Um texto actualíssimo, publicado neste Blogue, em 15 de Outubro de 2018.
É imprecindível recordá-lo.
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«Educai as crianças e não será necessário castigar os homens» ( Pitágoras)
Basílio de Sousa Dias (Foto: DN - Paulo Coutinho)
Por Isabel A. Ferreira
Eu tinha um amigo (falecido há alguns anos) ilustre jornalista, poeta, historiador, publicista, agente artístico, actor (de cinema e teatro), de seu nome Basílio Joaquim de Sousa Guimarães Torres Peixoto Palhares de Lacerda Burgueira de Mariz e Dias, Conde de Celanova, Barão do Corvo e Morgado da Toutosa, último nobre galaico-português (por ter sido filho único e não deixar descendência).
Durante o tempo em que convivemos e trabalhámos no mesmo jornal, «A Voz da Póvoa», eu apenas sabia que era Basílio de Sousa Dias, jornalista e historiador, habitante da noite portuense, boémio, que vivia em Vila Nova de Gaia, numa casa onde guardava um extraordinário espólio, e que uma tarde visitei, tendo sido mimoseada com um requintado lanche, confeccionado pelo próprio Basílio.
Na altura em que trabalhávamos no mesmo jornal, ambos escrevíamos crónicas, e ele, por mais do que uma vez, me “censurou” por eu “bater” demasiado nos homens, e ele, como Homem, sentia-se lesado com as minhas observações.
Um dia expliquei-lhe os meus motivos.
...
Não haverá ninguém que não conheça o mito de PANDORA, que atribui a esta Eva grega, todos os males que afligem a Humanidade, uma vez que, devido à sua curiosidade, abriu uma pequena caixa onde os deuses guardavam esses males, espalhando-os pelo mundo. Contudo, lá no fundo da caixa, restou uma única coisa boa: a Esperança.
Ora, esta lenda só poderia ter sido inventada por um homem. Se fosse eu a criá-la, talvez a Pandora fosse um Pandoro, pois tanto quanto sei e observo, todos os males que desde tempos antigos afligiram a Humanidade foram (e continuam a ser) causados pela falta de inteligência, de visão e de discernimento dos homens que têm o poder de pôr e dispor da vida e da morte, no nosso Planeta.
Claro que, quando me refiro aos homens, é aos que escrevo com um h minúsculo. Todas as vezes que me refiro a um ser (masculino) superior utilizo o H maiúsculo, e para mim, a superioridade de um Homem tem a ver com a sua inteligência e com o seu modo prudente, sábio, lúcido e hábil de estar na vida. Em suma tem a ver com a sua Humanidade.
Se os homens parassem um pouco para reflectir, por exemplo, na guerra, talvez chegassem à conclusão de que ela é a maior manifestação da sua própria imbecilidade. Lá pelas épocas pré-históricas, tais actos bélicos ainda se justificariam. Talvez! Hoje, porém, em pleno século XXI D.C., a proliferação de confrontos entre os Povos é inadmissível e extremamente irracional.
Os grandes chefes, normalmente pequenos homens em mentalidade, enviam para a morte, jovens que se matam uns aos outros sem saberem porquê, em nome de ideais idiotas, a maior parte das vezes. E esta é uma das maiores provas do cretinismo dos actos de guerra.
Eu, se fosse Homem, recusar-me-ia, nem que tal me custasse a vida, a ir para uma guerra matar outros seres humanos, como eu, os quais nunca me fizeram mal, a propósito de coisa nenhuma.
Quem inventou a pólvora, as bombas atómicas, as armas nucleares e as outras? Os homens. Quem são os “cérebros” das células terroristas (o que considero um bando de requintados cobardes) que infernizam a vida de cidadãos pacatos? Os homens.
Quem são os chefes das máfias? Quem são os maiores criminosos? Os grandes bandidos da Humanidade? Os pedófilos? Os homens.
Quem inventa as leis que regem os povos, e que nem sempre correspondem às necessidades, aos anseios e às realidades das populações? Os homens.
Quem governa (mal) os países (tirando uma ou outra mulher)? Os homens.
Quem contribui para a poluição do ar, das águas e do solo? São os homens, com as suas ridículas invenções, que proclamam em nome de um falso progresso. Depois é o «Ai Jesus!» que a camada de ozono vai mal; «Ai Jesus!» que a radioactividade está a contaminar a Natureza; «Ai Jesus!» que o Planeta está em risco!
Quem está a destruir o chamado “pulmão do mundo” – a floresta amazónica? São homens: fazendeiros dementes e ávidos de lucro, que matam os que querem preservar um dos lugares mais diversificados em flora e fauna que se conhece. Quem polui as águas dos rios, que desfeiam a paisagem e matam os animais e as plantas? São os homens, donos de fábricas, que não respeitam a vida no Planeta.
Quem foram os neros, os hitlers, os estalines, os bin ladens, os saddams, e mais recentemente os putins, os kims, os de Israel, os da Palestina, os da Síria, os do Irão, os ditadores africanos, a lista é grande, que infernizaram e infernizam a Humanidade? Foram e continuam a ser homens. Quem dirigiu os campos de concentração alemães e os Gulags russos, lugares de extermínio de Homens, Mulheres e Crianças? Foram homens.
Normalmente são homens que estão à frente do destino da Humanidade; homens de mente mesquinha, que se escudam por detrás da sua pequenez de espírito e pouco se importam com a fragilidade das flores. São eles que dominam e pisam a verde erva que cresce nos campos.
Parece que estou a ouvir perguntar: e se o mundo fosse governado por Mulheres, como seria? Não sei. Mas palpito que, talvez, muito melhor. Julgo que, pelo que se tem verificado do trabalho das (ainda poucas) Mulheres que se têm encontrado no topo dos comandos, a grande maioria tem-se mostrado eficiente e pacifista. Porque a Mulher é, acima de tudo, criadora de vida, é Mãe, e compreende que os filhos da Pátria não são trapos que possam ser usados para limpar o lixo do mundo.
Quando olho, por exemplo, para a figura de Hitler, e penso que, um dia, ele foi uma criança, naturalmente linda... O que teria feito dele um monstro?...
Pitágoras (filósofo grego do século V a.C.) dizia: «Educai as crianças e não será necessário castigar os homens».
Será que as crianças de outrora (hoje, a minoria de homens que desgovernam o nosso Planeta, não foram educadas por Mulheres?
Não sei! Talvez fossem educadas num mundo selvagem, à margem das Mães!
Hoje, a Ciência pode explicar o que vai na cabeça dos homens, e por que é que os homens são tão diferentes das Mulheres, no que respeita ao comportamento.
Como gostaria de ver uma pomba branca a sobrevoar uma flor, numa noite escura...
Como gostaria que os homens se tornassem HOMENS, para que a Humanidade pudesse ter a dignidade dos seres mal-denominados irracionais.
...
Basílio de Sousa Dias percebeu as minhas razões. Afinal, eu considerava-o um HOMEM. Não havia razão para sentir-se lesado na sua honra.
Isabel A. Ferreira
O mundo RACIONAL andou a dormir, durante vários anos, enquanto o IRRACIONAL "três em UM", o “homo diabolus”, farejava a presa e preparava a armadilha, planeava este golpe de mestre.
E agora o mundo não sabe o que há-de fazer para impedir esta loucura.
E o que mais surpreende nisto tudo, é que, em todas as guerras, a INSANIDADE sempre se sobrepôs à RACIONALIDADE, e não há como compreender esta (i)lógica.
É inacreditável o que está acontecer em pleno mês de Fevereiro, do ano de 2022 depois de Cristo, em que, em nome de uma vontade macabra de agitar o mundo, num momento em que o mundo está de pernas para o ar, com uma pandemia em curso, alguém decide, porque sim, invadir um País livre e soberano: a Ucrânia.
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Porquê isto
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Quando podemos ter isto?
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O primeiro horror veio e foi… e ninguém aprendeu nada…
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Então, o segundo horror veio e foi… e continuou-se a não se aprender nada…
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Como também ninguém aprendeu nada com os milhares de guerras travadas entre os Homo Sapiens, desde que este descobriu que a magna pecunia proporcionava o Poder necessário para dominar o mundo…
E isto é a maior prova da irracionalidade de certos Homo que não acompanharam o caminho da evolução mental...
Tanta fome no mundo… e tanto dinheiro desperdiçado em armas, para matar pessoas inocentes… enquanto os cobardes instigadores se refugiam nos seus bunkers!
E não me venham dizer que isto é da racionalidade!
Isabel A. Ferreira
(Origem das imagens: Internet)
Em 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicida-se no seu bunker.
Dedico esta memória aos actuais ditadores, que nos rondam sub-repticiamente, disfaçados de democratas, para que não se esqueçam de que nem são deuses, nem imortais. E deles não rezará a História, se não para os condenar.
Faz hoje 76 anos que o ditador Adolf Hitler, Chanceler do Reich (de 1933 a 1945) e Führer ("líder") da Alemanha Nazi de 1934 até 1945, principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa, e personagem fulcral do Holocausto, se suicidou no seu bunker, e o mundo livrou-se de um dos maiores assassinos da Humanidade (um dos, porque à frente dele estão Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, entre outros).
Em 12 de Março de 1938, por ocasião da anexação da Áustria, o "Anschluss", Adolf Hitler regressando de Viena, fez um discurso na estação de comboio de Nordwest, para uma multidão de 20 mil membros dos SA, SS e Juventude Hitleriana, no qual, com a veemência daqueles que se julgam deuses todo-poderosos, esquecendo-se da sua condição desumana, e de que é o FUTURO quem os julgará, disse o seguinte:
«Mostrei, durante a minha vida, que consigo fazer mais do que esses anões que levaram o País à ruína. Daqui a cem anos, o meu nome será visto como o do grande filho deste País!»
O que se passa, passados que são ainda 83 anos, sobre este discurso, é que não foram precisos os tais cem anos para que o Mundo o tenha como o grande filho daquilo que nós sabemos, que, cobardemente, se suicidou, por não ter a coragem de enfrentar a justiça dos homens. E os deuses, sendo imortais, que premência terão em se suicidarem?
Nenhum ditador, ainda que disfarçado de democrata, permanecerá para além da sua fracassada existência.
Isabel A. Ferreira
Origem da foto: Internet
Hoje preciso de esquecer o meu cantinho. Sim, sei que ele é muito importante para mim, mas o que no meu País e noutras partes do mundo vem acontecendo obriga-me a deixar o meu pequeno paraíso.
Hoje apetece-me voar com as “asas” que tenho o privilégio de possuir, e que me conduzem aonde quer que eu queira ir.
Hoje estarei nos lugares onde ainda se luta por direitos, porque os homens nada aprenderam com as lições da História; estarei com aqueles que ainda precisam de fazer manifestações contra a possibilidade do retorno da “noite de cristal” – uma das grandes vergonhas da Humanidade – ou para reivindicar direitos que já deveriam, há muito, estar sólidos.
Hoje abominarei aqueles cuja existência é um insulto à harmonia cósmica e à vivência dos seres pacíficos.
Hoje, nenhum de nós, que nos dizemos humanos, pode ficar indiferente à xenofobia e racismo que pelo mundo grassa; ao reacender de fogueiras nazistas; às atrocidades cometidas nos países onde vigoram ditaduras; à destruição abominável de florestas, de animais, humanos, desumanos e não-humanos, em suma, da Vida; ao racismo ignóbil de gente contra gente; às injustiças que, em nome de uma ignorância disfarçada de poder, são cometidas contra inocentes.
Não podemos ignorar os crimes que ficam por punir, apenas porque interesses mais altos se levantam, abrindo caminho à corrupção.
A fome grassa em algumas partes do mundo, mas também ainda em Portugal, apenas porque noutros lugares o esbanjamento é criminoso.
Hoje, gostaria que este meu grito de revolta contra aqueles que não sabem ser HOMENS, e também contra aqueles outros que não sabem distinguir o trigo do joio humano, fosse ouvido até nas profundezas dos infernos, para que os demónios soubessem que, à face deste nosso Planeta, há, pelo menos, uma voz a dizer NÃO a esta humanidade vazia de sentimentos e valores humanos.
Há quem aplauda, quem se curve e faça vénias. Há (por incrível que pareça) quem vote a favor de neonazistas, de xenófobos, de ditadores. Há quem os siga. Há quem dê razão às suas ideias criminosas.
Ninguém é superior a ninguém, a não ser, através das suas atitudes humanas.
Friedrich Nietzsche foi um filósofo alemão que viveu de 1844 a 1900, e, como todos os homens livres, ele teve a liberdade de pensar e de filosofar, e de expor a sua moral baseada numa cultura da energia vital e na vontade de poder que eleva o homem até à categoria de “super-homem”.
Este seu pensamento, porém, serviu de base à doutrina político-social de carácter totalitário e imperialista, baseada na ideia da “raça superior”, por aquele filósofo exposta, e cujos princípios foram adoptados pelo Partido Nacional Socialista, fundado por Hitler (o alucinado), na Alemanha.
E nós bem sabemos no que tudo isso deu. Não foi assim há tantos anos, para já se ter esquecido os crimes atrozes cometidos contra a Humanidade, apenas porque um homem sem cérebro assim o quis, e os seus seguidores aplaudiram.
Há gente, contudo, com a memória curta, e visão ainda mais curta, e inteligência muito mais curta ainda, e essa gente nada sabe, de nada se lembra, tão-pouco nada pensa. Por isso aplaude os criminosos; por isso segue os novos hitlers; por isso, tal como autênticos autómatos, tal como meros desenhos animados, essas pessoas bajulam aqueles que não passam, eles próprios, de criaturas inconscientes, dos cancros malignos das sociedades humanas.
Todos os dias os vemos na Televisão.
Bettrand Russell, um matemático, filósofo e sociólogo britânico, enérgico adversário do uso das armas nucleares, no prefácio do livro «Por que Não Sou Cristão» (tema de uma conferência que ele pronunciou em 1927, em Battersea) tentando explicar a sua hostilidade à ortodoxia religiosa e a sua descrença quanto à existência de Deus, escreveu: «Além do aspecto lógico, há para mim algo mais estranho na escala de valores daqueles que crêem que uma divindade omnipotente, omnisciente e benfazeja, depois de ter preparado o mundo durante milhões de anos, a partir das nebulosas privadas de qualquer vida, se considere completamente recompensada com a aparição final de um Hitler, de um Estaline, e da Bomba H».
Creio que Deus não tem nada a ver com as atitudes dos homens. Deus deixou-nos um paraíso, deu inteligência ao homem e brindou-o com o livre-arbítrio, e o que é que os homens fizeram desse paraíso, dessa inteligência, desse livre-arbítrio?
Cada vez mais me convenço de que o mal da Humanidade está na ignorância, e na estupidez que ela gera; está na falta de sensibilidade, na falta de bom senso, na falta de cultura, dos indivíduos que ocupam cargos de responsabilidade, tendo de dirigir o destino de tantos outros homens, a maioria deles mergulhada também numa involuntária ignorância, uns, e numa ignorância optativa, outros.
Hoje precisei de esquecer este meu cantinho, porque a minha revolta contra as barbaridades que andam a acontecer no meu País e no mundo, na época em que vivemos, é enorme.
Os novos hitlers andam por aí e são aplaudidos, são acolhidos como heróis, são reverenciados.
Como posso ficar indiferente a uma humanidade que está a regressar às trevas, em pleno século XXI d. C., quando tudo indicava que todos os homens (e não só alguns) poderiam ser, de facto, seres superiores, em relação a um verme, que nada mais pode fazer do que rastejar, e sendo verme, o que faz, faz muito bem…
Hoje, a minha desilusão é imensa!...
Isabel A. Ferreira
Brasões florais da Praça do Império em Belém © Álvaro Isidoro/Global Imagens
A Câmara Municipal de Lisboa quer destruir os brasões da Praça do Império, argumentando que há falta de dinheiro, de jardineiros e de não existir nada para recuperar, e mais blá blá blá... E diz isto como se todos os Portugueses fossem muito parvos!
A este propósito tem corrido muita tinta: os que vêem a História com olhos de ver são contra estes actos predatórios; os que olham para a História, como algo escrito a lápis, que se pode riscar e rabiscar conforme a ignorância de cada um, são a favor de destruir tudo o que não é conforme a ideologia política que defendem.
E eu, como sou incapaz de ver passar o vento sem entrar na tempestade, ocorre-me dizer o seguinte:
1º - Renegar o passado é da ignorância.
2º - Olhar para o passado à luz dos valores do século XXI d.C. é também da ignorância.
3º - Se desatássemos a destruir tudo o que celebra o passado, o mundo ficaria CARECA.
4º - Se querem apagar o passado assente em ideologias políticas, comecem por destruir as estátuas erguidas ao maior assassino da História da Humanidade, ultrapassando Hitler: Estaline.
5º - Depois falem do Império Português: que teve as suas coisas más e as suas coisas boas, como todos os impérios: basta recordar o Império Romano e o Império Muçulmano, aos quais Portugal e o mundo devem quase tudo.
6º - Aproveite-se as coisas boas e aprenda-se com os erros cometidos, para que não sejam cometidos novamente.
7º - Porque esta pretensão de destruir a memória de um passado que EXISTIU, e não pode ser apagado apenas porque um punhado de extremistas o querem, é um acto de uma ditadura esquerdista que estão a tentar impor-nos.
8º - E isto é inaceitável: ditaduras? nem de esquerda, nem de direita. Ditaduras, em Portugal, NUNCA MAIS!
9º - E a cegueira e a ignorância, quiçá, a estupidez, são de tal ordem que acham que apagando os símbolos do passado, apagam a História.
10º - No entanto, do imperialismo português jamais se livrarão. Porque ele existiu, e é para ESTUDAR, assim como estudamos o tempo de má memória do Tarrafal, dos campos de concentração nazistas e o dos gulags da Sibéria: três ideologias (fascista, nazista e comunista) todas farinha do mesmo saco, e que vão para o diabo, que as carregue a todas.
Já BASTA de tanta estultícia!
Como tantos estultos foram parar a cargos governativos é um grande mistério. E o mais grave é que nas próximas eleições autárquicas (e legislativas) corremos o risco de termos mais do mesmo, mas para muito pior.
Não se ponham a pau, e muito brevemente andaremos todos a marchar: ou de punho erguido ou de mão estendida, em todos os Terreiros do Paço do nosso pequeno e pobre País! E ambas as marchas serão um regresso ao passado que tanto se quer ver destruído!
Isabel A. Ferreira
Uma ideia, guião e voz de Carlos Chavira.
O vídeo foi produzido com o único propósito de agitar a consciência do nosso Planeta.
…
Humanos. Que palavra incrível!
Somos considerados a espécie mais inteligente do Planeta. No entanto…
… somos a pior de todas as espécies.
O que fazemos neste mundo? Quem nos trouxe aqui? Qual a nossa missão no Planeta? Talvez nunca possamos entender, mesmo quando parece que a nossa única missão é acabar lentamente com ele e com as suas espécies.
Já pensaste que talvez este Planeta não nos pertence, e ainda assim cuidar dele está nas nossas mãos?
Os outros animais estavam aqui muito antes de nós. Somos apenas os seus convidados. Temos vindo a invadir o seu território e estamos a destruir o seu habitat.
Eles suportaram-nos durante séculos, perdoaram-nos inúmeras vezes e continuamos a ignorar a situação deles.
Temos sido os seus sequestradores, os seus assassinos. Ainda assim aceitam-nos como seus donos.
Somos a única espécie que ataca, destrói, aniquila, contamina e extingue por ambição ou só para viver um pouco melhor.
O mundo é teu, é nosso, é de todos nós. Ainda assim, lembra-te que o mundo também é deles e temos de entender que eles não nada podem fazer para se salvarem e muito menos para salvar o Planeta.
O planeta Terra está a morrer, estamos a destruí-lo de forma vertiginosa e ele está faminto de amor. Não lhe sobra muitas forças e apesar de tudo, continua generosamente a dar-nos os melhores espectáculos desde que cá chegámos.
O Planeta tem sido o melhor anfitrião da nossa espécie. Não merecerá o nosso reconhecimento?
Se nos foi dada a capacidade de falar, pensar, criar, construir e ajudar, porque simplesmente nos calamos, ignoramos, destruímos e matamos?
Abre os olhos, tu também estás a morrer junto com o seu Planeta, o único planeta no nosso sistema solar onde nos foi dado o privilégio de viver.
Somos milhares de milhões neste Planeta, somos uma espécie pensante, racional, dominante, por que não nos damos conta disso?
Somos capazes de conquistar países, a Lua, e inclusive planetas. Ainda assim não somos capazes de conquistar os nossos próprios corações.
Toca o teu coração, sente o que está a dizer, ouve aquilo que ele pede de forma gritante e entendamos que precisamos de coexistir no mesmo planeta.
Começa por te mudares a ti mesmo. Faz essa proposta a ti mesmo, faz com que os teus filhos saibam e entendam, e que os mais velhos se lembrem que no dia em que a Humanidade deixar de existir e alguma outra espécie encontrar o nosso planeta, verão que fomos uma espécie que se equivocou, que caiu, porém, levantou-se e corrigiu os seus erros.
O Planeta já não é o mesmo e já não podemos esperar mais. Todos sabemos o que precisamos de fazer. O tempo urge. O futuro do planeta está nas tuas mãos. Ajuda-o, porque o planeta Terra és tu.
Que a indiferença não te vença.
Partilha-o agora mesmo, ainda vais a tempo…
Carlos Chavira
… como o idealiza e reflecte a escritora e professora universitária Idalete Giga.
Ser emocionalmente racional é a palavra-chave, para o Mundo que aí vem. Esta é a mensagem.
Isabel A. Ferreira
«O Vírus Justiceiro, como eu lhe chamo, veio acordar o mundo e avisar a Humanidade inteira de que temos urgentemente de mudar de vida, ou seja, os nossos hábitos em todas as áreas do quotidiano. Mas não são só os nossos hábitos que terão de mudar radicalmente. É o paradigma económico, financeiro, educacional, cultural, etc. em todo o planeta que mudará para melhor.
Adeus capitalismo selvagem. Adeus reino da quantidade. Adeus exploração desenfreada. Adeus offshores. Adeus fabrico de armas. Adeus tráfico de seres humanos, de droga, de armas (!). Adeus prostituição. Adeus mercados bolsistas que se regulam pelo absurdo, pelo enriquecimento ilícito, pela completa IRRACIONALIDADE. Adeus mundo do ódio, das guerras absurdas que são alimentadas pelo negócio criminoso, altamente repugnante e desumano da venda de armas. Quem as vende aos países em guerra? Os EU, a China, a Rússia, a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, etc. , etc.. Portugal não vende, mas compra. E eu pergunto: para quê?» (Idalete Giga)
***
Emoção versus banalidade
Ser banal
É ser vulgar
E não se emocionar
Quando passa
No caminho da vida
E apenas vê
De fugida
O chão que pisa
Ser banal
É ser vulgar
E não se emocionar
Com o assobiar
Do vento
O canto dos pássaros
O canto do mar
O cintilar das estrelas
A lua cheia
A beijar o oceano
Com a sua luz prateada
O sol a nascer
No fim da madrugada
Ser banal
É ser vulgar
E não se emocionar
com os campos em flor
O ouro das árvores
Os poentes de fogo
As lágrimas da chuva
Ser banal
É ser vulgar
E não se emocionar
Com a ternura
De um canto de embalar
Ser banal
É ser vulgar
E não se emocionar
Com a profunda tristeza
No olhar
De uma criança abandonada
Ser banal ´
É ser vulgar
É não ter compaixão
É ter medo de amar
Tudo o que pulsa
Em constante vibração
Subindo
E convergindo
Para o Infinito.
Idalete Giga
Paço de Arcos, 17/ Dezembro/2020
O texto, mais abaixo reproduzido, foi-me enviado, via e-mail por Pedro Belo.
O vídeo, está no Facebook.
Ambos reflectem um mesmo problema, em tempos diferentes.
Pandemias sempre as houve, no decurso da História da Humanidade, o problema está na irracionalidade do homem, que não lhe permite aprender com os erros cometidos noutras épocas.
A História da Humanidade está cheia destas histórias, mas o homem, que se diz racional, nada aprende com elas. E os episódios repetem-se ad nauseam, desde os tempos mais remotos.
Querem o exemplo maior? Uma inconcebível II Grande Guerra Mundial (1 de Setembro de 1939 - 2 de Setembro de 1945), depois de uma inimaginável I Grande Guerra Mundial, (28 de Julho de 1914 - 11 de Novembro de 1918), apenas num espaço de 21 anos. Vinte e um anos!
E, pelo que vemos, o homem continuará a não aprender nada com a Covid-19. E teremos mais do mesmo, para pior, num futuro que podemos antever próximo porque vivemos num tempo, em que já nos resta pouco tempo para reverter os estragos que o homem, que se diz racional, provocou na casa comum a todas as espécies: o Planeta Terra.
Isabel A. Ferreira
A “pneumónica” matou 50 milhões de pessoas no Mundo. Na imagem de cima, voluntárias australianas em Brisbane. Em baixo, máscaras mais coloridas, tentam evitar a propagação da Covid-19, que já matou cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo o Mundo.
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«Um salmo de David diz: «Nas margens dos rios da Babilónia, Aí nos sentámos, Aí chorámos, Ao recordarmos Sião.»
Hoje em pandemia, as pessoas dizem: «Estávamos tão bem nas nossas vidas e agora cai-nos isto em cima!!»
Surpresa ou Distracção?
Esta Pandemia tão grave esteve muito tempo em gestação. Os epidemiologistas há muito que advertem para o surgimento inevitável deuma pandemia e os ambientalistas tinham-nos dito que, quanto mais a actividade humana perturbar o equilíbrio dos sistemas naturais, mais provável será o surgimento de novos agentes patogénicos: cortar florestas ou penetrar em ecossistemas não perturbados anteriormente, por exemplo, muitas vezes para expandir terras agrícolas, expulsa patogénicos que estavam retidos no meio selvagem.
A perda de biodiversidade e de habitats espalha doenças entre os animais selvagens. Entretanto, a intensificação da criação de gado e a caça e comércio crescentes de animais selvagens estão a misturar animais como nunca antes, enquanto a agricultura industrial, significando animais mantidos em condições de sobrelotação e de stress, tem baixado as respostas imunitárias.
Um grupo de cientistas, escrevendo na revista The Lancet, em 2015, concluiu que as alterações profundas nos sistemas naturais da Terra constituíam uma crescente ameaça à saúde humana, nomeadamente, o surgimento de novas doenças, a par com as alterações climáticas, como uma dessas ameaças.
Antes já tinha havido outras 'surpresas' nos últimos dez anos: a SARS e a MERS.
Portanto, os poucos que estavam atentos sabiam que isto estava para vir e que, de facto, somos nós que o provocamos, fazendo-o recair sobre nós mesmos.
Os ''distraídos'' agora apanhados nesta pandemia pensam que, apesar das indicações claras quanto aos limites ecológicos, podíamos continuar a desfrutar dos frutos do progresso tecnológico e da riqueza sempre crescente, sem que houvesse consequências.
Pensam que, com estímulos económicos bem dirigidos e uma busca concertada por uma vacina, iríamos ultrapassar este problema passageiro e que a vida iria recomeçar mais ou menos como era antes. Bem, isso ainda poderá acontecer, mas talvez não aconteça. E, tal como aqueles que choravam nas margens dos regatos da Babilónia, se não acontecer, não conseguimos, realmente, começar a imaginar o que isso irá, de facto, significar.
Então, como é que vivemos nestes tempos, no meio da crise, onde ainda não temos a perspectiva da sua magnitude, da sua duração ou do seu impacto derradeiro?
Todos vivemos com um sentido elevado de provisoriedade, o que alguém, recentemente, me descrevia como a exaustão da incerteza.
Como é que será o mundo depois disto? Que tipo de recuperação é possível, incluindo para o mundo natural? O que é que podemos esperar e ter expectativa para já?
A crise Espiritual da humanidade agrava tudo isto, pois todos estavam apegados - obcecados- presos nas manhas do consumismo/ilusões/fantasias mundanas e nem havia tempo sequer para parar e pensar que somos criados e não nos criámos a nós mesmos... que somos filhos de Alguém .... que temos de estar agradecidos e atentos à nossa Luz interior que nos liga ao Espirito Criativo do Universo e nos equilibra e prepara para receber sejam boas ou más notícias - acontecimentos.
É urgente parar para equilibrar, sem estarmos ansiosos a preocupar-nos, a queixar-nos dentro da nossa cabeça, mas em vez disso, a criar espaço, cada dia ou cada semana, para prestar atenção ao que estamos a sentir, ao que é duro, àquilo de que sentimos falta e ao modo como isso nos está a afectar.
Nessa paragem sentir que sim, é verdade, fomos surpreendidos, apetece-nos chorar esta situação, tudo bem, choremos e sintamos isso por dentro.
Isso abre um espaço dentro de nós, ao nosso redor, abre um espaço para a meditação, para deixarmos ir os nossos pensamentos, as nossas ansiedades, para nos entregarmos a nós mesmos à quietude e ao silêncio, estando simplesmente presentes e disponíveis.»