E então no mundinho podre e pobre da tauromaquia… os idiotas são mais do que muitos…
Foto retirada da Internet
(Fonte)
Em Samora Correia (uma terrinha que ainda vive na Idade Média) realizou-se uma reunião de tauricidas para discutirem “A força da festa brava”, onde se falou da pobreza moral e da decadência da tauromaquia.
(Origem da foto: Internet)
E foi um tal de lavar roupa suja.
Disse-se que os políticos (naturalmente os que estão na Assembleia da República a fazer o frete ao lobby tauromáquico) usam a “festa brava” para se promoverem (o que é um grande desprestígio para um deputado da nação) mas quando chega a altura de a defenderem evitam defendê-la «escondendo a cabeça debaixo da areia».
Pudera!
Quem é que se atreve a defender a estupidez, numa assembleia de deputados da Nação, sem passar por estúpido? É que não é fácil defender algo que é absolutamente imbecil, como torturar seres vivos para divertimento, e sair mentalmente ileso.
A isso também podemos chamar cobardia: não têm a coragem de, em público, assumirem a sua pobreza moral. O que também significa que não têm a certeza de que a tauromaquia é cultura culta e uma arte ao nível do bailado clássico. Sim, porque afinal é protagonizada por bailarinas que usam collants e sapatinhos cor-de-rosa… e fazem piruetas nas arenas… Porém… não será a mesma coisa…
Lê-se na notícia, que «o antigo matador de touro, Victor Mendes, afirmou que há que ter muito cuidado com os políticos, enquanto o ex-secretário de estado da cultura (?) Elísio Summavielle assegurou que a maior parte dos políticos não se querem ver comprometidos com a festa brava.»
Pois, Sr. Summavielle, a “festa” brava não é flor que se cheire, logo… quem tem um pouco de vergonha na cara não se compromete com tal flor mal cheirosa.
Mas quem é digno da função que exerce, tem a coragem de dizer não à estupidez. É que nem todos os políticos são marialvinhas ou estão fora do prazo de validade (isto é, são medievais).
O “crítico” taurino Maurício do Vale, que também esteve presente nesta conversa, disse que «os políticos escondem-se porque o lobby anti-taurino que se criou é muito complicado».
Ó Sr. Maurício do Vale, primeiro não há um lobby anti-taurino. O que há é uma esmagadora maioria de portugueses que evoluiu, tem sensibilidade e bom senso para não embarcar em leis parvas, anticonstitucionais e bastardas, que excluem do Reino Animal os Touros e os Cavalos, algo que diz da extrema ignorância de quem aprovou tal disparate.
E isto não é ser “complicado”. É ser racional, Sr. Maurício do Vale. Coisa que os pró-touradas não são. Daí os “políticos” não quererem comprometer-se com a irracionalidade. Afinal são deputados da Nação. Seriam, aliás, são, (os que apoiam esta festa de broncos) motivo de chacota, por não terem a dignidade que o fazer da política requer, nem sequer têm personalidade própria. O que é péssimo para quem quer seguir uma carreira política. Estão todos marcados pelo I de Incultura, de Incompetência, de Ignorância, de Incivilidade.
E como era de esperar este colóquio importantíssimo, atraiu apenas 50 gatos-pingados. Para quem diz serem mais do que as mães, este número é muito significativo.
E dizer que anda a maioria parlamentar a apoiar uma minoria inculta e primitiva!
E lê-se mais: «Entre os temas abordados esteve a falta de coesão dos aficionados para se defenderem da promoção crescente dos movimentos anti-taurinos.»
Mas os aficionados lá sabem alguma coisa? Só sabem de tortura, de violência, de crueldade, de promiscuidade. A Cultura Culta é uma fortaleza inexpugnável. Nenhum grupelho inculto a derrubará. Jamais.
E então aquele que já foi secretário de estado da incultura, Elísio Summavielle chegou a dizer que «nunca os aficionados sentiram necessidade de se defender nos últimos dez anos, mas hoje em dia temos que lutar pelas nossas convicções", preocupado com os rumores de participação de elementos anti-taurinos na criação do novo regulamento para a “festa” brava.
Ainda bem que lhes chamou “nossas convicções”, Sr. Summavielle, o que só prova que foi para o governo, com o único objectivo de lutar pela continuidade da estupidez (mas isso já sabíamos). Quanta mediocridade senhor ex-secretário de estado! É assim que ficam para a História. Nem brio pessoal estes pseudo-políticos têm.
E não, Sr. Summavielle, não são rumores, é a realidade. E não haverá “novo regulamento” de coisa nenhuma. A tauromaquia, em todas as suas diabólicas vertentes, é para ser abolida. Já não tem razão de existir. Não se esqueça que estamos em 2014. Não estamos na Idade Média. Ou ficou parado no tempo?
Depois veio o vila-franquense Victor Mendes criticar a utilização económica que alguns elementos da família taurina fazem do espectáculo: «Às vezes parece que vale tudo. Os pseudo-empresários querem apenas fazer dinheiro e não se preocupam com a qualidade. Existe um cinismo encoberto no meio disto tudo e por isso é que nós nos temos que organizar».
Têm de se organizar, sim, mas para plantarem oliveiras e produzirem azeite, porque a era da carnificina… já era… Já a podemos conjugar no passado. Como muito bem sabe.
O montador tauromáquico Brito Paes, também falou e disse que em Portugal não existe respeito pela “festa”.
E que respeito pode merecer a “festa” dos broncos? A “festa” da tortura? E que consideração pode merecer quem nela participa? Se são o refugo da sociedade?
E lamentou-se o montador, que tem explorado o negócio dos Cavalos (e essa é outra questão a ter em conta e a abortar) para se precaver de uma carreira tauromáquica cada vez menos viável (pois… cada vez menos viável, verdade): «Em Espanha respeitam-nos de outra maneira, é um ambiente diferente. Às vezes saímos de um hotel em Portugal vestidos como cavaleiros e perguntam-nos se vamos para o Carnaval»…
Pudera! Esse tipo de roupas cavaleirescas só mesmo no Carnaval. Quem é que em pleno século XXI anda vestido como os montadores medievais? Essa época já não existe mais.
Não sejam ridículos.
Façam um acto de contrição. Os padres católicos, que vos apoiam, não vos ensinaram?
Têm muito que “pagar” à infalível Lei do Retorno (inclusive os padres católicos), mas quanto mais cedo desistirem da carnificina, menor será a dívida.
Pensem nisso, porque Deus suporta os maus, mas não eternamente, dizia Cervantes com muita sabedoria e essencialmente conhecimento de causa.
Fonte:
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=&id=72221&idSeccao=422&Action=noticia#.U2C6TrdfCmw