Um Portugal tão pequeno, com tantas tragédias maiores do que ele, será um país a sério?
E para António Costa o que se passou em Monchique foi um sucesso, e a grande vitória foi não haver mortos, como se salvar vidas não fosse o dever máximo de um governo. Como é possível um primeiro-ministro vangloriar-se do sucesso do seu DEVER?
Origem da imagem:
https://radioregional.pt/incendios-de-monchique-ja-destruiram-mais-de-21-mil-hectares/
Os 27 mil hectares de área ardida (algo que, diz quem sabe, poderia ser evitado) a flora e a fauna destruída, as casas e empresas ardidas, as mais de três dezenas de feridos, a incompetência e a descoordenação dos meios, o deixa-andar, a falta de uma política florestal, a continuidade da política-zero dos governos anteriores também foram um sucesso?
Espero bem que os Portugueses abram os olhos, e nas próximas eleições legislativas saibam penalizar quem não tem o mínimo sentido do DEVER.
Isabel A. Ferreira
Se o primeiro-ministro tivesse um pingo de dignidade pedia a demissão.
No ano passado foi o que foi, em Pedrógão. Este ano é o que está a ser, em Monchique, (à excepção dos mortos) devido à descoordenação, à incompetência, ao deixa-andar, à continuação da falta de uma política florestal a sério.
Monchique estava sinalizado. E o que se fez? Nada.
Este governo, e todos os governos anteriores têm culpa no cartório. Falta-lhes dignidade e honestidade políticas.
António Costa vem agora a público atirar areia para os nossos olhos, como se fôssemos todos muito parvos.
Abram os olhos, portugueses! Estão a ser comidos por lorpas!
Foto: FILIPE FARINHA
Não é só no que toca à política florestal, que continua a ser zero, que esquerda e direita dão as mãos. Que fossem só essas as mãos dadas! A política de António Costa, em muitas mais áreas é uma política nitidamente à direita. O PS de Costa está de mãos dadas com o PSD e CDS/PP em muitas outras matérias, como por exemplo, na abolição da selvajaria tauromáquica (onde também está incluído o PCP, que se diz de esquerda) para referir apenas uma, das mais gritantes.
O governo de Costa, se tivesse um pingo de dignidade, ter-se-ia demitido, já no ano passado, devido à descomunal tragédia dos fogos de Pedrógão; devido ao roubo das armas num paiol do Estado; devido ao fracasso das políticas do Ensino, da Cultura, da Saúde; devido à absurdez da venda da Língua Portuguesa ao Brasil; devido a esta mediocridade em que Portugal está atolado, vivendo apenas em prol dos estrangeiros, que não vêm a Portugal devido ao bom clima, ou à segurança, ou à boa gastronomia, ou à amabilidade dos Portugueses. Eles vêm a Portugal, porque aqui são BAJULADOS, só falta lamber o chão por onde pisam, numa subserviência vergonhosa. Quando vamos nós lá fora, somos tratados com uma notória indiferença. E esta vocação para lacaios que me dá náuseas.
Mas há muito mais.
Não, ninguém que já passou pelo Poder, teve “os frutos da horta" no devido lugar, para SERVIR o País. E duvido sequer, que os tenham.
Dizem-me que o meu tipo de retórica serve a direitalha. Pois o meu tipo de retórica é do tipo livre. Porque, para mim, esquerdalha e direitalha, para mim, que sou anarquista pacifista, tal como Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Luther King (meus mestres na arte da não-subserviência) são todos farinha do mesmo saco. Costa devia demitir-se porque é politicamente desonesto. Não aprendeu nada com o fracasso de Pedrógão. O fracasso repetiu-se em Monchique, à excepção dos mortos. E mais fracassos ainda virão.
E nem sequer teve a hombridade de vir a público dizer que o governo, uma vez mais, FALHOU em Monchique. E continuará a falhar, porque é um governo tão incompetente como todos os seus antecessores.
O governo de Costa limitou-se a seguir os erros do PSD e CDS/PP (farinha do mesmo saco) cuja política florestal foi ZERO.
Ainda está por se instalar em São Bento um Governo que Governe, e não seja governado por interesses estrangeiros e por lobbies.
E o presidente de TODOS os portugueses, desta vez, não foi a Monchique, para não atrapalhar. Porquê? Talvez porque andasse ocupado e preocupado em banhar-se, por aí, com a comunicação social atrás dele.
E como não sou escrava do Poder, mas uma cidadã livre-pensadora, que vejo, ouço e leio, e não posso ignorar os desmandos de um Poder apodrecido, gasto e incompetente, como posso levar esta classe política a sério?
Isabel A. Ferreira