Uma vergonha para Portugal, que tem leis de protecção animal, que não saem do papel, pois não são cumpridas, nem há quem as faça cumprir. (Isabel A. Ferreira)
No passado dia 20 do corrente mês, teve lugar na Estrada Nacional 17-1, entre Miranda do Corvo e Lousã, um grande acidente com um veículo que transportava centenas de animais vivos, que ficaram gravemente feridos, e em consequência disso, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) questionou o Ministério da Agricultura quanto às condições em que o mesmo teve lugar e quanto à actuação das autoridades com vista a dar cumprimento às disposições em matéria de bem-estar animal.
Segundo informação obtida de diversas fontes, Inês de Sousa Real, líder parlamentar e deputada do PAN, salientou que o condutor do veículo não ficou ferido, porém, os animais que transportava ficaram gravemente feridos e em agonia. «Várias pessoas tentaram dar apoio, mas a estrada foi fechada. O cenário existente era de muitos animais mortos, mas ainda mais animais em sofrimento”, lamentou a deputada.
De acordo com os dados que foram disponibilizados por testemunhas no local, não só cerca de 100 animais terão morrido, como foram observadas situações de desrespeito pelo sofrimento animal, como o caso de uma pessoa a pontapear repetidamente um porco, para este não se afastar do local.
«Tão ou mais grave foi o facto de, passadas mais de nove horas, vários animais ainda ali permaneciam gravemente feridos, sem qualquer tipo de socorro”, critica Inês de Sousa Real. Na verdade, e segundo os relatos disponíveis, acrescenta a deputada do PAN, “só após nove horas, foram finalmente transportados, com destino ao matadouro, sendo que nem nessa altura foram tratados com dignidade, tendo sido, segundo testemunhas, puxados pelas orelhas, empurrados e puxados pelas patas partidas, em violação clara as normas comunitárias e nacionais vigentes”.
Face a este grave acidente, o PAN já interpelou o Ministério da Agricultura, liderado por Maria do Céu Albuquerque, atendendo a que o bem-estar animal é um bem jurídico reconhecido quer pela legislação europeia, quer pela legislação nacional, sendo proibida qualquer violência injustificada contra animais.
Mediante este facto, nada abonatório para Portugal, o PAN pretende saber se, na sequência do acidente e do inadequado tratamento dos animais, foi levantado algum auto de notícia por contra-ordenação, por violação das disposições legais. Pretende ainda o PAN que o ministério responda sobre quais as medidas que irão ser adoptadas para prevenir estas situações no futuro, nomeadamente no que respeita à prestação das autoridades policiais presentes no local.
«Autarquia lamenta o sucedido e diz que o animal não ficou ferido. Bloco de Esquerda e PAN exigem esclarecimentos.»
A autarquia de Benavente justifica a barbárie dizendo que o touro não ficou ferido?
Dizer isso demonstra uma ignorância crassa. Apetece-me dizer, porque isto tira-me do sério, que se ateassem fogo às "hastes" (e estou a ser educada usando um vocábulo civilizado) dos autarcas que disseram esta barbaridade, eles também não ficariam feridos, muito pelo contrário, até agradeciam, porque ter as "hastes" a arder é divertidíssimo!!!!
Tenham paciência, que sejam parvos, nada contra, mas não queiram fazer os outros de parvos.
E atenção! As “picarias” também se realizaram, e também são ILEGAIS.
«O Ministério Público abriu um inquérito crime sobre os "touros de fogo", actividade que se realizou nos dias 22 e 23 durante a Festa da Amizade, em Benavente.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a secção de Benavente do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) - comarca de Santarém - anuncia que foi determinada a "abertura de inquérito para efeitos de investigação da eventual prática de crime relacionada com a actividade "touros de fogo".
Na investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela GNR.
BE e PAN exigem esclarecimentos
O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre os "touros de fogo" nas festas de Benavente, uma prática "evidentemente ilícita e alvo de justa indignação".
O BE quer saber, através do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, se estavam presentes forças policiais no evento, se tentaram impedir o acto ilícito e que medidas estão as entidades competentes a desenvolver para identificar os responsáveis pelo acto e para a sua responsabilização.
O PAN - Partido dos Animais e Natureza dos Animais e da Natureza já questionou a ministra da Administração Interna sobre o sucedido nas festas de Benavente.
"Apesar das várias interpelações do partido e de outras entidades aos órgãos de polícia criminal, estes alegadamente estiveram presentes no local das festividades e nada fizeram para impedir a tentativa ou consumação desta prática ilícita e atentatória do bem-estar e da integridade física do animal", pode ler-se na página no Facebook do partido.
Um grupo de populares colocou fogo nos chifres de um touro, na madrugada do último sábado, denunciou o PAN e vários populares nas redes sociais, vendo-se imagens do animal com os chifres em chamas.
Autarquia lamenta o sucedido e diz que o touro não ficou ferido
A actividade "touros de fogo" consta do programa da Festa da Amizade, na página na Internet da autarquia, mas o presidente da Câmara disse à agência Lusa que foi retirada depois de um parecer desfavorável da Direcção-Geral de Veterinária.
Carlos Coutinho explica que a actividade havia sido colocada no programa sem conhecimento prévio do município, que apoia a festa organizada pelas comissões da Sardinha Assada e da Picaria, tendo quinta-feira sido decidido cancelá-la, depois de ser reconhecido que esta não é uma tradição do concelho e de ser recebido o parecer da Direcção-Geral de Veterinária, pedido pelos organizadores.
O autarca argumenta que o incidente ocorrido na madrugada de sábado, durante a festa que decorreu no final da semana na vila, não se enquadra no chamado "touros de fogo" que se pratica em Espanha, em que são colocados nos cornos do touro panos embebidos num líquido inflamável posto a arder enquanto o animal corre num espaço aberto, provocando queimaduras e ferimentos.
"O que aconteceu não foi 'touros de fogo'. Algumas pessoas decidiram colocar uma pequena estrutura em ferro acoplada aos cornos de um touro, onde colocaram pequenos foguetes usados nos bolos de aniversário que arderam durante 30 ou 40 segundos. Não provocou qualquer ferimento no animal, ao contrário do que sucede em Espanha", disse Carlos Coutinho, que lamentou o sucedido.»
Fonte:
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Senhor Carlos Coutinho, mais valia ter ficado CALADO.
Justificar um crime deste modo tão básico, não lembraria nem ao mais analfabeto cidadão de Benavente.
Sabemos que estamos em ano de eleições autárquicas, mas isso não deve servir para o “vale tudo” com o objectivo de angariar votos de um povo muito dado à selvajaria tauromáquica, que permanece inculto, graças ao apoio da autarquia.
Além disso, ainda há o crime das “picarias” que se realizaram, apesar de serem uma actividade também ilícita.
Mas aqui nem sequer está em causa a ilicitude da barbárie. Está em causa acções próprias de um povo primitivo e encruado, desadequadas ao século XXI da era cristã.
Benavente está no rol das localidades mais atrasadas civilizacionalmente.
Uma autêntica vergonha!
«ANIMAIS DE PECUÁRIA
"Eu gostaria de lhe dizer que o deputado do PAN não é mais amigo dos animais do que aqueles que neste momento exercem funções de máxima responsabilidade no Ministério da Agricultura", disse a André Silva o Ministro da Agricultura, durante a audição da passada quarta-feira.
Guardem bem as palavras de Luís Capoulas Santos que irão ouvir/ler neste vídeo, porque infelizmente e muito proximamente teremos que lembrar o Ministério das atrocidades que continuam a ser cometidas juntos dos ditos animais de produção.
Em todo o Orçamento do Estado não encontramos nenhuma vez qualquer expressão relativa a bem-estar animal ou protecção animal. Nem uma. E, para que conste, os problemas com os animais de pecuária não se resolvem depois de terem acontecido. Os problemas devem ser antecipados, e daí a importância que o Orçamento do Estado tem também nesta matéria.
PAN - A causa de tod@s»
Concordo plenamente com esta intervenção do PAN.
Existe um vazio deplorável na AR no que diz respeito a esta matéria. Os deputados (a esmagadora maioria) estão-se nas tintas para o bem-estar dos portugueses, muito mais estarão para o bem-estar dos animais não-humanos.
Para os legisladores, os únicos animais considerados animais são os Cães (excepto os do circo, os das lutas e os das corridas que não são considerados animais) e os Gatos.
Na realidade é urgente colocar na AR mais vozes como as do André Silva.
Capoulas Santos é aficionado de touradas. Por isso, o que disse, na intervenção que ouvimos no vídeo, não me diz nada.
(*) George Orwell in «Animal Farm»
O Partido «OS VERDES» dirigiu uma pergunta ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e ao Ministério do Trabalho Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, pelos Deputados Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira sobre a utilização de animais para fins experimentais.
Uma pergunta que todos os Portugueses gostariam de ver respondida.
«Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Os Verdes sempre têm entendido que o conhecimento da realidade é um passo determinante para se adoptarem políticas que promovam a solução dos problemas identificados ou que adeqúem as práticas humanas às necessidades de uma sociedade sempre mais sustentável.
Daí que os indicadores sejam bastante relevantes, não para serem tidos como meros números, mas para que entendamos a dimensão das realidades. O PEV vem assim, mais uma vez, solicitar dados, que nos permitam ter uma percepção do que se passa em Portugal, desta vez relacionados com a utilização de animais em experimentações.
Não temos conhecimento de indicadores que nos possam dar a perspectiva da dimensão do uso de animais para fins experimentais ao nível nacional.
Por outro lado, o decreto-lei nº 113/2013, de 7 de Agosto, relativo à protecção de animais utilizados para fins científicos, transpôs a directiva 2010/63/EU. Decorridos quase 3 anos após a sua vigência, importa também ter a noção da avaliação da sua aplicação.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Senhor Presidente da Assembleia da República que remeta a presente Pergunta ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de modo a que me possam ser prestados os seguintes esclarecimentos:
Onde estão publicados os indicadores relativos à utilização de animais para fins experimentais, em Portugal? Solicito que o Governo me identifique as respectivas publicações.
1 - Com que regularidade são actualizados esses indicadores?
2 - Que medidas têm sido tomadas no sentido de dar cumprimento ao estipulado na directiva 2010/63/EU?
3 - Que avaliação faz o Governo da aplicação do Decreto-Lei nº 113/2013, de 7 de Agosto?
Palácio de São Bento, quarta-feira, 27 de Abril de 2016
Deputado(a)s
HELOÍSA APOLÓNIA (PEV
JOSÉ LUÍS FERREIRA (PEV)
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(AVISO: uma vez que a aplicação do AO/90 é ilegal, não estando efectivamente em vigor em Portugal, este texto foi reproduzido para Língua Portuguesa, via corrector automático)
O constitucionalista Vital Moreira criticou o PAN (partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza) que elegeu um deputado nas últimas eleições legislativas, por este ainda não ter avançado com uma proposta para acabar definitivamente com as touradas em Portugal.
Vital Moreira argumenta ainda que «o PAN também ostenta na sua designação a defesa da Natureza, mas não propõe nada para parar e fazer reverter o maior atentado à Natureza em Portugal, que é a eucaliptização selvagem do país, num ménage a trois entre a indústria de celulose, as associações de produtores florestais e o Ministério da Agricultura».
E Vital Moreira concluiu: «Se é para isso, bem podem mudar de nome».
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Pois penso que o PAN deveria realmente propor a ABOLIÇÃO de todas as vertentes da tauromaquia, mas também de todas as práticas bárbaras que se cometem em Portugal contra animais: circos, festas públicas com matança de porcos, ao vivo, caça, tiro aos pombos, lutas de cães, corrida de galgos, corrida de Cavalos, charretes com tracção animal, queima do gato, enfim, uma infinidade de barbaridades que não se justificam para divertir uma parcela de povo ainda EMBRUTECIDO.
Já chega de medievalismos. Já chega de estupidez. Já chega de atraso de vida.
Em Portugal (dizem) temos um governo que se diz de esquerda, mas no que respeita aos animais, a governação mantém a política da direita, da ditadura, da monarquia. Nada mudou, nesse aspecto.
O PAN introduziu na AR um discurso novo, mas, de facto, ainda não se ouviu, nesse discurso, a palavra ABOLIÇÃO, que é a única que interessa, no que respeita ao (ab)uso de animais não- humanos para entretenimento de trogloditas.
Isabel A. Ferreira
Fêmea Brava de lide
«A Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, afirma que não existem subsídios para fins tauromáquicos, em resposta a várias perguntas feitas pelo Bloco de Esquerda.
Eis a resposta do Ministério da Agricultura:
“Para além do “Prémio por vaca em aleitamento”, o Governo concede o “Prémio complementar à manutenção de raças autóctones” que “é atribuído às fêmeas de raças autóctones – Alentejana, Mertolenga e Brava de Lide, que a 1 de junho sejam exploradas em linha pura, estejam inscritas no Livro de Adultos como reprodutoras da raça, tenham parido nos 18 meses anteriores, e cujo parto seja uma cria inscrita no Livro Genealógico”. “Não existem apoios públicos para fins tauromáquicos”, mas sim “regimes de apoio direto ao setor animal, nomeadamente o prémio por vaca em aleitamento e o pagamento complementar à manutenção de raças autóctones, bem como uma medida de apoio aos produtores pecuários de raças autóctones”.
Oh minha senhora haja santa paciência! Sabe o que é uma fêmea Brava de Lide? Pois pelos vistos não sabe. A fêmea brava de lide é a mãezinha do touro de lide. É que os touros de lide não nascem por obra e graça do Espírito Santo, têm mães, as fêmeas bravas de lide e que são exactamente as que recebem os subsídios. E saberá a senhora onde se encontra inscrita a brava de lide? Pois nós dizemos-lhe, no livro genealógico da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide.
Esclarecida? Então agora explique lá ao povo português como é que os touros de lide usados nas touradas não recebem subsídios?
Sra. Ministra, os touros só são usados em espectáculos tauromáquicos e como as mãezinhas destes recebem subsídios, é inútil V. Exa negar que os subsídios não existem.
Os políticos só enganam quem se quer deixar enganar e esta resposta mais não é que lixo tóxico.
Após esta declaração da Ministra o grupelho fascistóide e ditador que dá pelo nome de “prótoiro”, teve o descaramento de ameaçar os anti-touradas com a seguinte afirmação: “Casos os mesmos persistam na calúnia e não assumam a mentira, pedindo desculpa aos ganadeiros e aficionados pela mesma, a PRÓTOIRO fará com que sejam judicialmente responsabilizados.”
Se ainda tinham um bocadinho de máscara a tapar a cara, com esta afirmação mostram quem são e o que querem, ou seja impôr à maioria os seus gostos perversos e se não for a bem é a mal.
É uma chatice que ninguém acredite nem no que vocês dizem, nem no que diz a Ministra não é verdade?
O vosso problema e daí as vossas ameaças é que vocês sabem perfeitamente que enquanto milhares de portugueses vivem actualmente na miséria, milhões são destinados a dinastias que se dedicam a criar animais para espectáculos de tortura, o que é escandaloso especialmente na actual conjuntura em que o país vive. Para quem se diz defensor dos direitos humanos, vocês provam que se estão nas tintas para esses direitos. Os únicos direitos com os quais vocês se preocupam são os de enriquecerem à custa da tortura animal.
As vossas ameaças meus “senhores” caem em saco roto porque jamais conseguirão intimidar e calar aqueles que verdadeiramente lutam pelos direitos humanos e pelos direitos dos animais.
E agora vão para o recreio e quando terminar a hora da brincadeira, toca a ir estudar para aprenderem a ser seres humanos íntegros com capacidade para discernir entre o que é moral e o que é imoral.
Prótouro
Pelos touros em liberdade»
Fonte:
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Muito bom, Prótouro.
Excelente rabecada!
Faço minhas as vossas palavras.
(Texto enviado à ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, jurista, professora e política – o que perceberá esta jurista de bovinos? - e a todos os escravos governamentais dos ganadeiros mercenários).
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(Este texto, que fará parte d’ «O Livro Negro da Tauromaquia em Portugal», o qual perpetuará todos os que participaram, apoiaram, subsidiaram e foram cúmplices desta demência, até ao final de 2013, ano/limite para que tenham oportunidade de reverter a atitude tauricida, foi enviado à ministra Assunção Cristas).
Isabel A. Ferreira