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Terça-feira, 7 de Junho de 2022

El País elimina a secção de toureio da sua edição impressa

 

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[Em Portugal dá-se parangonas a esta barbárie. A EVOLUÇÃO, aqui, ainda é uma miragem - Isabel A. Ferreira]

Mário Amorim

Jun 7

 

É do passado dia 12 de Maio.
Mas é bem actual!

Mário Amorim


El País eliminou a secção de touradas das páginas do seu jornal, uma secção que ano após ano tem vindo a perder o interesse dos seus leitores e tem gradualmente reduzido o número de crónicas de touradas.

 

ANIMANATURALIS.jfif

 

Esta é uma boa notícia para o jornalismo e para os animais, uma vez que deixa de promover entre o público uma secção que tinha, cada vez mais, cada vez mais detractores. As touradas continuam a perder presença nos meios de comunicação em geral, que dependerão cada vez mais de grandes injecções de dinheiro das empresas que organizam eventos de touradas para publicitar os cartazes da feira de touradas.

 

No entanto, os artigos de toureio de Antonio Lorca e outros colunistas continuarão a ser publicados na versão digital.

 

O DECLÍNIO DAS TOURADAS NO PAÍS


O declínio das touradas também se reflectiu neste jornal durante a última década. Em 1995, EL PAÍS publicou mais de 1.000 textos sobre touradas; em 2019, um ano sem pandemia, eram 150; desde 1 de Janeiro, apenas seis. Na edição digital, esta informação pode ser encontrada, mas também está a diminuir. Passou de 800 textos em 2015, para 440 em 2019, e para 87 até agora em 2022.

 

TOURADAS NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


As touradas sempre desfrutaram de espaços privilegiados em programas de rádio, televisão e imprensa escrita. Mas esta é uma tendência que está a ser gradualmente invertida.

 

O livro de estilo do jornal valenciano À Punt vetoes touradas e "embolates primos", como o manual do canal actualizado em 2021 decidiu excluir a cobertura de "exposições de abuso de animais".

 

Por exemplo, na Televisión Española, dependendo de quem ocupava o Moncloa, as touradas apareciam ou desapareciam do ecrã. Em Abril deste ano, onze partes registaram uma alteração ao projecto de lei da Lei Geral da Comunicação Audiovisual para impedir por lei a transmissão televisiva de touradas durante o horário infantil, ou seja, entre as 6h e as 22h. Durante vários anos, especificamente durante o governo de José Luis Rodríguez Zapatero, esta medida já se encontrava em vigor. De acordo com a segunda secção do Código de Auto-regulação sobre Conteúdo Televisivo e Crianças, os canais de televisão tinham de respeitar uma faixa horária infantil para a transmissão de touradas. Foi em Outubro de 2006 quando a RTVE desistiu de transmitir touradas porque "coincidiu com o horário de protecção infantil, bem como devido ao seu elevado custo". Em 2012, quando Mariano Rajoy assumiu o governo, o manual de estilo da RTVE foi novamente modificado para eliminar esta referência. Isto permitiu à empresa pública oferecer novamente touradas após seis anos de ausência.

 

Em Telemadrid, há mais de três décadas que as touradas da época são transmitidas, mas apenas ocasionalmente, como no dia 2 de Maio, em San Isidro ou em algumas cidades.

 

O Canal Sur é o canal público de televisão que dedica o maior número de horas às touradas e emissões de touradas. A sua programação inclui dois programas dedicados à tourada. Por um lado, o programa "Toros en Canal Sur", que organiza um concurso entre as diferentes escolas de toureio da comunidade, com o objectivo de encontrar o toureiro mais relevante. Por outro lado, "Toros para todos" mostra a vida do touro de combate no campo. Para além disso, o Canal Sur também difunde as touradas da comunidade.

 

Finalmente, Castilla la Mancha televisión, transmite aos sábados o programa "Tiempo de toros", para conhecer em profundidade o mundo das touradas e dos toureiros. Além disso, a televisão La Mancha transmite as touradas da época das touradas.

 

Fonte: ANIMANATURALIS

 

 
 
tags: animanaturalis, antonio lorca, castilla la mancha televisión, el país, jornalismo, josé luis rodriguez zapatero, mariano rajoy, meios de comunicação social, rtve, san isidro, telemadrid, televisióm española, touradas
publicado por Isabel A. Ferreira às 11:28

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Quinta-feira, 22 de Março de 2018

SUGESTÃO POLITICAMENTE CORRECTA PARA SE ACABAR DE VEZ COM A MIXÓRDIA ORTOGRÁFICA EM PORTUGAL

 

O que anda, pode desandar. O que se faz, pode desfazer-se. E os erros são para corrigir, não para perpetuar. Diz o senso comum.

 

E a política deve ser praticada com a inteligência proveniente de um cérebro alojado na cabeça dos homens, e não com a “inteligência” alojada na cabeça do dedo mindinho dos pés dos homens.

 

Atentemos nesta balbúrdia, compilada pelo Grupo Tradutores Contra o Acordo Ortográfico:

 

 

Só esta visão dantesca do caos ortográfico, generalizado em Portugal, deveria ser o bastante para que o aCtual governo português e o próprio presidente da República, que tem vergonha de tanta coisa, mas não da mixórdia ortográfica, dessem o dito pelo não dito, e desandassem com o que andou mal, e desfizessem o que se fez mal, e corrigissem o monumental erro que foi obrigar a função pública e os organismos afeCtos ao Estado a aplicarem, sem qualquer base legal, uma ortografia mutilada, oriunda do Brasil.

 

Mas o mais insólito é o faCto de a resolução do conselho de ministros (assim em minúsculas, porque me apetece) onde foi parida a “ordem de marcha do AO90”, e que seria, alegadamente, apenas “obrigatória” para funcionários públicos e organismos do Estado, andar por aí a ser aplicada em certos meios de comunicação social, que nos garantem que adoPtam o AO90 porque foi obrigatório para os funcionários públicos e órgãos do Estado, como se eles fossem funcionários públicos ou órgãos do Estado; e também agora em anúncios, como se as empresas publicitárias fossem funcionalismo público ou órgãos estatais.

 

E é que, no meio disto tudo, ninguém, dos que aplicam a ortografia brasileira, se pergunta se são obrigados, por lei, a fazê-lo, uma vez que uma resolução do conselho de ministros não tem valor de Lei. Farão isto por modismo, por servilismo, por ignorância, ou pelo prazer da imitação?  

 

Se gostam de imitar, imitem, ao menos, os idiomas europeus, os “parentes” mais próximos da Língua Portuguesa.

 

Posto isto vamos à sugestão:

 

Atentem nesta nota explicativa, que justifica do modo mais idiota possível, a mutilação das palavras:

 

NOTA EXPLICATIVA.jpg

 

Pois se o problema (para os adultos cabeças-duras, não para as crianças, que conseguem aprender tudo) é como saber que em concePção, direCção, etc., se vai escrever o pê e o cê, se não os pronunciam, sugiro algo muito mais simples e que evita mutilar as palavras que, sem as consoantes, ficam com a aparência de palavras carecas. Sugiro, então, que se comece a pronunciar as consoantes, que não se pronunciam, porque, afinal, já se lê algumas, porque não todas?

 

Não, não me venham dizer que isto é retroceder na linguagem, porque não é. Isto é simplesmente «unicuĭque suum», expressão latina que significa «a cada um o (que é) seu», que no contexto da ortografia, significa «a cada palavra o que é dela, ou seja, todas as letras de que ela é composta».

 

Uma vez que pronunciamos contaCto, paCto, faCto, impaCto, por que não pronunciar aCto (aCção), e deixarmos o vocábulo intaCto, sem aquela aparência de palavra careca? É que ato, é do verbo atar, e atados e mudos estão todos os que não sabem escrever…

 

CARLO DOSSI.png

 

Se pronunciamos egíPcio, egiPtólogo, egiPtologia, não nos custa nada dizer EgiPto ou custa? (Aliás, eu sempre pronunciei o pê de EgiPto, por uma questão de coerência), e a palavra que, com o AO90 inacreditavelmente perdeu o pê, não se transformaria em nome próprio masculino Egito, como em Egito Gonçalves, nosso grande poeta, até porque em nenhuma outra língua culta, EgiPto perdeu o pê.

 

Veja-se o que nos diz Fernando Kvistgaard: «Já agora, em Dinamarquês escreve-se: aktør, faktor, reaktor, sektor, protektor, eksakt, baptisme, optimum, e também Egypten, optik, faktum, receptionist, projekt, direkt, etc., etc.

 

É que as línguas cultas não albergam palavras mutiladas. Em Dinamarquês, bem como em todas as outras línguas europeias, nestas e noutras palavras, pronunciam-se os cês e os pês, porque todas pertencem à grande família indo-europeia, tal como a Língua Portuguesa.

 

Ora, se a intenção é simplificar, que se simplifique a sério: é muito mais fácil pronunciar e escrever os pês e os cês, em todas as palavras, do que andar ó tio, ó tio, o que é que se corta, o que é que não se corta, em cada palavra. E depois dá no que dá: uma mixórdia ortográfica, sem precedentes em Portugal, e caso único no mundo.

 

Além disso a pronúncia ficará semelhante à das outras línguas europeias, e as nossas crianças, que estão a aprender Inglês ou outra língua, não terão a mínima dificuldade em dizer (diréCtôr) e escrever direCtor, em Português, bem como dizer (dairéCtâr) e escrever direCtor em Inglês.

 

Eu, que escrevo correCtamente as palavras, comecei já a pronunciar as consoantes que não se pronunciam, para que os meus netos as ouçam, e saibam que ali existe um cê ou um pê, embora desgraçadamente, na escola, tenham de escrever as palavras incorreCtamente. Juntando a isto, ofereço-lhes livros infantis escritos em Bom Português, espólio da minha Biblioteca, e com isto vou amenizando o prejuízo de viverem num país em que lhes impingem gato por lebre. E se algum me pergunta o porquê de nos meus livros estar escrito coleCção, e nos da escola “coleção”, digo-lhes a verdade: coleCção é Português, “coleção” é brasileiro.

 

Bem, esta parte da mutilação, ficaria, deste modo, facilmente resolvida, porque ao pronunciarmos as consoantes, não há como errar.

 

No que respeita à acentuação e hifenização, é seguir as regras mais básicas, já existentes, da Gramática, e não inventar modismos acordistas, para constar que o Brasil também teve alterações na sua grafia, porque a língua não é apenas som, mas também imagem, e as crianças deteCtarão automaticamente as faltas dos acentos em palavras como pára, ou vêem, dêem (não ficam mais compostinhas estas palavras com o chapeuzinho?) etc..

 

Quanto aos hífenes, as palavras que se formaram com a supressão dos hífenes são tão horrorosas, tão inestéticas, tão absurdas, que qualquer criança se assusta com estas aberrações ortográficas: autorretrato; antirreligioso; contrarreforma; contrarregra; radiorrelógio; autorradiografia; arquirrival; antirracional; contrarrazão; antirracial; antirrevolucionário; suprarrenal… entre outras, que ao ler parecem um trava-línguas, e ficamos com a garganta arranhada...

 

Não será visualmente mais elegante e muito mais percePtível, logo à primeira leitura: auto-retrato, anti-religioso, contra-reforma, contra-regra, radio-relógio, auto-radiografia, arqui-rival, anti-racional, contra-razão, anti-racial, anti-revolucionário, supra-renal, do que aqueles palavrões cheios de erres, assarrabulhados e de difícil compreensão para as crianças?

 

Se a intenção foi facilitar só complicaram. E de que maneira! 

 

A nossa Língua é tida como uma das mais belas do mundo, também pelo seu visual elegante, e querem transformá-la numa aberração gráfica, com palavras mutiladas, umas, e carregadas de letras outras? O que pretende o governo português? Matar a Língua Portuguesa, para agradar aos brasileiros incultos? É que os Brasileiros Cultos têm tanta aversão a isto como nós.

 

Pois aqui fica a minha sugestão. Penso que será mais viável, do que o mixordês que anda por aí a apunhalar a Língua Portuguesa, sem dó, nem piedade.

 

Isabel A. Ferreira

 

tags: ao90, brasil, brasileiro, brasileiros, dinamarquês, família indo-europeia, funcionários públicos, governo português, idiomas europeus, inglês, língua portuguesa, línguas europeias, meios de comunicação social, ortografia brasileira, portugal, português, presidente da república, tradutores contra o acordo ortográfico, órgãos do estado
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:01

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