Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2023

Esta manhã, ouvi o discurso de um paranóico diante de uma plateia de andróides inexpressivos

 

Fechado na sua cúpula, alheado do mundo, que teve de abandonar, por não ser desejado em parte alguma, ele, diante de uma plateia de andróides inexpressivos, debitou um discurso cheio de blá-blá-blás, palavras fartamente desgastadas pelo tempo, frases descontextualizadas da realidade, intercaladas pelos aplausos mecânicos, de uma plateia entorpecida, e, o mais impressionante é que o restante mundo NÃO ficou impressionado.

 

Por que haveria de ficar, se ele  tal qual um disco riscado, apenas arranhou os ouvidos do mundo, com um discurso nitidamente paranóico, mais do mesmo, para consumo interno?



Bem, e tendo em conta que os paranóicos dão-se ao direito de "poder tudo", até podem dizer o que bem lhes apetecer, para fingir que têm poder.

 

Contudo, fora da bolha deles, existe um outro mundo, e como diz Jay Leno: «não conseguimos ficar zangados com quem nos faz rir». 

 

E ele   faz-nos rir. Não como um palhaço, mas como um falhado.

 

Já perdeu a guerra, moralmente.

Já perdeu a guerra, humanamente.

Já perdeu a guerra, socialmente.

Já perdeu a guerra, eticamente.

Já perdeu a guerra, economicamente.

E perdê-la-á militarmente, porque Deus suporta os maus, mas não eternamente, citando Miguel de Cervantes. Até porque a História está cheia de nos dar exemplos de que assim é.

 

Por conseguinte, continuemos a fazer a nossa parte, porque as vozes de paranóicos não chegam ao Céu.

 

Isabel A. Ferreira

Cúpula.png

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:26

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Quinta-feira, 6 de Maio de 2021

O Poder do Dinheiro

 

Cifrão.png

Fonte: Pinterest

 

Texto de Isabel A. Ferreira

 

Neste tempo, que é o nosso, em que o ter e o parecer é mais importante do que o ser, proponho uma reflexão sobre o poder que o dinheiro exerce sobre determinadas pessoas que, para a ele chegar, perdem o respeito por si próprias, o mais pernicioso dos desrespeitos – pois quem não se respeita a si próprio, como poderá respeitar os outros?

 

Hoje, os escândalos económicos são o prato do dia, dos noticiários. E não estou a falar dos ladrõezinhos que assaltam lojas, bancos, ourivesarias, supermercados, bombas de gasolina para, por vezes, roubarem, umas ninharias, acabando por destruir vidas, em nome de uma sobrevivência desprezada pelas sociedades consumistas e pelos próprios governantes, que por aí exibem os seus excessos, provocando um ódio latente naqueles que vivem no charco – e todos querem ter, merecem ter, precisam de ter o direito a, pelo menos, comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…

 

Mas sempre foi assim, dizem alguns. Até a Jesus Cristo é atribuída a expressão: «Pobres sempre os tereis entre vós». Sim, porém, esta é uma outra questão, e ter-se-ia de percorrer caminhos místicos para explicar o sentido destas palavras.

 

Não é isso que pretendo.

 

As notícias de crimes económicos e ladroagem ao mais alto nível caem entre nós como bombas, e como qualquer bombardeio, este também provoca, nas sociedades, grandes danos, essencialmente morais, de descrédito total naqueles que tinham o dever de manter o equilíbrio económico no mundo, para que todos os povos pudessem comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…

 

Toda esta ebulição criminosa acontece porque a tentação de enriquecer (seja de que maneira for) torna-se irresistível a determinado tipo de mentalidades. O poder que o dinheiro exerce sobre essas pessoas é indescritível. Para elas o chamamento do vil metal significa uma autêntica vocação, e vivem em função disso, como se o dinheiro fosse o seu deus e tudo comprasse.

 

É bem verdade que se eu quisesse aprofundar a teoria de que o “dinheiro compra tudo”, tinha muito que contar, pois são conhecidos inúmeros casos (alguns deles de extrema gravidade) onde o dinheiro permite calar ou falar demais; possibilita apressar ou retardar determinados processos (conforme as conveniências); faculta prestar falsos testemunhos para livrar uns e prejudicar outros; facilita a ocultação de crimes graves; faz destruir bens e pessoas; permite “esquecer” papeladas no fundo das gavetas ou colocá-las em cima das mesas para “despacho” imediato; ajuda a ficar-se cego, surdo e mudo diante de situações de extrema gravidade, enfim, o dinheiro pode, na verdade, comprar muita gente e muita coisa, porque é vã a ilusão de que uns tostões ou uns milhares a mais fazem a felicidade do homem.

 

Esquecem-se, porém, esses que assim pensam, que o dinheiro não compra bens da natureza de uma consciência tranquila (se bem que é provável que esses não tenham consciência).

 

Além disso, há outra situação a considerar: mais dia, menos dia, a verdade vem ao de cima e o “belo palácio de cristal” construído com dinheiro sujo, vem abaixo, e depois, não é a vergonha que conta (pois geralmente as pessoas que se dão a certos negócios escusos, para obterem dinheiro, não sabem o que é vergonha), mas a pobreza moral a que ficam reduzidos (o que também pouco lhes importará, certamente!)

 

Eu, pessoalmente, por motivos óbvios e até por experiência própria, não acredito na justiça dos homens, pois estes também têm as suas fraquezas e os seus julgamentos podem ser falíveis por falta de competência. Contudo, há uma justiça que não falha nunca: a da vida, da providência, e nessa, acredito cegamente, porque já vi muitos barões do crime elegante, caídos no chão, como tordos abatidos.

 

É tudo uma questão de tempo.

 

Como diz Miguel de Cervantes: «Deus suporta os maus, mas não eternamente». Mais tarde ou mais cedo os que transgridem as regras de uma sã vivência em comunidade, serão punidos pela própria vida, e essa será, então, a maior e mais justa das punições.

 

Sempre foi assim, desde os princípios dos tempos (e disso temos inúmeros exemplos na História da Humanidade – já me dei ao trabalho de o confirmar) e assim continuará a ser, a não ser que os homens tivessem a capacidade de aprender com os erros do passado, ou com os erros dos outros. Mas falta-lhes essa capacidade. Por isso, perdem-se na noite tenebrosa dos crimes, com a convicção de que ficarão impunes.

 

Sem pretensão alguma de ser moralista, devo dizer que apesar de a justiça portuguesa ser benevolente para com os criminosos (entenda-se aqueles que cometem crimes contra o povo, porque os que cometem crimes contra os poderosos ou contra o Estado são punidos severamente), o crime nunca compensa.

 

Querer ter dinheiro não constitui propriamente um crime. Afinal precisamos dele para obtermos o que consideramos ser essencial para a nossa sobrevivência.

 

Crime é querermos enriquecer à custa dos outros, violando as mais elementares regras dos Direitos Humanos. E por aí, existem casos verdadeiramente escandalosos, mas há quem tape os olhos para não os ver, tape os ouvidos para não os ouvir, e tape a boca para não falar deles.

 

A nossa esperança está em que, numa qualquer manhã, de um qualquer dia, alguém possa estalar um dedinho, e nas manchetes dos noticiários possamos deparar com novos escandalozinhos, e ver denunciados os “barões” que ainda faltam denunciar, neste nosso País, que não tem culpa nenhuma, de ter governantes que não sabem conduzir o seu destino e colocá-lo entre os pequenos grandes países do mundo.

 

Afinal, Portugal tem terras aráveis de boa qualidade, tem mar, tem rios, tem florestas, tem sobreiros, oliveiras, vinhas, tem tudo, e é sobretudo belo… Só não tem governantes à altura desse tudo e dessa beleza e com visão de futuro. Os que temos, olham para o seu umbiguinho (que é o longe deles) e dizem: «Que lindo é o meu umbiguinho!» E também consideram que Portugal tem muito prestígio lá fora…Terá? Coitados dos que assim pensam, porque não sabem que o que eles chamam prestígio, não passa da ilusão de serem apenas um vulto no nevoeiro…

 

Isabel A. Ferreira 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:58

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Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada...

 

Tal como um Dom Quixote há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… muitas vezes com êxito, outras, nem por isso.

 

Em 2016, escrevi o texto que aqui hoje reproduzo, porque já naquele tempo eu pressentia um mundo a vir, povoado por algo que não podia ainda imaginar.

 

Hoje, que o mundo anda virado do avesso, devido a uma essência invisível, mais poderosa do que o mais poderoso dos homens, repito essas palavras, escritas com desalento, mas mantendo a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada

 

Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…

 

Dom Quixote.jpg

 

É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016 [leia-se 2020].

 

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…

 

Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.

 

Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.

 

Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...

 

Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.

 

O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.

 

Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.

 

E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.

 

Chico Mendes.jpg

(Origem da imagem)

http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html

 

Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…

 

Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.

 

Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.

 

Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.

 

Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.

 

Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…

 

É verdade!

Mas que motivos terei eu para ser optimista?

 

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…

 

Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…

Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!

 

Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…

 

Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.

 

Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…

 

Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?

 

Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …

 

Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.

 

E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada… 

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte: 

https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/no-entanto-mantenho-a-esperanca-de-608100

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:53

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Sábado, 18 de Janeiro de 2020

Estranho mundo, o nosso…

 

«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
 
Que mundo será este, o nosso?
 
 

Deus.png

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
Aldous Huxley, considerado um dos maiores escritores de Língua Inglesa bem como um dos mais aliciantes e inquietantes romancistas do século XX, escreveu uma obra intitulada Admirável Mundo Novo, na qual apela para a consciência dos homens e denuncia o perigo que ameaça a Humanidade se o homem não se tornar surdo ao canto da sereia do falso progresso.
 
Neste livro, o autor apresenta-nos uma visão de um futuro (imaginado) onde o selvagem (o homem que não foi mecanizado) não tem outra saída senão a do suicídio.
 
Tempos mais tarde, Huxley escreve um outro romance que intitula Regresso ao Admirável Mundo Novo, onde nos revela até que ponto o que fantasiou no seu primeiro romance se tornou realidade. E, de um modo irónico, apresenta-nos os aspectos da vida do seu tempo que lhe confirmaram ou tenderam a confirmar a fantasia do seu Admirável Mundo Novo.
 
Sem o engenho nem a arte de Aldous Huxley, evidentemente, proponho-me igualmente a apelar para a consciência dos homens do tempo que passa, e denunciar uma certa ignorância que ameaça transformar o nosso país, num lugar sem lei, onde qualquer indivíduo faz o que bem entende, violentando com isso a imagem humana de uma sociedade que se diz responsável e orgulhosa dos seus valores culturais, sociais, religiosos e morais, sem que alguém, de direito, interfira, com lucidez.
 
Assim, tal como Aldous Huxley (ainda que mal me compare) vejo-me impelida a reflectir sobre este Estranho Mundo o Nosso, onde, curiosamente, as leis não se fazem cumprir, e com tal reflexão tentar alertar os cidadãos menos atentos, para o que ao nosso redor se vai passando.
 
E se os cães ladram e a caravana passa, isto é, se aqueles que têm um objectivo definido (ainda que esse objectivo seja o de infringir a lei), não se preocupam com a desaprovação alheia e continuam a provocar os cidadãos e as autoridades, temo que estes cidadãos e estas autoridades tenham perdido o respeito por si próprios, permitindo todo o género de abusos sem reagirem firmemente, e necessitam rever urgentemente o seu código de ética pessoal e profissional, regressando à escola para estudar as leis que ainda vão vigorando no país e que não permitem que se violente, por exemplo, os direitos das crianças, uma vez que os homens perderam a vergonha e a dignidade, não sei se definitivamente.
 
Cada cidadão tem (ou devia ter) um papel específico a representar na sociedade pela qual é responsável, ou seja, aos médicos cabe cuidar de todo e qualquer doente; aos padres alimentar com palavras do Evangelho o espírito dos crentes; aos advogados defender os bons e atenuar as penas dos maus; aos juízes fazer justiça, e não apenas cumprir leis inadequadas, e assim por diante…
 
Quanto aos jornalistas, o melhor é utilizar as palavras dos grandes mestres (que a nova geração, ao que parece, já não lê): «Qualquer que seja o seu posto, o jornalista honesto exerce uma função social relevante» (Victor Silva Lopes).
 
«O jornalista é o historiador do quotidiano: tem de ver o que muitos ignoram; tem de estar onde os outros não estão. É o homem dos mil olhos dividido em mil homens: vive de factos e de ideias – alimenta a curiosidade dos leitores com palavras. Com palavras que terão sempre de possuir força, dignidade e honra. Imagem devolvida do que se passa no coração do Mundo, o jornal é um comportamento moral e o jornalista um estafeta que passa o testemunho, desde há milénios, quando o homem primitivo comunicou, para todos os séculos, a verdade circundante – gravando nas grutas de Altamira as rudes tarefas, os seus doces amores, os seus amargos desesperos» (Baptista-Bastos).
 
«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
Finalmente, às autoridades, entre outras atribuições, cabe fazer cumprir as leis aplicáveis (porque existem algumas completamente inaplicáveis, inúteis e destrutivas), zelar pela integridade física e moral dos cidadãos e defendê-los contra toda e qualquer afronta.
 
Mas vá-se lá agora saber por que é que no nosso país somos agredidos continuamente pelas mais diversas perversidades, sem que haja uma luz ao fundo do túnel, que nos dê, pelo menos, a esperança de que algo está a fazer-se para se modificar as leis decadentes, que são as nossas, para podermos dizer: até que enfim, a tranquilidade que merecemos está connosco.
 
Miguel de Cervantes, que tinha uma visão de águia, além do D. Quixote e outras obras interessantíssimas, deixou-nos este pensamento, depois de ver os seus carrascos a serem condenados, e o qual cito frequentemente, porque também creio nele: Deus suporta os maus, mas não eternamente…
 
Quanto ao Homem, que é mortal e imperfeito, deverá suportar esses maus eternamente?
 
 
Isabel A. Ferreira
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 16:02

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Quinta-feira, 7 de Dezembro de 2017

GRUPO EDITORIAL LEYA VENDE NEGÓCIO NO BRASIL

 

Um negócio que eles sonharam vir a ser um negócio da China, ou seja, que desse bons lucros, mas à boa maneira brasileira, deram com os burros n’água, ou seja (vá que não saibam) o negócio foi ao fundo, porque embarcaram numa canoa furada.

E querem saber que mais? Todas as editoras que tentaram vender a Língua Portuguesa ao Brasil deviam ir à falência. Bem o merecem.

A notícia lesse no Expresso, pela pena de Margarida Fiúza

Leya vende negócio no Brasil

 

FUNDO.png

 

Foi o meu amigo Francis quem me chamou a atenção para a notícia, com esta mensagem: «A merecida descida aos infernos, de quem tentou vender o Património Imaterial de Portugal. E é bem feito!»

 

Pois é! É bem feito! Mereciam isto e muito mais.

 

Diz a notícia: «A venda do segmento das edições escolares da editora LeYa no Brasil, às Edições Escala Educacional, que decorreu no final desta semana, faz parte de um plano maior. Em declarações ao Expresso, Miguel Pais do Amaral, dono do grupo editorial, avança que “a venda de uma ou várias divisões no Brasil está em cima da mesa” e que “existem contactos” e “conversações avançadas com diversas entidades”. O grupo já vendeu uma unidade de negócio, mas está a tentar alienar todas

Porquê?

 

Pais do Amaral refere que «a Leya tem três operações no mercado brasileiro. Em São Paulo, actua no sector das edições gerais (através das marcas Leya, Lua de Papel, Casa das Palavras e Alumnus), sendo “o quarto operador do mercado”, e da educação (negócio agora vendido), como “sexto operador”. Em Brasília, tem ainda uma operação de e-learning e formação, a UnYLeYa (ensino universitário a distância).

 

E mais:

«São operações independentes, pelo que podem ser vendidas em separado”. A primeira, a operação das edições escolares, foi vendida à Edições Escala Educacional, que faz “parte do grupo Escala, antigo sócio brasileiro da Hachette, e com 24 anos de tradição no mercado brasileiro, actuando na edição de revistas, serviços gráficos e livros».

 

Segundo Miguel Pais do Amaral, «o plano de venda dos negócios da editora no Brasil, decorre em função da depressão em que entrou a economia brasileira, o que tem tido um impacto forte no negócio da Leya naquele mercado. Por um lado, a Leya tem sofrido com o baixo consumo que o Brasil regista. Por outro lado, também o facto de o Governo brasileiro se encontrar sem recursos financeiros, pagando atrasado ou não pagando, tem dificultado a vida das editoras que estão no mercado».

 

O baixo consumo era expectável. Mas não será apenas isso.

 

Lá diz um ditado bem português: «pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita», e isto significa que algo que começa mal, dificilmente consegue mudar e seguir o bom caminho.

 

Pois as editoras portuguesas vendilhonas, aquelas que se venderam, que rejeitaram a Língua Portuguesa, que renunciaram a princípios por interesses pessoais, o de encher os bolsos, começaram este negócio muito mal, e espero que todas acabem mal.

 

Estão a ser rejeitadas no Brasil, mas também em Portugal, por motivos diferentes.

 

É que como diz Miguel de Cervantes, que viu os seus carrascos serem castigados: «Deus suporta os maus, mas não eternamente».

 

A notícia refere ainda: «A LeYa no Brasil entrou no mercado dos livros escolares em 2010, onde actuava ao nível da educação básica e de ensino médio, com obras didácticas, plataformas digitais de ensino e sistema de ensino. Há três anos, ainda antes da crise económica brasileira, Miguel Pais do Amaral dizia esperar que o negócio da LeYa no Brasil ultrapassasse o de Portugal em vendas. Na altura, o investidor afirmava que a empresa já era rentável nas áreas das edições gerais e de e-learning, mas que ainda estava numa fase de investimento na área educacional e que, por isso, esperava algumas perdas naquele segmento de negócio, apesar das vendas em alta. As expectativas em relação ao mercado brasileiro eram grandes: Tinha “a demografia certa, ao contrário de Portugal” e era um mercado onde a classe média estava a crescer, onde as pessoas estavam a ler mais e onde o ensino era “uma prioridade do Governo”, segundo o investidor. Tudo “novas oportunidades que se abrem aos operadores na área”, sublinhou Pais do Amaral em 2013. Mas o mercado mudou e as expectativas refrearam. A expectativa agora é a de vender tudo e sair do Brasil».

 

Querem recuperar o lucro perdido?

 

Abandonem a canoa furada da unificação ortográfica impossível de unificar, porque jamais terão sucesso.

 

As crianças portuguesas precisam de novos manuais escolares que estejam escritos na Língua Materna delas, a Portuguesa, culta e europeia, e elaborados a pensar que as crianças não são tão idiotas como os adultos, que acham que as crianças são idiotas.

 

Deixem a ortografia brasileira, para os Brasileiros. Eles são maiores e vacinados. São independentes. Têm um linguajar próprio. Desde 1911que os Brasileiros sempre se recusaram a adoptar a ortografia   portuguesa, que se pretendeu, por várias vezes, unificar. Nunca aceitaram, apesar de terem assinado as várias convenções luso-brasileiras. Porque havemos nós de ceder, e de abdicar da nossa Língua Portuguesa de Matriz Europeia, para ceder aos caprichos da ex-colónia?

 

Isto não faz o mínimo sentido. É completamente irracional.

E se o negócio correu mal, bem feito!

É o que apetece dizer.

 

Isabel A. Ferreira

 

Fonte da notícia:

http://expresso.sapo.pt/economia/2016-07-02-Leya-vende-negocio-no-Brasil

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:46

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Sexta-feira, 1 de Janeiro de 2016

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada...

 

Foi nessa esperança que Dom Quixote assentou toda a exuberância da sua saga…

Tal como Dom Quixote, há muito que também eu luto contra o Medo, contra a Injustiça e contra a Ignorância… Muitas vezes com êxito, outras, nem por isso...

 

2-DSCN8320[1] MIGUEL.jpg

 

É com profundo descrédito no bom senso, na inteligência e no poder de discernimento dos homens que entro no ano de 2016.

 

 

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…

 

Bem gostaria de aqui deixar uma mensagem optimista dos tempos que estão para vir, mas as notícias que nos chegam do mundo não são as mais propícias.

 

Quanto mais a Humanidade avança no tempo, mais retrocede o poder de raciocínio do homem, mais irracional ele se torna e, por este andar, não tarda, regressaremos ao tempo das trevas, ou talvez ao fim de uma era.

 

Até há alguns anos, à partida, para mim, todos os homens eram bons, até demonstrarem o contrário. Hoje, o meu pensamento mudou: tantas foram as decepções, tantos foram os desaires!...

 

Hoje, à partida, para mim, todos os homens são maus, até demonstrarem o contrário. E esta mudança, bastante radical, confesso, começou a operar-se depois que entrei neste mundo imundo que aqui vou denunciando, quando fui penetrando a fundo nos problemas políticos, melhor dizendo, nos desajustes dos políticos que estão na base de todos (ou quase todos) os desequilíbrios sociais, económicos, morais, culturais e até religiosos de toda a sociedade humana.

 

O avanço tecnológico, mal orientado e mal aproveitado, tem levado a Humanidade ao caos. Os valores humanos estão a diluir-se, e o homem está a transformar-se num ser vazio e irracional.

 

Já não há respeito pela vida, não há respeito pelos outros animais, mão há respeito pelo Ambiente, não há respeito por absolutamente nada, porque o homem deixou de se respeitar a si próprio, e este é o pior dos desrespeitos, é o começo da desestruturação do ser, que leva à desintegração de toda a sociedade.

 

E aqueles que, agarrados a um fiozinho da racionalidade que ainda se vislumbra algures, entre as ruínas do mundo, parece que perdem o seu tempo, tentando abrir os olhos e os ouvidos daqueles que há muito deixaram de ver e ouvir, não por motivo de alguma doença súbita, mas levados por um egoísmo desmedido que os lançou na ignorância, ao ponto de se ignorarem a si próprios.

 

CHICO.jpg

(Origem da imagem)

http://semeadoresdadiscordia.blogspot.pt/2008/01/chico-mendes.html

 

Recordo, hoje, aqui e agora, Chico Mendes, um seringueiro, sindicalista, activista político e ecologista brasileiro, assassinado nas vésperas do Natal de 1988, apenas porque compreendia as árvores, acarinhava a água e respeitava as flores, ao ponto de não querer flores no seu enterro, pois sabia que as iam arrancar da floresta…

 

Chico Mendes era um ambientalista, que apenas pretendia defender a Amazónia, pretendia defender a vida do nosso Planeta, e os tais ignorantes assassinaram-no.

 

Por todo o mundo, em pleno século XXI depois de Cristo, ouvimos falar de guerras, de um terrorismo com consequências incalculáveis, porque os governantes endoideceram, e o povo endoideceu com eles, e não há nada nem ninguém que faça parar esta loucura.

 

Na Rússia e nos EUA passa-se fome. Em países da dita civilizada Europa vegeta-se e morre-se. Na África, milhares de pessoas estão condenadas. Nos países ricos esbanjam-se bens, esbanja-se dinheiro e esbanjam-se vidas.

 

Um desequilíbrio cósmico instalou-se no nosso Planeta, e mais perigosamente no íntimo dos homens, e a poluição do meio ambiente aliou-se a uma poluição mental, que está a conduzir o mundo para o abismo.

 

Num destes dias, em conversa com uns amigos, chamaram-me a atenção para a visão pessimista que eu tenho em relação à sociedade, aos políticos, aos governantes…

 

É verdade!

Mas que motivos terei eu para ser optimista?

 

… No entanto, mantenho a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada…

 

Podem chamar-me de desatinada, quando me vêem sorrir para as flores, mas é que eu entendo a linguagem das flores…

Podem chamar-me de desatinada quando canto ao desafio com os pássaros, mas eu sei de cor todas as canções que os pássaros cantam, sem pauta, sem métrica, mas com muita harmonia…!

 

Podem chamar-me de desatinada, quando me encontram a acarinhar um Lobo, mas eu tenho alma de Lobo, sei das emoções dos meus irmãos animais…

 

Podem chamar-me de desatinada quando me quedo a escutar o silêncio, mas podem crer que o som do silêncio é extasiante, é o mais eloquente som da Natureza.

 

Não me perguntem como, nem por que tenho a percepção deste meu mundo feito de coisas invisíveis, acantoado por detrás desse outro mundo que todos julgam real, mas que, na realidade, não passa de uma miragem no infinito deserto, que é a vida dos que não conseguem ver o invisível…

 

Que razões tenho eu para ser optimista quando os que me rodeiam não conseguem ver o mundo das flores; não conseguem acompanhar o canto harmonioso dos pássaros; não conseguem sentir a respiração da alma dos Lobos; ou ouvir o vibrante som do silêncio?

 

Apenas uma certeza faz com que possa vislumbrar uma luz ao fundo do túnel: é que, tal como Miguel de Cervantes, eu também acredito ferverosamente que «Deus suporta os maus, mas não eternamente» …

 

Por isso, um a um, aqueles homens maus, cujo único objectivo da existência deles é violar a harmonia cósmica, cairão um dia. Sempre assim foi, desde o princípio dos tempos… Todos os tiranos da Humanidade caíram inevitavelmente… E aos maus, jamais nenhum Homem de bem ergueu uma estátua. E se as ergueram, por equívoco, logo as derrubaram.

 

E nesta mensagem de Ano Novo que aqui vos deixo, um tanto ou quanto pessimista, continuo a manter a esperança de que a mudança surja na próxima curva da estrada… 

 

Isabel A. Ferreira

01 de Janeiro de 2016

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:45

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Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2013

O ANO DE 2013 SERÁ O ANO DO AZAR PARA OS TAURICIDAS

 

INÍCIO DA TEMPORADA TAUROMÁQUICA EM MOURÃO JÁ ESTÁ A CORRER MAL E ASSIM CONTINUARÁ ATÉ AO FINAL DO ANO

 

 

 

Eis um covarde muito medroso

 

É já amanhã, em Mourão, que (dizem) vai começar a temporada da TORTURA de Touros e Cavalos.

 

Mas eles não acreditam que tudo vai correr mal este ano.

 

E já começou.

 

Primeiro sinal:

 

Temos a informação de que já há quatro desistências de actuação em Mourão.

 

E um tal de Morenito, que ia substituir um dos três primeiros desistentes, já não tomará parte nesta “festa” de sádicos.

 

Bem, prevê-se chuva, muita chuva para amanhã. Mas se não for a chuva, será outra qualquer coisa que fará desta primeira tentativa de “nadar contra a corrente” um ENORME FRACASSO.

 

Fonte :

https://www.facebook.com/#!/photo.php?fbid=529393123760922&set=a.215152191851685.58389.215151238518447&type=1&theater

 

 ***

 

COMO SE ISTO NÃO BASTASSE, ESTA É A MÃO DO MATADOR DE TOUROS QUE IA A MOURÃO, E JÁ NÃO VAI…

 

 

Este ferimento, provocado por uma descuidada utilização de um estoque, ocorreu no sábado passado, durante um treino, enquanto o matador iniciava a matança de mais um dos muitos bovinos que já matou até à data.

 

Quem com ferros mata, com ferros morre.

 

E é preciso não esquecer de que Deus suporta os maus, mas não eternamente, como alvitra Miguel de Cervantes. 

 

Segundo sinal:

 

O ferido, Antonio Ferrera, preparava-se para actuar, amanhã, em Mourão, e já não actuará, por causa deste “impedimento”.

 

De que precisam mais, para se convencerem de que o ano de 2013 será o ANO DO AZAR para os tauricidas?

 

O ano da Abolição das Touradas.

 

Não acreditam?

 

O problema é apenas vosso.

 

(http://www.abc.es/cultura/toros/20130126/abci-antonio-ferrera-herido-estoque-201301262202.html)

 

 

(Este texto, que fará parte d’ «O Livro Negro da Tauromaquia em Portugal», o qual perpetuará todos os que participaram, apoiaram, subsidiaram e foram cúmplices desta demência, até ao final de 2013, ano/limite para que tenham oportunidade de reverter a atitude tauricida, foi enviado a José Manuel Santinha Lopes)

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:18

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Domingo, 7 de Junho de 2009

Estranho mundo, o nosso…

 
«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
 
Que mundo será este, o nosso?
 
 

Deus.png

 
Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
Aldous Huxley, considerado um dos maiores escritores de Língua Inglesa bem como um dos mais aliciantes e inquietantes romancistas do século XX, escreveu uma obra intitulada Admirável Mundo Novo, na qual apela para a consciência dos homens e denuncia o perigo que ameaça a Humanidade se o homem não se tornar surdo ao canto da sereia do falso progresso.
 
Neste livro, o autor apresenta-nos uma visão de um futuro (imaginado) onde o selvagem (o homem que não foi mecanizado) não tem outra saída senão a do suicídio.
 
Tempos mais tarde, Huxley escreve um outro romance que intitula Regresso ao Admirável Mundo Novo, onde nos revela até que ponto o que fantasiou no seu primeiro romance se tornou realidade. E, de um modo irónico, apresenta-nos os aspectos da vida do seu tempo que lhe confirmaram ou tenderam a confirmar a fantasia do seu Admirável Mundo Novo.
 
Sem o engenho nem a arte de Aldous Huxley, evidentemente, proponho-me igualmente a apelar para a consciência dos homens do tempo que passa, e denunciar uma certa ignorância que ameaça transformar o nosso país, num lugar sem lei, onde qualquer indivíduo faz o que bem entende, violentando com isso a imagem humana de uma sociedade que se diz responsável e orgulhosa dos seus valores culturais, sociais, religiosos e morais, sem que alguém, de direito, interfira, com lucidez.
 
Assim, tal como Aldous Huxley (ainda que mal me compare) vejo-me impelida a reflectir sobre este Estranho mundo, o nosso, onde, curiosamente, as leis não se fazem cumprir, e com tal reflexão tentar alertar os cidadãos menos atentos, para o que ao nosso redor se vai passando.
 
E se os cães ladram e a caravana passa, isto é, se aqueles que têm um objectivo definido (ainda que esse objectivo seja o de infringir a lei), não se preocupam com a desaprovação alheia e continuam a provocar os cidadãos e as autoridades, temo que estes cidadãos e estas autoridades tenham perdido o respeito por si próprios, permitindo todo o género de abusos sem reagirem firmemente, e necessitam rever urgentemente o seu código de ética pessoal e profissional, regressando à escola para estudar as leis que ainda vão vigorando no país e que não permitem que se violente, por exemplo, os direitos das crianças, uma vez que os homens perderam a vergonha e a dignidade, não sei se definitivamente.
 
Cada cidadão tem (ou devia ter) um papel específico a representar na sociedade pela qual é responsável, ou seja, aos médicos cabe cuidar de todo e qualquer doente; aos padres alimentar com palavras do Evangelho o espírito dos crentes; aos advogados defender os bons e atenuar as penas dos maus; aos juízes fazer justiça, e não apenas cumprir leis inadequadas, e assim por diante…
 
Quanto aos jornalistas, o melhor é utilizar as palavras dos grandes mestres (que a nova geração, ao que parece,  já não lê): «Qualquer que seja o seu posto, o jornalista honesto exerce uma função social relevante» (Victor Silva Lopes).
 
«O jornalista é o historiador do quotidiano: tem de ver o que muitos ignoram; tem de estar onde os outros não estão. É o homem dos mil olhos dividido em mil homens: vive de factos e de ideias – alimenta a curiosidade dos leitores com palavras. Com palavras que terão sempre de possuir força, dignidade e honra. Imagem devolvida do que se passa no coração do Mundo, o jornal é um comportamento moral e o jornalista um estafeta que passa o testemunho, desde há milénios, quando o homem primitivo comunicou, para todos os séculos, a verdade circundante – gravando nas grutas de Altamira as rudes tarefas, os seus doces amores, os seus amargos desesperos» (Baptista-Bastos).
 
«Exige-se do jornalista que faça quase instantaneamente um trabalho parecido com o do historiador. Daí a importância da sua cultura, do seu conhecimento da actualidade, do seu sentido crítico, e também da sua habilidade em utilizar os meios que estão à sua disposição para se informar tão completamente quanto possível e assim informar os outros com eficiência» (Philippe Gaillard, mestre do Jornalismo Francês).
 
Finalmente, às autoridades, entre outras atribuições, cabe fazer cumprir as leis aplicáveis (porque existem algumas completamente inaplicáveis, inúteis e destrutivas), zelar pela integridade física e moral dos cidadãos e defendê-los contra toda e qualquer afronta.
 
Mas vá-se lá agora saber por que é que no nosso país somos agredidos continuamente pelas mais diversas perversidades, sem que haja uma luz ao fundo do túnel, que nos dê, pelo menos a esperança de que algo está a fazer-se para se modificar as leis decadentes, que são as nossas, para podermos dizer: até que enfim, a tranquilidade que merecemos está connosco.
 
Miguel de Cervantes, que tinha uma visão de águia, além do D. Quixote e outras obras interessantíssimas, deixou-nos este pensamento, depois de ver os seus carrascos a serem condenados, o qual cito frequentemente, porque também creio nele: Deus suporta os maus, mas não eternamente…
 
Quanto ao Homem, que é mortal e imperfeito, deverá suportar esses maus eternamente?
 
 
Isabel A. Ferreira
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:22

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Segunda-feira, 18 de Maio de 2009

O Poder do Dinheiro

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 Portugal tem tudo, e é sobretudo belo…
(Vista do alto do Castelo de Belver)
 
 
Depois de um texto reflexivo sobre a espiritualidade, tão arredada dos tempos que correm, em que para as pessoas é mais importante o ter e o parecer do que o ser, hoje proponho uma reflexão sobre o poder que o dinheiro exerce sobre determinadas pessoas que, para a ele chegar, perdem o respeito por si próprias, o mais pernicioso dos desrespeitos – pois quem não se respeita a si próprio, como poderá respeitar os outros?
 
Hoje, os escândalos económicos são o prato do dia, dos noticiários. E não estou a falar dos ladrõezinhos que assaltam lojas, bancos, ourivesarias, supermercados, bombas de gasolina para, por vezes, roubarem, umas ninharias, acabando por destruir vidas, em nome de uma sobrevivência desprezada pelas sociedades consumistas e pelos próprios governantes, que por aí exibem os seus excessos, provocando um ódio latente naqueles que vivem no charco – e todos querem ter, merecem ter, precisam de ter o direito a, pelo menos, comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…
 
Mas sempre foi assim, dizem alguns. Até a Jesus Cristo é atribuída a expressão: Pobres sempre os tereis entre vós. Sim, porém, esta é uma outra questão, e ter-se-ia de percorrer caminhos místicos para explicar o sentido destas palavras.
 
Não é isso que pretendo.
 
As notícias de crimes económicos e ladroagem a alto nível caem entre nós como bombas, e como qualquer bombardeio, este também provoca, nas sociedades, grandes danos, essencialmente morais, de descrédito total naqueles que tinham o dever de manter o equilíbrio económico no mundo, para que todos os povos pudessem comer, beber água potável, vestir, calçar, viver debaixo de um tecto, ter acesso à saúde, ao ensino, a um emprego…
 
Toda esta ebulição criminosa acontece porque a tentação de enriquecer (seja de que maneira for) torna-se irresistível a determinado tipo de mentalidades. O poder que o dinheiro exerce sobre essas pessoas é indescritível. Para elas o chamamento do vil metal significa uma autêntica vocação, e vivem em função disso, como se o dinheiro fosse o seu deus e tudo comprasse.
 
É bem verdade que se eu quisesse aprofundar a teoria de que o “dinheiro compra tudo”, tinha muito que contar, pois são conhecidos inúmeros casos (alguns deles de extrema gravidade) onde o dinheiro permite calar ou falar demais; possibilita apressar ou retardar determinados processos (conforme as conveniências); faculta prestar falsos testemunhos para livrar uns e prejudicar outros; facilita a ocultação de crimes graves; faz destruir bens e pessoas; permite “esquecer” papeladas no fundo das gavetas ou colocá-las em cima das mesas para “despacho” imediato; ajuda a ficar-se cego, surdo e mudo diante de situações de extrema gravidade, enfim, o dinheiro pode, na verdade, comprar muita gente e muita coisa, porque é vã a ilusão de que uns tostões ou uns milhares a mais fazem a felicidade do homem.
 
Esquecem-se, porém, esses que assim pensam, que o dinheiro não compra bens da natureza de uma consciência tranquila (se bem que é provável que, esses, não tenham consciência).
 
Além disso, há outra situação a considerar: mais dia, menos dia, a verdade vem ao de cima e o “belo palácio de cristal” construído com dinheiro sujo, vem abaixo, e depois, não é a vergonha que conta (pois geralmente as pessoas que se dão a certos negócios escusos, para obterem dinheiro, não sabem o que é vergonha), mas a pobreza moral a que ficam reduzidos (o que também pouco lhes importará, certamente!)
 
Eu, pessoalmente, por motivos óbvios e até por experiência própria, não acredito na justiça dos homens, pois estes também têm as suas fraquezas e os seus julgamentos podem ser falíveis por falta de competência. Contudo, há uma justiça que não falha nunca: a da vida, da providência, e nessa, acredito cegamente, porque já vi muitos barões do crime elegante, caídos no chão, como tordos abatidos.
 
É tudo uma questão de tempo.
Como diz Miguel de Cervantes: «Deus suporta os maus, mas não eternamente». Mais tarde ou mais cedo os que transgridem as regras de uma sã vivência em comunidade, serão punidos pela própria vida, e essa será, então, a maior e mais justa das punições.
 
Sempre foi assim, desde os princípios dos tempos (e disso temos inúmeros exemplos na História da Humanidade – já me dei ao trabalho de o confirmar) e assim continuará a ser, a não ser que os homens tivessem a capacidade de aprender com os erros do passado, ou com os erros dos outros. Mas falta-lhes essa capacidade. Por isso, perdem-se na noite tenebrosa dos crimes, com a convicção de que ficarão impunes.
 
Sem pretensão alguma de ser moralista, devo dizer que apesar de a justiça portuguesa ser benevolente para com os criminosos (entenda-se aqueles que cometem crimes contra o povo, porque os que cometem crimes contra os poderosos ou contra o Estado são punidos severamente), o crime nunca compensa.
 
Querer ter dinheiro não constitui propriamente um crime. Afinal precisamos dele para obtermos o que consideramos ser essencial para a nossa sobrevivência.
 
Crime é querermos enriquecer à custa dos outros, violando as mais elementares regras dos Direitos Humanos. E por aí, existem casos verdadeiramente escandalosos, mas há quem tape os olhos para não os ver, tape os ouvidos para não os ouvir, e tape a boca para não falar deles.
 
A nossa esperança está em que, numa qualquer manhã, de um qualquer dia, alguém possa estalar um dedinho, e nas manchetes dos noticiários possamos deparar com novos escandalozinhos, e ver denunciados os “barões” que ainda faltam denunciar, neste nosso País, que não tem culpa nenhuma, de ter governantes que não sabem conduzir o seu destino e colocá-lo entre os pequenos grandes países do mundo.
 
Afinal, Portugal tem terras aráveis de boa qualidade, tem mar, tem rios, tem florestas, tem sobreiros, oliveiras, vinhas, tem tudo, e é sobretudo belo… Só não tem governantes à altura desse tudo e dessa beleza e com visão de futuro. Os que temos, olham para o seu umbiguinho (que é o longe deles) e dizem: «Que lindo é o meu umbiguinho
 
Deste modo, não vamos a lugar algum!
 
Isabel A. Ferreira
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 14:32

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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009

O meu Cântico aos Sábios

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2009
 
 
 
E o que parece impossível acontecerá tão naturalmente como a água brota
da sua nascente…
 
 
 
 
«Não prestes atenção ao descontentamento e ele calar-se-á e deixará que tu cantes...»
 
(James Whitecom Rilley (1849-1916), poeta norte-americano)
 
 
Esta manhã, as sombras cobrem o jardim e a chuva molha os telhados. Algo tolda o meu espírito, pois reflectindo sobre a estupidez humana que está a aniquilar o nosso mundo, concluí, tal como André Maurois (1885-1967) romancista e ensaísta francês) que essa estupidez não tem limite.
 
Disse-o também, certa vez, Renan (1823-1892), historiador e filósofo francês, que só a estupidez humana pode dar-nos uma noção do infinito.
 
Tal reconhecimento entristeceu-me.
Decidi então preencher estes momentos melancólicos, percorrendo os pensamentos de gente sábia e célebre (coleccioná-los é um dos meus mais dilectos passatempos), o que, para mim, constitui um autêntico bálsamo para a alma, compensando, desse modo, toda a decepção que tal reconhecimento me provoca.
 
Dedico-lhes (aos sábios), pois, estas palavras em forma de cântico, para que os homens maus, que são tanto piores quanto mais tentam passar-se por “santos”, possam aperceber-se (se é que têm capacidade para tal) que a vingança é sempre o vil prazer de um cérebro minúsculo, como afirmou Juvenal, poeta satírico latino, que viveu entre 60 e 140 d.C..
 
***
 
Tenho mais medo de três jornais do que de cem mil baionetas…
Esta frase proferiu-a Napoleão Bonaparte (1769-1821), general nascido em Itália, que chegou a imperador de França e dominou um vasto império.
 
Já naquela época, o todo poderoso Napoleão temia a força do hoje denominado 4º Poder, mais do que os golpes de cem mil baionetas, e disso não fazia segredo.
 
Se um temível general, considerado um dos maiores estrategas da História da Humanidade, tremia diante de umas simples folhas de papel impresso, por que não hão-de os homens comuns temerem as palavras que se escrevem e aquelas que ainda estão por escrever, nos jornais de hoje, e que não nos merecem credibilidade porque excessivamente politizadas?
 
***
 
Conhecer os pensamentos dos Homens privilegiados pela Sabedoria, tem a virtude de nos fazer reflectir sobre os homenzinhos de cérebro minúsculo e sobre a Vida. Dá-nos a oportunidade de não prestarmos atenção ao nosso descontentamento, obrigando-o a calar-se, deixando-nos o prazer de cantar.
 
Continuemos, pois, a dissecar pensamentos.
Certa vez, novamente Napoleão, o destemível general, disse que impossível é uma palavra que só existe no dicionário dos idiotas. Pessoalmente não gosto da palavra idiota. Prefiro o termo estúpido. E quem não é estúpido não se detém diante das ameaças e das caras feias dos homens de cérebro minúsculo. E o que parece impossível acontecerá tão naturalmente como a água brota da sua nascente.
 
Sir Winston Churchil (1874-1965), singular estadista britânico e um dos cérebros que levaram à derrota dos alemães na II Guerra Mundial, disse um dia que a coragem é a primeira das virtudes humanas, porque é ela que garante todas as outras. E a coragem de uma mulher, por exemplo, vê-se no modo como ela enfrenta, com humor e sagacidade os golpes baixos dos machos (não disse homens) que não têm a noção do ridículo.
 
Porque os homens só serão grandes se estiverem realmente decididos a sê-lo (os homens e as mulheres, naturalmente). Palavras de Charles De Gaulle (1890-1970), general e estadista francês, que também ficou na História como um grande militar, não só em estatura como nas suas tácticas.
 
 
Sobtre a Verdade
 
 
A Verdade é a fórmula da alma – Virgílio, poeta italiano (70-19 a.C.).
 
A não-violência e a Verdade são inseparáveis e pressupõem-se mutuamente. Não existe Deus maior do que a Verdade – Mahatma Gandhi (1869-1948), patriota, político pacifista e pensador indiano.
 
A repetição não transforma uma mentira numa verdade – Franklin Roosevelt (1882-1945), presidente norte-americano.
 
A Verdade é a coisa mais valiosa que possuímos. Economizemo-la Mark Twain (1835-1910), escritor norte-americano.
 
Se te propuseres a descrever a Verdade, trata de deixar a elegância por conta do alfaiate – Albert Einstein (1879-1955), físico alemão, naturalizado suíço.
 
Era a este último pensamento que eu queria chegar. Na realidade, naquilo que me diz respeito, quando me proponho a dizer uma verdade que possa não agradar a ilustres estultos, deixo, de facto, a elegância por conta do alfaiate. De outro modo, como poderia ser entendida por eles?...
 
***
 
Ninguém é suficientemente rico que possa comprar o passado, assegurou Oscar Wilde (1854-1900), escritor britânico, de origem irlandesa).
 
Eu digo: ninguém é suficientemente rico que possa comprar a educação, a dignidade, o bom carácter…
 
O que define a educação de um homem ou de uma mulher é o modo como se comportam quando se guerreiam – George Bernard Shaw (1856-1950), escritor britânico de origem irlandesa.
 
Os bem-educados usam jogo limpo. Os mal-educados servem-se de jogos sujos e desprezíveis para derrubar o outro. Por isso, já lá dizia Séneca (4 a.C. – 65 d.C.), tribuno romano que o Sol também brilha para os perversos.
 
Porém, não poderá brilhar para sempre, porque Deus suporta os maus mas não eternamente, como considera Miguel de Cervantes (1547-1616), escritor espanhol e um dos maiores da literatura europeia.
 
A maldição comum da Humanidade é a loucura e a ignorância, afirmou William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo inglês. Na verdade, vivemos cercados de loucos e ignorantes, por toda a parte, daí que só os mais pequenos (não em estatura, entenda-se, mas os tais de cérebro minúsculo) precisem de se colocar em bicos de pés para serem vistos – Denis Diderot (1713-1784), escritor e filósofo francês. Por isso, vemos certas pessoas, que todos nós conhecemos bem, a manquelitar pelas vielas, em altas tamancas!
 
***
 
John F. Kennedy (1917/1963), presidente norte-americano cobardemente assassinado, precisamente porque era um daqueles homens que não necessitava de pôr-se em bicos de pés para ser visto, dizia que o conformismo é o carcereiro da Liberdade e o inimigo do Progresso. Pura verdade. Pessoalmente, vivo inconformada, entre outras coisas, com a grande mentira em que se transformou o nosso mundo.
 
Para terminar este meu Cântico aos Sábios, citarei ainda Confúcio, o meu filósofo de eleição, um chinês que viveu entre 551-479 a.C.. Dizia Confúcio que a nossa maior glória não reside no facto de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda. E dizia igualmente que saber o que é certo e não o fazer é a pior das cobardias, por isso, atrevi-me a escrever esta crónica, para que os homens maus, que são tanto piores quanto mais tentam passar-se por “santos”, saibam que a torpeza de espírito é apanágio dos estúpidos.
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:41

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Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, devido a este ser inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais.

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