Mais um magnífico texto de Teresa Botelho que nos fala da estupidez das chamadas vaquejadas, que estão para o Brasil, como as touradas estão para Portugal: um “divertimento” de e para trogloditas que descontam nestes indefesos seres vivos, de um modo brutal e irracional, a falta de virilidade que lhes retorce e mirra as entranhas…
Eles bem que queriam ser HOMENS… mas falta-lhes o principal… (se é que me entendem…)
Texto de Teresa Botelho
«Apetece-me aqui falar de um país que não é o meu, mas cujas retóricas são comuns.
Perdi o meu tempo assistindo a uma comédia humorística em directo que não me fez sequer sorrir, porque assistir a qualquer discussão acalorada entre os políticos brasileiros, é pior que estar enjoada e não conseguir vomitar.
O tema eram as Vaquejadas, espectáculos degradantes, com bovinos e cavalos, lidados e torturados por gente rude e mal formada que vive nos confins da ignorância.
Contudo, hoje em vez de falar dos bois, prefiro descrever os Deputados, porque esses sim, merecem ser "vaquejados" e depenados dos seus fracos, ou mesmo inexistentes valores mínimos morais e de racionalidade.
O vídeo do debate que pretendeu desautorizar a decisão do Supremo Tribunal que declarou recentemente inconstitucionais estes espectáculos bárbaros, decorria animadamente, com uma coluna lateral para críticas e comentários do povo e como sempre, não resisti à opinião despojada, porque mesmo considerando-me bem educada, dei comigo a escrever por lá umas certas coisas que normalmente só digo em privado, ou entre os amigos mais fiéis e condescendentes a linguagens de palavreado impróprio, por isso, ao cabo de umas 2 horas, decidi sair, até porque o que vi, chegou para me inspirar neste comentário...
A maior parte dos oradores era fazendeiros do Nordeste que não conseguiram desmentir as acusações de que as suas campanhas eleitorais tinham sido financiadas pelos "Coronéis do gado".
O próprio presidente da mesa, manifestou claramente a sua vocação anti- animalista e geriu o tempo dos discursos, conforme as suas próprias preferências, em relação aos previsíveis conteúdos que iriam ser apresentados.
Quando algum orador não agradava, era vaiado e ofendido com palavrões e gritos, interrompendo o discurso, como aconteceu a uma veterinária que teve a ousadia de mencionar as diversas consequências físicas provocadas aos animais durante estas vaquejadas, como a sujeição dos bois pela cauda que muitas vezes acaba por ser arrancada, as fracturas nas patas e coluna, bem como as hemorragias internas que provocam aos animais, mortes lentas, em dolorosa agonia.
Quando a activista vegan e apresentadora da TV Luísa Mell que fora convidada para fazer parte do debate por um deputado animalista e a quem foram "generosamente" concedidos 5 minutos de prosa, se preparou para falar, a indignação da assistência foi de tal forma ruidosa que as sucessivas interrupções, apenas lhe permitiram expressar com dificuldade os seus altos valores compassivos e a emoção de reconhecer o atraso civilizacional do seu pobre país...
De repente, com agressões à vista, os insultos e a barulheira, obrigaram a interromper a sessão por 2 minutos.
Afinal, quem viu um excerto da discussão pelo afastamento da Presidente Dilma, já conhece o ambiente acalorado de Brasília, mas o que mais me entusiasmou, foram os argumentos tirados de letra aos que oiço por cá, das bocas sujas dos defensores da "tradição" tauromáquica...
E não é que as touradas também foram por lá faladas, como pertencendo a países civilizados da Europa?
Só não sei em que escalão de civilidade, colocam eles o Brasil, mas não interessa ...
O problema foi o meu desnorte e o "doce" vernáculo que me foi saindo, lá na coluna dos comentários, ao lado do tal vídeo da discórdia...
Mas após umas explicações cheias de "ética e sabedoria", dadas por uns mercenários, digo, veterinários, bem pagos para a defesa do indefensável, como alguns que conhecemos por cá, eis que subiu à mesa um cowboy de enorme chapéu branco, com abas retorcidas e cuja obesidade mórbida lhe fazia pendurar as flácidas bochechas gordurosas sobre o colarinho branco, encobrindo o nó da gravata de tal forma apertada que lhe deixava a face roxa!
O cowboy, mesmo sem pistola, disparou os seus impropérios a torto e a direito, terminando com aquele argumento tão batido também por cá, sobre a crise laboral que as proibições de torturar bovinos causariam entre os peões mal pagos que lhes engraxam as botas.
Antes disto, tinham havido uns momentos empolgantes, mas que acabaram em paz, após um convite de um animalista a um adepto das "tradições", para um ajuste de contas lá fora, mas que não deu em nada, porque quando o primeiro gritou "seja homem", o segundo encolheu-se e só fingiu que o era...
Esgotados de tanta intelectualidade, os fazendeiros, os corruptos e os leiloeiros de animais, após mais de 4 horas de humor negro e de machismo exacerbado, decidiram o seguinte:
Alguns parlamentares prometeram que vão se empenhar para mudar a Constituição por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que as vaquejadas e os rodeios sejam definitivamente reconhecidos como “patrimônio cultural do país".
Onde é que eu já ouvi esta de "patrimônio cultural", apesar da diferença geográfica e de acentuação?
Aguardemos então que o PEC não chegue a PEC, apesar de neste momento estar já a ser afincadamente preparado por lá, até porque só o nome me lembra outros PECs que não nos sugerem por cá, nada de bom...
Entretanto, hoje mesmo, as manifestações e a luta dos indignados vaqueiros continuavam, transformando os bois em reaccionárias exigências políticas e cujas críticas visam até o vigente Estatuto de Desarmamento que segundo um dos cowboys direitistas, aspirante a presidente e bastante ovacionado, a proibição feita aos "cabras machos" de usarem armas, o que é criar "uma geração de maricas"...
E mais não digo, porque apenas me parece que bovinos e cavalos torturados, são sempre um bom ponto de partida para o atraso, a xenofobia, a escravatura e a porca miséria de países de pantanas...»
Fonte:
Esta “gente” pretende DESCONSTRUIR o país. O futuro estará ameaçado? Vamos ser engolidos pela ignorância e irracionalidade de uns poucos?
A resposta é claramente NÃO!
Vamos dar a estocada final nesta perversão tauromáquica.
O que vemos aqui? Um cobarde a torturar uma cria de bovino. Isto não faz parte da CULTURA de nenhum país do mundo. Isto é sadismo, psicopatia, doença mental.
O torcionário Joaquim Bastinhas, neste comentário, assinalado na imagem, diz (na linguagem típica dos taurinos): «Esquerdistas de merda. São a favor de abortos, drogas e maricas e ainda tem coragem de criticar uma tradição que tanto orgulha os portugueses».
Não posso deixar passar esta oportunidade para dizer ao Bastinhas que os rótulos fascistas estão fora de moda. Vê-se logo que vive no e do passado. Não evoluiu nem um milésimo de milímetro.
Que os defensores da VIDA ANIMAL (de qualquer vida) sejam a favor do aborto é outro fantasma que persegue os tauricidas. A vida é una, e matar seres vivos, seja fora ou dentro dos ventres das mães é algo condenável à luz da racionalidade. Nem todos pensam como eu. Nem todos pensam como o Bastinhas.
Quanto a drogas… quem é a favor das drogas? O álcool é uma droga tão maléfica quanto qualquer outra, e no entanto os tauricidas são os maiores bebedores de álcool, pois só num estado adiantado de alcoolismo é que se atrevem a ir cometer as barbaridades que comentem na arena, para exorcizarem a INVIRILIDADE deles, atacando um ser muito mais VIRIL do que todos eles juntos - o Touro. Daí o ódio que todos os envolvidos nesta prática grosseira lhe dedicam.
E estes é que são os verdadeiros maricas. Os outros são homossexuais, que nada têm a ver com as mariquices dos torcionários. Até o Papa Francisco compreende estas opções. Mas não as mariquices.
Quanto à coragem de criticar uma aberração que nunca pertenceu à “classe” das tradições e que empavona (orgulho é outra coisa) apenas uma minoria irracional de portugueses, temos o dever de ter essa coragem.
A esmagadora maioria REJEITA a tauromaquia.
É preciso que isto fique bem claro.
***
«Uns certos políticos e uma ínfima parte da sociedade deste país, fecham os olhos perante um dos actos mais selvagens e cruéis da raça humana, algo que nos envergonha só de pensar que quem os comete é da mesma espécie que nós. Estes selvagens que se dizem civilizados, como se demonstra nesta foto, continuam mais atrasados espiritual e intelectualmente que qualquer calhau granítico existente na serra da estrela.» (Cândido Coelho)
Fonte:
Depois de infinitas estocadas de um covarde, o Touro finalmente verga-se à morte heróica, e um bando de sádicos, bêbados e necrófilos aplaudem e espumam a babugem da estupidez.
E ainda há governos que apoiam isto.
E a igreja católica que, se diz seguidora de Cristo, é cúmplice disto.
E isto é o que de mais baixo existe na escala da crueldade cometida por gente que tem a pretensão de ser “humana” e se diz católica.
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AQUI FICA O DESAFIO DO ARSÉNIO PIRES: QUE APAREÇA UM SÓ TAURICIDA A DEFENDFER RACIONALMENTE O QUE SE VÊ NESTE VÍDEO.
UM SÓ BASTA.
Isto já tem barbas brancas, mas não está nem resolvido, nem esquecido. Escândalos abafados porquê?
(Os sublinhados são meus)
«MÁRIO COELHO: NO TOUREIO NÃO HÁ HOMOSSEXUALIDADE»
Entrevista
Mário Coelho, matador de toiros, assegura que na tauromaquia não há pedofilia. Diz mesmo que os toureiros são de uma raça diferente, não se metem em “rebaldarias” e que só frequentam quatro locais: praças de toiros, o campo, hotéis e igrejas.
22 Setembro 2003 - Correio da Manhã
Nacional/Actualidade
Por Octávio Lopes
Correio da Manhã – O que se passou exactamente com o curso de tauromaquia que quis fazer na Casa Pia?
Mário Coelho – Em, 1993/94, eu e outras pessoas – Maurício do Vale, Joaquim Tapada, Paulo Nuguez e Salvador Costa, entre outros – sob a égide da Associação Nacional de Tauromaquia, pretendíamos fazer na Casa Pia a escola do toureio em Portugal. Apresentámos um projecto global, dado que também queríamos formar técnicos ligados às artes tauromáquicas. São 18 a 20 profissões que, praticamente, estão esquecidas no nosso país, como, por exemplo, pintores, músicos, bordadores, alfaiates, correeiros e sapateiros.
– Com quem falou na Casa Pia sobre esse curso?
– Com o provedor de então, Luís Rebelo, com quem assinámos um protocolo. Também tivemos diálogos com outros membros da direcção, como Videira Barreto.
– O que falhou para esse curso não ter avançado?
– Após assinatura do protocolo tive a oportunidade de dar 19 horas de aulas práticas. A dada altura os apoios que necessitávamos falharam.
– Quantos alunos aderiram ao curso de tauromaquia?
– Chegámos a ter 47 alunos para um único professor, que era eu. Não recebia nada e algumas vezes tive de pedir a ajuda do meu filho, que apenas tinha 14 anos. Além disso, nem sequer tinha apoio, no tocante aos horários dos alunos. Aconteceu algumas vezes que ia à Casa Pia e não tinha alunos. Perante estas condições, decidi abandonar. E senti uma certa mágoa, porque alguns dos alunos tinham verdadeiro potencial artístico.
– Sabia que os alunos da Casa Pia que participavam como figurantes nas touradas à antiga portuguesa, no Campo Pequeno, iam depois para casa de algumas pessoas que abusavam deles sexualmente e que os filmavam, como referiu Pedro Namora?
– Não sabia absolutamente nada. Nunca assisti na minha vida a uma corrida à antiga portuguesa. Sou matador de toiros e nada tenho a ver com a arte equestre. Nem sei se no período em que estive na Casa Pia se realizou uma corrida à antiga portuguesa. Sabia que a Casa Pia recebia um certo número de bilhetes por cada corrida. Não só para os alunos, mas também para os funcionários.
– Quando leu o que Pedro Namora disse, referindo-se a relatos de antigos casapianos...
–... quem não deve não teme. Nunca pensei que essas declarações pudessem aproximar-se de mim. Ainda hoje penso que isto é um sonho. Refiro-me ao facto de o meu nome estar nos jornais como professor da Casa Pia. Só lá dei algumas aulas, sem ganhar um tostão.
– Quando passou pela Casa Pia alguém lhe mencionou os alegados abusos sexuais que os alunos sofriam?
– Não sabia absolutamente de nada, quando dei as 19 aulas, algumas em Maria Pia e outras em Belém. Enfim, frequentei muito pouco a Casa Pia.
–...
– Deixe-me dizer que na festa brava não há homossexualidade, vícios, droga ou ‘mariconeo’. Esta é uma festa de homens. Na história do toureio não há um único caso de maricas. Não há vícios. Não há pedofilia. Isso é impossível nos toureiros. E a mim, não há nada que me possam apontar. Se houvesse, eu ia a uma televisão e capava-me a mim próprio. Mais: se pudesse e mandasse capava todos os pedófilos.
– Conhece alguma das pessoas envolvidas no escândalo de pedofilia da Casa Pia?
– Nenhuma. Apenas as figuras públicas, mas nunca falei pessoalmente com nenhuma delas. E até sei que Carlos Cruz queria ser toureiro, mas eu nunca falei com ele.
– Como é que aparece então envolvido neste caso?
– Não sou acusado de nada. Dizem que o Mário Coelho esteve na Casa Pia, dizem que o Mário Coelho levou miúdos a passar nas férias. Isto é tudo falso. Nunca falei como nenhum aluno fora das instalações da Casa Pia. Apenas indiquei um à escola de Vila Franca de Xira. Sei que ele foi lá duas vezes e que depois desistiu.
– Levou alguns ao Campo Pequeno?
– Fiz aí uma ou duas aulas práticas e levei alguns alunos ao campo, para ver como reagiam frente a bezerras. Levava-os no meu próprio carro, sempre com a devida autorização da Casa Pia.
«AJUDEI JOVENS DE TODO O MUNDO»
- Diz-se que foi um dos toureiros que mais jovens ajudou...
- É verdade, quando decidi ser toureiro não éramos mal recebidos nas propriedades. Um dia, após andar 40 quilómetros para nada, tomei uma decisão: se conseguisse ser toureiro, iria ajudar todos os que o quisessem ser. E assim fiz, com jovens que vinham de toda a parte do mundo.
- Lembra-se de alguns?
- Rui Bento Vasques, Eduardo Oliveira, Pedrito de Portugal, Mário Coelho Júnior, Adolfo Rojas (Venezuelano), Pepe Luis Nuñez (venezuelano), Oscar San Roman (mexicano), Pepe Luis Giron (venezuela), Henrique Medina (mexicano). Foi com a minha ajuda que todos eles se fizeram matadores de touros. Recordo ainda os bandarilheiros Pedro Santos, João José, Rui Plácido e José António.
- Quando toureou no Campo Pequeno, alguma vez se apercebeu de alguma coisa relacionada com a pedofilia?
- Nunca. Absolutamente nada. Nunca vi o Carlos Silvino. Nem sabia que existia. Nada. Os toureiros estão fora disto. Somos de uma raça diferente. Só frequentamos quatro locais: as praças de toiros, o campo, os hotéis e as igrejas. Fugimos das rebaldarias.
PERFIL
Nome - Mário Coelho Luís
Idade - 67 anos (25/03/1936)
Naturalidade - Vila Franca de Xira
Estado civil - Divorciado (um filho)
Percurso como toureiro - Amador (1950), bandarilheiro (1955), matador de toiros (1966, alternativa, em Badajoz).
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Atenção! Maricas não tem o mesmo significado de homossexual.
Um maricas é um fraco, um covarde, um efeminado, um medroso.
Um homossexual é uma pessoa que sente atracção por pessoas do mesmo sexo e não sente atracção alguma por pessoas do sexo oposto.
Obviamente que os toureiros são maricas, ou de outro modo não necessitariam de torturar e matar um Touro, para provar a sua “virilidade”.
Isto não é uma atitude de HOMEM. Os HOMENS não precisam de torturar um animal para se sentirem viris.
Quanto aos toureiros serem de uma raça diferente, lá isso são - raça cobarde; e frequentarem igrejas, lá isso frequentam - beatos falsos. Mas tal, jamais lhes dará passaporte para o paraíso.
Isabel A. Ferreira