Portugal será um País a sério?
É lícito um presidente da República rebaixar-se a este ponto?
Medalha de Mérito para quem, cobardemente, tortura seres vivos já moribundos e indefesos (têm os cornos serrados, ou embolados) diante de uma plateia (se bem que minguada) de sádicos?
Que mérito terão os cobardes?
Veja-se nesta imagem o patrocínio da cerveja Sagres e da revista Caras (não se esqueçam de boicotar uma e outra) e nem a Bandeira Nacional escapa, pois é conspurcada neste ritual primitivo, com uma assistência cada vez mais minguada...
As Medalhas de Mérito, numa situação normal, são atribuídas a pessoas, individuais ou colectivas, que se distinguiram por actos cívicos ou relevantes para a sociedade.
Que actos cívicos ou relevantes para a sociedade realizam os forcados?
Isto só num país que bateu no fundo.
Perdeu-se a dignidade, a honra, o bom senso, a lucidez…
Quem foi agraciado com a Medalha de Mérito, deveria devolvê-la, porque ela já não vale nada.
Será verdade que o presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, irá medalhar uns sujeitos que nada mais fizeram do que massacrar seres vivos já bastamente torturados numa arena?
Isto é inacreditável! Inconcebível! Irracional.
Agora entende-se por que a selvajaria tauromáquica, embora um cadáver de pés na cova, ainda não foi enterrada de vez: mentes antigas persistem em manter vivo um costume de bárbaros, que só sobrevive à custa dos dinheiros públicos desviados das coisas essenciais: Saúde, Educação, Cultura…
Nesse dia, no antro do campo pequeno (a nódoa negra de Lisboa) Cavaco Silva assistirá à tortura de touros, à antiga portuguesa (a modalidade mais bárbara da tauromaquia, onde até os cavalos são massacrados) que antecede à “medalhação” de forcados que durante 100 anos torturaram touros moribundos e indefesos.
Isto será da racionalidade?
Direi como George Orwell:
«Caímos tão fundo que atrever-se a proclamar aquilo que é óbvio transformou-se no dever de todo o ser inteligente»
Uma capital da velha Europa que em 2015 ainda mantém a prática da selvajaria tauromáquica tal como em 1580, quando Filipe I de Portugal (II de Espanha) introduziu este costume bárbaro para recrear uma realeza decadente e inculta, não merece outra coisa senão ser distinguida pelos abolicionistas com a “Estrela de Ferro” que, este ano, “galardoará” todos os municípios portugueses, associações, instituições e empresas que apesar de toda a contestação a nível mundial, ainda teimam em apoiar este costume bárbaro, que não dignifica Portugal nem os Portugueses, em pleno século XXI.
Origem da imagem do Brasão de Lisboa:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:LSB.png
O socialista e aficionado António Costa que, por coincidência, hoje pediu a demissão das suas funções como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, teve oportunidade de retirar a capital de Portugal do rol das localidades portadoras de um atraso civilizacional vergonhoso, nos tempos que correm.
Mas não o fez.
Pelo contrário, teve a ousadia de atribuir a medalha de mérito municipal grau ouro (decisão unânime da edilidade em Setembro de 2009), a um forcado, que mais não fez do que, cobardemente, torturar touros moribundos, indefesos, feridos na alma e no corpo, ao longo de uma vida completamente inútil.
Algo que nem os mais primitivos homens das cavernas o fizeram.
Com este acto insólito, aquele “galardão” municipal perdeu todo o seu significado simbólico, e o socialista e aficionado António Costa, candidato a primeiro-ministro de Portugal entrou para a lista dos proscritos que aplaudem o sofrimento de um ser vivo para se divertirem à maneira dos broncos.
Abrir este link para mais informação acerca deste acto insólito
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/tortura-gratuita-e-humilhacao-de-475652
A arena do campo pequeno, em pleno coração de Lisboa, continua de portas abertas á selvajaria tauromáquica.
Desde 2013, quando se declarou oficiosamente a Abolição da Tauromaquia, não houve qualquer esforço por parte dos responsáveis autárquicos, nem dos deputados da Assembleia da República (sediada em Lisboa) para limpar Lisboa desta nódoa negra, que besunta as belezas naturais e a história gloriosa da antiga Olisipo.
O ferro é considerado um metal vil.
E vil é a condição da capital de Lisboa, como uma cidade pró-tourada. A vergonha da Europa.
É urgente limpar esta nódoa, para que Lisboa possa respirar plenamente o ar cristalino da modernidade, e poder receber a “Estrela Dourada” dos que pugnam pela Evolução, pela Cultura Culta e pela Civilização.
«“O que é que eu faria diferente?
Não faria nada! (…) Não mudava nada! (…) Não me arrependo de nada, de ter sido forcado, porque não era a pessoa que eu sou hoje. Eu costumo dizer que não fui forcado, eu sou forcado. É uma maneira de estar, é uma forma de encarar a vida. (…) Se eu conseguisse recuperar o meu maior sonho era vestir uma jaqueta e voltar a pegar um toiro»
Se eu conseguisse recuperar, o meu maior orgulho era vestir uma jaqueta e voltar a pegar um toiro!”
Nuno Carvalho, no programa Boa Tarde na SIC»
Fonte:
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Se isto é verdade, Nuno Carvalho-Mata, dou-te os meus pêsames.
Tiveste a oportunidade de sair da lama, de ainda poderes vir a ser um verdadeiro HERÓI, apesar do teu passado ser sórdido.
E recusaste.
2013 é o ano/limite para todos os arrependimentos.
Mas o arrependimento é para os sábios.
Persistir no erro é dos ignorantes.
Optaste por continuar no erro.
Entrarás para o «Livro Negro da Tauromaquia» como um cobarde torturador de Touros moribundos.
E será assim que os teus filhos, os teus netos, os teus bisnetos, os filhos dos teus bisnetos e o mundo te recordarão.
As palavras que ficam escritas nunca poderão ser apagadas.
Perdeste, para sempre, a oportunidade de te libertares.
Eis o vídeo (***) em que o Nuno diz ao Mundo que ficou do loado da ignorância: