Texto brilhante! 💚
A fina flor da ironia! Só mesmo António Lobo Antunes para escrever de modo tão genial o que vai na alma de muitos portugueses.
Um texto publicado por Emilia Vicente, no Facebook, em 9 de Maio de 2019 , mas actualíssimo.
Por António Lobo Antunes
«Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida.
Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda
compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento.
Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos.
Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para
nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.
Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.
O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão.
O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal.
Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.
Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver:
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo
que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.
As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.
Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito.
Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis.
Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair.
Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.
Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar.
Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho.
Agradeçam a Linha Branca.
Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.
Abaixo o Bem-Estar.
Vocês falam em crise, mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne, mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.
Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos.
Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa.
Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto. Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar?
O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.»
Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2361917250541002&set=a.124500150949401&type=3&theater
Texto brilhante! 💚
A fina flor da ironia! Só mesmo António Lobo Antunes para escrever de modo tão genial o que vai na alma de muitos portugueses.
Um texto publicado por Emilia Vicente, no Facebook, em 9 de Maio de 2019 , mas actualíssimo.
O que nos vale é quem nem todos são lambe-botas...
«Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida.
Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda
compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento.
Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos.
Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para
nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos.
Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.
O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade as vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão.
O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal.
Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.
Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver:
- Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro
- Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima
- Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo
que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade.
As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente. Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos.
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já!
Loureiro para o Panteão já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha.
Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito.
Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis.
Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair.
Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano. Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.
Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar.
Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho.
Agradeçam a Linha Branca.
Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.
Abaixo o Bem-Estar.
Vocês falam em crise, mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne, mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval.
Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros. Proíbam-se os lamentos injustos.
Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa.
Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto. Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar?
O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos uns aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes."
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2361917250541002&set=a.124500150949401&type=3&theater
Aprazível é o pasto que acolhe os animais para se alimentarem tranquilamente...
EM NOME DA CULTURA, DA CIVILIZAÇÃO E DA ÉTICA ANIMAL
Senhor Dom Duarte Pio de Bragança:
Não posso negar que sempre tive uma certa simpatia por SAR, devido aos valores e princípios que põe nos seus discursos. Considero-o um homem culto e interessado pelo que se passa no nosso País e no mundo.
Certo dia, na inauguração da Caixa Agrícola da Póvoa de Varzim, estava eu a fazer a cobertura do acontecimento, para o já extinto jornal «O Comércio do Porto», aconteceu encontrar-nos no Casino local, onde foi dado um almoço volante aos convidados, nesse dia.
Então, já passando das 14 horas, deu-se o acaso de eu, o Senhor Dom Duarte e o Senhor seu irmão, ficarmos a um canto do salão, por não conseguirmos ter acesso à mesa, recheada dos mais variados manjares, por ter-se disposto ao redor dela uma muralha de gente intransponível.
Reparei então, na postura de dois membros da Casa Real Portuguesa, dois Príncipes que, humildemente, encostados a uma coluna da sala, conversavam, naturalmente com tanta vontade de comer, quanto eu. A mesa dos doces estava ali, à mão de semear. Olhei então para o Senhor Dom Duarte e atrevidamente “convidei-o” a comer doces, uma vez que não tínhamos acesso aos manjares, para eu não ficar a comê-los sozinha. Simpaticamente SAR acedeu, e pusemo-nos os três a comer os pastéis de nata que estavam enfileirados num prato.
Este episódio bastou para que a minha simpatia pelo Senhor Dom Duarte fermentasse. Afinal, um Príncipe, “aquele” Príncipe particularmente, não era a vedeta que se detesta. Era um ser humano, que tal como eu, sente fome e gosta de pastéis de nata.
Perdoe-me este aparte, que apenas teve a intenção de corroborar a minha simpatia por SAR.
Como Chefe da Casa Real Portuguesa o Senhor Dom Duarte tem sobre os seus ombros toda uma responsabilidade de postura cívica que se quer exemplar. Aliás gosto de deambular pelo Blog da Família Real e ler o que diz sobre vários assuntos pertinentes, postura com a qual até concordo.
Contudo, por vezes, no melhor pano cai a nódoa.
Existe uma nódoa muito negra na vida de SAR, que não se coaduna nem com a Cultura Culta nem com a Civilização, pondo o estatuto da Família Real Portuguesa muito abaixo da Realeza Europeia.
Naturalmente que me refiro à chamada “Tourada Real” que, exceptuando na nossa vizinha Espanha (que está no bom caminho em direcção à Era da Civilização, tendo já acabado com o massacre de Bovinos na Catalunha), não existe em nenhum outro país onde reina a Monarquia.
Pergunto-me: porquê?
Sabemos que em Portugal as Touradas, introduzidas no tempo dos Reis Filipes espanhóis, foram proibidas no tempo do Marquês de Pombal, não pelo motivo certo, isto é, pelo respeito que devemos a todos os seres vivos, e pela Ética Animal, mas apenas porque alguém, chegado a Dom José, morreu numa Tourada. Mas, enfim, foi um passo em frente.
Anos mais tarde essa prática foi retomada, e deu-se um retrocesso.
Uma vez que o “negócio dos Touros” envolve muitos milhares de euros, sacrificam-se e massacram-se animais magníficos, em nome de uma diversão sangrenta, que não traz o mínimo prestígio a quem a promove, nem aos que nela se envolvem, directa ou indirectamente.
Na próxima sexta-feira, dia 30 de Setembro, teremos em Vila Franca de Xira a XIV Tourada Real, uma vergonha não só para Portugal, como também para a Casa Real Portuguesa.
Não será preciso lembrar a SAR o sofrimento dos Touros, para “divertir” umas tantas pessoas que, vai desculpar-me, sofrem de sadismo crónico, uma vez que aplaudem a crueldade, com grande manifestação de alegria. Ora isso não é uma atitude normal. Ninguém aplaude a tortura, a crueldade em pleno gozo das suas faculdades mentais.
A Educação quer-se para a Ética, para a Cultura Culta, para a Civilização, para a comunhão harmoniosa entre todos os seres vivos. Que valores estará SAR a passar aos jovens príncipes? A ética da crueldade? A cultura do desrespeito por um animal, como nós? A civilização do sangue derramado inutilmente? Uma comunhão desarmoniosa, contrária aos princípios Cristãos?
Que papel representa a Igreja Católica na “bênção” dos toureiros?
Senhor Dom Duarte, como Chefe da Casa Real Portuguesa, deveria dar o exemplo e abolir definitivamente as Touradas Reais, que só desprestigiam a Casa de Bragança. Não quererá, com certeza, SAR continuar a ser cúmplice destes massacres hediondos, e deixar que o nome dos Bragança fique ligado a esta «terrível e venal arte de torturar e matar animais em público», como considerou a UNESCO.
SAR poderá redimir-se, acabando com esses massacres. Dará um exemplo digno de um Homem de Cultura, e será aplaudido pela realeza europeia, tal como pelos milhares de Portugueses e cidadãos de todo o mundo que lutam pela abolição do Massacre de Touros, na meia dúzia de países, sobre os quais ainda pairam as trevas e os odores bolorentos da Idade Média.
Albert Schweitzer, que SAR saberá quem é, considerava que «uma ética que nos obrigue somente a preocupar-nos com os homens e com a sociedade, não pode ser a verdadeira Ética. Somente aquela que é universal e nos obriga a cuidar de todos os seres nos põe em contacto com o Universo e a vontade nele manifestada».
É este um princípio Cristão, que não vejo ser seguido por aqueles que se dizem cristãos, enveredando pelo caminho da crueldade exercida sobre um outro ser, também criatura de Deus.
Respeitosamente,
Isabel A. Ferreira
(Cidadã portuguesa com direito à indignação)
Consulte-se este link para uma visualização da "arte" taumomáquica
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/38589.html