Exmo. Senhor Carlos Eduardo da Silva e Sousa (PSD)
Por princípio, a não ser que, por qualquer imperiosa circunstância, a isso seja obrigada, não costumo sujar as solas dos meus sapatos no chão de localidades que têm activa uma arena onde se torturam seres vivos para divertimento de sádicos e de psicopatas, sim, porque é dos sádicos e dos psicopatas deleitarem-se com o sofrimento alheio.
Foi o que aconteceu, desta vez. Na passada semana, a força de uma circunstância obrigou-me a pisar o chão de Albufeira, município que consta do rol das localidades portuguesas com um atraso civilizacional considerável, pelo simples facto de manter vivo um costume bárbaro, do tempo em que imperava a mais profunda ignorância: a cruenta actividade a que chamam “corrida de touros”.
Não, não é uma cidade bonita. Sim, tem boas praias, como as da Falésia, da Rocha Baixinha, dos Tomates, dos Olhos de Água, do Barranco das Belharucas, entre outras, frequentadas por turistas portugueses e estrangeiros, de um certo nível cultural, que nada tem a ver com a barbárie propagandeada nos cartazes terceiro-mundistas que se encontram no percurso dessas praias, e que causa mal-estar e náuseas a esses turistas.
Francamente, senhor Carlos Eduardo da Silva e Sousa (PSD), o senhor acha (porque pensar é para quem sabe) que os turistas que se deslocam a Albufeira estão interessados num divertimento de broncos primitivos que se recusam a evoluir?
Quando me vi diante daquele monstruoso edifício que dá pelo nome de “Praça de Toiros” (Bullring, em inglês, para afugentar os estrangeiros) senti-me como se estivesse numa aldeola onde a civilização ficou à porta.
É que isto de civilização nada tem a ver com hotéis de luxo, resorts, grandes supermercados, belas praias, campos de golf e outras coisas deste género, que pertencem ao que se denomina progresso, mas progresso nem sempre rima com sucesso.
O verdadeiro grau de civilização de determinada sociedade é medido pela forma como trata os seus animais, ou os seus indivíduos mais frágeis.
Ora como se sabe, as touradas não têm mais lugar numa sociedade civilizada. O ser humano tem evoluído no sentido de cada vez mais respeitar o sofrimento e a vida dos animais não humanos e, por esse motivo, as touradas têm vindo a ser repudiadas e proibidas em muitas cidades e regiões, nos oito países (entre os 193 que existem no mundo) onde ainda esta selvajaria se pratica.
Trata-se de uma actividade bárbara que não serve absolutamente nenhum interesse do ser verdadeiramente humano. Serve apenas obscuros interesses económicos e o sadismo e psicopatia de uma minoria que insiste em sustentar e perpetuar esse “gosto” mórbido, de se entreter à custa do sofrimento de um animal herbívoro, senciente e manso, que nasceu para pastar e conviver tranquilamente com os da sua espécie, em campos verdejantes.
A selvajaria tauromáquica promove apenas violência e crueldade gratuitas; deseduca as crianças a quem criminosamente obrigam a assistir a tais práticas selváticas e cruéis, inclusive provocando-lhes traumas para a vida (basta ler os estudos já efectuados que o provam); e representam uma afronta à ciência que já demonstrou e provou sobejamente que os Touros são animais sencientes, racionais e conscientes tal como nós, animais humanos.
Para que o senhor Carlos Eduardo da Silva e Sousa (PSD) não diga que não sabia, informo-o de que em Março de 2012, um grupo de neurocientistas de renome internacional, declarou pela Universidade de Cambridge que todos os mamíferos, aves, répteis e outros animais de várias espécies, além de serem sencientes têm também consciência. Isto significa que eles têm plena noção do que se passa à sua volta e que, tal como o animal humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e emocional, como dor, tristeza, medo, stress, pânico, mas também alegria, amor e emoção.
Sugiro-lhe que leia este artigo onde poderá ler esta declaração:
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/declaracao-de-cambridge-sobre-a-511642
Está mais do que provado que, aos olhos da ciência (mas bastaria estar aos olhos de qualquer pessoa civilizada, sensível e compassiva; eu, por exemplo, desde criança que o sei, porque desde criança convivo com animais de muitas espécies) que não existem diferenças fundamentais entre nós, humanos, e os restantes animais não humanos.
E quando digo diferenças são as que justifiquem a utilização de animais como objectos de tortura em práticas absurdas e sádicas, para as quais são violentamente retirados do seu habitat, drogados, amedrontados, provocados, feridos, antes, durante e depois da lide, e, os que conseguem resistir, durante vários dias sem tratamento, comida ou água, são mortos cruelmente num qualquer matadouro. E isto é um fim de vida demasiado torturante, inglório e indigno para um animal que os tauricidas dizem “honrar”.
Como cidadã portuguesa, senti-me envergonhada em Albufeira, diante de turistas estrangeiros que ali foram ao engano. Albufeira, que poderia comparar-se às mais civilizadas estâncias balneares do mundo, não fossem os cartazes vergonhosos a apelar à crueldade e violência, espalhados pelos percursos das praias, que eu não recomendo aos meus amigos estrangeiros!
O senhor não tem vergonha de permitir algo tão degradante, cruel e primitivo em pleno século XXI, da era cristã, em Albufeira?
Alenta-me saber que já há muitos autarcas e outros políticos dispostos a lutar pelo fim de algo que tem tanto de dispensável quanto de sugador de impostos. É inadmissível que mais de 16 milhões de euros sejam retirados, anualmente, das nossas contribuições e impostos e canalizados para sustentar a selvajaria tauromáquica, em todas as suas cruéis vertentes. Todos sabemos que as touradas têm apresentado prejuízo e caso não fôssemos nós, cidadãos portugueses, a sustentá-la contra a nossa vontade, elas já não teriam lugar em Portugal.
Mais de 90% dos portugueses repudia as touradas como qualquer outro evento que se baseie em maltrato de animais, e creio que o senhor presidente da Câmara Municipal de Albufeira, com certeza, gostaria de figurar no rol dos autarcas portugueses mais civilizados e compassivos, de modo a merecer os votos dos seus munícipes mais evoluídos. Cada vez mais a consciência dos portugueses eleva-se e rejeita os autarcas que apoiam estas práticas bárbaras.
No próximo ano, gostaria de regressar a uma Albufeira limpa dos cartazes que anunciam esta terrível e venal “arte” de torturar e matar animais em público; que traumatiza as crianças e adultos sensíveis; que agrava o estado dos neuróticos atraídos por estas práticas cruentas; desnaturaliza a relação entre o homem e o animal, afronta a moral, a educação, a ciência e a cultura; e provoca asco às pessoas civilizadas.
Para que o senhor saiba o que pensam os estrangeiros desta barbárie, sugiro-lhe que veja e ouça este vídeo:
Esperando o melhor acolhimento desta minha carta, que apenas tem a intenção de contribuir para a evolução de Albufeira, despeço-me com fé e esperança no triunfo da lucidez,
Isabel A. Ferreira
Portugal será um País a sério?
É lícito um presidente da República rebaixar-se a este ponto?
Medalha de Mérito para quem, cobardemente, tortura seres vivos já moribundos e indefesos (têm os cornos serrados, ou embolados) diante de uma plateia (se bem que minguada) de sádicos?
Que mérito terão os cobardes?
Veja-se nesta imagem o patrocínio da cerveja Sagres e da revista Caras (não se esqueçam de boicotar uma e outra) e nem a Bandeira Nacional escapa, pois é conspurcada neste ritual primitivo, com uma assistência cada vez mais minguada...
As Medalhas de Mérito, numa situação normal, são atribuídas a pessoas, individuais ou colectivas, que se distinguiram por actos cívicos ou relevantes para a sociedade.
Que actos cívicos ou relevantes para a sociedade realizam os forcados?
Isto só num país que bateu no fundo.
Perdeu-se a dignidade, a honra, o bom senso, a lucidez…
Quem foi agraciado com a Medalha de Mérito, deveria devolvê-la, porque ela já não vale nada.
Será verdade que o presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, irá medalhar uns sujeitos que nada mais fizeram do que massacrar seres vivos já bastamente torturados numa arena?
Isto é inacreditável! Inconcebível! Irracional.
Agora entende-se por que a selvajaria tauromáquica, embora um cadáver de pés na cova, ainda não foi enterrada de vez: mentes antigas persistem em manter vivo um costume de bárbaros, que só sobrevive à custa dos dinheiros públicos desviados das coisas essenciais: Saúde, Educação, Cultura…
Nesse dia, no antro do campo pequeno (a nódoa negra de Lisboa) Cavaco Silva assistirá à tortura de touros, à antiga portuguesa (a modalidade mais bárbara da tauromaquia, onde até os cavalos são massacrados) que antecede à “medalhação” de forcados que durante 100 anos torturaram touros moribundos e indefesos.
Isto será da racionalidade?
Direi como George Orwell:
«Caímos tão fundo que atrever-se a proclamar aquilo que é óbvio transformou-se no dever de todo o ser inteligente»
Uma capital da velha Europa que em 2015 ainda mantém a prática da selvajaria tauromáquica tal como em 1580, quando Filipe I de Portugal (II de Espanha) introduziu este costume bárbaro para recrear uma realeza decadente e inculta, não merece outra coisa senão ser distinguida pelos abolicionistas com a “Estrela de Ferro” que, este ano, “galardoará” todos os municípios portugueses, associações, instituições e empresas que apesar de toda a contestação a nível mundial, ainda teimam em apoiar este costume bárbaro, que não dignifica Portugal nem os Portugueses, em pleno século XXI.
Origem da imagem do Brasão de Lisboa:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:LSB.png
O socialista e aficionado António Costa que, por coincidência, hoje pediu a demissão das suas funções como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve oportunidade de retirar a capital de Portugal do rol das localidades portadoras de um atraso civilizacional vergonhoso, nos tempos que correm.
Mas não o fez.
Pelo contrário, teve a ousadia de atribuir a medalha de mérito municipal grau ouro (decisão unânime da edilidade em Setembro de 2009), a um forcado, que mais não fez do que, cobardemente, torturar touros moribundos, indefesos, feridos na alma e no corpo, ao longo de uma vida completamente inútil.
Algo que nem os mais primitivos homens das cavernas o fizeram.
Com este acto insólito, aquele “galardão” municipal perdeu todo o seu significado simbólico, e o socialista e aficionado António Costa, candidato a primeiro-ministro de Portugal entrou para a lista dos proscritos que aplaudem o sofrimento de um ser vivo para se divertirem à maneira dos broncos.
Abrir este link para mais informação acerca deste acto insólito
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tortura-gratuita-e-humilhacao-de-475652
A arena do campo pequeno, em pleno coração de Lisboa, continua de portas abertas á selvajaria tauromáquica.
Desde 2013, quando se declarou oficiosamente a Abolição da Tauromaquia, não houve qualquer esforço por parte dos responsáveis autárquicos, nem dos deputados da Assembleia da República (sediada em Lisboa) para limpar Lisboa desta nódoa negra, que besunta as belezas naturais e a história gloriosa da antiga Olisipo.
O ferro é considerado um metal vil.
E vil é a condição da capital de Lisboa, como uma cidade pró-tourada. A vergonha da Europa.
É urgente limpar esta nódoa, para que Lisboa possa respirar plenamente o ar cristalino da modernidade, e poder receber a “Estrela Dourada” dos que pugnam pela Evolução, pela Cultura Culta e pela Civilização.
Shame on you, José Fonseca e Costa.
Bullfight is a barbarian costume. It is not culture.
(A tourada é um costume bárbaro. Não é cultura.)
It is ignorance. It is the black spot of Lisbon.
(É ignorância. É a nódoa negra de Lisboa.)
The barbarians torture bulls in name of stupidity.
(Os bárbaros torturam touros em nome da estupidez).
Please don't put Fernando Pessoa and campo pequeno (a bloody place of torture) at the same level.
(Por favor, não coloque Fernando Pessoa e campo pequeno - um lugar sangrento de tortura - ao mesmo nível).
Be civilized.
(Seja civilizado).
Don't fool the tourists.
(Não engane os turistas)
Pois daqui fazemos votos de que a Graciosa fique assim… vazia de TURISTAS, se esta proposta ignorante for adiante…
Embora esta pretensão valha ZERO (quando a tourada for enterrada, a primeira coisa que vão fazer, é retirar este lixo das gavetas da autarquia) até porque só fica mal a quem aprovar tal estupidez, deixamos aqui esta nota para memória futura.
http://gsm.rtp.pt/icmblogs/rtp/graciosa//?k=Tauromaquia+a+patrim%C3%B3nio&post=43488
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Existe já uma sondagem sobre esta matéria.
Concorda com a proposta de reconhecer a Tauromaquia Património Cultural e Imaterial do Município de Santa Cruz da Graciosa?
Por favor votem nesta sondagem, com LUCIDEZ:
http://pt.99polls.com/poll_284737:1
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E ainda há mais.
Quem for consciente e estiver disposto a colaborar com a EVOLUÇÃO da Ilha Graciosa (que é uma belíssima ilha, com uma nódoa muito negra dentro), escreva, por favor, esta ou outra carta para as autoridades referidas no final deste texto:
«Exmos. Senhores:
A Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa reúne em sessão ordinária na próxima segunda-feira, 25 de Fevereiro, às 20h30, para discutir e votar uma proposta da Mesa da Assembleia Municipal para que a Tauromaquia seja considerada Património Cultural e Imaterial do Município de Santa Cruz da Graciosa.
A iniciativa em questão não tem nada de original, pois não é mais do que a cópia do que tem sido feito, em vários municípios onde a indústria tauromáquica teima em persistir.
Considerando que as touradas em nada contribuem para EDUCAR os cidadãos e cidadãs para o respeito para com os animais, para além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas e dos próprios animais, não se coadunando com os valores humanistas do mundo de hoje, considera-se que a proposta de classificar as touradas como património cultural imaterial, a ser aprovada, constituirá uma mancha no bom nome dos cidadãos da Graciosa e um golpe no turismo de qualidade tão importante para uma ilha que está cada vez mais isolada no contexto regional.»
Com os melhores cumprimentos,
(nome)
Isabel A. Ferreira
Pela Vida, pela Ética, pela Evolução …
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Escrevam para:
geral@cm-graciosa.pt, amscg@cm-graciosa.pt,amscg@cm-graciosa.pt
Bcc:
matp.acores@gmail.com,acoresmelhores@gmail.com,amigosdosanimaisdailhagraciosa@gmail.com,
geral@radiograciosa.com,luiscosta.rtp@gmail.com
Então, os tauricidas e trogloditas de Portugal não apregoam que a tourada é o mais importante património cultural imaterial português, que até alguns autarcas adoptaram, pois é a coisa mais valiosa lá das terrinhas deles, e não aparece num filme de promoção turística de Portugal?
IMPERDOÁVEL! Não?
Alguma coisa aqui deve estar errada.
Contudo, podemos ler este filme de duas maneiras:
Ou a tourada é algo que ENVERGONHA de tal modo Portugal e os Portugueses, e não pode ser mostrada num filme que promove o nosso Turismo, a nossa terra, as nossas belas paisagens, os nossos costumes, ou o realizador fez uma GRANDE DESFEITA a este tão "importante "património cultural imaterial" português, deixando-o de fora.
E lá se foi o brio dos aficionados, que incham o peito e alardeiam: «sou português, sou aficionado!», com aquele vozeirão de quem já foi à tasca beber uns copos.
Afinal, este filme mostra que ser português é ser evoluído, não é ser aficionado.
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O filme é lindo, a música é linda, e mostra um Portugal que existe, é verdadeiro, e esse é que é o Portugal dos Portugueses.
Vou deixar-vos com esta notícia que muito me apraz colocá-la neste meu lugar verde:
O filme que promove a beleza de Portugal conquista mais ouro
"A Beleza da Simplicidade", uma produção do Turismo de Portugal, já conquistou mais uma medalha: ganhou o grau ouro, de melhor filme de turismo, num festival internacional da Sérvia.
Depois de premiado nos EUA, Letónia ou Cannes, o filme promocional de Portugal intitulado "The Beauty of Simplicity" na sua versão internacional, foi premiado com grau ouro no Festival Internacional de Filmes de Turismo e Ecologia da Sérvia - SILAFEST 2012, na categoria de Melhor Filme de Turismo.
A curta-metragem promocional já tinha conquistado o Festival de Turismo de Riga (Tourfilm Riga), de onde saiu com uma medalha de ouro na categoria Filme Comercial (um primeiro lugar ex-aequo com um filme austríaco).
Nos EUA, no certame World's Best Television & Films, realizado em Nova Iorque, foi medalhado com prata na categoria de curta-metragem - uma das duas medalhas de prata atribuídas pelo júri.
No Festival Cannes Corporate Media & TV Awards 2012, "um dos mais importantes eventos de filmes corporativos em todo o mundo e o maior da Europa", foi também um dos quatro filmes premiados, entre 666 participantes a concurso, de 35 países.
Falta só saber qual é o troféu (entre branco, ouro, prata ou preto); a decisão será conhecida a 18 de Outubro, em Cannes.
A produção pretende mostrar, informa o Turismo de Portugal, "um país que se distingue pela diversidade paisagística e monumental, pela cultura, pela modernidade e pelas inúmeras experiências que proporciona". É "usado nas mais diversas acções promocionais de Portugal, de feiras a eventos de turismo, a sessões oficiais de divulgação da marca Portugal, entre outros".
"A Beleza da Simplicidade" conta com música assinada por Nuno Maló, músico português radicado em Los Angeles com uma carreira internacional nas áreas da publicidade e cinema.»
Fonte:
http://fugas.publico.pt/Noticias/310778_o-filme-que-promove-a-beleza-de-portugal-conquista-mais-ouro
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Mas atenção senhores turistas estrangeiros! Em Portugal existe uma nódoa negra, chamada tourada, que conspurca determinadas cidades e vilas, incluindo Lisboa, a capital do país, por isso, não devem ser visitadas. É fugir delas como o diabo da cruz!
Isabel A. Ferreira