democrata. Recorde-se que quando ganhou as presidenciais, foi-lhe dado, democraticamente o poder e nada nem ninguém levantou ondas ou protestos dos seus resultados obtidos. Mas como este esvaziado político queria preparar um segundo mandato, há que denegrir, há que mandar prender o então derrotado, há que lhe chamar ladrão da nação brasileira, esquecendo-se duma coisa na vida de qualquer homem: “a verdade é lenta, mas sempre se põe acima do lixo”.
Bolsonaro derrotado, sonhador, perigoso, abadalhocado não vai terminar bem. Segundo as informações de todos os órgãos da Comunicação Social, tem à sua espera algumas dezenas de processos em Tribunal pelos quais terá de responder, que foram iniciados durante o seu mandato.
Bolsonaro é um homem só. As Forças Armadas brasileiras não o atendem; o Supremo Tribunal idem aspas; as instituições brasileiras deixaram de o conhecer e um filho de Bolsonaro terá de provar onde arranjou o dinheiro para comprar mais de cinquenta apartamentos, durante o mandato do pai, conforme foi notícia há mais de um ano.
Acredito que o povo brasileiro não é fascista nem comunista. O povo do Brasil, gosta da liberdade, da verdade, da democracia e de viver em paz. Sendo assim, pode-se dizer que entre eleitores que votaram Bolsonaro, serão uns milhares de bolsonaristas manobrados, e não 49 milhões como os resultados oficiais informaram.
Bolsonaro, antidemocraticamente, silenciou-se após os resultados negativos conhecidos. Apareceu 48 horas depois a dar um recado completamente descabelado, sem sumo e até recado com lixo. Não foi capaz de aceitar a vitória do seu adversário político; não foi capaz de incluir Lula da Silva no seu recado ao país; não foi capaz de dar os parabéns ao seu adversário; colocou-se “em espera”, para ver como os bolsonaristas reagiam nas praças e nas estradas do país; incentivou as “manifestações pacíficas” e esqueceu que as manifestações em política, nunca-nunca, são pacíficas.
Bolsonaro não aceita a democracia pluralista e abomina as liberdades da sociedade. Bolsonaro esqueceu que a democracia funcionou em pleno, para a sua tomada de posse nas eleições que anteriormente ganhou. Bolsonaro irá apoiar todo o género de manifestações até Lula tomar posse, bem como irá apoiar qualquer golpe ou boicote ao novo Governo brasileiro. Bolsonaro é homem perigoso!
A opressão contra o novo presidente do Brasil, como acima nos referimos, jamais terminará e creio bem que Bolsonaro a organizará e aperfeiçoará, com bandoleiros devidamente profissionais. Se assim for, só o Brasil perde. Perdendo, é prova provada que Bolsonaro não se importa com o bem do Brasil, mas apenas com o seu próprio bem. Bolsonaro, se fosse um estadista e um democrata pleno, isto é, com cultura de democracia e de liberdade, fazia oposição séria, apontava defeitos nos devidos espaços e nunca nas ruas, apresentava alternativas credíveis para ganhar as futuras eleições presidenciais a quem se lhe apresentasse no terreno.
Fascismo, comunismo e nazismo, são ideologias que foram enterradas há muito tempo. Mas, o mundo tem que ter cuidados permanentes, porque esses ismos de que escrevo, têm novas versões: Putinismo, Trumpismo e, agora, Bolsonarismo.
(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)
A propósito do IVA nas touradas, mal sabia a Ministra da Cultura que, ao dizer que as touradas não são uma questão de gosto, mas de civilização, estaria a dar uma oportunidade aos Portugueses de mostrarem isso mesmo:
que as touradas são uma questão de civilização.
Nunca, como nestas últimas semanas, borbulharam por aí textos e programas pró e contra as touradas, numa esgrima em que os contra, com os seus argumentos racionais, claramente venceram os pró que, como argumentos, apresentaram as maiores irracionalidades de que há memória.
Deixo-vos com mais um excelente texto que mostra o quanto os aficionados estão longe da Civilização.
É assim, majestoso e belo, pastando pacificamente no prado, ao pôr-do-sol, que o Touro deve ser estimado…
O PÚLPITO DOS CHARLATÕES
Texto de António Guerreiro
«Na passada segunda-feira vi o programa Prós e Contras, na RTP 1, e a conclusão a que cheguei, no final, é que há assuntos sobre os quais a televisão, seja pelas características e exigências actuais deste medium, seja pela profunda ignorância e filistinismo dos autores e apresentadores dos programas, presta um serviço fraudulento de desinformação, presta-se a ser o veículo de ideias que não deveriam poder ser difundidas e amplificadas num estação pública, em programas que se reclamam do estatuto de serviço público. O nível da abjecção e da total ausência de pudor é diariamente atingido naqueles programas da manhã e da tarde que supõem a existência de um público lobotomizado. Mas aqui, nos Prós e Contras, apesar da deriva demagógica do título, indiciando que há muita probabilidade de as coisas não correrem bem, supõe-se que é um programa para uma classe de espectadores bem informados, que esperam muito mais do que um serão de entretenimento.
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Livro de recitações
“Os movimentos a favor dos animais, ou melhor, os movimentos contra a crueldade com os animais, fazem parte da tradição humanista dos séculos XIX e XX.”
José Pacheco Pereira, PÚBLICO, 17/11/2018
José Pacheco Pereira escreveu uma crónica a defender o fim das touradas, intitulada Os que “amam” muito os touros e os torturam e matam. Há uma passagem dessa crónica, acima citada, que gostaria de refutar. A tradição humanista, seja ela de que século for, é precisamente a ideologia que está na base das convicções acerca dos homens, dos animais, da natureza e da técnica que servem ainda de argumento para quase tudo, inclusivamente para apoiar as touradas. O nazismo foi um humanismo (como foi dito por um filósofo que escreveu sobre o assunto). Até na globalização há um humanismo integral. Na nossa época, impôs-se em certos domínios a noção de pós-humano, mas o humanismo é muito perseverante. Não é fácil alguém declarar-se anti-humanista. Pensa-se logo que é um misantropo e não alguém que recusa a máquina antropológica que nega a verdadeira fractura do homem.
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O último Prós e Contras era sobre as touradas, sobre as razões que levam uns a defender que elas devem ser mantidas e sobre as razões que levam outros a defender que elas deviam ser abolidas. Como sabemos, este debate está instalado entre nós com bastante virulência e já se percebeu que ele é extremamente incómodo para alguns partidos políticos e para o Governo, que quer fugir dele como o diabo da cruz. É preciso dizer que ele não deve ser desvalorizado, com aquele argumento de que há coisas muito mais importantes e esta não passa de algo inócuo. O que está aqui em jogo, a discussão de fundo, é algo fundamental que se inscreve no cerne da biopolítica contemporânea. A ideia de que está em curso ou já se consumou um animal turn, uma viragem animal, convoca-nos hoje seriamente através de uma bibliografia imensa que se tem produzido nos últimos anos sobre o assunto, vinda sobretudo dos lados da filosofia. O que descobrimos quando frequentamos esta vasta bibliografia é que a questão animal, nas suas mais variadas dimensões (morais, antropológicas, legais, etc.), incluindo a questão maior de saber se eles podem e devem ser sujeitos de direito, está presente nas grandes obras de filosofia, desde Aristóteles a Heidegger, de Derrida e Martha Nussbaum.
Está longe, portanto, de ser uma questão exclusiva do nosso tempo. Daí que seja chocante ouvir pessoas que são chamadas a falar sobre o assunto porque lhes é conferida, por qualquer razão, autoridade para tal, mas discorrem sobre ele com a maior das ignorâncias.
Neste último Prós e Contras destacou-se neste exercício de desinformação e de ignorância um aficionado chamado Luís Capucha, imbuído de filosofia das Lezírias que nem dá para comentar neste espaço. Mas vale a pena revisitar um dos seus argumentos, o de que regime nazi foi muito amigo dos animais e fez legislação que o comprova, para dizer que esse mito com origem na propaganda (“O nosso Führer ama os animais”) já foi longamente desmentido, em primeiro lugar por Victor Klemperer, o autor de LQI. A Linguagem do III Reich. E, no início dos anos 90, em França, Luc Ferry publicou um livro onde transmitia essa mensagem (e onde traduzia documentos da legislação nazi) que foi muito contestado e deu origem a uma enorme polémica. Ora, o que se passa entre nós é que alguém (na circunstância, um professor universitário de Sociologia) pode dar-se ao luxo de fazer afirmações na televisão como se fossem verdades irrefutáveis, desconhecendo ou fazendo que desconhece a contestação e a polémica que elas suscitaram. Este dispositivo retórico, propagandístico e inimigo do saber e da ciência porque é usado com fins exclusivamente ideológicos é o do discurso político, em relação ao qual já criámos muitas defesas, mas não pode ser a regra numa discussão na televisão pública, sobre um assunto sério, para o qual se convida, para o debate, “especialistas”, gente a quem se confere uma qualquer autoridade. O sociólogo, o aficionado, o propagandista e o inimigo do saber, tudo na mesma pessoa, só na televisão é que é possível.
(As passagens a negrito são da responsabilidade da autora do Blogue)
Fonte:
Este é um sentimento comum a todos os que abominam o divertimento assente no sofrimento de um ser senciente e tão animal como o animal humano.
Este magnífico texto, do professor Luís Vicente, foi eliminado da sua cronologia, no Facebook, devido a uma denúncia. Contudo, e apesar disso, está a ser largamente difundido nesta rede social, porque não pode perder-se uma tão preciosa e magistral lição, apenas porque não convém a alguém...
Texto do Professor Luís Vicente
«Hoje um post de uma senhora de Alcochete em defesa das touradas irritou-me o suficiente para lhe responder com o que abaixo transcrevo:
Cara Senhora Mestre em Psicologia Inês Pinto Tavares,
Sabe o que é racismo? Racismo é a senhora ser caucasiana e considerar negros, judeus, palestinianos, asiáticos, etc., seres inferiores. Sendo seres inferiores considerava-se, não há muitos anos, que não tinham alma e, portanto, podiam ser mortos em campos de concentração ou noutros processos genocidas. A isso chamou-se no século XX, NAZISMO.
Por generalização, o ESPECISMO é uma extensão e um corolário do nazismo. É portanto uma forma de nazismo. É considerar que os outros animais, cães, gatos, porcos, touros, burros, etc. não têm alma e que, portanto, podem ser mortos. É rigorosamente a mesma coisa: NAZISMO, FASCISMO!!!!!
Chamemos as coisas pelo nome!
Pessoas congratularem-se com a tortura pública de um outro animal é um sentimento baixo (no caso que a senhora tanto aprecia, um touro), reles, primitivo, repugnante, NAZI. Nem se trata de matar um ser vivo numa situação de fome para comer, trata-se de torturar e matar por puro prazer. Se a senhora tivesse vivido no século XVI, XVII ou XVIII, certamente que se divertiria com os Autos de Fé no Rossio em que pessoas eram queimadas na fogueira. Talvez tivesse um imenso prazer na matança dos cristãos-novos. Se tivesse vivido na antiga Roma, muito se divertiria com os cristãos lançados aos leões para gáudio da população.
Enfim, estudou Psicologia na universidade onde sou professor, fez um mestrado em Psicologia Comunitária e Protecção de Menores. Provavelmente não aprendeu nada. Foi uma perda de tempo. Sabe o que são neurotransmissores? Sabe o que é cortisol? Sabe o que é oxitocina? Sabe o que é serotonina? Conhece a anatomia do encéfalo?
Sabe que numa tomografia de emissão de positrões as áreas do encéfalo afectadas pelo sofrimento num touro, num rato, num cão ou num humano são rigorosamente as mesmas?
Sabe que as variações químicas no encéfalo são rigorosamente as mesmas em situações de prazer ou de dor em qualquer dos animais referidos, incluindo os humanos?
Se a senhora aprendeu alguma coisa sobre ciência e método científico o que é que deduz sobre o sofrimento do touro na arena? Não vale a pena explicar-lhe, pois não?
Também deve pensar que Deus colocou o homem no centro do universo à sua imagem e semelhança logo abaixo dos anjos. Sabe, o meu Deus não é o seu. O meu Deus é infinitamente bondoso e misericordioso. Não pactua com os crimes que tanto prazer lhe dão a si. Não se compadece com pessoas que, da mesma forma que o louva-a-deus, rezam antes de matar.
Quer que eu tenha mais pena de um assassino do que de um touro que é torturado até à morte com requintes de malvadez? Lamento mas não tenho. Entre o assassino e o touro, de caras que escolho o touro.
Divirta-se nas suas touradas, divirta-se nos autos de fé no Rossio, divirta-se na praça da revolução em Paris enquanto cabeças dos guilhotinados rolam para um cesto de serradura, divirta-se nos circos romanos, divirta-se nos fornos crematórios de Auschwitz, divirta-se com a morte e o sofrimento dos outros, seja cúmplice!!!
Tenho a certeza absoluta de que a senhora é incapaz, pelas suas limitações cognitivas, de compreender aquilo que estou a escrever. Não é certamente. Por isso perco o meu tempo.
Enfim, só lhe envio esta mensagem porque a senhora me tirou o sono.
Faça o favor de ser feliz com as suas mãos conspurcadas de sangue alheio!»
(***) O título foi retirado do texto e é da responsabilidade da autora do Blogue.
Fontes:
https://www.facebook.com/luis.vicente.5602/posts/10153710769873837?pnref=story
https://www.facebook.com/luis.vicente.5602?pnref=story
http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2016/07/touros-de-morte.html
Alguma vez olhaste para um camião carregado de touros assassinados no final de uma tourada?
Quanto a touradas, caímos mais uma vez na definição do “sofrimento” dos animais, espectáculo cruel que põe a palavra “Humanidade” em segundo plano.
Espectáculos de morte e sofrimento que por vezes passam despercebidas ao comum dos mortais, tal e qual como passaram as carruagens nas linhas a caminho de Auschwitz e se reparares todas essas mortes, foram praticadas por humanos tal e qual como tu e eu. Touradas e outros espectáculos que envolvem animais, são sempre do ponto de vista Humano, bárbaros, degradantes, cruéis e dependendo por onde traças a tua linha mental, são indefensáveis.
Somos livres de concordar com o que quer que seja mas a dificuldade reside onde traçar a linha de “non passarán!”. E é essa que nos define como seres humanos, sensatos e dignos de nós próprios.
Alguma vez olhaste para um camião carregado de touros assassinados no final de uma tourada?
Fonte:
Partilho esta imagem e vou esmiuçar o seu conteúdo, porque na página do Facebook, de onde a retirei, havia uma única permissão: partilhar.
Juventude taurina portuguesa, é da boa prática, do bom senso e da inteligência, antes de abordar qualquer assunto, ter a certeza de que se domina esse assunto.
«Não concordas com as touradas…»
Já aqui se disse ene vezes que as touradas não são uma questão de concordar ou de gostar, mas sim uma questão de atitude, de ética, de civilização, de evolução; são uma prática reprovável aos olhos da razão, da lógica, da ética, da inteligência, da compaixão, do saber partilhar, da sensibilidade e do bom senso.
Nenhum ser humano dotado do mínimo destes predicados, que acabei de mencionar, aceita a tourada como algo praticável em tempo algum, muito menos nos tempos que correm, que apesar de conturbados, já deixaram as trevas mofosas medievais e são iluminados por uma outra maneira de ver o mundo, mais condizente com a racionalidade humana.
«… respeita a LIBERDADE dos outros».
Liberdade… saberá a juventude taurina portuguesa o que é Liberdade?
Não! Não sabe. Confunde Liberdade com libertinagem.
A Liberdade implica o respeito pela vida do outro, seja qual for esse outro. A Liberdade de alguém acaba onde começa a liberdade do outro. Na condição de Liberdade não cabe a tortura.
Ora os que realizam o ignóbil costume de torturar seres vivos, para divertimento e ganhar dinheiro, não estão a respeitar a liberdade e a vida que todos os seres vivos têm, e o seu direito de viver em liberdade, tranquilamente.
O que a juventude taurina portuguesa quis dizer foi «…respeitem a libertinagem irracional dos outros» (ou seja deles mesmos).
E isso e impraticável. Impossível, em Democracia.
A libertinagem é perversão. Envilecimento. Expressa, entre outras, a vil prática da tortura. E essa vil prática da tortura não cabe numa sociedade civilizada. Numa Democracia.
«Não temos de estar todos de acordo».
Pois não. Lá isso é verdade. Só que neste caso, como não se trata de ideias, ou de opiniões, ou de pensamentos, mas sim de um acto de tortura, censurável em todos os cantos e recantos do mundo civilizado, as coisas não são tão lineares assim.
Ninguém, em seu juízo perfeito, poderá estar de acordo com a tortura.
Imaginemos que um jovem taurino fosse apanhado por um psicopata que gostasse de ver sofrer o outro, e de lhe dar facadas e de ver jorrar sangue e delirar com o estrebuchar de um moribundo… Isto é tortura.
Pela vossa lógica, teríamos de aplaudir, de respeitar a liberdade deste psicopata… É assim?
Pois... «Esta é uma dádiva da Democracia».
Só que a Democracia implica o respeito pela Vida, seja de que ser vivo for. E isto é que é a verdadeira dádiva da Democracia. Uma dádiva nunca poderá incluir a liberdade de torturar um ser senciente.
E se não há respeito pela Vida, não há Democracia. Quando muito haverá nazismo.
«Partilho isto porque defendo a liberdade».
Não! A juventude taurina portuguesa não defende a Liberdade.
A juventude taurina portuguesa (uma vergonhosa minoria entre a verdadeira juventude portuguesa) defende a tortura, a psicopatia, o nazismo, tudo o que contradiz a Democracia e a sua dádiva: a Liberdade.
Estudem e reflictam antes de tornar pública qualquer coisa que vos venha à cabeça.
Não vos fica nada bem.
Isabel A. Ferreira
Reflexões: Portugal vive em democracia? O povo é quem mais ordena? A lei de excepção serve esse povo? Serve o País?
Se vive em democracia e se o povo é quem mais ordena, em Viana do Castelo NÃO SE REALIZARÁ TOURADA, simplesmente porque os vianenses NÃO QUEREM.
E quem é a prótoiro, mais os seus “padrinhos” para impedirem a vontade de um povo e a postura de um município que se declarou anti-tourada?
A ver vamos se vivemos em Democracia, ou se o NAZISMO impera em Portugal.
A VER VAMOS QUEM MANDA EM VIANA.
Por PRÓTOURO
«Subitamente, descobrimos, que vivemos numa ditadura tauromáquica onde de ora em diante, todos os cidadãos deste país e especialmente os cidadãos de Viana do Castelo, serão obrigados a fazer a saudação nazi à “prótoiro”.
Neste momento quem governa as câmaras municipais, não são aqueles que foram democraticamente eleitos pelos cidadãos, mas sim uma organização fascista e nazi que dá pelo nome de “prótoiro”.
Quando uma associação que se diz privada tem o desplante de anunciar para os órgãos de comunicação social que não só realizará uma nova tourada em Viana do Castelo, bem como entrará com uma acção para declarar a nulidade de cidade anti-touradas, feita por essa edilidade, algo está podre no reino da Dinamarca, perdão Portugal.
O que assistimos neste momento, não é uma birra de putos a quem os pais não compraram a última versão da playstation, o que assistimos é a uma completa subversão do Estado de Direito onde um grupelho, quer impor as suas regras, neste caso a um presidente de câmara democraticamente eleito pelos cidadãos de Viana.
Impor touradas a uma cidade que não as quer, através de ameaças, tem um nome: prepotência. Prepotência essa que resulta e ninguém tenha dúvidas, do facto desta federação ter padrinhos.
Os cidadãos deste país estão fartos de conluios feitos nos corredores do poder, estão fartos de corrupção e como tal, exigem saber quem aquece as costas a esta gente ao ponto de lhes permitir ter estas atitudes.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
***
COMENTÁRIO DO RICARDO
«A democracia está para a tauromaquia como a kryptonite para o Super Homem. Que se pode esperar de um sector social de extrema-direita e com afiliações monárquicas?
A tourada de Viana no ano passado foi realizada à margem da lei: ao contrário do que a Prótoiro anunciou, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga nunca legalizou o evento.
O que fez foi ceder 5 dias para que estes contra argumentassem o recurso imposto pela câmara municipal de Viana, este sim a proibir explicitamente a realização da tourada. Como estes 5 dias eram tecnicamente “terra de ninguém”, os aficionados, como cobardolas e manhosos que são, realizaram a tourada neste período (daí a praça desmontável para que todo o processo se pudesse realizar sem deixar rasto).
A tourada nunca foi legalizada mas, devido a leis deficientes, nunca pode ser definitivamente ilegalizada. Mas uma coisa estava patente: o povo de Viana não quer nem vai querer touradas no seu concelho. Tal ficou provado pela eleição de José Maria da Costa, candidato assumidamente anti-taurino, após o mandado de Defensor Moura, outro autarca anti-taurino e o primeiro a elevar a cidade de Viana ao estatuto de anti-touradas.
E mais, se os activistas se manifestam quando se realizam touradas, não seria de esperar que os aficionados se manifestassem pela ausência das mesmas? Será que houve manifestações “taurinas” em Viana? A tourada do ano passado contou com 2300 pessoas na assistência (qualquer cinema de vila têm uma audiência superior) mas o que seria interessante descobrir era quantas dessas pessoas seriam naturais de Viana.
É que além da praça desmontável também houve registo de vários autocarros provenientes de todo o país (pagos por quem nós já estamos cansados de saber) com aficionados.
A realização de uma tourada em si é muito grave, seja em que concelho for, mas o que é mesmo preocupante nesta situação é o claro atropelo democrático e o completo desrespeito da vontade popular. Se a prótoiro conseguir realizar outra tourada usando mais um “buraco” legal, então se calhar é altura de repensarmos a Constituição.»
Fonte:
http://protouro.wordpress.com/2013/07/24/heil-protoiro/
Óscar Horta, Professor de Filosofia e Moral da Universidade de Santiago de Compostela e activista dos Direitos dos Animais, comparou as touradas ao sexismo, ao racismo e ao nazismo, uma vez que infligem “abusos e discriminação” a um terceiro: o Touro, de acordo com o jornal espanhol ABC.
Num debate na Servimedia TV, no qual o escritor Fernando Savater também participou, Óscar Horta considerou que as touradas são “um espectáculo no qual o que se faz é torturar alguém até à morte para o desfrute alheio, uma prática injustificável e injusta onde absolutamente nenhum dos aficionados por esta actividade aceitaria colocar-se no lugar de quem está a ser torturado, neste caso o animal. Se a entrada para uma tourada não fosse apenas algum dinheiro, mas depois ter de sofrer a morte, ninguém o aceitaria” acrescentou.
Neste sentido, o Professor comparou as touradas ao racismo, ao sexismo e ao nazismo. “Pouco a pouco, ao longo dos séculos, lutámos para que as injustiças fossem erradicadas. Os animais sofrem abusos e, tal como no nazismo ou no sexismo, sofrem discriminação simplesmente porque pertencem a uma espécie diferente da nossa”.
Termo análogo ao racismo e sexismo é o especismo, que é muito simples, explicou. Para Óscar Horta, os Touros sofrem na arena porque têm uma fisiologia igual à do ser humano “não há razões para pensar que a dor deles é diferente da nossa. Quando alguém sofre uma dor aguda, muito significativa, ou uma dor crónica devido a uma doença, essa dor pode ser tão negativa e causar tanto sofrimento, que chega a ser maior que o sofrimento físico. Portanto, não podemos continuar afirmando que os animais, ainda que sofram, sofrem menos do que nós”.
Óscar Horta garantiu ainda que as touradas atraem uma minoria da sociedade e que pesquisas apontam que 80 % das pessoas não tem interesse algum por elas. “Apelo a todas as pessoas que já estão conscientes do horror e do abuso das touradas, para que façam uma conexão. Vivemos numa sociedade na qual, desde que somos crianças, nos ensinam que os animais existem para serem utilizados para nosso benefício, e que não lhes devemos nenhum respeito. Ensinam-nos a utilizá-los e a alimentarmo-nos deles, mesmo que seja possível nos alimentarmos sem eles, como já fazem milhões de pessoas em todo o mundo”.
Por último, o Professor referiu que as touradas “fazem parte da cultura espanhola, e que o sexismo está plenamente encrustado na nessa cultura. Vivemos numa sociedade sexista, o que não implica que essa sociedade seja intocável, temos de deixar para trás o que nela está errado. Com as agressões aos animais dá-se o mesmo. Uma cultura que consiste em maltratar e privar da vida seres inocentes, não pode permanecer no tempo» concluiu, Óscar Horta.
Fonte:
http://www.anda.jor.br/20/05/2013/touradas-sao-comparadas-ao-racismo-nazismo-e-sexismo
A TAUROMAQUIA É UMA PRÁTICA BASEADA NUM PRINCÍPIO NAZISTA:
MALTRATA CRUELMENTE UM SER VIVO EM NOME DA ESTUPIDEZ HUMANA.
Atenção, povo! Uma nova forma de nazismo, disfarçado de apoio, está a infiltrar-se, já há bastante tempo, muito sorrateiramente, muito subtilmente, nos países mais fragilizados europeus, como sendo a Grécia, a Irlanda, a Islândia, Espanha, e naturalmente Portugal.
Querem acabar com a “raça” destes países que eles consideram “pequenos”, esquecendo-se de que já tiveram um papel bastante dominante na construção do mundo.
Eles dão “apoio”, injectam dinheiro, mas cobram juros altíssimos, juros de Judas Iscariotes, que de “amigos “ e “parceiros europeus” nada têm.
Querem afundar-nos. Destruir-nos como países. Dão-nos subsídios para não cultivarmos as nossas terras, outrora ricas, e hoje abandonadas, que dão dó!
Dão-nos subsídios para abaterem barcos, quando somos um povo essencialmente do mar.
De vez em quando empurram o “lixo humano” fronteiras adentro, para desestabilizar.
E o que faz o povo português?
Envergonha os antepassados, que lutaram com unhas e dentes pedras e paus e pás de forno, à falta de armas, mas lutaram, não deixando que ninguém os subjugasse.
Basta fazer a pergunta: quem manda na Europa? Quem é o país mais forte?
Eis que uma nova forma de nazismo toma conta das nossas vidas.
Vamos deixar que isso aconteça?...
Isabel A. Ferreira