Sábado, 26 de Setembro de 2020

Vergonha das vergonhas nos Açores! «Governo Regional e Autarquias entregam cerca de 222 mil euros à indústria das touradas»

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)


Em tempos da COVID-19 e com a mais grave crise económica das últimas décadas, o que poderia ser feito com mais de duzentos mil euros de dinheiro público? Sem dúvida esse dinheiro deveria ser destinado a melhorar o serviço regional de saúde ou a melhorar as condições de vida de todas as pessoas que ficaram sem emprego.

 

 

substour.jpg

 

No entanto, o Governo Regional e as autarquias de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória resolveram o contrário e decidiram dar esse dinheiro a quem já vive de barriga cheia vivendo à custa do retrógrado negócio da tortura animal.


Apesar de este ano as restrições sanitárias decorrentes da pandemia quase não permitirem realizar touradas na região, a indústria das touradas conseguiu fazer grande negócio na mesma graças ao dinheiro público que aparentemente nunca falta para a alimentar, mesmo em tempos terríveis de pandemia e de falência da economia regional.


Assim, o Governo Regional decidiu entregar este ano aos ganadeiros seis mil euros por cada corrida de touros que deixou de se realizar. E igualmente outros 500 euros por cada tourada à corda não realizada, aos quais devem somar-se os mil euros por tourada que vai entregar a Câmara de Angra para 19 touradas à corda. E como se calhar ainda parecia pouco, os ganadeiros vão receber generosamente 15 mil euros do Governo Regional e 11 mil euros da Câmara da Praia como "compensação financeira” pela não realização de touradas.


No total são cerca de 222 mil euros: cerca de 177 mil euros (Portaria n.º 80/2020, 23/06/2020) e 15 mil euros (Portaria n.º 1100/2020, 12/06/2020) entregues por parte do Governo Regional, 19 mil euros por parte da Câmara de Angra (ver Diário Insular, 29/05/2020) e 11 mil euros por parte da Câmara da Praia (ver Praia Expresso, 21/05/2020). Isto para além de todos os subsídios que os ganadeiros recebem regularmente todos os anos.


Como se não bastasse a falta de vergonha neste uso e abuso do dinheiro público, o Governo Regional considera o “lobby” das touradas, representado aqui pela Associação Regional de Criadores de Toiros de Tourada à Corda, como uma "instituição sem fins lucrativos". E apesar desta suposta ausência de fins lucrativos, o Governo não duvida em qualificar o considerável dinheiro dado a esta instituição como "uma compensação financeira pela não realização de touradas”.


Assim, quando o negócio não é bom para a indústria das touradas, todos os açorianos têm de pagar uma "compensação financeira" aos ganadeiros no valor de centenas de milhares de euros. E têm de pagar essa “compensação” mesmo os açorianos, de todas as ilhas, que são contrários às touradas e consideram esta actividade indigna e imprópria de um país civilizado.


Para onde vão parar, portanto, os nossos impostos em tempos de pandemia? Nos Açores, como sempre, pela mão dos nossos governantes e da indústria tauromáquica, o nosso dinheiro serve inevitavelmente para alimentar a repudiada e embrutecedora prática da tortura de animais.»


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
24/09/2020

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:46

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Sexta-feira, 11 de Maio de 2018

Mais de quatro mil assinaturas contra as touradas nos Açores

 

COMUNICADO DO MCATA - Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores

 

AÇORES.jpg

 É deste modo bronco que os açorianos  broncos se divertem...

 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) condena o início de outra época de touradas à corda na ilha Terceira e relembra que são já mais de quatro mil as assinaturas que apoiam a petição “Não mais touradas, com ou sem corda, nem violência contra os animais nos Açores” disponível na plataforma Change.org:

(https://www.change.org/p/assembleia-regional-dos-a%C3%A7ores-n%C3%A3o-mais-touradas-com-ou-sem-corda-nem-viol%C3%AAncia-contra-os-animais-nos-a%C3%A7ores).

 

Os assinantes protestam contra a intenção do Governo Regional dos Açores de introduzir novas alterações à legislação que regulamenta a tourada à corda (entretanto aprovadas na Assembleia Legislativa Regional em Março), considerando que esta prática cruel e retrógrada, que nos envergonha como povo, deveria ser abolida, introduzindo definitivamente o progresso e a modernidade no âmbito das nossas festividades populares.

 

As touradas à corda são responsáveis pela morte e pelo ferimento frequente de numerosos animais, que são abusados inutilmente, para mera diversão humana. São também a causa do ferimento e da morte de seres humanos, calculando-se em cerca de uma pessoa morta e 300 feridos, em média, anualmente. Além do referido, contribuem ainda para uma imagem negativa dos Açores junto de cidadãos nacionais e estrangeiros, que se sentem incomodados ao saber que na região que visitam os animais não são respeitados.

 

Embora haja quem pretenda associar as touradas à corda a tradições religiosas, queremos relembrar aqui as recentes palavras do Pároco dos Fenais da Luz, o Padre Ricardo Tavares: “A tourada é uma prática anticristã, que já foi várias vezes condenada pelos Papas. Inclusivamente a última encíclica do tão aplaudido Papa Francisco, Laudato Si, condena os maus tratos sobre animais. A tourada é uma prática sádica, na qual as pessoas se divertem à custa do medo e do pânico do toiro, além de ser uma actividade bárbara, anticivilizacional e dispendiosa, que queima verbas que podiam muito bem ser canalizadas para uma acção social ou até para o restauro da Igreja.”

 

Infelizmente o Governo Regional e as autarquias da ilha Terceira são mais tradicionalistas que a própria Igreja Católica, e a sua ideia de progresso é manter para sempre associada às festividades populares do nosso povo uma tradição bárbara e violenta como são as touradas à corda.

 

Quantos mais feridos graves e mortos, quantos mais animais feridos e com os ossos partidos, quantos mais turistas envergonhados e constrangidos serão necessários para acabar com o apoio governamental a esta infame actividade própria de outra época?

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

10/05/2018

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:43

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Domingo, 28 de Maio de 2017

AÇORES ILHA TERCEIRA TOURADAS À CORDA MORTOS E FERIDOS DINHEIRO ESBANJADO MUITA CARÊNCIA SOCIAL E MORAL E VIVA O VÍRUS DA ESTUPIDEZ!

Na ilha Terceira (Açores) todos os anos morre em média uma pessoa e 300 ficam feridas nas touradas à corda

 

A “cultura” bronca no seu melhor…

 

TOURADA À CORDA.jpg

Imagem enviada via e-mail (Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:41

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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2016

As touradas contra o turismo nos Açores

 

Comunicado do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

 

TOURO.jpg

 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA), num momento como o actual de grande desenvolvimento do turismo nas nossas ilhas, regista, com muita preocupação, alguns relatos de turistas que são intimidados pela presença de touros soltos quando percorrem alguns dos trilhos pedestres da ilha Terceira. Tal facto cria um clima de insegurança que é exactamente contrário à tranquilidade necessária e desejável para quem se desloca para contemplar as belezas naturais da ilha. Já houve mesmo relato de feridos entre os turistas.

 

Sendo os trilhos pedestres um dos principais pólos de atracção turística da região e dos mais procurados por quem nos visita, não se percebe alguma apatia existente na ilha Terceira que se traduz na falta de criação das devidas condições para a sua utilização.

 

Ao exposto, temos de acrescentar a realização na referida ilha de mais de uma tourada à corda por dia, por vezes cortando o trânsito, paralisando a economia e criando novas e absurdas situações de perigo para os turistas. Segundo notícias divulgadas na comunicação social nos últimos anos, são já vários os turistas que receberam ferimentos graves no decorrer duma tourada à corda, ou simplesmente por se encontrarem nas proximidades no momento da fuga do touro. Este ano foi ainda mais grave, tendo uma turista sido morta.

 

É este o cartaz turístico que os Açores pretendem oferecer a quem nos visita?

 

O MCATA considera delirantes as recorrentes declarações da indústria tauromáquica no sentido de afirmar que as touradas servem para atrair o turismo quando as mesmas são cada vez mais repudiadas a nível internacional. Ainda recentemente um operador turístico da ilha Terceira afirmou que os trunfos para atrair o turismo eram “os toiros, a natureza e a gastronomia”, convidando uma série de agentes de viagens espanhóis para conhecer estas realidades da ilha. O resultado foi o que se esperava: os próprios convidados foram peremptórios em desmentir as palavras do seu anfitrião, afirmando que “o principal trunfo da Terceira no campo turístico reside na natureza”.

 

O negócio das touradas parece ser claramente um entrave para o desenvolvimento do turismo, tanto na ilha Terceira como nos Açores, pois os aspectos negativos de qualquer uma das ilhas ficam, para o turista, associados ao conjunto do arquipélago. A irresponsabilidade e a falta de cuidado no desenvolvimento do turismo de natureza na Terceira, ou em qualquer outra ilha, pode dissuadir novos turistas de visitar os Açores.

 

O MCATA repudia todos os apoios declarados ou encobertos à tauromaquia e considera que devem ser criadas todas as condições para que os turistas se sintam em segurança na ilha Terceira bem como nas restantes ilhas.

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/

27/10/2016

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:16

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Terça-feira, 21 de Junho de 2016

Entregue na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo uma petição para acabar com o financiamento público das touradas

 

Arena vazia.jpeg

Assim são desperdiçados os dinheiros públicos: Arena de Tortura da Ilha Terceira

(Foto de Duarte Roxo)

 

Foi entregue no dia de hoje, 21 de Junho, uma petição para acabar com o financiamento público das touradas por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

 

A petição reuniu até ao momento um total de 2.589 assinaturas, estando ainda a decorrer a sua recolha na plataforma “change.org”: https://www.change.org/p/c%C3%A2mara-municipal-de-angra-do-hero%C3%ADsmo-acabar-com-o-financiamento-p%C3%BAblico-das-touradas-em-angra-do-hero%C3%ADsmo-a%C3%A7ores

 

Os peticionários protestam pelo valor exorbitante de dinheiros públicos que são gastos anualmente por parte da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo na realização da feira taurina que integra o programa das suas festas concelhias. Nos últimos cinco anos foram gastos nesta feira um milhão e trezentos mil euros (1.300.000 euros) de dinheiros públicos e no presente ano a mesma autarquia vai gastar mais cem mil euros (100.000 euros).

 

A este elevado montante devem somar-se ainda, por exemplo, os duzentos mil euros (200.000 euros) que a câmara ofereceu recentemente à indústria tauromáquica com a cessão do direito de propriedade do terreno municipal onde foi construída a praça de touros da ilha Terceira.

 

A petição, criada pelo Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA), considera imoral que num momento de crise para a ilha Terceira, com reiteradas dificuldades e cortes sociais, a mencionada autarquia continue a destinar dinheiro público dos impostos para touradas, em detrimento de verbas para educação, solidariedade social e iniciativas culturais.

 

A petição afirma que as touradas são uma prática anacrónica, baseada na tortura e no sofrimento animal, que não acrescenta nada de positivo à ilha e que envergonha cada vez mais os açorianos e a própria humanidade.

 

Os peticionários, que se consideram chocados com esta situação, apelam à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo para que termine com o financiamento público de touradas.

 

Comunicado do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/

21/06/2016

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:02

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Quarta-feira, 16 de Março de 2016

MAIS DINHEIRO PÚBLICO PARA FINANCIAR UM FÓRUM TAURINO NOS AÇORES

 

AÇORES NA CAUDA DA EVOLUÇÃO

 

AÇORES1.jpg

 

Comunicado MCATA: Mais dinheiro público para financiar um fórum taurino nos Açores

 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) vem uma vez mais alertar a sociedade açoriana acerca dos milhares de euros provenientes de dinheiros públicos que serão gastos para financiar um novo “Fórum taurino” na ilha Terceira. Na edição anterior, realizada em 2014, os açorianos tiveram de pagar a avultada quantia de 90.000 euros para a realização desta reunião de adeptos da prática tauromáquica, correspondendo 60.000 euros a um subsídio atribuído directamente pelo Governo Regional (regista-se que já no ano de 2012 foram atribuídos 75.000 euros).

 

Ainda não é publicamente conhecido o valor total do subsídio que será concedido para a edição deste ano do “Fórum mundial da cultura taurina”, mas já foi tornado público o valor disponibilizado pela Secretaria Regional da Educação e Cultura. De forma surpreendente, a referida Secretaria (Despacho 273/2016) decidiu atribuir aos organizadores do evento a quantia de 1.200 euros apenas para fazer “medalhas comemorativas” e “presentes de boas-vindas”. O MCATA considera que se já é absurdo o facto de todos os açorianos terem de pagar do seu bolso milhares de euros para a realização desta reunião de amigos da tauromaquia, ainda mais absurdo é terem de pagar por algo tão pomposo e ridículo como são umas “medalhas comemorativas” do evento.

 

Num momento de grave situação económica, onde proliferam casos de crescente pobreza, nomeadamente na ilha Terceira, o Governo Regional vai novamente esbanjar dinheiro público para financiar uma reunião sobre uma prática, a tauromaquia, que é rejeitada pela maioria da sociedade açoriana, aquela que precisamente é chamada agora para financiar com toda a pompa e circunstância o objecto do seu repúdio.

 

Ainda mais questionável é o financiamento público deste evento quando na edição de 2012 o subsídio atribuído foi utilizado pelos organizadores, a Tertúlia Tauromáquica Terceirense, para cometer uma ilegalidade, organizando um espectáculo tauromáquico com sorte de varas, prática proibida em Portugal e expressamente rejeitada pela Assembleia Regional dos Açores. Este acto ilegal, que ficou impune apesar dos vários protestos realizados, mesmo dentro da própria Assembleia Regional, não mereceu até agora nenhum tipo de desculpa por parte dos organizadores nem nenhuma explicação por parte do Governo Regional dos Açores.

 

AÇORES2.jpg

 

Por estas razões, o MCATA considera que a realização deste evento vergonhoso para os Açores, que tanto dano pode fazer ao desenvolvimento turístico da região, deve ser cancelado e o dinheiro público inicialmente destinado ao seu financiamento ser usado em políticas que beneficiem realmente e de forma urgente a sociedade, a economia e a cultura açorianas.

 

Comunicado do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

15/03/2016

***

Petição pelo Fim dos Subsídios Públicos à tauromaquia nos Açores 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:59

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Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2015

COMUNICADO DO MCATA IRRESPONSÁVEL PRETENSÃO DE ALGUNS DEPUTADOS DE LEGALIZAR A SORTE DE VARAS NOS AÇORES

 

sortevarasnao.jpg

 

Irresponsável a pretensão de alguns deputados de legalizar a sorte de varas nos Açores

 

Para o Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) constitui uma surpreendente irresponsabilidade política a pretensão de alguns deputados da ilha Terceira ao pretenderem trazer, uma vez mais, para o debate parlamentar regional a legalização da sorte de varas (dissimulada ou não na actualização do regulamento tauromáquico), que consiste numa sangrenta prática de tortura animal proibida em todo o território português e já rejeitada nos Açores.

 

Num momento de graves constrangimentos económicos para a ilha Terceira, como consequência dos despedimentos da base das Lajes, que vêm somar-se aos já suficientemente graves efeitos do empobrecimento generalizado da sociedade portuguesa dos últimos anos, parece que para estes deputados a prioridade resume-se na legalização de uma nova forma de torturar os animais, apenas para satisfação de ideias retrógradas duma pequena minoria de terceirenses que envergonha o conjunto dos cidadãos açorianos.

 

É surpreendente também que num momento de grave crise económica para a Terceira, estes deputados nada tenham a propor para além da promoção duma actividade esbanjadora de dinheiros públicos como são as touradas. O governo regional e autarquias esbanjam cada ano nesta prática perto de 580 mil euros de dinheiros públicos, que saem do bolso de todos os contribuintes açorianos, através de apoios e subsídios directos ou indirectos à tauromaquia.

 

Assim, num momento em que se pede para a ilha Terceira a solidariedade de todos os açorianos e de todas as ilhas, todas elas com os seus próprios problemas sociais e económicos, e em que o governo regional pretende canalizar importantes quantidades de dinheiro para a revitalização económica da Terceira, a atitude dos mencionados deputados só pode ser considerada leviana na medida em que a introdução da sorte de varas, uma prática anacrónica rejeitada pela maioria dos açorianos e condenada em quase todo o mundo, para além de incrementar o esbanjamento de dinheiros públicos só poderá contribuir para a má imagem da região junto dos potenciais visitantes.

 

Num momento que em Portugal já é considerado delito, condenado penalmente, torturar animais (infelizmente com uma absurda excepção para os touros), num momento em que a prática da tauromaquia é abolida em todo o mundo civilizado, estes deputados da Terceira, em pleno século XXI, só pensam legalizar uma prática que leva a um maior derramamento de sangue e que eleva a tortura infligida a uns animais inocentes. Levados pela sua irresponsabilidade, o seu único interesse parece ser denegrir a imagem dos Açores como destino turístico e envergonhar e denegrir todos os açorianos como seres civilizados.

 

A região não é pertença de um pequeno grupo de interessados economicamente nesta prática, e por isso, é um assunto que diz respeito a todos açorianos que insistem em não querer os Açores salpicados de sangue.

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

29/01/2015

Fonte:

http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/2015/01/comunicado-mcata-irresponsavel.html

 

 

 

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:05

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Segunda-feira, 7 de Julho de 2014

COMUNICADO DO MOVIMENTO CÍVICO ABOLICIONISTA DA TAUROMAQUIA NOS AÇORES (MCATA): NÃO MAIS MORTOS E FERIDOS NAS TOURADAS À CORDA

 
 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) lamenta profundamente a morte de mais uma pessoa, neste caso, a de um homem de 62 anos, durante a realização de uma tourada à corda na ilha de São Jorge. Esta morte é mais uma que vem somar-se à de um homem de 78 anos na ilha da Graciosa, em 2013, e à morte de um homem na ilha do Pico, em 2012. Assim, a trágica estatística das mortes nas touradas à corda na região situa-se, no mínimo, numa pessoa morta por ano.

 

Para além das pessoas que morrem, o número de feridos graves nas touradas à corda é bastante maior, como indicam os casos que chegam a ser conhecidos apesar de, no geral, raramente serem noticiados. No total, o número de feridos graves e ligeiros nos Açores como consequência das touradas à corda estima-se em mais de 300 em cada ano.

 

Estes números são necessariamente aproximados em virtude dos feridos e mesmo dos mortos resultantes das touradas à corda, não serem mencionados, na maioria das vezes pela comunicação social. Aliás, é lamentável que, no caso da pessoa recentemente falecida em São Jorge, a comunicação social tenha centrado a notícia exclusivamente nas dificuldades da evacuação médica, que não contestamos, chegando mesmo a não referir, muitas vezes, que a causa primeira da morte foram os ferimentos ocasionados durante uma tourada.

 

Todas estas mortes inúteis e todos estes numerosos feridos, graves ou ligeiros, poderiam ser facilmente evitados com a definitiva abolição das touradas nos Açores e a sua substituição por eventos culturais que, longe de cultivar a violência e a morte, fomentassem a alegria de viver e o respeito pelas pessoas e pelos animais.

 

É cada vez mais evidente, nos Açores e em todo o mundo, que está na hora de acabar com esta barbárie absurda e sem sentido, permitindo aos povos evoluir e entrar definitivamente num progresso cultural próprio do século XXI.

 

Porém, longe deste entendimento, as touradas à corda continuam a receber apoios públicos por parte do governo regional e das autarquias açorianas.

 

Os governantes fecham os olhos à realidade e parecem varrer os mortos e os feridos para debaixo do tapete.

 

Mas, ainda são também de lamentar as outras vítimas das touradas à corda: os touros. Infelizmente não são raros os casos de animais que chegam a morrer durante as touradas. São conhecidos casos de touros que morreram de esgotamento e outros que morrem ao embaterem contra um muro. São frequentes também os casos de animais que acabam gravemente feridos, perdendo um ou os dois cornos ao embaterem contra as paredes e muros, ou partindo ossos ao escorregar ou saltar nas ruas. É, ainda, comum ver touros com ferimentos, sangrando e sem que por isso se interrompa a festa.

 

Apesar de tudo isto, lamenta-se que alguns políticos ainda considerem as touradas como simples “brincadeiras” com os animais.

 

Partilhando o sentir da maioria da sociedade açoriana, o MCATA considera que não é admissível haver mais nenhuma morte nem mais feridos por causa das touradas à corda.

 

Por último, o MCATA apela às entidades que têm responsabilidade na matéria para que atuem sem mais demora.

 

Comunicado do

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

03/07/2014

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:00

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Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2014

COMUNICADO DO MCATA A PROPÓSITO DAS RECOMENDAÇÕES DA ONU RELATIVAMENTE AOS EFEITOS NOCIVOS DA VIOLÊNCIA TAUROMÁQUICA SOBRE CRIANÇAS

 

(A lei portuguesa “proibia” crianças menores de 6 anos a assistir a touradas… Como podemos ver nesta imagem, temos ali até um bebé de colo, com a chupeta na boca…

Além disso a “sorte de varas” é uma modalidade proibida e no entanto está bem visível a sua publicidade.

Quem estará encarregado de fazer cumprir as leis em Portugal? Poderemos confiar nas autoridades? Não me parece… I.A.F.)

 

***

 

Comunicado do MCATA:

http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/2014/02/a-proposito-das-recomendacoes-da-onu.html

 

A propósito das recomendações da ONU

 

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) congratula-se com o reconhecimento por parte do Comité dos Direitos das Crianças da ONU de que a tauromaquia é um espectáculo violento que coloca em risco a saúde física e mental das crianças que assistem ou participam nela.

 

Que a tauromaquia é um espectáculo violento é um facto de inegável evidência. Na arena o animal é progressivamente torturado, sofre o espetar de ferros de 6 cm, os seus músculos do pescoço são seccionados e perde uma abundante quantidade de sangue. Ao que ainda é preciso acrescentar toda a tortura a que o animal é submetido antes e depois do espectáculo, onde acaba por ser abatido.

 

São conhecidos vários estudos realizados por psicólogos de diferentes países que alertam para os riscos existentes para a saúde mental das crianças que são obrigadas a assistir à violência dos espectáculos tauromáquicos. Podemos citar, por exemplo, os estudos do Dr. Jean-Paul Richier, que recentemente enviou ao presidente do governo dos Açores e à Assembleia Regional uma carta alertando para esses perigos.

 

O MCATA considera também positiva a medida do governo da República de elevar para doze anos a idade mínima para assistir a espectáculos tauromáquicos, ainda que ache que esta medida é claramente insuficiente pelo facto de não proteger as crianças a partir dessa idade. No entender de diversos estudos, a assistência a qualquer espectáculo violento desta natureza nunca deveria ser permitida a menores de 16 anos.

 

O MCATA quer ainda alertar para a grave situação de desrespeito pelos direitos das crianças que se vive repetidamente na ilha Terceira. Ano após ano, durante as Sanjoaninas é organizada, na praça de touros, uma “tourada para crianças”, espectáculo sangrento onde os touros são submetidos à tortura das bandarilhas e onde participam crianças em contacto directo com os mesmos. Também é organizada na rua uma “espera de gado para crianças”, onde estas são expostas a um evidente perigo físico. Além do referido, é ainda possível verificar em todas as touradas organizadas na ilha Terceira a presença ilegal de crianças menores de seis anos entre os espectadores, chegando-se ao cúmulo de, em algumas touradas, ser oferecida a entrada gratuita aos menores de dez anos.

 

Todas estas situações têm sido repetidamente denunciadas pelo MCATA. Mas o governo regional e as autarquias, financiadores destes eventos, nunca tomaram as devidas medidas para proteger as crianças, naquilo que constitui um vergonhoso desrespeito pelos seus direitos.

 

O MCATA confia em que, para bem das crianças e do progresso civilizacional, a recente decisão da ONU venha a fazer reflectir as autoridades regionais e locais e se traduza na tomada de medidas que acabem com a vergonhosa situação existente nos Açores.

 

Comunicado do 

Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)

26/02/2014

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:19

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Terça-feira, 18 de Junho de 2013

MOVIMENTO CÍVICO ABOLICIONISTA DA TAUROMAQUIA DOS AÇORES (MCATA) MANIFESTA QUE AS TOURADAS NÃO TRAZEM NENHUM BENEFÍCIO ECONÓMICO

 

 

Esta imagem mostra a “cultura” açoriana. Muito civilizada, não?

 

 

Comunicado

 
Muitas vezes é afirmado que as touradas são uma mais-valia económica para a ilha Terceira, por movimentar um importante volume de negócio no sector da venda de comidas e bebidas. Mas a verdade é que estes benefícios, que favorecem  um sector económico certamente bastante reduzido, não dependem realmente da realização de touradas e sim da realização de qualquer tipo de festividade, como fica demonstrado pela idêntica vitalidade que este sector experimenta nos eventos e festividades sem nenhuma relação com a tauromaquia ou também nas numerosas festas, sem touradas, que acontecem nas outras ilhas.


E se olhamos para o produto mais consumido durante as touradas, a cerveja, vemos que, sendo este um produto importado, produzido fora da região, o seu consumo não traz nem produz nenhuma riqueza. Antes pelo contrário, é dinheiro que sai da região.


Falando propriamente das touradas, estas apresentam muitos aspectos económicos puramente negativos. Para começar, como acontece com qualquer tipo de espectáculos, as touradas não são uma actividade produtiva. Economicamente não produzem nenhuma riqueza nem recursos, unicamente os consomem.


Consomem, por exemplo, o dinheiro que durante as festas do Espírito Santo deveria ser destinado à solidariedade, à partilha, à oferta aos mais carenciados da sociedade, e que no entanto acaba por ser gasto maioritariamente nos touros. É portanto um dinheiro que, longe de respeitar o significado tradicional das festas, longe de ajudar as pessoas necessitadas da freguesia, cada vez mais abundantes nas atuais circunstâncias, é gasto no efémero espectáculo dos touros, sem proveitos, e que ainda acaba por levar algumas pessoas feridas para o hospital.


Consomem também o dinheiro das autarquias, como a de Angra do Heroísmo, que oferece cada ano 150 mil euros só para a realização de touradas de praça. E também consome muito dinheiro que o governo regional deveria destinar a políticas sociais muito mais necessárias mas que acaba, no entanto, por ir parar a futilidades como os 75 mil euros gastos num fórum tauromáquico ou os 150 mil euros gastos num monumento ao touro. Todo somado, o dinheiro público mal gasto no espectáculo das touradas dá uma elevadíssima quantia anual que a ilha, no actual contexto económico, não pode permitir-se desperdiçar por mais tempo.


E ainda podemos falar dos efeitos negativos para a economia que a contínua realização de touradas, mais de uma por dia, acaba por ter na produtividade dos terceirenses. Ou também das pastagens, públicas e privadas, destinadas actualmente para a cria de gado bravo e que não são aproveitadas para a produção de riqueza. Ou também do efeito negativo que as touradas têm sobre o turismo, quando os turistas estrangeiros procuram principalmente um turismo de natureza, oposto ao maltrato animal que é repudiado e considerado ilegal nos seus países.


Assim, para o MCATA fica claro que as touradas são na realidade um enorme buraco negro para a economia da Terceira e que a ilha só ganhava reduzindo o seu número ou mesmo acabando, no futuro, definitivamente com elas.

 

Açores, 17 de Junho de 2013

 

A Equipa do MCATA

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:09

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