Quando o governo caiu e se partiu para novas eleições legislativas, vaticinei que teríamos mais do mesmo… para PIOR.
E o PIOR aconteceu:
Infografia: Rodrigo Machado/RR
1º - O Partido Socialista teve maioria absoluta
2º - O Chega e a Iniciativa Liberal chegaram-se à frente.
Sempre se criticou as monarquias absolutas.
Sempre se criticou o Absolutismo.
Sempre se criticou a maioria absoluta dos outros, mas quando um Povo, pouco esclarecido nestas coisas de absolutismos, lhes dá a maioria que eles sempre desejaram, faz-se uma grande festa!
E para isto contribuíram duas coisas terríveis: o MEDO da mudança, e o facto de termos um Povo ainda POUCO ESCLARECIDO. E uma Democracia só funciona em pleno numa sociedade maioritariamente esclarecida. E quando digo esclarecida não se julgue que me refiro a canudos universitários, porque já vimos, pelas experiências na política portuguesa, que ter um canudo universitário não é sinónimo de ser-se esclarecido. Além disso, pelas entrevistas de rua que vi na televisão, há gente que tem a bandeira de um partido na mão, mas não sabe de quem é. Como irão votar em consciência?
Ontem, Portugal deu um passo na direcção errada, embora com a legitimidade que o Povo lhe conferiu. Se já tínhamos um governo do eu quero, posso e mando, o que será agora, com uma maioria? António Costa começou logo por dizer, no seu discurso de vencedor, que não falará com o Chega. Esta não será uma atitude ditatorial, como outras que já teve no anterior mandato? Afinal, o Chega é a terceira força política. Existe. Quer se goste ou não se goste. E se chegou a tal, foi pela má prestação dos que se dizem de esquerda, que não conseguiram convencer os da esquerda, com as suas atitudes, por vezes, dúbias, embora isto de “esquerda/direita” seja coisa da tropa.
Além disso, estamos em vias de ter o mesmo primeiro-ministro, que desconhece a Língua Portuguesa, usando redundâncias sem saber o que está a dizer, fazendo discursos numa linguagem insólita, incoerente, onde nem todos são todas, nem os portugueses são as portuguesas, nem os cidadãos são as cidadãs, ou tudo isto no seu vice-versa.
Primeiro-ministro, António Costa © Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens
Tudo isto é muito triste.
Se Portugal já estava na cauda da Europa em tantas coisas; se em Portugal a contestação, em várias frentes, é o pão nosso de cada dia, há tanto tempo; se nestes seis anos de governação, Portugal não avançou no SNS, que continua bastante caótico; se não avançou no Ensino, que continua super-caótico; se não investiu na Cultura CULTA (não a rasteira, que recebe chorudos subsídios) que continua a ser marginalizada; se não anulou o ILEGAL AO90, que estraçalhou a Língua Portuguesa, violando a Constituição da República Portuguesa, a Lei e o direitos dos cidadãos; não aboliu a tauromaquia, a caça e todas as outras actividades que vivem da tortura de seres vivos, catapultando Portugal para a Idade Média; se não orientou da melhor forma as actividades económico-financeiras do país; se não conseguiu pôr fim à corrupção, à pobreza, à ladroagem que nos cerca por todos os cantos e esquinas; se não conseguiu diminuir o fosso entre ricos e pobres; SE não… SE não … SE não… tanta coisa!!!! Com a maioria absoluta, sem que a democracia plena seja executada, sem o contraponto dos restantes partidos políticos com assento na Assembleia da República, vaticino um tsunami que afundará ainda mais um Portugal que já está afundado, desvirtuado, desconjuntado na sua identidade.
Um povo pouco esclarecido é um maná dos deuses para os governantes.
Esperemos que o novo governo absolutista, tenha a hombridade de consultar TODOS os outros partidos eleitos, e com assento no Parlamento, conforme as regras democráticas, e não vá governar conforme lhe der na real gana.
Isabel A. Ferreira
(Dedico este texto a todos aqueles que já passaram os olhos pelo Arco de Almedina e continuam cegos, pequenos e ignorantes…)
E como há universos pequeninos, do tamanho de um grão de areia, por simples cegueira mental!
Mil vezes mais digno!
Por isso não aperto a mão a qualquer um...
COMUNICADO DA ASSOCIAÇÃO “ANIMAL”
«Estimadas/os apoiantes, por razões completamente alheias à nossa compreensão o Parlamento decidiu cancelar a discussão da nossa petição e adiá-la para data a anunciar (???).
O mais bizarro e inacreditável de tudo isto foi que nem sequer nos informaram desta mudança. Se não fosse uma apoiante nossa (a quem muito agradecemos) a informar-nos ontem de que a discussão já não constava da ordem de trabalhos do dia 25 descrita no site da AR, continuaríamos na ignorância.
Falámos de imediato com a pessoa responsável pelos contactos com as/os peticionárias/os, que, espantemo-nos, também não sabia de nada, e, tal como nós, ficou surpreendida.
Foi bastante solícita e colocou-se em campo para descobrir o que se havia passado. Chegou-nos agora mesmo a resposta que aguardávamos e que é a de que a petição já não será discutida no dia 25 e que entretanto seremos informados do dia da discussão.
Relembramos que a petição foi entregue há mais de um ano e que desde que foi entregue (04/10/2012) até ao dia de hoje já duplicou o número de assinaturas (decidimos não encerrar a petição apenas para podermos passar aos Grupos Parlamentares que o assunto continua actual e urgente).
Posto tudo o que expusemos acima, pedimos-vos que aguardem por mais notícias nossas acerca da nova data.»
***
Depois disto o que dizer? O que fazer?
PROPONHO QUE FAÇAMOS ISTO:
Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República:
Não compreendemos esta atitude pouco digna de deputados da Nação: adiar algo agendado, sem dar qualquer satisfação aos interessados.
E para que esta discussão não caia no esquecimento vimos EXIGIR que seja marcada uma nova data urgentemente, porque o país necessita de uma definição quanto a esta questão.
Porque:
Já chega de adiamentos.
Já chega de nos insultarem com os vossos desmandos.
Já chega de apoiar uma minoria inculta.
Já chega de arrastar o país para o rol dos países terceiro-mundistas.
BASTA!
ESTAMOS FARTOS DA VOSSA SUBMISSÃO A LOBBIES.
V. Exas. não são pagas opara SERVIREM LOBBIES.
Exigimos que a nossa petição seja DISCUTIDA JÁ!
De qualquer modo, já NADA SERÁ IGUAL depois disto.
A engrenagem cósmica já foi accionada e nada poderá deter o seu curso, como referiu a nossa companheira Josefina Maller.
Por isso, exigimos uma nova data urgentemente, para discutir o que tem de ser discutido e APROVADO!
Uma análise inteligente, lúcida e baseada no Saber da Ciência.
Quem se atreverá a contestá-la?
Por Vasco Reis (Médico-Veterinário)
«Ponto de vista vital»
Interessa tentar compreender a vida e a diversidade dos seus seres e as suas características vitais. Importa que os seres vivos não sejam tratados como coisas inertes, quando na realidade não o são.
Um observador razoável pode interpretar as experiências que vai somando no dia a dia ao viver em contacto com os seres vegetais e animais (humanos e não humanos).
Assim vai poder chegar a convicções, género senso comum, ainda antes de a ciência ter confirmado os fenómenos. No entanto, a investigação e a confirmação científicas dão maior certeza e força ao que empírica e filosoficamente se admitiu.
Comecei por me interrogar e cogitar:
Porque fogem as baratas, quando se abre a porta de um armário onde estavam escondidas tranquilamente?
Porque fogem moscas e mosquitos quando tentamos apanhá-los, para que não nos incomodem?
Porque se escondem os caracóis nas casas, porque se fecham os mexilhões nas conchas, quando se sentem ameaçados?
Porque fogem ou reagem os animais, desde os considerados mais simples até aos considerados mais complicados/evoluídos, incluindo os humanos?
Respondendo empiricamente/logicamente: porque experimentam emoções (susto, desconfiança, medo) e quando atingidos, sentem dor, que é a melhor e a imprescindível educadora para adquirirem a sensação e a certeza dos perigos à sua volta.
Sem capacidade de sentir desconfiança, susto, medo e DOR, estariam os animais condenados a serem agredidos sem reacção de defesa/fuga e, portanto, condenados à não sobrevivência.
Deve existir uma parte da reacção que resulta das ordens saídas dos genes (vagamente apelidada de instinto) e outra causada pela experiência de sofrimento/dor que acontece ao longo da vida.
A dor e o medo de sentir dor são os melhores aliados para a defesa da integridade física e da vida de todas as espécies animais.
Sistema receptor, transmissor, interpretador de estímulos e emissor de respostas é o sistema nervoso, desde sistemas considerados rudimentares, até sistemas considerados evoluídos.
É absolutamente errada a invenção de que nas touradas os touros possuem mecanismos que os impedem de sentir dor, ou que lhes diminuem muito a dor!
Plantas não têm sistema nervoso, não têm meios de locomoção, não têm capacidade de fugir da agressão. Líquido que pode escorrer da superfície de cortes (que alguém compara a lágrimas) não passa de seiva (transportadora de substâncias nutritivas numa função comparável à da linfa em animais).
Logicamente, se a natureza não forneceu as plantas com sistemas que lhes permitisse fugir da agressão/perigo, ela não deu às plantas a capacidade de sofrer física e mentalmente. Elas não são dotadas de sistema nervoso, nem de algo funcionalmente comparável.
“A natureza não é sádica, nem desperdiçada”.
Desafio e agradeço a quem pense de outra maneira, a apresentar uma explicação alternativa.
Vasco Reis
8.5.2013
***
Nota marginal:
A esmagadora maioria dos cientistas que se debruçaram sobre se devemos explicar da mesma forma o comportamento dos animais em comparação com o nosso, uma vez que temos sistemas nervosos semelhantes, concorda com este ponto de vista.
Lord Brain, um dos mais importantes neurologistas do nosso tempo afirmou:
«Pessoalmente, não vejo razão para conceder uma mente aos meus congéneres humanos e negá-la aos animais (...) Pelo menos, não posso negar que os interesses e actividades dos animais estão relacionados com uma consciência e uma capacidade de sentir da mesma forma que os meus, e que estes podem ser, tanto quanto sei, tão vividos quanto os meus.»
Será uma rosa negra como esta, que colocaremos na lápide que, brevemente, perpetuará a morte da tauromaquia, que a protóiro tem ajudado a destruir.
A prótoiro (federação portuguesa das associações taurinas) pretende passar cá para fora uma imagem de "poder", mas todos nós sabemos que eles, todos juntos, não valem um tostão furado.
Há quem diga que são mafiosos, um polvo que estende os seus tentáculos e exerce influência no covarde governo português, e entre os nossos autarcas medrosos.
Dizem que são perigosos...
Perigosos? Os covardes nunca são perigosos diante dos que não têm medo e lhes fazem frente.
São perigosos sim, para os seres inocentes e inofensivos. Mas são incapazes de enfrentar um gigante.
Bem podem tentar estender os "tentáculos", pois quanto mais os estenderem mais frouxos ficarão e, tal como um fio de teia de aranha, acabarão por romper. Inevitavelmente.
Esta sempre foi a Lei, desde os primeiros tempos da vida do “humano” no Planeta Terra.
A prótoiro está acabada. Rasgada. Velha. Mofosa.
A Razão sempre se sobrepôs à ignorância, e brevemente toda essa prótoirada estará a rastejar no chão que eles próprios estão a enlamear.
Podem ter dinheiro, mas não têm inteligência. E é preciso inteligência para se vencer.
E têm também um ponto fraco, um calcanhar de Aquiles, que nós conhecemos, mas eles nem sonham.
E será por aí que cairão como frutos apodrecidos.
Podem crer.