Terça-feira, 27 de Novembro de 2018

AGORA JÁ SABEMOS: MARCELO REBELO DE SOUSA EVITA FALAR NO AO90 PARA “NÃO ABRIR UMA QUERELA”

 

Signifique isto o que significar. Tenha a intenção que tiver.

Porém, a verdade não é que Marcelo evita falar, a verdade é que Marcelo recusa-se a falar sobre algo que está a afectar gravemente a sociedade portuguesa (e apenas a sociedade portuguesa, e mais nenhuma outra sociedade da dita lusofonia) naquilo que, culturalmente, ela tem de mais precioso: a Língua Materna. Marcelo emudeceu desde que foi a Moçambique e regressou com a intenção de reabrir o debate. Cá chegado, parece que levou com uma moca na cabeça, e, como se diz por aí, perdeu o pio.

 

MARCELO.png

Origem da imagem: Internet

 

E o silêncio não é compatível com a Democracia (se não me engano, foi da boca da senhora Ministra da Justiça, que ouvi esta frase, num canal de televisão, já não me lembro a propósito de quê).

 

Mas sim, é verdade. O silêncio de Marcelo não é compatível nem com a Democracia, nem com a transparência que se espera de um Chefe de Estado, que vê (ou não verá?) o seu maior símbolo a destruir-se, afundado na ilegalidade e na inconstitucionalidade, e tudo isto a ser contestado bastamente pelos portugueses, e Marcelo cala-se, sabe-se agora, para «não abrir uma querela».

 

Aconteceu no passado dia 19 de Novembro do corrente ano, em entrevista à Rádio Nacional de Angola. Questionado, entre outras questões, sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que Angola ainda não ratificou, tal como Moçambique, Timor-Leste e Guiné-Bissau, Marcelo Rebelo de Sousa disse esta coisa curiosa: evita pronunciar-se, “para não abrir uma querela”, embora acompanhe “com interesse” as posições dos vários países da CPLP.

 

O que o nosso Chefe de Estado se esqueceu de dizer foi que segue com manifesto desinteresse todos os protestos que diariamente muitos portugueses lhe dirigem a este propósito, e que, questionado sobre o assunto, recusa-se a responder.

A Rádio Nacional de Angola teve sorte.

 

E Marcelo disse mais. Disse que: «Muito ruído introduzido pela minha pronúncia não facilitava a convergência», e defendeu a necessidade de “aproximar realidades que têm muito em comum, mas, legitimamente, têm posições próprias”. Essa é uma matéria que poderá vir, porventura, a ser equacionada, se os responsáveis políticos entenderem que merece, a nível de CPLP ou a nível meramente informal, uma troca de impressões adicional no futuro”.

 

Isto foi o que o actual Presidente da República Portuguesa se lembrou de dizer sobre esta questão gravíssima, que já gerou o caos ortográfico em Portugal e mantém as crianças portuguesas na ignorância da própria Língua Materna.

 

Repare-se no jogo de Marcelo: «Muito ruído introduzido pela minha pronúncia não facilitava a convergência». Mas que convergência? Se apenas Portugal está interessado em ajudar o Brasil a impor a sua grafia, para “dominar o mundo” como já ouvi dizer? Não esquecer de que as reformas de 1911 e  1945 foram rejeitadas pelo Brasil; não esquecer que essas reformas não impuseram uma ortografia estrangeira;  não esquecer que o Brasil, de ex-colónia passou a uma potência estrangeira, e nem Portugal, nem nenhum outro país da CPLP tem de adoptar a grafia de uma ex-colónia sul-americana,  se têm uma Língua culta e europeia como língua oficial, ainda que nessa ex-colónia eles sejam milhões. Nos EUA eles também são milhões, e nem por isso a Inglaterra abdica da sua British Language.

 

Que necessidade é essa de aproximar realidades, se essas realidades já estavam aproximadas, antes de imporem o AO90, e neste momento estão desaproximadas, porque apenas Portugal está a aplicar a grafia brasileira preconizado pelo AO90? E como é óbvio e salutar, cada país, dito lusófono, legitimamente tem posições próprias, porque todos têm personalidade própria e são países livres. Não têm de estar a seguir o Brasil, nesta coisa da ortografia. Cabo Verde, já se desligou. E os restantes países não se vergaram. Só Portugal, servilmente, se vergou.

 

E isto não é assunto para resolver no futuro, senhor Presidente da República Portuguesa.

É assunto para resolver hoje, agora, imediatamente. Urgentemente, antes que disto saia uma geração cheia de analfabetos funcionais, como já existem na função pública servilista, nas escolas servilistas, na comunicação social servilista e nos anunciantes e demais  cidadãos desinformados.


Os outros países, ditos lusófonos, não têm pressa em resolver isto, porque não correm o risco de se encherem de analfabetos funcionais, por não aplicarem o AO90.

 

Mas, nós, Portugueses, temos urgência em eliminar este acordo, porque foi introduzido em Portugal ilegalmente, à força e, em muitos casos, mediante chantagem. E as crianças portuguesas estão a ser as mais prejudicadas. E isto constitui um crime de lesa-infância.

 

Portanto, senhor Presidente da República Portuguesa, é da maior prioridade que V. Exa quebre o silêncio e abra todas as querelas necessárias, para que este acordo à portuguesa seja eliminado da face da Terra, por não servir a lusofonia.

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da notícia:

https://observador.pt/2018/11/19/marcelo-admite-que-se-pode-ir-mais-longe-na-liberdade-de-circulacao-dos-nacionais-da-cplp/#

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 12:04

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Quarta-feira, 13 de Abril de 2016

MINISTRA DA JUSTIÇA ADMITE NECESSIDADE DE ALTERAR CÓDIGO CIVIL EM RELAÇÃO AOS ANIMAIS

 

A Senciência Animal é uma realidade que ninguém pode ignorar, a não ser que não vivam no século XXI d. C.

 

Congratulo-me com esta abertura por parte da Senhora Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e com o Deputado do PAN, André Silva, que levou à Assembleia da República um discurso novo.

 

Este é o avanço de que Portugal precisa, para poder ser considerado um país realmente evoluído.

 

ANDRÉ.jpg

Origem da foto:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1277820695581431&set=a.148486151848230.26807.100000605386955&type=3&theater

 

Estará a Senciência Animal a caminho de Portugal?

 

«Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer" Jeremy Bentham

 

- Ministra da Justiça defende que animais deixem de ser “coisas” no Código Civil, na conferência organizada hoje pelo PAN na Assembleia da República "Reflexão sobre a lei da criminalização de maus tratos a animais".

 

***

«O PAN – Partido Pessoas, Animais, Natureza vai apresentar no Parlamento esta sexta-feira um projecto destinado a alterar o estatuto jurídico dos animais, de forma a que a lei os deixe de encarar como coisas e passe a conferir-lhes uma nova categoria intermédia entre os objectos e as pessoas.

 

A necessidade de alterar o Código Civil nesta matéria foi reconhecida esta terça-feira pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, numa conferência promovida pelo PAN na Assembleia da República. Admitindo que a lei que criminaliza os maus tratos, com escasso ano e meio de vigência, também precisa de ser aperfeiçoada, a governante defendeu que se deixe amadurecer a sua aplicação antes de levar a cabo quaisquer alterações. Posição diferente tem a ministra sobre a mudança do estatuto jurídico dos animais, que entende que pode avançar já, assim o entenda o Parlamento.

 

Essa é também a esperança do deputado do PAN, André Silva, que depois de ter falado com os diferentes grupos parlamentares entende existir consenso suficiente para fazer aprovar uma alteração legal que, mais do que consequências práticas, diz ter um valor proclamatório. Afinal, observa, não é possível maltratar uma coisa.

 

E o número de queixas apresentadas às autoridades por maus tratos ou abandono está a aumentar exponencialmente. Segundo dados apresentados pela PSP, ao longo de 2015 foram apresentadas 728 denúncias, cem das quais logo no primeiro trimestre do ano. Mas entre Janeiro e Março deste ano o número de queixas praticamente duplicou em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Perfil do criminoso

 

O GNR tentou esboçar um perfil deste tipo de criminosos: são maioritariamente homens, mas só no caso dos maus tratos; quando se trata de abandono, eles e elas estão sensivelmente em pé de igualdade. Trata-se de pessoas mais velhas e, pelo que já foi estudado nalguns países, muitos deles já têm cadastro por outros crimes. Uma procuradora que se especializou na matéria, Eunice Marcelino, confirma-o: “Há uma profunda ligação destes a outros crimes, nomeadamente à violência interpessoal, e a problemas de saúde mental”. Quem abusa dos animais é mais propenso a maltratar crianças e mulheres, dizem alguns estudos.

 

Além de querer sanar a lei dos maus tratos das suas numerosas incongruências, André Silva vai apresentar um terceiro projecto na Assembleia da República para a permitir a entrada de animais de companhia em estabelecimentos comerciais. No que diz respeito ao estatuto jurídico dos animais, foram os próprios socialistas a propor, na anterior legislatura, a sua alteração – o que voltarão a fazer na actual legislatura, quando o assunto for agendado, explicou ao PÚBLICO o deputado do PS Pedro Delgado Alves, adiantando que isso deverá suceder até ao Verão. Por outro lado, o grupo parlamentar do PS reconhece falhas na lei que criminaliza os maus tratos, fruto de um acordo com a anterior maioria PSD/CDS que implicou cedências de ambas as partes. “Estamos disponíveis para melhorar o texto da lei”, refere o mesmo deputado.

 

Para o PAN, em causa está, por exemplo, a punição prevista para quem matar um animal de companhia, que só sucede, segundo a letra da lei, se lhe essa pessoa causar previamente sofrimento ao bicho. E o que fazer quando o dono resolve envenená-lo? Como provar que foi mesmo ele, e não um vizinho mal-intencionado, o autor do crime? As mortes praticadas “de forma mais insidiosa”, por vezes para contornar a criminalização dos maus tratos, exigem técnicas de investigação que nem sempre são baratas, assinalou outro orador da conferência, o major Ricardo Alves, da GNR. Uma análise toxicológica para determinar se houve envenenamento pode custar cem euros. Não é incomum os donos dos animais recorrerem a fertilizantes que usam nos seus terrenos para se verem livres deles, assinalou.

 

O destino dos animais retirados aos donos por maus tratos constitui outro problema. Têm de ser entregues a centros de recolha. Mas que condições têm estes centros? Uma dirigente da associação de defesa dos animais Midas, Lígia Andrade, explicou na conferência desta terça-feira como o resgate de uma centena de animais de um abrigo ilegal sem condições de higiene ou salubridade na zona de Matosinhos, no final do ano passado, descambou na sua colocação num canil “que não tinha capacidade para acolher mais de 50”, enquanto o Ministério Público não decidia o seu destino.

 

A mesma responsável também relatou o caso de um gato com problemas de insuficiência renal que ficou oito meses num canil, à espera de uma decisão de um tribunal, em vez de ser dado para adopção. “Felizmente sobreviveu”, observou Lígia Andrade. A alteração do Código Civil pode evitar que casos como estes continuem a suceder, considera Eunice Marcelino.

 

Outra insuficiência apontada à lei que criminaliza os maus tratos, quer por activistas quer por juristas que estudaram o assunto, relaciona-se com o facto de ela se restringir aos bichos considerados de companhia – deixando assim de fora um enorme universo de animais, dos que actuam nos circos até aos animais de trabalho ou de caça. André Silva explica que isso faz com que dois cães da mesma ninhada possam ter graus de protecção legal diferentes, se um for usado na caça e outro mantido como animal de companhia.

 

A proposta de permissão de entrada de animais em estabelecimentos comerciais é aplaudida pelo bastonário dos veterinários, Jorge Cid, no entender de quem essa possibilidade deve ser alargada aos transportes públicos. E não deverá enfrentar objecções do PS, pelo que diz Pedro Delgado Alves: “Em teoria nada temos a opor”.»

 

Fonte:

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/animais-em-vias-de-deixarem-de-ser-encarados-como-objectos-1728823?page=-1

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 11:43

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Quarta-feira, 8 de Outubro de 2014

Apelo aos governantes para que acabem com o nosso sofrimento, acabando com o sofrimento dos Touros e Cavalos torturados nas arenas

 

Eis um caso de saúde mental pública que deveria ser levado ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, cuja missão é a de verificar o respeito dos princípios da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, assinada por Portugal.

 

«Acabar com o sofrimento» dos Touros e Cavalos, que que o nosso sofrimento se amenize, é uma razão mais do que suficiente, para que as autoridades portuguesas ponham um fim definitivo à selvajaria tauromáquica, que, diariamente, açoita a alma dos seres compassivos.

 

Já nos basta padecer com o sofrimento de milhares de crianças que morrem de fome e de sede; com o sofrimento de milhares de pessoas que são torturadas e mortas às mãos de assassinos islâmicos e outros; com o sofrimento de milhares de crianças vítimas de pedófilos aberrantes; enfim… tanta miséria humana!...

 

Touro torturado.jpg

Imagem do mais profundo sofrimento...

Quem é capaz de dizer que este Touro não sofreu? Basta observar a sua expressão de dor, uma dor que nos rasga a alma como se dilacerassem a nossa própria carne…

 

É que nós, seres sensíveis e solidários, sofremos a mesma dor que todos os animais sofrem. E os danos psicológicos, que nos causa essa dor, são gigantescos e concretos.

 

Somos quase diariamente agredidos com notícias e imagens que nos magoam, apenas porque os governantes portugueses, rendidos a um lobby inculto, de duas dezenas de famílias mal formadas, simplesmente assim o querem.

 

Por desconhecimento da verdade? Então diremos a verdade: a tauromaquia é uma forma de agressão como qualquer outra. E esta, pior do que muitas, pois vem de quem tem o dever supremo de nos proteger dessa agressão, e não protege.

 

Podemos pois culpar os governantes portugueses do facto de andarmos doentes da alma. Sofridos. Amargurados. Afectados com a dor dos animais.

 

Podemos culpar os governantes portugueses de sacrificarem touros, bezerros, vitelos, novilhos e cavalos, seres extremamente sensíveis, a um lobby inútil, que insulta a Humanidade com a sua baixeza de carácter, torturando animais como nós, por dinheiro e para divertir gente insana.

 

Temos de levar as nossas queixas ao Tribunal dos Direitos do Homem, sim, porque nenhum governante tem o direito de nos agredir deste modo insano, agredindo mamíferos sencientes, que nos são tão próximos.

 

O sofrimento do outro (seja esse outro quem for) atinge-nos de um modo brutal, provocando-nos uma doença angustiante, para a qual não existem químicos que a trate: a dilaceração da alma, que só terá cura com a supressão do mal que está na origem dessa dor.

 

***

Vejamos o que nos diz, sobre esta matéria, Marius Donker, um humanista e activista holandês de grande saber e sensibilidade, num magnífico texto que escreveu, intitulado «Stop Suffering», que todos os governantes devem ler, especialmente os ministros da Saúde e da Justiça.   

 

«Stop Suffering»

 

«O objectivo dos nossos esforços é acabar com o sofrimento dos touros, bezerros, novilhos e cavalos nas corridas de touros, assim como em todos os “espectáculos” onde sejam maltratados. Se acabarmos com o sofrimento deles, também acabaremos com o nosso.

 

O meu professor de Psiquiatria Social disse-me uma vez que “se eu fosse testemunha de todo o sofrimento humano que ocorresse numa só noite, na cidade, passaria o resto da minha vida encerrado num hospital psiquiátrico”.

 

Uns meses mais tarde, no sótão escuro de um hospital, vi o corpo ainda quente de uma mulher jovem e formosa que se enforcou, com a ilusão de que a sua morte poderia deter o sofrimento deste mundo. Inclusive, assistir ao sofrimento pode conduzir-nos à loucura; é uma ameaça para a saúde mental de todos, novos e velhos.

 

O sofrimento das pessoas, dos animais e da natureza é transmissível. Se a natureza sofre, os animais e as pessoas também se vêem afectados. Nós, que temos um vínculo estreito com os nossos animais de estimação, sabemos que eles e as pessoas são capazes de cruzar a fronteira entre as espécies e partilhar o sofrimento mútuo.

 

Os seres sensíveis expostos ao sofrimento de qualquer forma de vida sentem-no como uma doença. Não podemos escapar ao impacto físico e mental das imagens, do som e do odor do sofrimento.

 

Portanto, devemos detê-lo.

 

Com respeito às acções que temos realizado até ao momento, parece-me que gastamos demasiada energia e dinheiros em esforços que têm pouco efeito. Com algumas pequenas variações, as nossas campanhas tocam principalmente às mesmas portas, e são contestadas pelos mesmos rivais, que utilizam basicamente os mesmos argumentos. Os desejos de mudança vêem-se prejudicados por redes internas, fechadas em si mesmas.

 

Lutar contra uma (falsa) cultura ou (falsa) tradição supõe ter de se lutar contra um povo protegido pela sua Nação, pela União Europeia e pela UNESCO.

 

Estes alvos são mais difíceis de combater.

 

A (falsa) cultura e a (falsa) tradição – tal como a religião – são conceitos discutíveis, com uma longa história e ambivalência que não podem ser eliminadas da noite para o dia.

 

No entanto, infligir dor e morte são acções concretas que podem ser suspendidas no acto.

 

Podemos ter êxito defendendo a cultura e a tradição, mas nunca defendendo o sofrimento causado pelas mesmas.

 

(Até porque cultura e tradição nada têm a ver com tortura e sofrimento.)

 

Quais são os direitos que temos para proteger as pessoas, os animais e a natureza do sofrimento?

 

Todos os “direitos” são invenções humanas baseadas em interesses humanos. Os direitos são passivos, sem efeito, até que sejam activados por nós, os seres humanos, e se transformem numa legislação sólida e obrigatória.

 

Está claro que os animais dependem de nós para activar esses direitos, deste modo, a aplicação dos direitos dos animais – e os direitos da natureza – é um dever humano. Quero fazer finca-pé neste ponto: é nosso dever como seres humanos acabar com o sofrimento. Consequentemente, temos o direito, como seres humanos, de exercer o nosso dever de humanos para que o sofrimento acabe.

 

Sugiro que nos concentremos numa temática fácil: «Acabar com o sofrimento”, uma vez que não nos podem vencer com a lógica, a moral e a ética. Se nos apoiarmos neste princípio não nos veremos arrastados em discussões sobre o valor das “tradições”, dos níveis “aceitáveis” do sofrimento, de ser vegetariano, etc..

 

«Acabar com o sofrimento» tem como objectivo a prevenção: trata-se de detê-lo antes que ele comece, não a metade do caminho ou depois de ele já ter causado dano.

 

Do ponto de vista legal poderia significar uma mudança de abordagem, desde a proibição de corridas de touros à proibição de todos os meios que são instrumentos da tortura e da matança, e a proibição de todas as fontes relacionadas com os danos da saúde mental pública.

 

E necessitamos da protecção jurídica para exercer o nosso dever de seres humanos de acabar com o sofrimento, preferencialmente reconhecido como um direito humano.

 

Uma vez que uma legislação imperfeita apoia as violações aos direitos dos animais, é necessário, sobretudo, acabar com uma legislação socialmente injusta para com os animais.

 

Sob o ponto de vista médico/psicológico cabe destacar o impacto físico e mental do sofrimento que é igual e transferível no animal homem bem como no animal não humano, incluindo o impacto social e económico dos danos causados à saúde pública, na nossa sociedade.

 

E poderia ser útil assinalar que o sadismo socialmente aceite não só é um problema de saúde mental, como também uma ameaça à ordem pública.

 

Ao sermos inferiores em fundos, devemos reflectir sobre as nossas estratégias, bem como a efectividade e eficiência das nossas campanhas e reuniões.

 

Necessitamos de muitos apoios para sermos eficazes.

 

«Acabar com o sofrimento» atrairá mais apoio do público em geral do que o nosso problema específico da corrida de touros. Encontro o mesmo compromisso entre os amigos que protegem e regatam os animais de rua, e os defensores das focas, baleias, golfinhos, elefantes, rinocerontes, lobos e da natureza selvagem.

 

Inúmeras organizações de direitos humanos e organizações de protecção animal partilham o nosso compromisso.

 

Por que não partilhar os nossos objectivos e acções comuns com estruturas sólidas e eficazes?

 

Sugiro que abramos a nossa rede, actualmente fechada, para construir ou ampliar estruturas e redes eficazes. Com a mensagem «Acabar com o sofrimento» simplificamos o nosso objectivo, teremos mais apoio, restringiremos e condensamos os nossos argumentos e eliminaremos discussões sobre detalhes irrelevantes.

 

A acção directa contra o sofrimento no nosso próprio terreno tem prioridade, uma vez que estamos familiarizados com os nossos próprios problemas regionais, a cultura, os políticos, as administrações e as suas possíveis soluções. O importante é estar onde e quando precisarem de nós.

 

Uma rede internacional pode ser útil no intercâmbio de informação, experiências, estratégias e pontos de vista dos seus membros. Mas nunca poderá orientar-nos nas nossas acções locais.

 

Deste modo, peço-vos que tenham em conta estas sugestões e espero os vossos comentários.

 

Creio que podemos ser mais eficazes se mudarmos a nossa abordagem e abrirmos a nossa rede actualmente fechada, a fim de atrair um apoio massivo para conseguir um objectivo mais realizável.»

Marius Donker

 

***

Posto isto, o único caminho é acabar com o nosso sofrimento, acabando com o sofrimento dos animais que nos estão mais próximos.

 

Os governantes não têm o direito de nos provocar dor, mantendo uma lei injusta para com os animais humanos e  animais não-humanos.

 

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:20

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Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2013

O ex-forcado Nuno Carvalho-Mata deixou-se vender por cem mil Euros

 

Um apelo ao ex-forcado Nuno Carvalho, em nome da Humanidade

Consultar aqui:

http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/225621.html

 

Farias tudo de novo, não é Nuno? Não te arrependeste de nada...? Então é porque valeu a pena teres ficado confinado a uma cadeira-de-rodas...  

 

 

 

 O Nuno ficou tetraplégico, muito pior do que imaginávamos.

 

 

O Nuno ficou TETRAPLÉGICO, de livre e espontânea vontade, quando TORTURAVA um Touro MORIBUNDO, no campo pequeno, um lugar sangrento, envolto em odores medievais, no meio de LISBOA, uma capital europeia, que envergonha o mundo civilizado, ao ser cúmplice de uma Lei que promove a CRUELDADE.

 

O Touro, com toda a legitimidade que lhe assiste, e reunindo todas as suas derradeiras forças, tentou defender-se daquele “abraço” COBARDE, e apanhou, em cheio, o seu carrasco.

 

O Nuno estava naquela arena por vontade própria, e o pior, depois de tudo o que lhe aconteceu, foi ele dizer:  «Tornava a fazer o mesmo». 

 

Isto é que é ser inteligente! É a inteligência podre dos tauricidas.

 

Como se isto não bastasse, os seus cúmplices, com uma verdadeira devoção manhosa, decidiram torturar mais Touros e Cavalos, para HOMENAGEAREM e angariarem dinheiro manchado de sangue, para o ex-forcado.

 

O Nuno Carvalho-Mata deixou-se vender barato. Não aprendeu nada.

 

O campo pequeno (o nome apropria-se bastante ao que lá se passa) encheu-se de aficionados, torcionários, sádicos, forcados, e toda a espécie de animais humanos-predadores, que o ovacionaram (à maneira do circo romano, quando aquela gente alienada e inculta se punha em pé, e gritava histericamente, diante de um gladiador estraçalhado), como se ele, o Nuno, tivesse salvado a humanidade, evitando que um louco premisse um botão e uma potente bomba atómica despedaçasse o Planeta Terra.

 

O que se passou no campo pequeno, numa LISBOA medieval, capital de Portugal, ontem, dia 17 de Fevereiro de 2013, diz bem da IGNORÂNCIA, da ESTUPIDEZ, da SELVAJARIA, da INCULTURA que o governo português promove.

 

Os coitados, que participaram neste festival sangrento, para homenagear alguém que tornaria a ficar tetraplégico, mil vezes, se fosse preciso, e por livre vontade, pois faria tudo outra vez... não tem culpa da pobreza mental demonstrada, e que a medievalesca RTP1 noticiou, como se o Nuno estivesse a receber o Prémio Nobel da Inteligência

 

A culpa, é de um governo que não tem a mínima noção do RIDÍCULO e é absolutamente SERVIL ao grupo de pressão tauromáquico que o ESCRAVIZA.

 

Este acontecimento macabro, ficará para a História, no «Livro Negro da Tauromaquia», que está a ser escrito, para perpetuar o tempo em que criaturas das trevas deambulavam por aí, em pleno século XXI depois de Cristo.

 

Assim, tal e qual.

 

***

 

E o que aconteceu ao António Costa, o tal director de um Blogue chamado “Sortes de Gaiola”, o qual incorreu em vários crimes tornados públicos, a propósito da manifestação anti-tourada?

 

Alguma autoridade o abordou para que pagasse pelo que fez?

 

Por muito menos já vi gente a ser “engaiolada”. Mas não este.

 

Querem que acreditemos nas autoridades portuguesas?

 

A lista de crimes a denunciar a instâncias superiores é longa.

 

A Ministra da Justiça anda sempre com o FIM DA IMPUNIDADE na boca, mas ao que parece, não passa de palavras mal ditas.

 

Vamos esperar para ver o que acontece.


A propósito do Nuno, leiam mais aqui:

 

http://pelostourosvivos.blogspot.pt/

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:36

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