A Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes 2024 promove no dia 10 de Junho, Dia de Portugal, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, o XXXI Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes. As cerimónias que ali terão lugar têm por objectivo reunir os Portugueses que queiram celebrar Portugal e prestar a devida homenagem a todos aqueles que, ao longo da nossa História, chamados um dia ao cumprimento do dever, souberam honrar os nossos maiores e, muito particularmente, os que tombaram ao serviço da Pátria, em defesa dos valores e da perenidade da Nação Portuguesa.
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Vou começar esta minha publicação por felicitar Chico Buarque, alguém de quem sou muito fã, na música, nos versos e na prosa, galardoado com o Prémio Camões, embora exista um mar e um longo tempo de distância, entre Camões e Buarque.
Agora vamos ao teor deste texto, que gostaria de NÃO ter escrito, porque seria sinal de que Portugal não anda por aí à deriva, espoliado da sua Língua, da sua História e da sua Cultura.
Que VERGONHA para Portugal, ter um primeiro-ministro que DESPREZA a Língua Oficial do País - a Língua Portuguesa - e LOUVA a Variante Brasileira do Português, ainda mais falando em NOME dos Portugueses.
Que fale por ele, e unicamente por ele, que é um apátrida. Nós, os Portugueses, que prezamos e estamos a lutar pela NOSSA Língua, NÃO temos pena alguma de não falarmos Brasileiro, porque a Língua que se fala no Brasil NÃO é um simples sotaque, um som, uma entoação ou pronúncia particular de um indivíduo ou de uma região. No Brasil fala-se uma linguagem fonologicamente diferente da fonologia portuguesa.
Se vivêssemos numa Democracia plena, e tivéssemos um Presidente da República PORTUGUÊS a sério (afinal Marcelo diz, com um orgulho que nem tenta disfarçar, ser luso-brasileiro, e pelo que vemos é até mais brasileiro do que português); se tivéssemos um presidente que defendesse a Constituição da República Portuguesa, demitiria imediatamente este primeiro-ministro, que não passa de um BAJULADOR do Brasil, sem o mínimo brio pessoal e político.
Porém, Portugal está muito mal servido, também no que toca ao Chefe de Estado, igualmente um BAJULADOR do Brasil e da sua Língua, que NÃO é a Portuguesa, mas a VARIANTE Brasileira da Língua Portuguesa, que deu novas línguas ao mundo, entre elas a Língua do Brasil, através dos seus valorosos navegadores, que deram novos mundos ao mundo (e não é para aqui chamado o que eles fizeram de menos valoroso, à luz dos nossos valores humanos, e que, no entanto, continua perpetuado nos tempos que correm, apesar dos já declarados "Direitos do Homem", que, há época desses navegadores, ainda não existiam, como tal).
Se o Povo Português não andasse tão entretido com o futebol, com as novelas brasileiras de que António Costa tanto gosta, dos Reality Shows degradantes, levantar-se-ia em massa a EXIGIR a demissão de um ministro que NÃO tem competência para defender os interesses de Portugal.
A entrega do Prémio Camões a Chico Buarque serviu para demonstrar o quanto a Língua Portuguesa está à beira do abismo, desprezada pelas autoridades máximas da Nação Portuguesa.
Ficou bem claro de que lado está aquele que foi eleito por uma minoria de Portugueses (a abstenção foi das maiores), para ser o presidente da República, e que o é apenas num documento, uma vez que numa notória subserviência aos convidados brasileiros, pôs nos píncaros a Variante Brasileira da Língua Portuguesa (que nada tem a ver com sotaque) em detrimento da Língua de Camões, que para Marcelo, bem poderia ser a Língua de Chico Buarque.
O brasileirismo do presidente da República de Portugal está de tal forma entranhado em Marcelo Rebelo de Sousa que o faz perder a noção do seu DEVER constitucional de defender a Língua, a História e a Cultura portuguesas.
Marcelo mostrou nitidamente estar-se nas tintas para Portugal e para os Portugueses.
Deveríamos ter um mecanismo que permitisse ao Povo Português DEMITIR um presidente que põe os interesses do Brasil acima dos interesses de Portugal, desprezando, às claras, os interesses daqueles que diz representar. O facto é: Marcelo Rebelo de Sousa NÃO representa Portugal.
Portugal NÃO é o Brasil.
As autoridades máximas portuguesas - Presidente da República, Primeiro-ministro e Presidente da Assembleia da República - NÃO têm de prestar vassalagem ao Brasil.
Pelo seu lado, o Brasil NÃO tem o direito de espezinhar a Soberania de Portugal, e se o faz é porque essas autoridades são seus vassalos.
Foi absolutamente patético ouvir Marcelo Rebelo de Sousa “fálá” - e muito mal - “brásilêru”, numa parte do seu discurso, na cerimónia de entrega do Prémio Camões a Chico Buarque, o que deixou o laureado com cara de «o que é isto?????». Seria para “cápitá” (palavra que ouvi de uma comentadora brasileira na CNN) a simpatia daqueles que querem transformar Portugal numa colónia brasileira, tendo, para tal, a inacreditável cumplicidade explícita de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Augusto Santos Silva?
Conseguem imaginar o que está por detrás deste SERVILISMO?
Depois de termos ouvido, nestes dias alucinantes, que foram os da visita de Lula da Silva a Portugal, Marcelo a “fálá” brasileiro, António Costa a dizer em alta voz que os Portugueses têm pena de não falar com o “sotaque” brasileiro, e Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República Portuguesa, lugar onde a Vida e a Morte de Portugal se decide como estivessem num campo de batalha, a reclamar a Variante Brasileira do Português, como substituta da Língua Portuguesa que lhe deu origem, se os Portugueses não estivessem tão anestesiados, exigiriam a demissão de todos estes agentes da mediocridade, do caos, da incompetência, do vergonhoso SERVILISMO e da estupidez que se implantou em Portugal, e dir-lhes-iam que juntassem os trapinhos e fossem de malas aviadas para o Brasil, onde se sentirão, com toda a certeza, no Paraíso Linguístico que tanto veneram.
Ouçam com atenção!!!!
UAU!!!!!!! Ouviram bem? Marcelo disse Augusto BUAU????????? BUAU???????
O senhor chama-se Augusto BoaL. Não sei o que pensam os restantes portugueses, EU ENVERGONHO-ME de ter um presidente que não sabe nem falar, nem escrever correCtamente a Língua Portuguesa.
Isabel A. Ferreira
É urgentemente necessário, hoje, um novo “Grito do Ipiranga” às avessas, desta feita no Rio Tejo, em BELÉM, de onde partiam, outrora, as caravelas portuguesas. Só assim se poderá salvar a Matriz da Língua Portuguesa.
Fonte da Imagem: Internet
A Língua Portuguesa é um vector essencial do brasil, portugal, , conforme estabelecido no artigo 2, alínea 2 (a) da CONVENÇÃO PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL (CSPCI), de 17 de Outubro de 2003, devidamente ratificada, mas infelizmente violada [mais uma] pelos sucessivos governantes de Portugal.
Cf. texto escrito em Língua Portuguesa, e NÃO na Variante Brasileira (é que o Português PT anda por aí muito adulterado e grafado à brasileira, e o mundo já não pode confiar na sigla PT).
Consultar hiperligação:
https://ich.unesco.org/doc/src/00009-PT-Portugal-PDF.pdf
Com efeito, no dia 17 de Outubro de 2003, foi aprovada a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (CSPCI), no decurso da 32ª Conferência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Esta Convenção entrou em vigor no dia 20 de Abril de 2006, três meses após a data do depósito do 30º instrumento de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão por Portugal, junto do Director-Geral da UNESCO.
É PRECISO NÃO ESQUECER ISTO!
Ora pasmem! E abram finalmente os olhos!
Esta exclamação é dirigida a ambos os Povos dos dois lados do Atlântico. Actualmente, as chamadas “elites” de ambos os países que serão responsabilizadas e julgadas perante a História, pois têm sido, de facto, instrumentos daquilo que está cada vez mais claro e evidente, ou seja, a marginalização e subsequente substituição da Língua Portuguesa, no plano internacional, por uma das suas Variantes actuais: a futura Língua Brasileira!
Examinemos, então, a triste realidade histórica e como no chamado “país irmão” (Brasil) foram tratados, no passado, os portugueses (repito a tal minoria, por exemplo, em Pernambuco e Mato-Grosso). As insurreições no Estado de Pernambuco (1848-1850) foram, no início, e mais uma vez, contra os comerciantes portugueses, tendo depois alastrado a toda a comunidade portuguesa. Na capital, Recife, os manifestantes gritavam “MATA-MARINHEIRO”, nome pelo qual eram conhecidos naquela altura os portugueses (M. J. M. Carvalho e B. A. Câmara -2008 - in “Insurreição Praieira, Forum Almanaque Braziliense nº 8”, pp 5-38, Usp São Paulo.
Pois é, o tal ódio (de que se fala mais acima) era tanto contra Portugal que Deocleciano Martyr, o jacobinista florianista, criador e redactor-chefe de O JACOBINO e ex-integrante do Batalhão Tiradentes, sugeriu ao governo brasileiro da época, o seguinte: «O confisco dos bens de raiz de todos os portugueses; a proibição de entrada nos portos do Brasil de navios que houvessem tocado portos portugueses; e pena de morte para os brasileiros que tentassem, mesmo ao de leve, proteger os portugueses».
in Suely Robles Reis de QUEIROZ (1986) - «Os radicais da República», São Paulo, Editora Brasiliense.
Cf. igualmente: «Jacobinos versus Galegos: Urban Radicals versus Portuguese Immigrants in Rio de Janeiro in the 1890s» - in JSTOR.
Consultar a hiperligação:
https://www.jstor.org/stable/174772
Ainda neste livro, de Suely R. R. de Queiroz, pode ler-se o seguinte, numa mensagem do já citado grupo JACOBINO, de apoio ao presidente Floriano Peixoto: «O Clube dos Jacobinos de São Paulo prometia combater os estrangeiros, especialmente “os portugueses”, raça inferior, povo refractário ao progresso, nosso inimigo de todas as épocas, causador de todos os nossos males e do nosso atrazo» - in S.R.R QUEIROZ, 1986:105]
Já tive a ocasião de falar neste tipo de ataques repugnantes, num artigo que foi publicado aqui neste Blogue:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-grito-do-ipiranga-da-variante-381214
Artigo esse que redigi em reacção a um outro artigo da autora do Blogue «O Lugar da Língua Portuguesa», a qual foi alvo de ataques ad hominem:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/desde-ontem-que-o-grupo-novo-movimento-380362
Refiro estes dois artigos para demonstrar que os ataques à Nação Portuguesa e aos Portugueses, não ocorreram só nos Séculos passados, eles têm continuado ao longo dos tempos.
Hoje, tal como no passado, a história parece estar a repetir-se. As “elites” governativas, não costumam defender objectivamente os interesses do Povo Português e da Nação Portuguesa, mas acatam e seguem cegamente instruções/ordens vindas do estrangeiro, porque a isso são constrangidas. A ausência de soberania, afinal, não existe apenas no plano político. A ausência de soberania existe também no domínio linguístico, na preservação do nosso Património Imaterial, do qual faz parte a LÍNGUA OFICIAL da NAÇÃO PORTUGUESA. Essas “elites” impuseram ditatorialmente um pseudo-acordo ortográfico, contra a vontade do Povo Português, carecendo de legitimidade, para tal (adicionalmente e no futuro a inconstitucionalidade de tudo o que os governantes fizeram desde a Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Nº 8/2011, será estabelecida e contas serão exigidas) já não falando na negociata repugnante, que constitui a “negociação” desse pseudo-acordo ortográfico, conforme pode ser consultada nesta hiperligação:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-negocio-do-acordo-ortografico-172469
O ANTI-LUSITANISMO existe, e isso há já muito tempo no Brasil (o republicanismo e o anti-lusitanismo andavam de mão-dada) desde o Jacobinismo (grupo homónimo inspirado da Revolução Maçónica Francesa (veja-se como se tropeça quase sempre na maçonaria) passando, inter alia, pelo hino anti-português (Hino ao 07 de Abril), continuando por um feroz MASSACRE de portugueses, na Província de Mato-Grosso, na noite de 30 para 31 de Maio de 1834. Chacina essa que também é cinicamente conhecida por RUSGA, e indo até à “Guerra à Nação Portugueza” (nos finais de 1891).
Esta “Guerra à Nação Portugueza” deve-se em grande parte à rivalidade que existia entre 1889 e 1945, no mercado do trabalho, no Brasil, e que originou mais uma onda de hostilidade anti-portuguesa, a qual se revestiu de variadas formas (ameaças, assaltos, etc. e que culminou numa carta, em finais de 1891, enviada à Embaixada de Portugal, no Rio de Janeiro, a qual ilustra perfeitamente a hostilidade (ou dever-se-á dizer o “ódio”?) aos portugueses, pois estes chegaram até a ser acusados de conspirar contra o Brasil.
Acusando os portugueses residentes no Brasil de conspirarem contra a República, os signatários dessa carta ameaçavam: «represálias que chegarão até o dynamite, o punhal ou o incêndio a pessôas e aos bens dos subditos portuguezes, suspeitados de conspiradores. Nós contamos para esse fim com o apoio de todos os homens de cor, grande parte da colónia ITALIANA [???!!!???] que justamente odeiam essa Nação de exploradores sem entranhas» - in JUNIOR, J. J. 2011
«Recomeça a Guerra dos mascates! GUERRA À NAÇÃO PORTUGUEZA! Fora a essa RAÇA de JUDEUS do OCIDENTE» (***). in JUNIOR, J. J. 2011: 108 - «Jacobinismo, anti-lusitanismo e identidade nacional da República Velha». in Historiae, vol. 2 nº 2, pp 89-106 Rio Grande, FURG
(***) Em finais 1891, acusavam os portugueses de serem os “judeus do Ocidente”. Poucos de nós conhecíamos a vertente vergonhosamente anti-semita dessas camadas da sociedade brasileira.
Com efeito não só acusavam, em 1891, os portugueses de serem os “judeus do Ocidente”, mas também de serem uns “MONSTROS” e de [os portugueses serem] «uma raça inferior, povo refractário ao progresso, nosso inimigo de todas as épocas, causador de todos os nossos males e do nosso atrazo», conforme já foi citado.
E isto não será uma forma de “ódio” aos Portugueses?
Esta hostilidade nunca desapareceu, continuando, até pelo contrário, a ser veiculada até por personagens políticas igualmente tóxicas e inclusive condenadas pela Justiça Brasileira. Com efeito este tipo de ataque repugnante, foi de novo proferido por Lula da Silva, numa Universidade em Madrid, em 16 de Dezembro de 2015, o qual culpou os colonizadores por atrasos na educação do Brasil. Cf. consta nesta hiperligação:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151214_lula_colonizadores_mdb
No entanto, no site do Semanário Económico Oje, o colunista Diogo de Sousa-Martins publicou, na última segunda-feira (14) um texto dizendo que “não fica bem” a tentativa de atribuir “o ónus do atraso do sistema de educação brasileiro para uma colonização que abandonou o país há quase 200 anos e que nele inaugurou o ensino superior” - Cf. hiperligação:
Esta declaração de Diogo de Sousa-Martins fala por si própria e não é necessário acrescentar mais nada. Os leitores apreciarão e julgarão, com conhecimento de causa, se se trata de xenofobia, de racismo anti-português ou até mesmo de “ódio” aos ex-colonizadores. Ou de qualquer outra elucubração …
Os exemplos não faltam, e eu citarei mais abaixo outros casos concretos e históricos, que muitos portugueses não conhecem e decerto igualmente muitos brasileiros, o que não é certamente um motivo de orgulho para ninguém.
A abolição da escravatura no Brasil ocorreu em 1831 (Lei Feijó), e segundo se diz, sob pressão da Inglaterra, mais tarde, através da Lei de 1845 dita Bill Aberdeen (veja-se mais em:
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-abolicao-escravatura.htm
o que permitiria uma outra emigração “livre” para o Brasil, oriunda de outras paragens, mas o tráfico continuou a ser assegurado por navios com bandeira portuguesa, como era ainda permitido na época, pelas Convenções Internacionais, mas apenas a Sul do Equador.
Segundo M. Florentino e C. Machado (2002: 93) - «Imigração portuguesa e miscigenação no Brasil nos Séculos XIX e XX» - um ensaio, in C. Lessa 2002:25; «Os Lusíadas na Aventura do Rio Moderno», pp-91-116, Rio de Janeiro), os portugueses começaram por ser os únicos europeus no Brasil, ao longo da época colonial, e constituíram depois 1/3 dos 5 milhões e 600.000 mil estrangeiros chegados ao Brasil entre 1820 e 1972 contra 29% de italianos e 13% de espanhóis, e tenho de sublinhar o facto de que estes povos contribuíram para a italianização (que instilou a fobia da eliminação das consoantes ditas erradamente mudas, em certas palavras, e acrescentando-as, em contrapartida, noutras) ; e a castelhanização da Língua Portuguesa, em grande escala, não só na ortografia como também na fonologia.
De 1884 a 1930, entram no Brasil quatro vezes mais portugueses que entre 1820 e 1883. «Chegados aqui, passam a substituir o trabalhador escravo [a abolição da escravatura ocorreu em 1888 (Lei Áurea, aprovada no dia 13 de Maio de 1888, e assinada pela Princesa Isabel) no campo e na cidade. No Rio de Janeiro, o emigrante português, já monopolizador do comércio a varejo, vai ocupando o mercado de trabalho, que passa de africano a luso-africano, e depois a totalmente português, nos anos imediatamente posteriores à Abolição». G. S. Ribeiro (1990:10. Mata Galegos – «Os portugueses e os conflitos de trabalho na República Velha» - São Paulo, Editora Brasiliense.
Temos aqui, decerto, mais uma causa [cf. igualmente mais abaixo a decisão de GUATIMOZIM, Imperador do Brasil Dom Pedro I de proibir as actividades maçónicas] da malquerença, da inveja, da hostilidade e do “ódio” aos portugueses, resumida igualmente nesta frase «Por que você veio encher o pandulho aqui?» (G. S. Ribeiro 1994, – «Os portugueses, o anti-lusitanismo e a exploração das moradias populares no Rio de Janeiro da República Velha», in «Análise Social», Vol. XXIX nº 127, pp 631-654 - Lisboa, UL Instituto de Ciências Sociais.
Como se sabe no Brasil, os brasileiros fazem chacota sobre Portugal e os Portugueses: «português é burro ou padeiro», ouvi eu tantas vezes!
Como já tive a ocasião de o escrever num artigo publicado, no dia 19 de Junho 2022, neste Blogue e intitulado “O Grito do Ipiranga da Variante Brasileira da Língua Portuguesa deve ser gritado para pôr cobro a algo que desonra o Brasil e Portugal “.
Esse tipo de brasileiro provavelmente oriundo de “camadas inferiores da sociedade” está, na verdade, a fazer chacota de si próprio.
Portugueses dignos e verticais nunca esquecerão como a nossa Nação, a nossa Cultura, a nossa Língua estão a ser enxovalhadas por um certo tipo de brasileiros, por indivíduos incultos e muito ignorantes e que, afinal de contas, ao cuspir dessa maneira em Portugal, na Língua Portuguesa e nos Portugueses estão, na verdade, a escarrar em cima de si próprios e dos próprios antepassados!
Não esquecer que eles são meros descendentes de colonos portugueses, (castelhanos, italianos, etc., etc.). É bom não esquecer isto! É também irrefutável que os Brasileiros de raiz são os INDÍGENAS!
Agora veja-se como eles, os Brasileiros de raiz, os Indígenas, são HOJE tratados por esses brasileiros, descendentes de colonos, cuja cultura consiste essencialmente em ESCARRAR, em VOCIFERAR, em INSULTAR outros Povos e outras Nações.
Neste caso, a Nação Portuguesa, o seu Povo, a sua Cultura e a sua Língua.
Séculos depois, os métodos repugnantes continuam similares, e o alvo mais fácil de atingir continua, infelizmente, a ser PORTUGAL e os Portugueses.
A hostilidade (ódio?) a PORTUGAL e aos PORTUGUESES apenas mudou de contexto, de época e de apresentação. Na «Carta ao Autor das Festas Nacionais», R. Pompeia (2018) - São Paulo, Itaú Cultural - descrevia-se assim o grande acontecimento anual da Comunidade Portuguesa no Rio de Janeiro (Festa tradicional da Penha): «crianças que comem de ventre em terra, ao redor de mesas de improviso; um que atravessa um frango à boca, outros virados mamando vinho…. E um bêbado que dorme sobre pilhas de melancia e outro que sai para a estrada cambaleando, agitando molemente a bengala, vomitando o viva à Penha …»
Na primeira versão do Hino ao 07 de Abril (que viria a ser o Hino Nacional Brasileiro, ou seja, a “Marcha Triunfal”) os portugueses são apelidados de “MONSTROS” e insultados desta maneira (manifestamente de maneira anti-semita): «Homens bárbaros, gerados de SANGUE JUDAICO e mouro, desenganai-vos, a Pátria já não é vosso tesouro». R. L. Souza (2005) - «O Anti-lusitanismo e a afirmação da Nacionalidade» Vol. 5 nº 1, pp. 133-151 «Vitória da Conquista», UESB. (*** Cf. mais acima igualmente). Em 1891, acusavam os portugueses de serem os “judeus do Ocidente”. Poucos de nós conhecíamos a vertente vergonhosamente anti-semita dessas camadas da sociedade brasileira.
Conheceriam, porventura, a CHACINA de que foram vítimas os portugueses em CUIABÁ, capital da Província de Mato-Grosso, e em outras cidades, na noite de 30 para 31 de Maio de 1834, e a que chamaram cinicamente simplesmente uma RUSGA?
Mais pormenores: «Na hora combinada civis e militares atacam de maneira sangrenta os portugueses nascidos na Metrópole (muitos deles comerciantes). Foi uma chacina, surpreendidas nas suas casas fora de horas, as pessoas são mortas a tiro, à facada ou a golpes de espada. Os distúrbios continuaram durante meses.» (T. M. Cruz Ferreira 2000 - pp 500-501.
Lusofobia, in Vainfas, R. – Dicionário do Brasil Imperial, Rio de Janeiro, Editora Objectiva. «Desconhece-se o número exacto de vítimas pois os documentos da época, como por acaso, DESAPARECERAM! Fala-se de 400 mortos, se não mais» (Taunay- 1891-125). I.R.F. AGUIAR 1869 – Prefácio in MOUTINHO, J.F.
A notícia sobre a Província de Matto-Grosso, São Paulo, Typ. de Henrique Schröder, que foi outro autor da época, afirma que chegaram a registar-se «acessos do mais imprudente canibalismo». in I.R.F. Aguiar (1869 Prefácio. in Moutinho, J. F.
Os moradores de CUIABÁ (capital da Província de Matto-Grosso), sob controlo de bandidos como foi referido, «foram obrigados mais tarde a acender luminárias, festejando a terrível matança» (T. M. CRUZ FERREIRA 200 500-501 in LUSOFOBIA, Editora Objectiva- Rio de Janeiro Dicionário do Brasil Imperial.
Ora, Dom Pedro abdicou em 07 de Abril de 1834 e havia boatos de que seria reposto no trono. Mais uma vez acusaram os portugueses que viviam na cidade de serem conspiradores e futuros beneficiários dessa «suposta conspiração». Mais uma vez o alvo fácil foram os portugueses.
Mas, as verdadeiras razões foram a malquerença e a inveja em relação aos comerciantes portugueses. Pergunta que faço aos leitores: e isto não vos lembra outras vítimas e outros povos, noutras épocas?
É necessário relembrarmos, aqui e agora, um outro facto histórico (o pretendido acto de independência do Brasil, o tal grito no Rio Ipiranga, a pôr em paralelo com a travessia do Rio Delaware, nos EUA, durante a noite levada a cabo por um outro maçon, George WASHINGTON, para atacar traiçoeiramente os soldados Ingleses que dormiam na outra margem. Aqui temos de novo um maçon envolvido, detalhe muito pertinente para uma melhor compreensão das razões da hostilidade a Portugal, suscitada por uma certa “elite” de maçons portugueses, e que seriam os futuros brasileiros.
E como se chegou, consequentemente, muitos anos depois, num outro capítulo de hostilização igualmente importante, ao estado presente da marginalização e da subsequente eliminação da Língua Portuguesa a médio/longo prazo, pela sua Variante, a futura Língua Brasileira. Para que tal acontecesse, utilizou-se um outro tipo de instrumento altamente perverso, o histórico "Cavalo de Tróia", a que chamam «Acordo Ortográfico de 1990 (A0-1990)».
Acordo esse que foi calcado sobre a Variante Brasileira da Língua Portuguesa, mas que nada mais é do que um dialecto estatal, minoritário e usado apenas em Portugal, através de actos ilegais e inconstitucionais, iniciados e impostos por uma outra personagem altamente tóxica e que levou Portugal à bancarrota.
Assim como este político profissional o fez com o país levando-o à falência, este governante, tentou enviar para o cadafalso a LÍNGUA PORTUGUESA! Não o conseguiu totalmente, porque portugueses despertos, dignos e verticais, através de uma mobilização inicial, o impediram!
Mas pôs a LÍNGUA PORTUGUESA em PERIGO DE MORTE!
A HORA da RESISTÊNCIA ACTIVA CHEGOU!
(Continua…)
A Parte III será publicada amanhã, dia 09 de Setembro, e será dedicada a Dom Pedro IV de Portugal (I do Brasil) e de como a Maçonaria terá influenciado o que Portugal vivencia, HOJE, estando a perder a sua IDENTIDADE, apenas porque os políticos portugueses NÃO mandam NADA em Portugal, e fazendo-se também certas revelações sobre determinadas decisões de Dom Pedro IV.
***
Para quem está a seguir este trabalho de investigação:
Introdução
É tempo! Independência da Língua Portuguesa! NÃO a queremos MORTA! Estamos separados do Brasil! - Este é o grito que devemos gritar HOJE, decalcando o grito do Príncipe Regente Dom Pedro, nas margens do Rio Ipiranga, há precisamente 200 anos.
O trabalho de pesquisa, que se segue, foi elaborado por Francisco João, um dos membros fundadores do MPLP – Movimento em Prol da Língua Portuguesa – que continua activo, nos bastidores, para que a Língua Portuguesa, correndo real perigo de morte, não morra e seja enterrada num qualquer canto deste Planeta, como se fosse uma indigente.
ELA, que É (ainda no presente) uma das mais antigas Línguas europeias, que os Portugueses cultivaram, nos quatro cantos do mundo, originando VARIANTES, que se libertaram, umas, porém, UMA OUTRA, a Brasileira, ainda está por libertar!
Hoje, comemorando-se os 200 anos do Grito do Ipiranga, bradado pelo Príncipe Regente Dom Pedro: «É tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!», nada mais oportuno do que nos deixarmos de falsos pruridos e hipocrisias e enfrentarmos a questão da Língua Portuguesa, de frente, e, de uma vez por todas, exigirmos a nossa INDEPENDÊNCIA LINGUÍSTICA, que foi vergonhosamente barganhada (= vendida com dolo; negociada com trocas), por políticos ignorantes, como se a Língua fosse um saco de bolotas, o que levou à marginalização e ao descalabro da Língua Portuguesa, pela sua Variante Brasileira, através de um “Cavalo de Tróia” chamado Acordo Ortográfico de 1990, provocado por ambas as classes políticas do Brasil e Portugal.
Este trabalho, que pretende tirar do marasmo, os que se dizem anti-acordistas, em Portugal, e os DESPERTEM para a consciência de que se continuarem a NÃO fazer nada, se NÃO passarem das palavras aos actos, URGENTEMENTE, a Língua Portuguesa terá morte certa, conforme os altos desígnios dos actuais governantes, será apresentado em três Partes, sendo que as Partes I e II narrarão algumas razões históricas, políticas, sócio-linguísticas e mediáticas que nos impõem, urgentemente, uma feroz resistência contra o crime de destruição do Património Cultural Imaterial de Portugal, do qual a Língua é um vector essencial.
A Parte III será dedicada a Dom Pedro IV de Portugal (I do Brasil), que se filiou na Maçonaria brasileira «não tanto porque faça seus os ideais maçónicos, mas porque à maçonaria interessa fazê-lo mação», de acordo com Célia de Barros Barreto, uma estudiosa brasileira das questões maçónicas, e de como a Maçonaria terá influenciado o que Portugal vivencia, HOJE, estando a perder a sua IDENTIDADE, apenas porque os políticos portugueses NÃO mandam NADA em Portugal; apresentando-se também certas revelações sobre determinadas decisões relevantes de Dom Pedro IV, as quais ainda repercutem na actualidade.
Isabel A. Ferreira
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«Entretanto…
«(…) enquanto nada mudar, e a atitude de quem manda diz-nos que por sua vontade não mudará uma só vírgula, haverá resistência e resistentes» - Nuno Pacheco, no Jornal PÚBLICO, em 16 Junho 2022, in «A eterna questão ortográfica: por que não desistimos»:
E a RESISTÊNCIA, hoje, terá de passar por um novo “Grito do Ipiranga”, desta vez, no Rio Tejo, manifestado em frente a Belém!
Imagem: "A independência do Brasil" (de François-René Moreau), ocorrida faz hoje 200 anos, nas margens do Rio Ipiranga. É chegado o momento de cortar o cordão umbilical, que ainda não foi cortado… desta feita, nas margens do Rio Tejo, para que a Independência do Brasil seja cumprida.
por Francisco João
(Um dos membros fundadores do Movimento em Prol da Língua Portuguesa - MPLP)
Parte I
NOTA PRÉVIA
Existe, actualmente, uma certa hostilidade entre Brasileiros e Portugueses que se acentuou drasticamente, depois da incompreensível, porque ilegal, imposição do AO-1990, a Portugal. Contudo, essa hostilidade já vem de longe.
Uma corrente hostil a Portugal e aos Portugueses, já foi referida desde 1884, pelo político, escritor, jornalista português, secretário particular do rei Dom Pedro V, Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (Lisboa, 13 de Novembro de 1842 – Lisboa, 8 de Abril de 1895), como “ódio”, e que, ao contrário de outros países em que havia ódios intensos e rivalidades entre as metrópoles e as suas ex-colónias, no caso de Portugal e do Brasil «… esse ódio só seria válido para as “camadas inferiores da sociedade” …» escreveu Pinheiro Chagas.
(Chagas - citação - apud - Valéria Augusti 2004 :2-3) Cf. igualmente Valéria Augusti. Consultar hiperligação:
http://www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br/estudos/ensaios/polemicas.pdf
Entretanto, mudou alguma coisa no Brasil?
Um outro trabalho, este de Cleidiane Marques da Silva, «tem como objectivo apresentar o preconceito que as minorias ainda sofrem na sociedade e o quanto isso afecta não só a eles, mas toda a população que vive em democracia. O Brasil ainda é um país muito preconceituoso e muitas pessoas, de diversas classes, cores, sexualidades, religiões, etc., sofrem com isso.»
Consultar a hiperligação:
https://poxannie.jusbrasil.com.br/artigos/1116186730/a-intolerancia-e-o-discurso-de-odio-no-brasil
E os portugueses são uma minoria no Brasil.
Vamos então ver se algo mudou, no Brasil, no caso da minoria dos portugueses. Uma recente reportagem (02 de Agosto 2022), de um media brasileiro, demonstra que o Brasil continua um “país muito preconceituoso” e que os Portugueses continuam a ser de facto um alvo preferido e muito cómodo!
A cadeia de Televisão Brasileira RECORD, deu-nos uma visão, na sua emissão Cidade Alerta, de que vale tudo, o ALVO É FÁCIL para fustigar, no Brasil, a Nação Portuguesa e os Portugueses, mas desta feita com outro tipo de acusações, talvez mais subtis.
O tema principal aqui NÃO é um PORTUGUÊS, mas é apresentado de forma enganadora e manipuladora.
Atentem no título dessa reportagem! “HUMILHAÇÃO e ABANDONO”. E lá temos de novo o culpado ideal: o português [que só poderia ser um “malvado”]: «Brasileira enganada por português relata terror». “Sujeitei ser tocada!”
Ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JQOrSANOKGo
A Lusofobia no Brasil e o “Jacobinismo” no final do Século XIX
Eis alguns textos que comprovam o que muitos brasileiros negam, mas que, de facto, existiu e continua a existir:
Reflections on Brazilian Jacobinism of the First Decade of the Republic (1893-1897), by Suely Robles Reis de Queiroz
The Americas - Vol. 48, No. 2 (Oct., 1991), pp. 181-205 (25 pages) - Published By: Cambridge University Press
https://doi.org/10.2307/1006823
https://www.jstor.org/stable/1006823
A Lusofobia e o velho ideal Jacobino ou Jacobinista tentaram, no final do Século XIX, levar ao extremo a hostilidade contra Portugal e os Portugueses.
As primeiras perguntas que ocorrem são: quem pode ter estado por detrás disso tudo? Qual era esse plano e com que objectivos? Quem iria beneficiar no futuro? Quem manipulou quem e porquê?
Um dos objectivos foi, manifestamente, o de excluir os portugueses (a minoria de que se fala mais acima) na construção de um “novo” Brasil.
Tratava-se, inter alia, de tentar fazer esquecer o facto histórico de que Portugal é o país que deu à luz o Brasil, nele agregando os indígenas, que povoavam aquelas terras e tinham uma Cultura própria, que ainda hoje perdura. Mas será assim tão fácil reescrever a História, mesmo negando-a ou, pior, tentando apagá-la?
Para tal, a corrente hostil fabricada contra Portugal e os Portugueses teve um papel preponderante, na sequência da decisão de Dom Pedro I do Brasil, em Agosto de 1822, o qual proibiu, por escrito, as actividades maçónicas, assinando Pedro GUATIMOZIN, pois era esse o apelido maçónico do Monarca. Essa corrente hostil e artificialmente criada, pasmem, por um determinado tipo de portugueses, reforçou-se, tornando-se depois mais forte, influenciando muito a política no Brasil e do Brasil, com fortes consequências nas relações de Estado a Estado o que levou mais tarde até ao rompimento de relações diplomáticas entre o Brasil e Portugal, no dia 13 de Maio de 1894, provocado pelo presidente Floriano Peixoto, e que durou até ao fim do seu mandato.
As relações diplomáticas só puderam ser retomadas em 16 de Março de 1895, pelo seu sucessor, o Presidente Prudente de Morais (1894-1898). Este facto só por si já é bastante revelador dessa hostilidade, mas há muito pior do que isso, como veremos mais abaixo.
Inclusive na questão da Variante Brasileira da Língua Portuguesa que se afastou irremediavelmente da Língua Portuguesa, criando assim as condições para ser futuramente a língua oficial do Brasil, ou seja, a Língua Brasileira, desconhecendo-se, no entanto, a(s) razõe(s) pelas quais o Brasil ainda não teve a coragem de o fazer, e de continuar a fazer “tropelias” e outras degradações à Língua Portuguesa - ver aqui:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/degradacao-da-lingua-portuguesa-texto-386843
Essa hostilidade é patente também num acontecimento e consequente rompimento de relações diplomáticas entre Brasil e Portugal, com origem numa simples questão de asilo dado pelo Governo Português a marinheiros brasileiros, por razões humanitárias (havia até consenso europeu nesse sentido) na sequência da sublevação de uma parte da esquadra brasileira contra o governo brasileiro em Setembro de 1893. Revolta da Armada Brasileira 1893-1894 no tempo de Floriano Peixoto.
in «The revolt of the Navy was the last great response to the government of Floriano Peixoto. Led by Admiral Custódio de Melo who had the ambition to be president, it began on September 6, 1893 and was defeated in March of the following year». Consultar esta hiperligação:
Veremos mais adiante quem teria fomentado (como já foi referido, afinal foi um determinado tipo de português) uma grande parte desta hostilidade a Portugal e o porquê de um tal ódio, aquele de que falou Pinheiro Chagas.
Como foi possível o Brasil, “um país irmão”, dado à luz por Portugal, ter tratado e humilhado os Portugueses daquela maneira, incluindo o seu massacre, na noite de 30 para 31 de Maio de 1834, no Estado de Mato Grosso. Eu, como decerto muitos leitores (e não só portugueses) irão ficar muito tristes e assombrados. E veremos como este tipo de acontecimentos são muito pouco conhecidos, ou então foram deliberadamente escamoteados, ou deformados na história oficial.
Ora pasmem! E abram finalmente os olhos!
(Continua…)
- A Parte II será publicada amanhã, dia 08 de Setembro, e tratará do anti-lusitanismo entranhado na sociedade brasileira, visto por autores brasileiros
***
Para quem está a seguir este trabalho de investigação:
A palavra vergonha devia ser escolhida para Palavra do Ano 2019.
Explicamos porquê.
Origem da imagem: Internet
O que se anda por aí a fazer é uma política verdadeiramente vergonhosa, sem um pingo de Ética, sem o mínimo de respeito pelo conceito de Estado de Direito e de Democracia, e sem qualquer consideração pelos Portugueses.
O que está a passar-se no que ao AO90 diz respeito é absolutamente inacreditável, e todos os que continuam a lançar um véu de silêncio sobre as fraudes do AO90, que estão a ser denunciadas no Jornal Público e neste Blogue, conforme pode ser consultado aqui:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/2020-o-ano-da-destruicao-do-malefico-220817
são cúmplices do maior atentado ao Estado de Direito, que já se viu em Portugal.
Não é necessário ser-se jurista. Basta ler com atenção as denúncias das fraudes, já publicadas, e consultar as Leis. Mas para não termos dúvidas, também podemos consultar juristas, e eles dir-nos-ão que, com base nas provas tornadas públicas e de acordo com a legislação, parece existirem indícios muitíssimo graves e sérios de práticas de vários crimes da Lei de responsabilidade criminal de titulares de cargos políticos (Lei n.º 34/87), que pode ser consultada neste link:
https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/420430/details/normal?p_p_auth=nP9s53SD
Contudo, ao que também parece, nem os Partidos Políticos, com assento na Assembleia da República, nem as autoridades judiciais, nem, por mais incrível que pareça, o Presidente da República, que jurou ser o garante da Constituição da República Portuguesa, a qual está a ser violada, nem os muito subservientes órgãos de comunicação social (se não o fossem, já tinham dado o ar da sua graça, tal a ânsia que sempre têm por escândalos, mas haverá escândalos proibidos, que não podem ser abordados), nem os professores de Português, nem os que se dizem ser anti-AO90, estão interessados em esmiuçar estas graves denúncias, e remetem-se a um muito esclarecedor silêncio.
Porquê? O porquê não é exactamente um mistério, mas tão-só um gato escondido com um enorme rabo de fora.
Ontem, li algures no Facebook, como sendo uma óptima notícia, que a Academia das Ciências vai rever o AO90.
Vai rever o AO90? Vai rever uma fraude? Vai rever algo que não interessa a ninguém, está mal concebido, e não tem nada que se aproveite?
Mas ainda que estivesse bem concebido, e tivesse tudo para aproveitar, o AO90 teria de ser extinto, não por ser bom, mas por ser uma FRAUDE, que viola o Estado de Direito. Segundo as análises, realizadas ao conteúdo das denúncias, comparadas ao exposto na Lei n.º 34/87, tudo indica, como já foi referido acima, que poderemos estar diante de graves indícios de práticas de vários crimes, que necessitam de ser judicialmente validados.
Vai rever-se o quê? Algo que está a ser denunciado como a maior fraude de todos os tempos, cometida contra um Estado de Direito Democrático?
Tudo isto é um absurdo. É inconcebível. É surrealista. É VERGONHOSO, para os organismos estatais, judiciais e partidários, que têm o DEVER de manter a Constitucionalidade, a Legalidade, a Justiça, a Ordem. Tudo isto está a falhar no que ao AO90 diz respeito. Estamos sem uma Língua que nos identifique como Nação Portuguesa. Estamos sem a NOSSA Língua, na sua forma grafada.
Não será da racionalidade parar para pensar?
O caos está instalado. Os prejuízos causados pelo AO90 são incontáveis, mas absolutamente reversíveis. É necessário e urgente regressar à ORDEM. É necessário e urgente praticar a ÉTICA nos organismos de Estado.
Isabel A. Ferreira
E agora que se achou o fio à meada, ou seja, que se descobriu todo o enredo obscuro em que o AO90 estava enleado, agora que se encontraram provas que esclarecem o que sempre nos pareceu anormal, o que fará o Senhor Presidente da República Portuguesa? Continuará a remeter-se ao estrondoso silêncio, no que ao AO90 diz respeito, ou tomará uma posição pública, para acabar de vez com o que nunca devia ter começado, até porque sempre se soube que a aplicação do AO90 era ilegal e inconstitucional?
Desde há muito que se sabia que os políticos portugueses escondiam algo muito obscuro sobre o Acordo Ortográfico de 1990, o qual, com base num “decreto” que, na realidade, nunca existiu, se apressaram a OBRIGAR a aplicar nas escolas, na função pública e nos organismos Estatais, entre eles, os meios de comunicação social servis, (que, pelo visto, fazem parte do aparelho de Estado, tal o servilismo!).
Intriga-me o facto de esses, que, cegamente, se apressaram a aplicar o AO90, ou por ignorância, ou porque foram alvo de chantagem, ou por uma mera vocação servil inata, nunca tivessem a curiosidade de perguntar: qual a Lei que obriga a aplicar o AO90?
Eu já perguntei. E a resposta foi ZERO, o que significa que essa lei não existe. Se existisse, teriam esclarecido a cidadã ignorante. Não teriam?
Podem consultar essa minha tentativa de obter um esclarecimento junto dos governantes, neste link:
O resultado da aplicação ilegal do AO90 foi o seguinte: desatou-se a escrever incorreCtamente a Língua Portuguesa, para agora chegar-se à conclusão, a partir de provas documentais irrefutáveis, de que o AO90, de facto, nunca esteve em vigor em país nenhum, e que os Portugueses foram alvo, e as crianças portuguesas, as grandes vítimas, da maior BURLA de todos os tempos.
E ninguém nos venha dizer que os que nos governam NÃO SABIAM!
E agora que se achou o fio à meada, ou seja, que se descobriu todo o enredo obscuro em que o AO90 estava enleado, agora que se encontraram provas que esclarecem o que sempre nos pareceu anormal, o que fará o Senhor Presidente da República Portuguesa? Continuará a remeter-se ao estrondoso silêncio, no que ao AO90 diz respeito, ou tomará uma posição pública, para acabar de vez com o que nunca devia ter começado, até porque sempre se soube que a aplicação do AO90 era ilegal e inconstitucional.
Neste meu Blogue, sempre se chamou à atenção para o facto de o AO90 ser a maior FRAUDE de todos os tempos, desde que Dom Afonso Henriques nos deixou de herança um pequeno País, que já teve grande influência no Mundo, e hoje é apenas um País pequeno, encolhido e subserviente, que se arrasta na cauda da Europa, graças a uma corrupção engravatada, instalada numa política de trazer por casa.
Uma autêntica vergonha! E não julguem os políticos portugueses que são aceites na Europa, devido à sua competência e clareza. Porque não são. Aceitam-nos apenas por mero interesse estratégico. De resto, todos sabem que Portugal se arrasta na cauda da Europa, sendo o último em quase tudo.
Quiseram-nos arrancar à força o nosso maior símbolo identitário: a Língua Portuguesa, substituindo a nossa grafia, pela grafia brasileira, que apenas ao Brasil diz respeito, perdendo Portugal, deste modo, o respeito por si próprio, apenas porque uns poucos (porque eles até são poucos) traidores da Pátria decidiram dar um golpe de mão. (*)
Só que esses poucos esqueceram-se de um pormenor: o de esconder o rabo da tramóia (como na expressão gato escondido com o rabo de fora) que, trocado em miúdos, significa que os que se envolveram nesta coisa do AO90, fizeram uma negociata entre eles, esquecendo-se de que, como em tudo o que não é legal, há sempre um ponto fraco por onde se pode descobrir o “segredo” que parecia estar no “olimpo dos deuses menores”.
Podem consultar «O Negócio do Acordo Ortográfico», publicado nos Jornal O Diabo, neste link:
https://olugardalinguaportuguesa.blogs.sapo.pt/o-negocio-do-acordo-ortografico-172469
Os negociantes contaram com a subserviência (ressalvando todas as raras e honrosas excePções, obviamente) dos meios de comunicação social (nomeadamente dos televisivos, os mais servis), dos funcionários públicos, dos professores, de uma classe política ignorante e de uma população alienada, mais interessada em futebol, telenovelas e reality shows do que nas trafulhices da Língua, que devia identificar-nos como um POVO europeu independente, e, neste momento, identifica-nos como um povo servil e parvo, que trocou a bandeira portuguesa, pela bandeira brasileira, no que se refere à Língua; bem comotambém um povo trapaceiro, que, para tal, usou de um cambalacho, para impor a Portugal uma grafia que é pertença exclusiva do Brasil.
Para os negociantes, o segredo parecia estar bem guardado no olímpico Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas não estava, porque o AO90 configura um gato escondido com o rabo de fora. E como nem todos são servis, neste país cheio de serviçais, conseguiu-se achar o fio à meada…
Coube a Nuno Pacheco, redactor-principal do Jornal Público, descobrir a ponta da meada, e, sob o título «Querem datas giras para duvidar da validade do Acordo Ortográfico? Aqui vão algumas», publicou um artigo (que pode ser consultado no link mais abaixo), em que, apresentando provas documentais, conclui o seguinte:
«Finalizando (por agora): se Portugal só ratificou o Segundo Protocolo em 2009, a 13 de Maio (data célebre, não devido à ortografia mas a Fátima); se de São Tomé não se conhece registo de que tal protocolo tenha sido mesmo ratificado; e se Cabo Verde, em Dezembro de 2009, ainda estava a pensar notificar o MNE, “com a urgência possível”, da sua ratificação interna, como é possível afirmar (como se lê em notas, avisos e decretos) que o AO “entrou em vigor, a nível internacional, em 1 de Janeiro de 2007”? Não era altura de tais documentos serem mostrados a uma alta instituição, independente e idónea (talvez a Presidência da República ou a Provedoria de Justiça), para deslindar, seriamente, esta monumental trapalhada?»
Ver artigo completo aqui:
Com base naquele “por agora”, e tanto quanto sei, ainda há muito mais por desvendar, devidamente documentado. Aguardemos, pois.
Posto isto, do que estão à espera os órgãos de comunicação social televisivos, para abordarem este tema gravíssimo e danoso para a Nação Portuguesa? Fazem propaganda à selvajaria tauromáquica, e silenciam o que é importante para o País?
Do que estará à espera o senhor Presidente da República Portuguesa, para se pronunciar sobre esta descoberta macabra?
Isabel A. Ferreira
***
(*) “Golpe de mão”: diz-se de um acto praticado com má-fé.
Isto era no tempo em que a Lucidez tinha algum peso na política.
Hoje, a Lucidez anda emigrada por lugares longínquos, nem se sabe aonde... O que se sabe, é que não se encontra em Portugal.
Em vez de se evoluir, progredir, avançar para um futuro civilizado, retrocede-se medievalescamente…
Senhores actuais governantes, não se envergonham deste retrocesso?
«No Reinado de D. Maria II, em que o Ministro do Reino foi Passos Manuel, estiveram proibidas as touradas em todo o país.
No ano de 1836, Passos Manuel promulgou um Decreto proibindo as touradas em todo o país (Diário do Governo nº 229, de 1836): “Considerando que as corridas de touros são um divertimento bárbaro e impróprio de Nações civilizadas, bem assim que semelhantes espectáculos servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade, e desejando eu remover todas as causas que possam impedir ou retardar o aperfeiçoamento moral da Nação Portuguesa, hei por bem decretar que de hora em diante fiquem proibidas em todo o Reino as corridas de touros.”
Fonte:
Biografia de Passos Manuel, neste link:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_Silva_Passos
(Ao cuidado da PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA e do GOVERNO PORTUGUÊS que permite que as leis não sejam cumpridas em Portugal e que as autoridades não sejam punidas por esse incumprimento).
Ontem foi anunciado que os ilegais “touros de fogo”, previstos para a hipócrita “festa da falsa amizade”, no lugarejo de Benavente, distrito de Santarém, onde ainda se vive na Idade da Pedra Lascada, haviam sido cancelados OFICIALMENTE, confirmação a partir do Comandante do Destacamento de Coruche da GNR, passada através do oficial de serviço do Comando Territorial de Santarém da GNR, de acordo com a ONG Animal.
Eu, previdentemente, não deitei foguetes antes do tempo, porque em terra de doidos tudo é possível.
E na realidade, o que não devia ter acontecido, aconteceu: os “touros de fogo” saíram à rua, ILEGALMENTE, e as autoridades locais nada fizeram para o impedir.
Ver o vídeo aqui:
https://www.facebook.com/intervencaoeresgateanimal/videos/467351183605409/?hc_location=ufi
O PAN, na sua página do Facebook, informou que iriam agir em conformidade, contudo, a conformidade, neste caso, seria meter as autoridades na cadeia, por não terem feito cumprir a lei. Era o que fariam comigo, se eu não cumprisse o meu dever como cidadã. Certo?
Isto é uma vergonha para a Nação Portuguesa.
Vou enviar o vergonhoso cartaz da horrorosa "festa " da falsa AMIZADE de Benavente para os operadores turísticos estrangeiros. É que andam por aí a vender um Portugal bonito, que existe, sim, mas também existe este outro, feio e podre, que tem de ser denunciado ao mundo, para que se saiba que em Portugal, em determinadas localidades, ainda se vive no tempo da Pedra Lascada, e existe uma espécie de homo que está ao nível da mais primitiva bactéria, apenas porque as autoridades portuguesas assim o permitem.
O inconcebível aconteceu: a notícia diz que o evento dos “touros de fogo” foi CANCELADO, mas CANCELADO na linguagem das autoridades significa LUZ VERDE.
A barbárie dos “touros de fogo” CONSUMOU-SE, naquele lugarejo, habitado por atrasados mentais (não confundir com deficientes mentais ou com doentes mentais), sádicos e psicopatas e por autoridades que não têm autoridade para fazer cumprir a Lei.
O evento ILEGAL realizou-se, e nenhuma autoridade se atreveu a IMPEDI-LO. Porquê? É a pergunta.
Vivemos num tempo bárbaro, apesar de estarmos no terceiro milénio da era cristã. E Portugal e os Portugueses não merecem isto.
Pois agora é hora de denunciar essas autoridades a uma autoridade maior, se é que a há, neste nosso pobre país, entregue a bárbaros.
Sinto a maior vergonha por viver num país onde práticas bárbaras e cruéis fazem parte do “divertimento” de um povo abestalhado, apoiado por governantes irresponsáveis.
E amanhã, dia de São João, dizem que há mais: há as PICARIAS, também ilegais.
Ficamos a aguardar por mais este atrevimento.
Serão capazes de repetir o mesmo ERRO duas vezes seguidas?
(Origem da imagem:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=142650249621933&set=p.142650249621933&type=3&theater
O Pedro Calçada publicou um vídeo, e cobardemente retirou-o. Ficou apenas esta prova. Afinal isto não é uma festa. É um crime...??? Se fosse festa não teria sido retirado.
Isabel A. Ferreira
Enviada para a ERC, através deste formulário online:
http://www.erc.pt/pt/balcao-virtual/formulario-de-participacoes
Observem esta imagem com atenção: vejam a expressão de terror e medo, aflição e dor estampada nos olhos deste desventurado Touro embolado e crivado de bandarilhas, a sangrar por fora e por dentro, torturado por um bando de cobardes. E é esta “cultura” e é esta “arte” que a RTP pretende transmitir aos Portugueses, embrutecendo-os com estas imagens brutais?
Excelentíssimos Senhores:
Começo por apresentar a seguinte RECLAMAÇÃO:
A RTP tem transmitido regularmente várias touradas, como a de 22/07/2016, a de 13/08/2016 e a 25/08/2016, violando, com esta conduta, os direitos, liberdades e garantias dos telespectadores, porquanto:
Primeiro: O Senhor Provedor do Telespectador da RTP já afirmou publicamente que não considera a transmissão de touradas serviço público;
Segundo - A RTP é financiada pela contribuição audiovisual que os Portugueses são forçados a pagar nas suas contas da electricidade;
Terceiro - Esses Portugueses, na sua esmagadora maioria, não aprovam os maus-tratos aos animais e a violência e crueldade injustificadas inerentes às touradas;
Quarto - Os dados divulgados pela IGAC mostram que as touradas têm vindo a perder vertiginosamente, de ano para ano, público e telespectadores (vide:
Quinto - O Comité dos Direitos das Crianças da ONU aconselhou Portugal a criar legislação que restrinja a exposição das crianças às touradas, demonstrando preocupação com os efeitos daquelas na saúde física e mental dos menores, recomendação mandada às malvas pelos notáveis deputados da Nação portuguesa;
Sexto - O Parlamento Europeu determinou, em Outubro de 2015, que os subsídios atribuídos ao sector da agricultura deixem de ser usados para a criação de touros destinados à tortura e, deste modo, deixarem de “financiar actividades letais de tauromaquia”;
Posto isto, e visto que ao Provedoria do Telespectador da RTP é um mero órgão de recolha de opiniões, sem qualquer efeito prático, uma vez que as queixas que inúmeros espectadores fazem chegar ao Provedor não são consideradas, venho solicitar à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) que dirija à Administração da RTP uma recomendação objectiva e concreta no sentido de deixar de transmitir touradas, independentemente do horário, uma vez que esta é a vontade da esmagadora maioria dos telespectadores que são forçados a ver parte do seu dinheiro a ser aplicada na tortura de touros, em directo, para uma minoria satisfazer os seus instintos sádicos, e porque tal prática não enobrece uma estação televisiva e muito menos dignifica um serviço público.
Além de ser uma monumental vergonha para Portugal, que todos queremos que seja um país virado para o futuro, e não especado num passado obscurecido por uma prática tão grosseira e cruel.
Com os mues cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
(Texto adaptado do original do grupo «Porto pelos Animais»)
O MARIALVISMO CHEIRA A MOFO, MAS AINDA EXISTE, E PIOR DO QUE EXISTIR, DEAMBULA PELA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
José Ribeiro e Castro
Li e pasmei.
José Ribeiro e Castro um “deputado” da Nação (CDS/PP) escreveu um texto que esmaga a dignidade dos Portugueses.
Como é possível um cidadão que se diz advogado (o que implica ter frequentado uma Universidade), escrever coisas tão primitivas, tão básicas, tão ao nível dos aficionados que não tiveram a oportunidade de se instruírem?
Como é possível????
***
Por José Ribeiro e Castro
"Eu compreendo perfeitamente que haja quem não goste de corridas de touros. Respeito isso.
Não compreendo, nem aceito a mobilização para as proibir. Compreendo que não se entenda o que se passa numa corrida e que não se consiga ver, nem perceber a beleza que atrai os aficionados. Mas já não compreendo que se insulte o que não se entende.»
***
(VEJA-SE AQUI A "BELEZA" QUE ATRAI OS AFICIONADOS)
(SENHOR “DEPUTADO”, NA VERDADE, ISTO NADA TEM A VER COM “ESTUDOS SUPERIORES”. TEM A VER COM SENSIBILIDADE E BOM SENSO, ALGO QUE NÃO SE APRENDE EM LADO NENHUM. OU SE TEM OU NÃO SE TEM.
POR ISSO, O SENHOR “DEPUTADO” NÃO SABE QUE A TOURADA NÃO É UMA QUESTÃO DE “GOSTO”.
A TOURADA É UMA QUESTÃO DE ÉTICA E DE HUMANISMO, MAS TAMBÉM UMA QUESTÃO POLÍTICA E DE INTERESSES ECONÓMICOS MUITO DUVIDOSOS E OBSCUROS.
POR ISSO, O SENHOR “DEPUTADO” NÃO COMPREENDE QUE SE LUTE PELA ABOLIÇÃO DESTA ABERRAÇÃO. COMO PODERIA COMPREENDER?
O QUE INTERESSA, NESTE JOGO TÉTRICO, NÃO É O SER (VIVO) É O TER (NO BOLSO).
***
«Quem não gosta de touradas pode, ao menos, ter o mínimo de objectividade e de respeito pelas outras pessoas, para ver e reconhecer que aqueles que gostam e estão a assistir não são "bárbaros", nem "selvagens", nem "sádicos".»
(SENHOR “DEPUTADO” TODOS AQUELES QUE GOSTAM DE ASSISTIR E APLAUDIR A TORTURA DE SERES VIVOS, SÃO PSICOPATAS, SÁDICOS, BÁRBAROS E MAUS SELVAGENS (PORQUE HÁ OS BONS SELVAGENS, QUE NÃO MALTRATAM ANIMAIS NÃO HUMANOS.
TUDO ISTO ESTÁ COMPROVADO CIENTIFICAMENTE. O SENHOR “DEPUTADO” DEMONSTRA SER UMA PESSOA QUE NÃO LÊ. ALIÁS NENHUM AFICIONADO LÊ O QUE NÃO LHE INTERESSA LER, O QUE É MUITO LAMENTÁVEL).
***
«Mas apenas pessoas que gostam de touradas, que gostam do bailado a galope do cavalo e cavaleiro, que gostam das sortes e suas surpresas, que gostam da bravura e raça do toiro, que gostam da coragem e garbo dos forcados, que gostam do bailado à beira do absoluto risco do toureio a pé, que gostam da cor, da música, do cheiro, da emoção, da incerteza, do ambiente, da festa.»
***
(VEJA-SE AQUI O BAILADO A GALOPE, DO CAVALO E DO CAVALEIRO (…) A BRAVURA E RAÇA DO TOURO QUE NÃO TEM COMO FUGIR DA TORTURA, A “CORAGEM”, OU MAIS JUSTAMENTE, A «GRANDE COVARDIA” DOS FORCADOS; VEJAM O “BAILADO” DO TORCIONÁRIO; E COMO É BELA A MÚSICA, E BOM O CHEIRO (A URINA, A BOSTA, A SUOR, A ÁLCOOL); VEJAM A EMOÇÃO, A INCERTEZA, O AMBIENTE MACABRO E BOÇAL DA FESTA DO SANGUE E DA TORTURA.
É DISTO QUE GOSTAM OS AFICIONADOS? E NÃO SÃO SÁDICOS?... O QUE SERÃO ENTÃO? SANTINHOS?
ONDE FICA O SOFRIMENTO DO ANIMAL? NÃO INTERESSA? POIS! OS CARNICEIROS NÃO SE INTERESSAM PELO SOFRIMENTO DOS ANIMAIS QUE TORTURAM POR PRAZER).
***
«A mobilização para a proibição das touradas radica na ideia de que é legítimo impor uma ditadura do gosto ou uma tirania da sensibilidade oficial. Não é.
Aqueles que se auto-defendem afirmando tradições a que pertencem e que continuam protegem e afirmam alguns dos bens mais preciosos de qualquer civilização e sociedade: Liberdade e Cultura.»
***
(DITADURA IMPÕEM OS DEPUTADOS QUE NÃO EVOLUÍRAM. PARARAM NA IDADE MÉDIA E AGEM COMO “SENHORES FEUDAIS”.
“TIRANIA DA SENSIBILIDADE”? COMO OUSA FALAR EM SENSIBILIDADE, SE APLAUDE A TORTURA?
COMO OUSA FALAR EM “CIVILIZAÇÃO” SE PROMOVE A BARBÁRIE?
COMO OUSA FALAR EM “LIBERDADE E CULTURA” SE É ADEPTO DA OPRESSÃO DE SERES VIVOS E É CÚMPLICE DA INCULTURA?
O SEU “DISCURSO” FAZ-ME LEMBRAR OS DOS “SENHORES DE ESCRAVOS”, QUANDO SE LUTAVA PELA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.
A ESCRAVATURA TAMBÉM NÃO ERA UMA QUESTÃO DE “GOSTO”: ERA UMA QUESTÃO DE ÉTICA E DE HUMANISMO, MAS TAMBÉM UMA QUESTÃO POLÍTICA E DE INTERESSES ECONÓMICOS DUVIDOSOS E OBSCUROS).
***
«A "gente dos toiros" pertence ao mundo rural. E é justamente no mundo rural (ou no mar) que a relação entre homem e animal é mais pura e genuína, mais próxima e mais amiga, mais natural e mais livre.»
***
(GRANDE AMIZADE VAI POR AÍ, ENTRE O “HOMEM” E O ANIMAL, QUANDO SE TORTURA UM SER VIVO PARA DIVERSÃO ATÉ O DEIXAR À BEIRA DA MORTE, DEPOIS DE UM SOFRIMENTO LONGO E ATERRADOR. QUANTA INSENSATEZ, SENHOR “DEPUTADO”! TEM AO MENOS A NOÇÃO DO DISPARATE QUE PROFERIU?)
***
«O modo como as comunidades humanas se relacionam com os animais não é uniforme em todo o mundo e varia com latitudes e longitudes. Varia também com os animais. Isso faz parte da própria cultura dos povos, que são diferentes: os povos e as culturas.
É um absurdo querer impor um padrão único. E é um abuso confundir e equiparar o sofrimento humano com "sofrimento animal". Isso levar-nos-ia a extremos caricatos - quanto à pesca, à gastronomia, à criação animal para alimentação, àquilo que fazemos a espécies animais que, na nossa cultura, degradamos, como répteis ou insectos.»
***
(NÓS NÃO ESTAMOS NA POLINÉSIA. NÓS ESTAMOS NA EUROPA. NÃO VIVEMOS NA SELVA. PRETENDEMOS SER UM PAÍS CIVILIZADO. MAS DEPUTADOS COMO O SENHOR NÃO O PERMITEM.
COMO É POSSÍVEL DEMONSTRAR TANTA IGNORÂNCIA EM RELAÇÃO AOS ANIMAIS?
NÃO SABE O QUE É UM ANIMAL?
NUNCA ESTUDOU BIOLOGIA?
***
«As corridas de toiros marcam a relação homem/toiro no modo próprio das culturas que as criaram e desenvolveram. O direito e a liberdade de as realizar e continuar merecem ser afirmados. São actos de Liberdade e de Cultura.»
***
O QUE SÃO “ACTOS DE LIBERDADE E DE CULTURA”? A TORTURA E O SOFRIMENTO DE SERES VIVOS? NÃO ENVERGONHE O POVO PORTUGUÊS COM A SUA FALTA DE CULTURA E DE SENSIBILIDADE, SENHOR “DEPUTADO”!
***
«Dois comentários adicionais apenas.
(1) Quando associo as corridas de toiros a mundo rural, estou totalmente consciente de que há muita gente urbana que as aprecia e segue.
(2) O erro básico de muitos dos ataques contra as touradas é assumir que correspondem a "o ser humano poder retirar prazer do sofrimento de um animal". As touradas não têm nada a ver com isso. São outra coisa.
Nem é isso que toureiros, cavaleiros e forcados fazem, nem é isso que o público aficionado está a ver. Compreendendo embora quem não gosta, a verdade é que olhar assim as touradas é o mesmo que olhar o futebol apenas pelas sarrafadas, caneladas, rasteiras e cotoveladas que acontecem. Chega a haver pernas partidas e lesões gravíssimas. Mas o futebol não é isso.»
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(AS TOURADAS NÃO TÊM NADA A VER COM O SOFRIMENTO DOS ANIMAIS? NÃO? AS TOURADAS SÃO “OUTRA COISA”? QUE COISA?
NÃO É ISSO QUE OS TORCIONÁRIOS, CAVALEIROS E FORCADOS FAZEM? NEM É ISSO QUE O PÚBLICO AFICIONADO ESTÁ A VER?
ENTÃO O QUE É, SENHOR “DEPUTADO”?
O QUE É QUE OS AFICIONADOS VÊEM AQUI?
(VÊEM O BAILADO DO «LAGO DOS CISNES»? E O LÍQUIDO VERMELHO QUE ESCORRE DOS TOUROS E DOS CAVALOS É SUMO DE TOMATE?
E POR FAVOR, NÃO FAÇA COMPARAÇÕES COM O FUTEBOL. NO FUTEBOL TODOS OS INTERVENIENTES ESTÃO LÁ POR VONTADE PRÓPRIA. NA TOURADA, OS TOUROS VÃO PARA A ARENA À FORÇA DA TORTURA A QUE SÃO SUBMETIDOS ANTES. E NEM SEQUER LHES DÃO A HIPÓTESE DE FUGIR.
TENHA VERGONHA E DEMITA-SE.
O SENHOR NÃO SERVE PARA SER DEPUTADO DA NAÇÃO PORTUGUESA!
Fonte:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=154438257984204&id=127437908871
(Para memória futura: este texto foi enviado a José Ribeiro e Castro)