Sábado, 29 de Julho de 2017

Contestação do Livro «1808», de Laurentino Gomes

 

 

Dom João VI – Como um Príncipe Valente Enganou Napoleão e Salvou o Reino de Portugal e o Brasil

 

(Contestação do livro «1808», de Laurentino Gomes)

(2ª edição corrigida e aumentada)

 

© Isabel A. Ferreira

(Este texto não pode ser reproduzido, no todo ou em parte, por qualquer processo mecânico, fotográfico, electrónico, ou por meio e gravação, nem ser introduzido numa base de dados. Difundido ou de qualquer forma copiado para uso público ou privado, além do uso legal como breve citação em artigos e críticas, sem a prévia autorização, por escrito, da autora).

 

17580446_NcaNG[1].jpg

Imagem © Joana A. Ferreira)

 

A minha "Contestação" refuta o modo como a história de Dom João VI foi apresentada pelo jornalista brasileiro Laurentino Gomes, no seu livro «1808 – Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil», cuja narrativa amesquinha Portugal, a Monarquia Portuguesa e os Portugueses, e é excessivamente desprestigiante para Dom João VI que, apesar de não ter sido “talhado” para reinar, reinou o melhor que pôde, conservando a dinastia de Bragança e o império português, com dignidade, não se vergando ao grande e poderoso Napoleão Bonaparte, que subjugou praticamente todos os monarcas europeus da época - mas não Dom João VI, a quem o próprio Napoleão reconheceu tal mérito.

 

Escrevi uma nova versão intitulada «Dom João VI – Como um Príncipe Valente Enganou Napoleão e Salvou o Reino de Portugal e o Brasil (Contestação ao Livro «1808», de Laurentino Gomes…» o qual repõe o período da História narrado no «1808», integrando as circunstâncias dos acontecimentos históricos apresentados no contexto da época; analisa, sem preconceitos, as acções e consequências dos actos assinalados; e realça as virtudes da alma grande portuguesa, em contraponto ao que escreveu Laurentino Gomes.

 

Esta 2ª versão foi corrigida e aumentada no seu conteúdo, tendo sido acrescentadas notas marginais e a bibliografia consultada, e foi prefaciada pelo jurista brasileiro Arthur Virmond de Lacerda.

 

Para Laurentino Gomes, Dom João VI foi um rei covarde.

 

Para a autora desta «Contestação» e para muitos outros historiadores, Dom João VI foi um rei corajoso, que deixou uma obra notável no Brasil.

 

Ao ler-se o livro de Laurentino Gomes chega-se ao final com a ideia de que os Portugueses foram (e ainda são) Feios, Porcos, Maus e Ignorantes.

 

Os factos que Laurentino narrou, fora do seu contexto, soam a preconceito.

 

Logo, defender a Honra e a História de Portugal foi um dever que se impôs à autora.

 

Deixo aqui os links para esta narrativa que repõe os factos históricos comuns ao Brasil e a Portugal.

 

(I Parte)

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-485068

 

(II Parte)

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-485454

 

(III Parte)

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/contestacao-ao-livro-1808-de-laurentino-487321

 

(IV Parte)

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/dom-joao-vi-como-um-principe-valente-489691

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:47

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Segunda-feira, 4 de Abril de 2016

ESTRELA DE FERRO PARA LOCALIDADES PORTUGUESAS COM SIGNIFICATIVO ATRASO CIVILIZACIONAL

 

Tendo em conta a densidade populacional do Norte do País, onde se encontram os municípios aos quais foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução, é fácil concluir onde está instalado o maior atraso civilizacional de Portugal

 

19416725_N92ie[1] FERRO E OURO.jpg

 

Eis os municípios portugueses que envergonham Portugal:

 

Abiul (Pombal), Alandroal, Albufeira, Alcácer do Sal, Alcochete, Aldeia da Ponte (Sabugal), Alfeizerão (Alcobaça), Almeirim, Alpalhão (Nisa), Alter do Chão, Amarante, Amareleja (Moura), Angra do Heroísmo, Arraiolos, Arronches Arruda dos Vinhos, Azambuja.

Baião, Barrancos, Barreiro, Beja, Benavente, Bencatel (Vila Viçosa), Bombarral, Benedita.

Caldas da Rainha, Calheta (Açores), Campo Maior, Cartaxo, Casével (Santarém) Castelo Branco, Cuba.

Elvas, Estarreja, Estremoz, Évora.

Figueira da Foz, Foz do Sisandro.

Garvão, Golegã.  

Idanha-a-Nova, Ilha Terceira.

Leiria, Lisboa.  

Messejana (Aljustrel), Moita, Monforte, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Montijo, Moura, Mourão.

Nazaré, Nisa.

Óbidos, Odemira, Oliveira do Bairro.

Palmela, Pinhal Novo (Palmela), Pinhel, Pombal, Ponte de Lima, Portalegre, Portel, Póvoa de Varzim (que, entretanto, se declarou anti-tourada)

Redondo, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior.

Sabugal, Salvaterra de Magos, Samora Correia (Benavente), Santana da Serra, Santarém, São João da Pesqueira, São Manços, São Marcos do Campo, Serpa, Setúbal, Sobral de Monte Agraço, Sousel.

Tomar.    

Viana do Alentejo, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Mil Fontes (Odemira), Vila Viçosa.  

Urros (Mogadouro.)

 

Estas são as localidades portuguesas às quais foi atribuída a Estrela de Ferro da Involução, do retrocesso, da perda de qualidades benéficas (como força e inteligência), do retorno a um estado primitivo, pela prática bárbara da selvajaria tauromáquica ainda enraizada nos hábitos dessa populações que se recusam a evoluir.

 

Como pode ver-se, as Estrelas de Ferro concentram-se nos concelhos situados mais a sul do País, a esmagadora maioria portadores de um atraso civilizacional bastante acentuado, os quais, à excepção de Lisboa, uma capital que se diz europeia, mas ainda deve uma boa quantia à evolução (pois aqui estão concentrados os maiores defensores das touradas: os GOVERNANTES), são bastante menos populosos do que os concelhos mais a norte que evoluíram e deram as costas a este costume antigo e bárbaro, herdado dos espanhóis que assentaram arraiais em território português em 1580, com o Rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).

 

Em 1640, porém, a monarquia espanhola foi expulsa do nosso país, mas deixou-nos de herança o lixo tauromáquico que a monarquia portuguesa e mais tarde os republicanos mantiveram por mera ignorância e interesses económicos, e que os actuais ditos governantes de esquerda continuam a manter pelos mesmos motivos.

 

Nada parece ter mudado em relação à mentalidade retrógrada que caracterizou o tempo da monarquia, e depois o dos republicanos que se diziam melhores do que os anteriores, contudo, continuaram a ser retrógrados, ao impingirem-nos uma ditadura.

 

Depois de longos anos de escuridão, a esperança surgiu numa manhã de Abril, mas foi sol de pouca dura, porque passado o momento do entusiasmo que a miragem da liberdade, arrastando uma promissora mudança de Poder, proporcionou, o tempo das trevas regressou, fantasiado de democracia, pois se nem um governo, (agora) dito de esquerda, consegue afastar o lixo, não só tauromáquico, mas também outros lixos herdados dos regimes retrógrados anteriores!!!

 

***

E eis-nos chegados ao ano de 2016, ainda enlaçados na conspurcada herança dos monarcas espanhóis, e na política salazarista de manter o povo ignorante e submisso.

 

***

No norte do País, à excepção de Ponte de Lima  e um ou outro concelho que pontualmente se verga à máfia tauromáquica, os municípios evoluíram e aboliram do seu território a selvajaria tauromáquica, mas apenas Viana do Castelo se declarou anti-tourada.

 

Por isso, às localidades implantadas nesse território, livre do lixo tauromáquico, foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:15

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Terça-feira, 28 de Julho de 2009

Afinal, não fui só eu a contestar…

 

No Brasil, os ecos à «CONTESTAÇÃO» do livro «1808», do jornalista brasileiro, Laurentino Gomes, têm sido mais do que muitos. Recentemente, tenho recebido bastantes mensagens sobre o assunto, e para mim é sempre reconfortante, saber que o meu trabalho faz eco, em terras tão longínquas, como o Brasil ou os Estados Unidos da América…
 
O que me fica de tudo isto e me deixa preocupada, é que no Brasil, agora um país independente, os Brasileiros cultos e bem informados têm defendido o seu passado histórico, muito mais do que os Portugueses, quando esse passado é comum aos dois países.
 
Aos Portugueses, enrolados no seu umbiguinho, tanto se lhes faz, como se lhes fez, se houve um jornalista que nos deixou de rasto, como povo, num livro onde tudo é preconceito de um ex-ex-ex-colonizado que resolveu mal a sua ligação com o passado. E isto é péssimo, porque significa que ou em Portugal não há gente culta e bem informada; ou está desinteressada pelo que a rodeia; ou o seu complexo de inferioridade é tão grande, tão grande, que tudo o que os “estrangeiros” dizem sobre nós, é bem dito; ou ainda porque existe um preconceito altamente pernicioso em relação à Monarquia Portuguesa, à qual Portugal deve quase tudo o que é hoje, inclusive a sua existência como país independente.
 
E quem não consegue admitir o seu passado, com as suas venturas e as suas desventuras, é muito pobrezinho de entendimento.
 
 
Desta vez, enviaram-me este texto, de Arthur Virmond de Lacerda Neto que, de um modo muito mais assertivo, disse o que talvez eu tivesse deixado nas entrelinhas do meu livro «CONTESTAÇÃO».
 
Um texto absolutamente brilhante, inserido no blogue do autor, que passo a transcrever na íntegra.
 
 
UM MAU LIVRO: «1808»
 
                                                                                         
Por Arthur Virmond de Lacerda Neto
                                                                                              arthurlacerda@onda.com.br
                                                                                             
 
Da autoria de Laurentino Gomes, "1808" (editora Planeta, 2008) é um mau livro, pela sua inclinação, pelo seu apelo comercial e pelo amadorismo com que foi concebido.
 
A sua inclinação é negativista, detratora de Portugal e fomentadora da muito famigerada lusofobia, desprezo e ódio de muitos brasileiros pelo nosso passado colonial e pela nossa origem portuguesa.
 
Todo historiador é livre nos seus juízos, com que avalia personagens, considera-lhes a atuação, julga-lhes o papel, descreve conjunturas, enfatiza aspectos. Diante da massa de informações de que dispôs, na farta bibliografia relativa ao Brasil colonial, a D. João VI e o seu tempo, o autor selecionou aspectos que enfatizam negatividades, em uma maledicência que se observa, por exemplo, na descrição de Salvador colonial (cidade suja, decadente, tipicamente portuguesa na sua falta de planejamento, com casas repugnantemente sujas, em que o vice-rei dançava na igreja de modo indigno, em que os senhores faziam de cafetões das suas escravas. Páginas 114 a 116);  ao descrever o Rio de Janeiro de então (em cujas casas havia sujeira e preguiça; cuja limpeza cabia aos urubus e era infestada de ratos. Página  157); ao apodar a corte de ociosa, corrupta,  perdulária, voraz e cara (páginas 150 e 189), que veio acompanhada por aventureiros sem princípios (página 188) e cujos integrantes ambicionavam enriquecer à custa do Estado mais do que servir ao bem comum (página 189); ao caracterizar D. João VI, como despreparado para reinar, tímido, supersticioso, feio, temeroso de caranguejos e trovoadas (página 32).
 
Assinala-se, neste livro, um empenho pela difamação ou, quando menos, uma animadversão anti-lusitana que se intensificam nos capítulos 11, "Uma carta", e 21, "Os viajantes".
 
O capítulo vigésimo primeiro contém uma série de excertos de relatos de viajantes estrangeiros que percorreram o Brasil colonial ou já elevado a Reino Unido. Dentre as dezenas de narrativas, Laurentino Gomes ateve-se às de Maria Graham, de Koster, Mawe, Henderson, Burchell e Saint-Hilaire, de que excertou observações tais como: pena o Brasil não haver sido colonizado por uma nação ativa e inteligente (página 263), os nordestinos são desonestos (página 267), a colônia é preguiçosa e descuidada, sem vocação para o trabalho, de povo analfabeto, inculto e desinstruído (página 268); em São Paulo abundava a sujeira e a prostituição (página 270).
 
A história deve-se escrever com verdades, custe o que custar observá-las e admiti-las (no caso de informes porventura desconfortáveis à sensibilidade do leitor, ao patriotismo ou a outros valores quaisquer), ao mesmo tempo em que os depoimentos de época devem submeter-se à análise crítica, de que resulte a determinação do seu valor como expressão da realidade. Abonadores ou depreciativos, valem como informações localizadas, porventura parciais,  a que se pode e deve associar outras, de outras fontes, e sobretudo as que resultem de investigações profundas: foi o de que se absteve Laurentino Gomes, que  admitiu a palavra dos viajantes sem mais critério do que o seu conteúdo desabonador.
 
Do acervo pletórico de informes transmitidos pelos viajantes, ele preferiu, sistematicamente, as notas pejorativas, as passagens caracterizadoras de uma realidade sempre lamentável, de um estado de coisas vergonhoso.
 
Constitui o undécimo capítulo a uma verdadeira excrescência: nele se reproduz, por inteiro, a carta de Luiz Marrocos ao seu pai, de 12 de abril de 1811, em que reporta ele, acerca da fragata que levou, de Lisboa ao Rio de Janeiro, uma parte da biblioteca real: a água potável achava-se corrupta e infestada de bichos, a carne salgada e a cordoalha apodreceram, as velas avariaram-se, a medicação é insuficiente, a tripulação não presta.
 
Das 186 cartas conhecidas de Luiz Marrocos (página 80), o autor reproduziu precisamente a que apresenta um quadro deplorável de uma fragata portuguesa, especialmente importante por haver trazido parte da livraria da coroa.
 
É estranhável instituir-se um capítulo cujo único teor corresponde à reprodução de uma carta em livro que não se ocupa da biografia do missivista, que não lhe estuda o epistolário, que não transcreve nenhuma outra carta. Tal capítulo representa uma anomalia, em face do conjunto do livro. Ele existe, contudo, porque atende ao  mesmo fito que animou Laurentino Gomes na seleção das passagens a que me referi: ele serve para difamar Portugal e quanto se lhe refira.
 
Ao manusearem-se livros ilustrados, o leitor dirige-se, quase instintivamente, às gravuras, movido pela curiosidade: as respectivas legendas é o que, tendencialmente, também se lê, em uma vistoria superficial de livro que não se leu.
 
O que o leitor encontra nas legendas de 1808 são informações, também elas, depreciativas: a prataria e 60.000 esquecidos no cais, na correria da partida da corte; a corte fugiu; D. João teria vencido os franceses, "se tivesse coragem" para tal; ele era "tímido, feio, inseguro", "de aparência grotesca"; Carlota Joaquina era "feia, maquiavélica e infeliz"; a corte era "corrupta e perdulária".
 
Há, em «1808», uma atitude psicológica: a de achincalhar e  amesquinhar,  o que transformou-o, de livro de informação histórica, que deveria ser, em veículo de um dos piores males da psicologia do brasileiro, a lusofobia,  desprezo por Portugal, pela colonização do Brasil, pelas nossas origens históricas.
 
As passagens excertadas contêm a expressão da lusofobia, padrão de entendimento e de sentimento que se instalou no sistema psicológico de muitos brasileiros, que os leva a desmerecer a cultura portuguesa e a acusar a colonização que Portugal desenvolveu no Brasil. Como todo preconceito, ele equivale a uma falsificação da realidade, em desprezo, injusto, do objeto a que se refere.
 
Este preconceito surgiu ao tempo da independência do Brasil, como reação da população colonial, no seu anseio pela emancipação política, e mantém-se como  renegação da origem histórica do brasileiro.
 
Com inverdade e injustiça, propalam-se, mesmo nas escolas, informações vexatórias, que mantêm a lusofobia, como as de que o Brasil teria sido colonizado por degredados e por prostitutas, que a então colônia era depósito de criminosos, que a colonização holandesa teria sido preferível à portuguesa. Nem fomos colonizados pela escória de Portugal, nem o Brasil foi valhacouto de delinqüentes, como, sobretudo, a presença holandesa no nordeste foi, a todos os títulos, detestável.
 
Resultados da lusofobia são a debilitação do sentido de identidade cultural dos brasileiros; o desprezo de muitos deles pelo passado nacional; a vergonha das nossas origens; o complexo de inferioridade do brasileiro face ao estrangeiro e a admiração, muitas vezes ingênua, por este; o desprezo do idioma português; o vezo de ridicularizar o país e o povo de que provimos; a debilitação do patriotismo como  amor ao país e esforço pelo melhoramento da vida coletiva.
 
A lusofobia, infelizmente, existe e mantém-se: «1808» mantém-na e a veicula.
 
Da leitura do quadro de misérias, cuidadosamente constituído por Laurentino Gomes, não haverá brasileiro que não se sinta entristecido, quiçá revoltado e, certamente, envergonhado das nossas origens e de parte do nosso passado.
 
Felizmente há, no Brasil, livros recomendáveis de autores respeitáveis: Oliveira Lima, Pedro Calmon, o Visconde de Porto Seguro, Rocha Pombo, David Carneiro, Mário Neme, Afonso de Taunay, Capistrano de Abreu, Eduardo Bueno e tantos outros.
 
«1808» é um livro de leitura fácil, na sua redação intencionalmente singela, vocacionada ao acesso do grande público. É altamente louvável que se redatem livros deste tipo, como forma de se difundir conhecimento e de favorecer o gosto pela leitura, aspecto em que merece todo o louvor. Fácil ou difícil, nada compensa, todavia, o seu maniqueísmo maledicente, a sua parcialidade  no  critério de seleção das informações e  a perniciosidade dos efeitos psicológicos que provocará em muitos leitores.
 
É um livro também ruim pelo seu apelo comercial, visível no seu sub-título, estampado na capa: «Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil».
 
Na adjetivação patenteia-se, indisfarçavelmente, a lusofobia do autor; o tom bombástico destina-se a suscitar a curiosidade por meio do seu apelo sensacionalista, semelhantemente a uma cartaz comercial ou a um anúncio de telenovela do tipo "Amor e morte; intriga e paixão na novela das 20h00". Um livro a sério não necessita de semelhantes mesquinharias; aliás, um livro a sério repele-as.
 
Amador na área dos estudos históricos, o seu autor qualifica-o, estranhamente, de "investigação jornalística" e jacta-se de haver lido mais de 150 livros que lhe serviram de fontes: com bem menos, outros autores produziram obras que enriqueceram honrosamente o acervo bibliográfico brasileiro.
 
E recebeu o prêmio Jabuti de 2008...
 
 
Fonte:
 
 http://arthurdelacerda.spaces.live.com/blog/cns!754449FAEB345E0A!263.entry
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 14:35

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