É o que vamos esmiuçar
Penso que serão poucos, aqueles que não se sentirão orgulhosos da nomeação de António Guterres, ocorrida no passado dia 6 de Outubro, para Secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Da direita à esquerda, a unanimidade, perante esta aclamação, parece-nos inequívoca.
António Guterres é dos poucos portugueses que passaram pela política sem nódoas negras a manchar-lhe o nome e a reputação.
Como Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados reuniu consensos e prestigiou Portugal nas suas atitudes serenas e sensatas, ao contrário de outros portugueses que nos envergonham e arrastam o nome de Portugal pela lama…
A sua candidatura a Secretário-geral da ONU foi transparente e, apesar da pouca cristalina entrada de Kristalina Georgieva, já no final da “corrida” ao cargo, com pretensões menos claras, a aclamação de António Guterres foi absolutamente cristalina. Disso ninguém tem dúvidas.
Portugal intumesceu de tanto orgulho. Nunca um português chegou tão alto em cargos da governação do mundo.
Então, no mundo, quem não sabia, ficou a saber que António Guterres é oriundo de Portugal, um pequeno país europeu, situado na ponta mais ocidental da Península Ibérica.
Portugal é agora falado no mundo inteiro. Parece estar na berlinda. Na mó de cima.
Mas estará, de facto?
Os mais curiosos pretenderão saber que país é este, de onde é oriundo o novo Secretário-geral da ONU, uma organização que integra 193 estados-membros.
Que país será o país de Guterres?
É um país com um bom clima. Muito sol. É Lisboa. É o Porto. É o Algarve. É a Ilha da Madeira. As boas praias. Os passeios pelo Douro. Os bons vinhos. A boa gastronomia. Os excelentes e premiados hotéis. É a Arquitectura. O rio Tejo, onde aportam os maiores cruzeiros do mundo…
Mas isto é o Portugal dos turistas, que aqui vêm trazidos pela propaganda, pelo sol e pelo clima de tranquilidade que, por cá e por enquanto, ainda se vive, longe da mira dos terroristas.
E deste Portugal todos nós nos orgulhamos. Mas este Portugal representa apenas uma pequena parcela dos 92.090 km² do total do seu território.
Existe um outro Portugal. O Portugal das mentes mirradas, que se esconde dos turistas, para não parecer mal. Mas isto acontece em quase todos os países do mundo. Mesmo naqueles mais civilizados. Um turista é levado a ver apenas o que a propaganda quer que vejamos. Já me aconteceu a mim, em vários países. Sei como é. Mas como sou curiosa, não me fico pelo que me querem mostrar. Vou sempre muito mais além, nem que vá às escondidas.
Deste Portugal das mentes mirradas, aposto que nem António Guterres, nem nenhum português que se preze de o ser, sente qualquer orgulho. Eu não sinto.
Vejamos:
Portugal é um país fragmentado. Venderam-no aos Brasileiros, aos Angolanos, aos Chineses, aos Espanhóis… e são estes povos que praticamente “mandam” no país.
Há ainda cerca de meio milhão de analfabetos em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), com base no Censos de 2011. Não se aposta na Educação (e quando o Ministro desta tutela pede aos professores para não chumbarem os alunos, estará tudo dito), no Ensino, na Cultura Culta. Aos políticos convém manter o povo no banho-maria da ignorância, para que ele seja mais facilmente manobrado.
Ainda um destes dias ouvi falar na geração Nem, Nem, aquela que nem estuda, nem trabalha, e só atrapalha a evolução do país. Mas interessará aos políticos fazer evoluir o País, acabando com esta geração Nem, Nem? Não interessa.
A desigualdade e a pobreza em Portugal são alarmantes. Portugal é dos países mais pobres e desiguais da OCDE. A pobreza aumentou para níveis do início do século. Existem ainda muitas crianças a passar fome em Portugal. A pobreza alastra-se como uma lepra. No entanto, a gastronomia portuguesa faz o deleite dos turistas.
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) é um caos. Faltam médicos. Faltam enfermeiros. Faltam condições nos hospitais públicos. Existem listas de espera para tudo. Ainda se morre sem a assistência adequada e atempada. 52,3% da população tem colesterol elevado; 36% sofre de hipertensão arterial; a obesidade atinge 28,7%; e a diabetes afecta cerca de 13% da população.
E agora pretendem taxar os produtos nocivos à saúde pública, para se angariar mais proventos para o Estado. Sim, porque em Portugal estão à venda, para consumo, produtos nocivos à saúde pública, e em vez de se suprimir esses produtos nocivos, taxam-se, porque há sempre alguém que os adquire e contribui para o aumento do colesterol, da hipertensão, da obesidade, da diabetes… e entope os hospitais públicos.
Da União Europeia, os Portugueses são dos cidadãos com menores taxas de participação em actividades culturais (cultas), segundo o relatório do Eurobarómetro. Esta miséria cultural em que Portugal está mergulhado deve-se à falta de investimento no sector, à débil aposta na Educação e ao baixo poder de compra dos portugueses, dizem vários especialistas e responsáveis por estas matérias.
Portugal é um país onde a corrupção existe ao mais alto nível e é generalizada entre os mais ricos e poderosos. Não existe corrupção entre os pobres e os não poderosos.
Legisla-se para se protegerem uns aos outros, e uma boa parte das leis não é cumprida, nem existe quem as faça cumprir. Impera uma camuflada ilegalidade em várias frentes. E a Justiça tem duas caras.
Não se cumpre a Constituição da República Portuguesa, em vários aspectos.
Não há uma política ambiental que proteja as florestas, os rios, os recursos e parques naturais, a fauna e a flora portuguesas.
A inexistência de políticas que elevem a Cultura, a Educação, a Moral e a Ética é gritante.
O que existe é uma política que promove, apoia e premeia, também ao mais alto nível, a mediocridade, a imbecilidade, a ignorância, a estupidez, a crueldade e a violência (que até estão legisladas).
Não existe uma política eficaz de protecção às crianças.
Existem doze "escolas" de toureio, financiadas com dinheiros públicos, onde se ensinam crianças a desenvolver instintos sádicos e psicopatas.
Um terço dos municípios portugueses vive ainda num patamar civilizacionalmente muito atrasado, medieval, primitivo, cujos governantes aprovam as mais hediondas crueldades contra animais não-humanos, nos matadouros, na tauromaquia (em todas as suas impiedosas modalidades, e na qual se esbanjam milhares de euros do erário público), nas corridas de galgos e de cavalos, na luta de cães e de galos, no tiro aos pombos, nos circos que usam animais, em jardins zoológicos e zoo marines, na caça e pesca desportivas, nas batidas à raposa, na caça furtiva aos animais selvagens, nos festivais de matança de porcos ao vivo, na inacreditável queima de gatos, enfim… apenas alguns cães e alguns gatos gozam do estatuto de animais em Portugal. Todos os outros são apenas “coisas”.
E já dizia Mahatma Gandhi que o grau de civilização de um povo mede-se pelo modo como ele trata os seus animais. E neste aspecto Portugal está no grau Zero.
Nestas actividades cruéis está envolvida uma população inculta, encruada, bastante ignorante, desinstruída, analfabeta, mas também letrados mal formados e sem carácter, porque a boa formação e o bom carácter não se aprendem nas universidades.
E para culminar, Portugal, que é um dos mais antigos países da Europa, e que até há bem pouco tempo podia gabar-se de ter uma Língua culta e europeia, bem estruturada e das mais belas e ricas, lexicalmente falando, hoje, devido a uma desmedida e incompreensível cegueira mental, à incultura, à ignorância e a interesses económicos (entre outros) obscuros, anda por aí vulgarizada uma ortografia terceiro-mundista, cientificamente desestruturada, inútil, funesta, grotesca, inconstitucional, ilegal e inculta rejeitada por milhares de portugueses, cultos e menos cultos, a que continuam a chamar inadequadamente Português, que os políticos estão a tentar impingir aos Portugueses e ao mundo.
Ainda agora na China, António Costa, primeiro-ministro de Portugal, referiu a necessidade de difundir a nossa Língua, a 5ª mais falada no mundo e que até está difundida na Internet… esquecendo-se António Costa de que o que está difundida na Internet é a versão brasileira da grafia do Português, desenraizada, acordizada, amixordizada, uma ortografia que envergonha Portugal, e nada tem a ver com o verdadeiro símbolo da Identidade Cultural Portuguesa.
A Língua Portuguesa não é um símbolo da Identidade do Brasil. O Brasil adoptou-a como língua oficial, mas não se identifica com ela, por isso, desenraizou-a, afastando-a das suas origens europeias. Mas os Portugueses não são obrigados a ceder a esta proposta indecente que é substituir a grafia portuguesa pela grafia preconizada pelo AO90.
É com esta ortografia terceiro-mundista, (mal) engendrada no outro lado do Atlântico e que nada tem a ver com as raízes cultas das línguas europeias, que o novo Secretário-geral das Nações Unidas começará a comunicar-se com o mundo?
O Engenheiro António Guterres teria duas opções: rejeitar liminarmente esta ortografia parva, que os governantes portugueses escrevem e querem impingir ao povo, e preserva a Identidade Cultural Portuguesa, a dignidade e a verticalidade com que até hoje regeu as suas atitudes, como figura pública, ou entra no jogo inquinado dos políticos, e mancha o seu nome e a sua reputação, arrastando o nome de Portugal pelo chão.
Mas o que fez António Guterres? Optou pela grafia amixordizada.
Pesando os prós e os contras, que aqui foram expostos, penso que o Engenheiro António Guterres não tem motivo algum para se orgulhar de Portugal, enquanto este panorama terceiro-mundista se mantiver. E nós, não temos motivos para nos orgulharmos de António Guterres, que não soube defender Portugal e a sua Identidade Cultural através da Língua Portuguesa.
E se quiser que Portugal mantenha o orgulho que nos deu a sua nomeação para Secretário-geral da ONU, António Guterres terá de fazer a opção certa, e talvez recomendar aos governantes portugueses que se dignem entrar no século XXI d.C. e abandonem o primitivismo em que ainda se encontram, e façam Portugal crescer como nação integrada numa Europa evoluída, que mantém as suas Línguas cultas e intactas, e que há muito deixou as práticas medievais que envergonharam um passado que já passou, avançando para o futuro.
Isabel A. Ferreira
Tendo em conta a densidade populacional do Norte do País, onde se encontram os municípios aos quais foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução, é fácil concluir onde está instalado o maior atraso civilizacional de Portugal
Eis os municípios portugueses que envergonham Portugal:
Abiul (Pombal), Alandroal, Albufeira, Alcácer do Sal, Alcochete, Aldeia da Ponte (Sabugal), Alfeizerão (Alcobaça), Almeirim, Alpalhão (Nisa), Alter do Chão, Amarante, Amareleja (Moura), Angra do Heroísmo, Arraiolos, Arronches Arruda dos Vinhos, Azambuja.
Baião, Barrancos, Barreiro, Beja, Benavente, Bencatel (Vila Viçosa), Bombarral, Benedita.
Caldas da Rainha, Calheta (Açores), Campo Maior, Cartaxo, Casével (Santarém) Castelo Branco, Cuba.
Elvas, Estarreja, Estremoz, Évora.
Figueira da Foz, Foz do Sisandro.
Garvão, Golegã.
Idanha-a-Nova, Ilha Terceira.
Leiria, Lisboa.
Messejana (Aljustrel), Moita, Monforte, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Montijo, Moura, Mourão.
Nazaré, Nisa.
Óbidos, Odemira, Oliveira do Bairro.
Palmela, Pinhal Novo (Palmela), Pinhel, Pombal, Ponte de Lima, Portalegre, Portel, Póvoa de Varzim (que, entretanto, se declarou anti-tourada)
Redondo, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior.
Sabugal, Salvaterra de Magos, Samora Correia (Benavente), Santana da Serra, Santarém, São João da Pesqueira, São Manços, São Marcos do Campo, Serpa, Setúbal, Sobral de Monte Agraço, Sousel.
Tomar.
Viana do Alentejo, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Mil Fontes (Odemira), Vila Viçosa.
Urros (Mogadouro.)
Estas são as localidades portuguesas às quais foi atribuída a Estrela de Ferro da Involução, do retrocesso, da perda de qualidades benéficas (como força e inteligência), do retorno a um estado primitivo, pela prática bárbara da selvajaria tauromáquica ainda enraizada nos hábitos dessa populações que se recusam a evoluir.
Como pode ver-se, as Estrelas de Ferro concentram-se nos concelhos situados mais a sul do País, a esmagadora maioria portadores de um atraso civilizacional bastante acentuado, os quais, à excepção de Lisboa, uma capital que se diz europeia, mas ainda deve uma boa quantia à evolução (pois aqui estão concentrados os maiores defensores das touradas: os GOVERNANTES), são bastante menos populosos do que os concelhos mais a norte que evoluíram e deram as costas a este costume antigo e bárbaro, herdado dos espanhóis que assentaram arraiais em território português em 1580, com o Rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).
Em 1640, porém, a monarquia espanhola foi expulsa do nosso país, mas deixou-nos de herança o lixo tauromáquico que a monarquia portuguesa e mais tarde os republicanos mantiveram por mera ignorância e interesses económicos, e que os actuais ditos governantes de esquerda continuam a manter pelos mesmos motivos.
Nada parece ter mudado em relação à mentalidade retrógrada que caracterizou o tempo da monarquia, e depois o dos republicanos que se diziam melhores do que os anteriores, contudo, continuaram a ser retrógrados, ao impingirem-nos uma ditadura.
Depois de longos anos de escuridão, a esperança surgiu numa manhã de Abril, mas foi sol de pouca dura, porque passado o momento do entusiasmo que a miragem da liberdade, arrastando uma promissora mudança de Poder, proporcionou, o tempo das trevas regressou, fantasiado de democracia, pois se nem um governo, (agora) dito de esquerda, consegue afastar o lixo, não só tauromáquico, mas também outros lixos herdados dos regimes retrógrados anteriores!!!
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E eis-nos chegados ao ano de 2016, ainda enlaçados na conspurcada herança dos monarcas espanhóis, e na política salazarista de manter o povo ignorante e submisso.
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No norte do País, à excepção de Ponte de Lima e um ou outro concelho que pontualmente se verga à máfia tauromáquica, os municípios evoluíram e aboliram do seu território a selvajaria tauromáquica, mas apenas Viana do Castelo se declarou anti-tourada.
Por isso, às localidades implantadas nesse território, livre do lixo tauromáquico, foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução.
Isabel A. Ferreira
O texto que podem ler neste link
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/219883.html
é de 2013…
Estamos em 2015.
Nada, nem ninguém evoluiu… entretanto…
O problema está no facto de não estarmos a lidar com seres humanos inteligentes, mas tão-só com criaturas que nasceram com o cérebro já formatado e mirrado, onde nada entra, nem sai…
Estes são os municípios (entre outros) aos quais vai ser atribuída a
Estrela de Ferro
Dos 308 municípios portugueses, apenas 41 (uma minoria) são tauricidas.
E querem os responsáveis por estas terrinhas "supercivilizadas", dirigidas por verdadeiros "génios" da governação, que a tortura de Touros e Cavalos seja a coisa mais importante da vida desses municípios...
Ora, nem em Portugal, nem em parte nenhuma do Universo, a TORTURA é e jamais será património cultural imaterial de coisa alguma.
Mas o que fazer, se a mentalidade dos tauricidas não dá para mais?
Dizem eles que a GRANDE MAIORIA dos portugueses é pró-tourada!
Mas nem em Portugal, nem em parte alguma do Universo o povo do mundo é pró-tourada.
A falta de instrução, de educação, de orientação, de vivência é tão grande que nem sequer conseguem ler os números, que são verdadeiramente óbvios.
"Grandes" mentes, essas!
"Grandes" municípios que não evoluíram... Continuam parados no tempo, envoltos nas trevas medievais…
Gente "fabulosa", mas que não se aperceberam ainda de que já estamos no SÉCULO XXI d. C.
Aqui fica, para a posteridade, o nome dos municípios com actividades taurinas.
Daqui por pouco tempo já não terão esse rótulo, mas serão, com toda a certeza, a VERGONHA dos vindouros.
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10 » Beja 11 «Benavente 13 » Cartaxo 14 » Coruche 17 » Golegã 19 » Lisboa 20 » Moita 21 » Montijo 22 » Moura 23 » Pombal 24 » Portalegre 29 » Sabugal 32 » Santarem 33 » Setúbal 35 » Sousel 36 » Tomar 37 » Velas
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Toda esta actividade tauricida primitiva tem os seguintes cúmplices:
Primeiro-ministro de Portugal
Assembleia da República Portuguesa
Presidente da República Portuguesa
Igreja Católica Portuguesa
Faculdades de Medicina Veterinária
Ordem dos Médicos Veterinários Portugueses
Dom Duarte Pio de Bragança (com as Touradas Reais)
E os portugueses, que com os seus IMPOSTOS, subsidiam esta TORTURA e CALAM-SE.
E é toda esta gente que ENVERGONHA PORTUGAL, a par dos POLÍTICOS CORRUPTOS…
Isabel A. Ferreira
Brevemente os tauricidas estarão assim, sozinhos, nas arenas, vazias de público, e nesse dia, ouvirão apenas o eco dos aplausos do mundo civilizado...
Ricardo, deixou um comentário ao post PORTUGAL EM DIRECTO NA ANTENA1: 32 MUNICÍPIOS PORTUGUESES DECLARARAM A TAUROMAQUIA PATRIMÓNIO CULTURAL, IMATERIAL DA HUMANIDADE às 21:45, 2012-10-16.
Vejamos o que diz Ricardo:
«Isabel, essa "famosa" estatística de 89% a favor da tauromaquia provém de um estudo de sondagem encomendado pela Prótoiro (só podia...).
Tive o prazer de ter sido brindado com essa pérola de documento numa das últimas discussões que tive com esses senhores na sua página do Facebook (antes de ser bloqueado lá está).
Eu apresentei-lhes as várias sondagens feitas nos últimos anos pelos mais diversos meios e todas elas se encontravam num ponto comum: a causa abolicionista vencia expressivamente em qualquer uma. Como contra-argumento, a prótoiro apresentou-me este documento:
http://issuu.com/protoiro/docs/estopiniao_protoiro_marco11
Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimentos de matemática, ou que pelo menos já tenha analisado estudos de opinião, fica logo desconfiada. O logótipo da prótoiro em cada página obriga logo a levantar o sobrolho.
Numa das páginas é dito que 76,6% dos inquiridos já assistiu ou assiste regularmente a touradas na televisão. Ora tendo em conta que as audiências da última tourada no Campo Pequeno nem chegam a 5% da população total, surge logo aqui uma dúvida crítica: ou os telefonistas tiveram muita sorte com os inquiridos ou houve aqui uma clara manipulação da amostra populacional.
A partir desta premissa, o resto do estudo torna-se inválido pois é claramente tendencioso. Aliás, após anos e anos de sondagens e estudos de opinião, sempre com a causa abolicionista na frente (por vezes com uma margem bem expressiva) e do nada surge um estudo que coloca 89% da população como aficionada?
Escusado será dizer que quando confrontei os "senhores" da prótoiro com esta hipótese, não só não obtive resposta como fui prontamente bloqueado de voltar a comentar.»
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Uma vez mais, obrigada, Ricardo.
Eu também estou bloqueada na prótoiro.
E o que importa isso?
Dialogar com aquela gente é o mesmo que falar para as paredes.
Não há interesse algum em estarmos desbloquedaos.
Quanto às "estatísticas" falsas da prótoiro, ainda que a maioria dos portugueses gostasse de tourada, esta NUNCA deixaria de ser uma actividade macabra, primitiva, abominável, asquerosa, cruel, inculta, incivilizada, sádica, e impraticável por GENTE CIVILIZADA.
Vejam o que os responsáveis por quinze municípios portugueses querem para «Património Cultural de Portugal»...
DEMITAM-SE! SÃO A VERGONHA DO PAÍS!
Isto pode ler-se aqui:
«Quinze municípios entendem que “há matéria suficiente” para que a tauromaquia seja classificada pelo Estado como “Património Cultural de Portugal”...»
Isto só pode ser uma anedota de muito mau gosto.
ISTO É A ANEDOTA DO ANO DE 2012!
Isto seria o fim da credibilidade de um País.
Isto colocaria o Estado Português no Caixote do Lixo da História.
Que falta de LUCIDEZ, DE INTELIGÊNCIA, DE BOM SENSO...!
A esmagadora maioria dos Portugueses QUER a ABOLIÇÃO do TAURICÍDIO.
Por outro lado, como diz um cidadão português lúcido: «O povo português - excepto uma minoria - gosta de tudo o que é rasca, por isso elege quem é mais rasca do que eles».
Ora aqui está uma grande verdade.
Por que carga de água o Estado Português haveria de ser cúmplice de uma ESTUPIDEZ inominável?
Mas esta gente que está à frente destes municípios terá mesmo a pretensão de ver a TORTURA DE SERES VIVOS classificada de Património Cultural de Portugal?
Só podem estar com o grão na asa. Só podem.
Essa barbaridade será quando muito Património “COLTURAL”, para condizer com a “coltura” dos autarcas.
Não são capazes de fazer um raciocínio LÓGICO?
Tenham VERGONHA! Perderão as eleições todos aqueles que estão a favor do tauricídio.
Os Portugueses estão a abrir os olhos.
O tauricídio é uma tradição DECADENTE.
DEMITAM-SE! DÊEM LUGAR A GENTE CULTA!
VOCÊS SÃO A VERGONHA DE PORTUGAL...
Isabel A. Ferreira
MUNICÍPIOS PORTUGUESES,
AUTARCAS PORTUGUESES,
PONHAM OS OLHOS NA MAIA...
USEM A VOSSA INTELIGÊNCIA.
SEJAM CIVILIZADOS...
Barrancos: eis o Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal. Pobre terra se é só isto que tem de «interesse” municipal para mostrar ao mundo, sim, porque têm a pretensão de que seja “património da Humanidade”
A notícia pode ler-se aqui:
«Sete municípios portugueses já declararam a tauromaquia como Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal, uma medida que promete ser seguida por vários autarcas de norte a sul do país.
30/04/2012
O primeiro concelho a tomar a decisão foi o de Vila Franca de Xira (Lisboa), seguindo-se os municípios de Sabugal (Guarda), Barrancos (Beja), Pombal (Leiria), Alter do Chão, Monforte e Fronteira (Portalegre).
O próximo município a avançar com a declaração será o de Alcochete (Setúbal), no decorrer de uma reunião de câmara marcada para o dia 9 de maio, adiantou esta segunda-feira à Agência Lusa o presidente da câmara, Luís Franco.
"Trata-se do reconhecimento formal daquela que é uma característica ou um elemento integrante da nossa identidade local. A tauromaquia faz parte do quotidiano das gentes de Alcochete", justificou.
De acordo com o autarca, o processo vai ser também desenvolvido durante o mês de maio nos restantes concelhos que integram a secção dos municípios com actividade taurina, departamento que está aliado à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
A secção de municípios com actividade taurina foi criada em Setembro de 2001 e congrega 40 municípios de norte a sul do país.
"O que ficou acordado decidir nas câmaras foi assumir a tauromaquia como Património Cultural e Imaterial Municipal, durante o mês de maio, para depois, em Junho, as assembleias municipais poderem também deliberar no mesmo sentido", explicou.
Considerando que a tauromaquia no concelho de Alcochete constitui uma "tradição secular", Luís Franco recordou que os primeiros registos históricos existentes da relação da população local com o toiro remontam a um período anterior à fundação do próprio município, que em 2015 comemora 500 anos de existência.
"Em Alcochete, existem dois grupos de forcados. O toiro é o elemento central em todas as festas populares do município, em particular nas Festas do Barrete Verde e das Salinas, o ex-líbris das festas populares existentes", sublinhou.
Ao tornar-se o primeiro concelho do país a "blindar" a cultura tauromáquica, o município de Vila Franca de Xira tem como objectivo, à semelhança dos restantes concelhos que já decidiram a medida, dar a conhecer a decisão às autoridades competentes para apreciação do Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial (INPCI) de Portugal.
Após essa apreciação, o município vai apresentar uma candidatura para que as manifestações taurinas sejam declaradas Património Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).»
***
Bem, se isto não estivesse escrito, eu não acreditaria. De tão surrealista que é. E o pior é que isto está a acontecer em PORTUGAL. No MEU país.
Os municípios taurinos estão a apodrecer com esta irracional estirpe do vírus da insciência e ninguém lhes acode.
Vão afundar-se no lodo, sem que se apercebam da figura parva que fazem.
Mas o que poderemos exigir de mentes tão trancadas? Pouco ou nada.
Mas isto de Património Cultural e Imaterial de Interesse Municipal vale ZERO para o mundo. ZERO.
Não traz prestígio nenhum aos municípios. Pelo contrário. Diz apenas da sua MESQUINHEZ.
A tourada é um “património cultural imaterial” tão "valioso" quanto o que se vê nesta imagem: uma marca do “civismo” português nas estradas.