Todas as sondagens, todos os inquéritos, todas as abordagens realizadas em Portugal (e por todo o mundo, aliás) foram unânimes: mais de 94% dos cidadãos civilizados REJEITAM AS TOURADAS.
Por isso, elas foram já oficiosamente abolidas, ou seja, o povo aboliu as touradas, seguindo um instinto natural.
Para quando a Abolição Oficial, para que os governantes portugueses não façam má figura perante o mundo?
BOAS NOTÍCIAS!
DADOS OFICIAIS CONFIRMAM QUE AS TOURADAS PERDERAM QUASE 40% DE PÚBLICO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS!
Os últimos dados oficiais, publicados pela Inspecção Geral das Actividades Culturais, confirmam uma tendência clara para uma diminuição significativa do interesse dos portugueses por estes eventos. Além de um decréscimo no número de touradas realizadas, há uma forte diminuição de público nas praças de touros entre 2003 e 2013.
Fonte:
«Acentuado Decréscimo das Touradas na Televisão – Um Contributo para a Abolição
Numa fase em que a tauromaquia só vai sobrevivendo com apoios como a emissão televisiva de touradas, é muito bom verificarmos que no espaço de dois anos se assistiu a uma quebra de 80% na quantidade de touradas televisionadas. De 15 touradas transmitidas em 2011, passámos para 3 em 2013. A TVI esteve muito bem, pois pela primeira vez em muitos anos não emitiu qualquer tourada. Excelentes sinais»
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Lemos que as corridas de touros continuam a ser o principal espectáculo realizado no país, representando mais de dois terços dos eventos taurinos realizados… As novilhadas populares têm expressão muito reduzida no conjunto dos “espectáculos”.
Não será bem assim… Há leituras e LEITURAS.
Mas ainda que fosse… Realizam-se corridas de touros para uma bancada de gente: família dos torcionários e um ou outro aficionado, daqueles que não têm a mínima hipótese de evoluírem… e para os “convidados” , as borlas dos organizadores… Só assim…
As arenas estiveram praticamente vazias em 80 e tal % das tais “corridas”, no ano de 2013. Por todo o mundo, arenas encerraram. Cidades tornaram-se anti-taurinas. O povo diz um grande NÃO ao acto bárbaro de torturar bovinos.
Além disso, a tauromaquia é uma actividade SUBSIDIADA com DINHEIROS PÚBLICOS. Não fosse isso, já tinha sido enterrada definitivamente.
E então, o que há para esta actividade sanguinária, NÃO HÁ para o Teatro, para o Cinema, para o Bailado, para as Artes Plásticas, para a Literatura, enfim, para a VERDADEIRA CULTURA.
Todos os artistas se queixam da falta de apoios para as iniciativas que dão o pão ao espírito.
Reformados, doentes, famintos, idosos, enfim… são tantas as queixas… Não há dinheiro… Cortam-se salários, pensões… Mas para a tauromaquia esbanjam-se milhares de Euros.
E é como se deitassem esse dinheiro ao lixo, porque é no LIXO TAUROMÁQUICO que o dinheiro é gasto.
Mas os nossos governantes optam por apoiar a vulgaridade, a mediocridade, a estupidez, o biocídio, e nós sabemos muito bem porquê…
Também lemos que o número de espectáculos tauromáquicos realizados no ano passado em Portugal foi o mais baixo desde o ano 2000, segundo dados da Inspecção-geral das Actividades Culturais (IGAC), que registou em 2013 um total de 241 eventos.
Eventos? A carnificina de bovinos para divertir sádicos será um evento?
Continuando…
De acordo ainda com o Relatório da Actividade Taurina 2013, também o número de espectadores*** que assistem a “espectáculos” com touros foi o mais baixo em 14 anos, passando de 620 mil registados em 2000 para 441 mil no ano passado.
Ora este número também não corresponderá bem à verdade.
Serão 441 mil, contando sempre com os mesmos, nos vários “espectáculos”, pois as camionetas vão e vêm com o mesmo povo, daqui para ali… Algo muito mal contado…
Dizem também que a redução mais significativa ocorreu entre 2011 e 2012, com uma diminuição de quase 130 mil espectadores***, uma queda de 21%. O número será maior… Depende da objectividade.
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*** Espectadores – No texto original, que segue o novo acordo ortográfico, lê-se ESPETADORES. Ora, ainda que se utilize o novo acordo ortográfico, nunca um “espectador” (pronuncia-se o C) seria um “espetador”, a não ser que quisessem referir-se aos espetadores de bandarilhas, o que condiz com a carnificina.
Enfim… em todo este mundinho tauromáquico, carniceiro e de baixo nível moral e social, nada se aproveita…
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O certo, certo, é que a esmagadora maioria do povo civilizado rejeita todas as modalidades da tauromaquia, que já está morta (só os envolvidos não querem ver, preferem andar com um cadáver de lábios pintados, às costas… por aí… coitadinhos!, por isso o número destas actividades degradantes baixou consideravelmente, e continuará a baixar vertiginosamente… agora que as autoridades portuguesas, para não passarem vergonha perante o mundo, terão de rever a sua posição em relação às “escolas de tortura” e à menoridade (que vai até aos 18 anos) para se ingressar ou assistir à violência das touradas, ADMITIDA pela ONU.
Fontes:
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/numero-touradas-portugal-foi-mais-baixo-sempre-2013
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Uma “preocupação” pouco alicerçada, uma vez que a ONU não considera a menoridade (que vai desde o nascimento até aos 18 anos) como uma fase primordial para um desenvolvimento integral do ser
Isto é um passinho, mas um passinho manquinho…
Elementos do Grupo de Forcados Femininos de Benavente / Arquivo Lusa
É isto que um adolescente de 13 anos poderá fazer legalmente?
O Comité dos Direitos das Crianças da ONU aconselha Portugal a criar legislação que restrinja a participação de crianças em touradas, quer como participantes quer como espectadores, mostrando preocupação com os efeitos na saúde física e mental dos menores.
«O Comité está preocupado com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em treino para touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espectadores que são expostas à violência das touradas», refere um relatório hoje divulgado por aquele organismo das Nações Unidas.
(ESTE COMITÉ ESTARÁ VERDADEIRAMENTE PREOCUPADO COM OS EFEITOS DA VIOLÊNCIA NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DOS MENORES? VEJAMOS…)
Por isso, é recomendado que Portugal tome medidas legislativas para proteger todas as crianças envolvidas em touradas, «tendo em vista uma eventual proibição».
(“EVENTUAL”? PORQUÊ EVENTUAL E NÃO EFECTIVA?)
O Comité sugere que uma das medidas seja aumentar a idade mínima para mais de 12 anos para treino ou frequência de escolas de tauromaquia e para mais de 6 anos para assistir a espectáculos com touros.
(ESTA SUGESTÃO DE “IDADES” É ABSOLUTAMENTE CARICATA: PRIMEIRO, PORQUE A LEI JÁ PREVÊ QUE AS CRIANÇAS MAIORES DE SEIS ANOS PODEM VER TOURADAS (MAS NINGUÉM CUMPRE ESTA LEI, NEM AS AUTORIDADES A FAZEM CUMPRIR);
SEGUNDO, A FASE MAIS VULNERÁVEL (A DA ADOLESCÊNCIA, A PARTIR DOS 12 ANOS) CONTINUARÁ EXPOSTA AOS RISCOS DA VIOLÊNCIA QUE A TOURADA TRANSMITE.
O COMITÉ, PARA SER COERENTE COM A “PREOCUPAÇÃO” QUE DIZ TER, DEVIA SUGERIR (PARA SER CUMPRIDO) NÃO SÓ O AUMENTO DE IDADE ATÉ AOS 18 ANOS, QUANDO O JOVEM JÁ ESTÁ PRATICAMENTE PREPARADO PARA DIZER: “EU NÃO QUERO ISTO”… COMO O ENCERRAMENTO DESTES ANTROS DE VIOLÊNCIA E TORTURA QUE SÃO AS ESCOLAS DE TOUREIO).
«O Comité também exorta o Estado para empreender medidas de sensibilização e conscientização sobre a violência física e mental associada às touradas e o seu impacto nas crianças», refere o relatório hoje apresentado.
Esta questão sobre a participação das crianças em touradas ou escolas de tauromaquia foi apenas um dos aspectos analisados pelo Comité da ONU sobre a situação portuguesa no que respeita aos direitos das crianças.
(E ESTES DIREITOS NÃO ESTÃO AQUI DE TODO SALVAGUARDADOS, COM ESTA SUGESTÃO QUE FICOU A MEIO DO CAMINHO. FOI UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA.
QUAL O MEDO DE PROIBIR A EXPOSIÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À VIOLÊNCIA DAS TOURADAS ATÉ AOS 18 ANOS, E MANDAR ENCERRAR AS ESCOLAS DE TORTURA?)
A próxima avaliação de Portugal será feita em Outubro de 2017.
(ESTAMOS EM 2014… ATÉ LÁ AS TOURADAS TÊM DE ESTAR ABOLIDAS OFICIALMENTE, UMA VEZ QUE OFICIOSAMENTE ELAS JÁ ESTÃO ABOLIDAS.)
Lusa
Fonte
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Texto enviado para a ONU:
Director
JOANA GOMES FERREIRA
Procuradora da República