Quarta-feira, 6 de Novembro de 2024

«Bicadas do meu aparo»: “Até o mar rouba”, por Artur Soares

 

Texto a pretexto do Julgamento do Caso BES (Banco Espírito Santo)

 

frase-o-roubo-e-uma-instituicao-estavel-num-mundo-

 

«Até o mar rouba»

 

Filósofo cujo nome não recordo, escreveu um dia que “Os homens, a Deus-Menino adoraram, e mais de dois mil anos depois – continuou - “interrogamo-nos se os homens melhoraram”.

 

Pode-se mergulhar na afirmação do filósofo, polemicar horas, dias e anos que as conclusões serão diversas. Os defeitos da Humanidade iriam sobressair, a imperfeição na sua forma de ser e de estar galvanizar-se-ia e as virtudes seriam fáceis de contar, bem como o número de (homens) possuidores delas.

 

Creio que o defeito mais antigo e mais grave do homem, entre os homens, é roubar.

 

Desde sempre existiram os amigos do alheio e, eternamente o mundo os terá.

Nos tempos que correm todo o homem se sente roubado e todo o homem sente que é ladrão, que prejudicou alguém. É tudo uma questão de escondido, o homem tirar a máscara que nos espaços e nos locais ocupa e, concluirá, que rouba e é roubado.

 

Desde sempre existiram ladrões por motivos vários: rouba-se às vezes por necessidade e má formação; rouba-se por inveja e porque a muitos nunca lhes chega o que têm; rouba-se ainda por roubar e rouba-se porque sentem ao roubar a sua força e prepotência, bem como a fraqueza dos prejudicados ou dos distraídos.

 

“Todo o mundo rouba”. Pensa e diz o povo! Todos os homens são ladrões, afirma-se em qualquer esquina dos becos ou das praças públicas.

E ladrão não é só aquele que se apropria de bens materiais, móveis ou imóveis!

Existem os ladrões da paz, do silêncio, da amizade, da lealdade, da verdade na política, na empresa, na convivência, no amor e, existem ainda os rebentos das copas das árvores que são ladrões também!

 

É amigo do alheio o advogado que defende causas injustas e promete ao infractor a absolvição; é amigo do alheio o artista na construção civil que pode assentar cem tijolos por dia e só coloca metade; é amigo do alheio o médico que dispensa pouco tempo ao doente que se lhe dirige; ladrões são os pais que não dão assiduamente e bem a educação aos filhos, que até nem pediram para nascer; ladrões são os filhos que vendo envelhecer os pais, colocam-nos em lares ou asilos, os filhos nas creches e passeiam os cães na rua, esquecendo-se que aos idosos devem a vida.

São ladrões os governantes que defendem cobrar impostos e taxas mais do que o devido para as necessidades públicas e alinham na corrupção contra o bem comum ao povo.

 

E a Lei? Até a Lei é ladra: rouba se necessário for, as migalhas dos pobres, olvida a verdade na justiça, rouba a saúde dos frágeis e tantas vezes rouba estrangeiros para defender interesses injustos que nunca serão os interesses ou os ideais dos justos. “Não roubarás”! – Diz a Lei sobrenatural.

Mas o homem tende e faz diferente da Lei: “rouba o que puderes, desde que não seja pouco e te não deixes apanhar”.

 

Porque o pequeno ladrão, o ingénuo que sobrevive nesta sociedade conspurcada, aquele que não tem capacidade de roubar o sol e a luz como os sofisticados ladrões, é aquele que roubando pouco e em poucas ocasiões, lhe cortam a liberdade e por vezes a vida. Os outros, predadores e astutos, de óptimas organizações e com os melhores economistas nos seus serviços – porque poderosos – vivem livres e basta-lhes um comunicado para se justificarem.

 

Desse modo, juízes e tribunais odeiam os pequeninos ladrões. Não há advogados que os defendam e admiram os grandes e organizados rapaces, mesmo que estes provoquem o aumento do custo de vida, a fome ou a guerra em qualquer canto do mundo.

 

Recordemos a loucura rapace que destruiu o Banco Espírito Santo. Milhares de milhões de euros roubados a clientes, ao Estado português (ao povo) e a tanta gente!

Recordemos a vida e a organização rapace construída, por vários dirigentes desportivos e seus colaboradores, onde os roubos são permanentemente branquiados e sem que a Justiça os julgue!

Recordemos certos políticos da nossa praça que fazem todas as tropelias/saques económicas, sem se importarem de roubar o povo a que se comprometeram servir, eternizando-se os seus julgamentos!

 

Mas será que o Menino-Deus de Belém tem culpa da existência de ladrões? Ele disse: “Não impeças a quem te leve a capa, de levar também a túnica”.

 

Ladrões e faxinas de ladras leis!

 Até o Mar - não sendo o homem - rouba, esconde e é roubado!

 

(Artur Soares)

 

(O autor não segue o novo Acordo Ortográfico)

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:21

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Terça-feira, 2 de Junho de 2015

RECONHECIMENTO DE DIREITOS DA NATUREZA

 

Assinem esta petição, por favor.

É fundamental.

E está absolutamente muito bem fundamentada, e escrita em Língua Portuguesa.

 

PETIÇÃO PÚBLICA.jpg

Origem da foto:

https://www.facebook.com/ReconhecimentoDireitosNatureza?notif_t=page_invite_accepted

 

Reconhecimento de Direitos Intrínsecos da Natureza e a Todos os Seres Vivos

Para: Presidente da Assembleia da República

 

Há hoje um amplo consenso em torno da gravidade do processo das alterações climáticas, fruto da modificação da estrutura química da atmosfera pelo Homem, pelo incremento da produção de gases com efeito de estufa, conforme evidenciam as conclusões do Quinto Relatório do Grupo II do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, da Organização das Nações Unidas, realizado entre 2013 e 2014. A velocidade e magnitude das mudanças climáticas em curso excedem a capacidade de adaptação dos organismos vivos e ameaçam a nossa existência interdependente. Alguns cientistas falam de uma nova era geológica, o Antropoceno, caracterizada pelo poder da acção humana alterar o frágil equilíbrio da rede de sistemas da estrutura do Planeta [Crutzen, P.J. e Stoermer, E.F. (2000) “The Antropocene”, Global Change Newsletter. 41, pp 17-18, citado por Viriato Soromenho-Marques no artigo “Entre a Crise e o Colapso. O Desafio Ontológico das Alterações Climáticas”, Dezembro de 2009].

 

Estudos científicos recentes demonstram que o aquecimento global da atmosfera e dos oceanos aumenta a uma velocidade maior do que se supunha; crescem as concentrações de CO2 e de metano, os mais importantes gases com efeito de estufa; o degelo polar continua; o nível das águas dos mares subiu; a erosão das zonas costeiras, a perda de biodiversidade e da floresta tropical são factos indesmentíveis, bem como o extermínio da vida nos oceanos; a maioria das mudanças observadas desde os anos 50 não tem precedentes na História da humanidade, tendo as Nações Unidas declarado que enfrentamos a maior catástrofe planetária jamais vista (The World Economic and Social Survey 2011: The Great Green Technological Transformation);

 

Na verdade, a demanda da satisfação das necessidades básicas de uma população em crescimento, dentro da finitude dos recursos da Terra, torna necessário criar um modelo de produção e de consumo mais sustentável, pois o actual coloca-nos em rota de colisão com a Natureza.

 

Desde a Revolução Industrial, a Natureza tem sido sempre tratada apenas como uma mercadoria (commodity) existente para benefício das pessoas no interior de uma economia de mercado e os problemas ambientais têm sido considerados passíveis de ser solucionados fragmentadamente e mediante o recurso à tecnociência. Contudo, tais sustentações devem ser reavaliadas e alteradas.

 

O paradigma mecanicista e antropocêntrico, que regula o modo de fruição da Natureza - concebida como objecto de direitos - , provou ser inadequado para a protecção efectiva do ambiente e dos recursos naturais e para alcançar a sustentabilidade, permitindo, ao invés, a sua continuada degradação, antevendo-se sérias repercussões se nada for feito.

 

Viver em harmonia com a Natureza é essencial à vida. A crise global do ambiente é o resultado da total desconsideração dos custos ambientais na tomada de decisões políticas e económicas.

 

Assim:

 

1) Considerando que todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender; que é tarefa fundamental do Estado defender a natureza e o ambiente e preservar os recursos naturais, bem como promover a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação das estruturas económicas e sociais (arts. 66.º e 9.º als. d) e e) da Constituição da República Portuguesa, doravante CRP);

 

2) Considerando que a integração das exigências de protecção ambiental na definição e execução das demais políticas globais e sectoriais é essencial para a redução da pressão sobre o ambiente, sendo expressão do princípio da transversalidade e da integração, com acolhimento na al. a) do art. 4.º da Lei de Bases do Ambiente, aprovada pela Lei n.º 19/2014, de 14 de Abril (doravante, LBA), constituindo também uma incumbência do Estado com consagração constitucional, na al. f) do art. 66.º da CRP;

 

3) Considerando que o princípio do conhecimento e da ciência, acolhido também no mesmo preceito da LBA, obriga a que o diagnóstico e as soluções dos problemas ambientais resultem da convergência dos saberes sociais com os conhecimentos científicos e tecnológicos provenientes de fontes fidedignas e isentas (al. c) do art. 4.º);

 

4) Considerando a manifesta inadequação do acervo normativo ambiental vigente para fazer face à crise global do ambiente que reclama uma nova abordagem holística, sistémica e inclusiva, promotora da protecção efectiva da Natureza, da qual são parte integrante todos os seres, humanos e não humanos, assente na visão da Terra como um organismo vivo (Gaia), e não como um “conglomerado de matéria inerte (os continentes) e água (os oceanos, lagos e rios)”, “um todo relacional, inter-retro-conectado com tudo e maior que a soma das suas partes” nas expressões significativas de Leonardo Boff;

 

5) Considerando que a actuação pública em matéria de ambiente se encontra subordinada aos princípios do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade intra e inter-geracional, visando a garantia da preservação dos recursos naturais para a presente e futuras gerações (art. 3.º, als. a) e b) da LBA);

 

6) Considerando que a degradação em curso dos componentes ambientais naturais que são objecto da política de ambiente (o ar, a água e o mar, a biodiversidade, o solo, o sub-solo, e a paisagem, de acordo com o estabelecido no art. 10.º da LBA) reclama dos poderes públicos novas soluções protectoras da sua integridade, de que dependem todos os seres para viver;

 

7) Considerando que o ordenamento jurídico ambiental vigente assenta numa concepção da natureza como objecto de direitos de propriedade (pública ou privada), regulando prima facie o seu uso ou fruição, ainda que lesivo da sua integridade, e que as alterações climáticas revelam o fracasso desta abordagem;

 

8) Considerando, ainda, que a União Europeia concordou em estimular a transição para uma economia verde, num contexto de desenvolvimento sustentável (Conclusões do Conselho de 11 de Junho de 2012);

 

Almejando instituir uma verdadeira Ética Ecológica ou Ética da Terra [expressão cunhada por Aldo Leopold], que torne possível a efectivação dos direitos ambientais, torna-se necessário que o ordenamento jurídico reconheça o valor intrínseco da Natureza e dos componentes ambientais naturais e que actue em conformidade, dando corpo a um novo paradigma assente no reconhecimento da Natureza como fonte de vida e da vida e, como tal, sujeito de direitos intrínsecos próprios merecedores de uma tutela jurídica robusta, garante da observância de um acervo de deveres legais de cuidado e respeito cuja imperatividade se imponha a todos os demais sujeitos de direitos;

 

Considerando também que esta visão já foi traduzida normativamente em diversos países, como o Equador, a Bolívia, o México e a Índia, apenas para citar alguns;

 

Considerando que existe uma convergência entre aqueles que defendem a necessidade do reconhecimento da Natureza como sujeito de direitos e aqueles que sustentam a urgência de dar expressão legal mais estrita e positiva aos nossos deveres para com ela, pois em ambos os casos a Natureza é compreendida como conditio sine qua non para que seja alcançada a sustentabilidade a longo prazo do ambiente e dos ecossistemas que constituem o suporte das actividades humanas, incluindo as actividades económicas, e a harmonia entre a humanidade, presente e futura, e o mundo natural, de que somos parte intrínseca;

 

Considerando que a consagração dos direitos da Natureza, ou dos nossos inadiáveis deveres para com ela, na ordem jurídica interna, mais não é do que a concretização dos princípios da Carta da Terra, fundada nos mais recentes e consolidados conhecimentos da ciência contemporânea, nos ensinamentos dos povos indígenas, na sabedoria perene das grandes tradições religiosas e filosóficas do mundo e nas declarações e relatórios das conferências Mundiais das Nações Unidas realizadas em 1972, 1992, 2002 e 2012, bases do movimento ético mundial dirigido à construção de um mundo sustentável baseado no respeito pela Natureza e pelos direitos humanos universais, fundamentos de uma cultura da fraternidade e da paz. [www.EarthCharter.org];

 

E na senda do exemplo pioneiro do Equador, que acolheu, no seu texto constitucional, em 2008, o denominado direito da Natureza, reconhecendo a Natureza como sujeito de direitos;

 

As cidadãs e os cidadãos abaixo assinados vêm peticionar à Assembleia da República o seguinte:

 

Que adopte medidas legislativas no sentido de reconhecer que a cabal defesa dos direitos humanos fundamentais, em especial o pilar do direito à vida, não só não é incompatível como, pelo contrário, exige o reconhecimento de direitos subjectivos à Natureza e aos componentes ambientais naturais, assente no seu valor intrínseco e não meramente utilitário, consagrando, nomeadamente, o direito ao respeito pela sua vida e integridade, que inclui o direito à manutenção e regeneração dos seus ciclos vitais ou ecossistemas, estrutura, funções e processos evolutivos; que legisle no sentido de investir o Estado e todos os cidadãos do dever de promover o respeito por todos os elementos integrantes de qualquer ecossistema, onde se incluem todos os seres vivos, dotados igualmente de valor intrínseco; que estabeleça o direito a que qualquer pessoa ou entidade exija de qualquer autoridade pública, nomeadamente dos Tribunais, a defesa dos direitos subjectivos da Natureza e de todos os seus componentes, tal como previstos na LBA, convocando todos à adopção de um código de conduta universal que não comprometa a integridade dos ecossistemas e das espécies com que coexistimos.

 

Petição:

http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=direitosdanatureza

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:22

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Domingo, 3 de Agosto de 2014

Se hoje, na praia de Mira, Touros forem torturados, a localidade descerá imediatamente para o nível abaixo de lixo

 

A tortura (não corrida, porque os touros farão tudo menos correr, ainda se lhes dessem essa oportunidade, eles bem que correriam da arena para fora…) está marcada para hoje. Os abolicionistas pediram aos autarcas que não licenciassem e se demarcassem de todas as actividades tauromáquicas.

Ah! Praia de Mira! Nunca mais!

 

 

Pobres bovinos. É no mar e é em terra!

 

Um grupo de cidadãos e associações de defesa dos animais vão protestar, hoje, na Praia de Mira, distrito de Coimbra, contra a anunciada realização de uma tourada promovida por um clube local, que desconhece totalmente diversões civilizadas.


Shame on you! Touring Club da Praia de Mira, que tem um nome inglês e uma acção terceiro-mundista!

 

Esse grupo de cidadãos contestatários, pediu à Câmara Municipal que «não licenciasse e se demarcasse de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Mira e, caso existam verbas públicas atribuídas a práticas que infligem sofrimento a animais exigem o fim imediato dessa atribuição de apoios»  

 

«A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial: massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e embaraça muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras", alegam os contestatários.  

 

Asseguram ainda que «a tauromaquia está em franco declínio e que, mesmo nos locais onde esta prática é usual as praças tem cada vez menos espectadores, e que face ao declínio que dizem existir, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas em locais que não têm qualquer tradição de touradas» como é o caso da Praia de Mira.  

 

Uma vez mais aqui se deixa este alerta: os autarcas não são obrigados a seguir leis parvas, que permitem a violência, a crueldade e a tortura de seres vivos sencientes, dentro de terras pacatas e ordeiras.

 

«De facto, a tauromaquia só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação», refere ainda este grupo de cidadãos.

 

O conselho local de Coimbra do Partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN) declarou que efectuou diligências junto da autarquia de Mira e do Touring Club Praia de Mira no sentido de evitar que a tourada se realizasse.  

 

Em substituição da tourada, que pretendeu ver cancelada, o PAN referiu ter proposto ao Touring Club «a marcação de um novo evento num futuro próximo, de cariz verdadeiramente cultural, como um festival de música ou de teatro, disponibilizando-se para ajudar na organização e promoção e cujas receitas revertessem para o clube da Praia de Mira».

 

No seu comunicado, o PAN classifica a tourada como «uma prática anacrónica e que colhe cada vez mais o desagrado da população, também pelo facto de ser patrocinada com dinheiros públicos em cerca de 16 milhões de euros, todos os anos». 

 

«Relembramos que Mira não tem tradição de touradas e pela recolha de informação efectuada a própria população é manifestamente contra este tipo de eventos», refere o PAN.  

 

Sendo assim, esperamos que, hoje, a tourada prevista ou não se realize ou seja um FIASCO, e ninguém apareça, pelo menos o povo da Praia de Mira.

 

A tourada está agendada para este momento, no campo de futebol do Touring Club, um clube carniceiro, que, definitivamente, não gosta da Praia de Mira.

 

Esta será uma praia a rejeitar.



Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:25

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

INSISTO, LOGO EXISTO...

 

 

 Copyright © Isabel A. Ferreira 2010

 

 

 

 

Se não fores capaz de rezar
Chora
Porque as lágrimas são preces silenciosas...

Se não fores capaz de chorar
Sorri
Porque o sorriso é a arma dos inocentes...

Se não fores inocente, não faz mal,
Todos carregamos uma culpa.
O importante é evoluirmos...

Se não conseguires evoluir, não te atires de uma ponte,
Senta-se à beira do rio
E ouve o que diz as águas...

Elas dir-te-ão:
Vai, segue o teu caminho...

Se encontrares uma pedra, rodeia-a,
Mas vai,
Descobrirás sempre a saída para o mar
E no mar encontrarás a força que te falta...

Ele dir-te-á:
Insisto, logo existo, insisto, logo existo…

E vai rolando as suas águas continuamente…

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:13

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Domingo, 21 de Setembro de 2008

Entre Brumas e Penedios

 

Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
Preâmbulo
 
Num ameno Outono, já distante, passeava na praia, à hora do entardecer.
Ao meu redor, as gaivotas vozeavam como se quisessem dizer-me algum segredo.
As águas mansas do mar afagavam ternamente os meus pés desnudados, enquanto o Sol derramava no horizonte a sua refulgência de cores róseas, afundando-se noutros mundos.
Foi então que, no impulso de um momento, fiz do mar um ser vivente, meu amigo, meu amante, companheiro e confidente, o qual, durante um certo tempo, necessariamente breve, idolatrei.
E entre brumas e penedios (1), com este ser fascinante vivi momentos de verdadeiro encantamento e ternura que, inevitavelmente, o meu imaginário transformou em realidade.
E foi envolto em indizíveis mistérios que este cântico se libertou das profundezas do meu ser, mergulhando no ventre das águas, onde gerei estas melodias...
 
(1) Embora o termo penedio não conste em nenhum dicionário da Língua Portuguesa, em nome de uma estética poética e de uma dualidade que se quis feminina (brumas) e masculina, os penedios nasceram aqui, neste livro, como um rochedo no mar…
 
 
 
***
 
 
Encantamento
 
 
Mar,
ouço os teus 
murmúrios
e apetece-me
seguir-te
até às profundezas
do teu ser,
e entre
as tuas criaturas
aquietar meus
desejos...
 
 
***
 
Ternura
 
As brumas
envolvem
as tuas vestes
de espuma,
e entre os
negros penedios
repousam
as gaivotas...
Já o Sol
envolve a manhã
ainda adormecida,
enquanto as tuas
águas
mansamente
acariciam o areal.
De súbito,
eu,
que não faço parte
da paisagem,
sou despertada
pelo mais suave
dos teus beijos...
 
 
***
 
 
Confidências
 
 
Finalmente
hoje
segredaste-me
os teus medos;
 apareceste-me
melancólico
distante 
pensativo...
As tuas águas
quedavam-se
tranquilas
como as águas de
um lago adormecido.
E nesta manhã,
assim tão de azul
vestida,
falaste-me
finalmente
dos teus desencantos...
 
***
Quando a Noite Vem
 
Docemente
o Sol
acaricia as
tuas águas
e
indolentemente
deixas-te
embalar
pela melodia
do vento
que canta;
e como um menino
indefeso e frágil
adormeces
quando a noite vem...
 
***
O Repouso da Flor
 
Rumores
longínquos
trazem-me
notícias das
tuas profundezas;
e lá
onde a luz
não penetra
e secretos mundos
se ocultam,
jaz uma flor
que entre o
silêncio do
teu seio
encontrou
a eternidade...
 
 
 
 
***
 
Mistério
 
Em teu ser navego
como um barco
perdido
embalada pelo
canto do teu
marulhar...
E é tanto o
encanto
que me tem cativa
que não sei
se sou sonho
ou se estou
a sonhar...
 
***
 
in Entre Brumas e Penedios (5 €)
 
 
Este livro pode ser adquirido através do e-mail:
 isabelferreira@net.sapo.pt
 
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 17:42

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Segunda-feira, 11 de Agosto de 2008

Auto-retrato

 

ALMA.png

Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
  
Não sou um ser extra-terrestre, nem a mulher que veio do futuro, nem sequer sou sofisticada ou bela. Talvez a minha única extravagância esteja numa simplicidade que já não se usa.
 
Por vezes, costumam comentar: «Se não fumas, não bebes, não te pintas, nem te enfeitas, não és deste tempo».
 
E eu respondo: «Bom, não fumo essencialmente porque gosto de mim, e desagrada-me o gosto e o cheiro pestilento do tabaco. Não bebo, por hábito, porque gosto de refresco de limão. Não me pinto porque acho que já nasci colorida, o bastante; nem me enfeito, porque não sou uma árvore de Natal. Que mal tem isto? Sou como sou».
 
Não sou um ser extraterrestre, mas admito que vivo num outro planeta. Num planeta extremamente tudo: louco, vivo, terrível, belo, barulhento, silencioso, bom e mau. Num mundo onde tudo é colorido: as flores, as casas, as pessoas, o céu, a terra, o mar… O meu planeta é louco, porque autêntico. Para sermos autênticos devemos ser um pouco loucos, porque só os loucos vivem realmente. Os outros (os ditos ajuizados) andam por aí desiludidos, às cabeçadas à vida.
 
Não sou a mulher que veio do futuro, mas vivo para além do século XXI. Estou-me nas tintas para os preconceitos, para as manias, para as frustrações colectivas de uma sociedade que não sabe viver.
 
Na minha filosofia de vida não há lugar para lugares comuns. Não gosto de frases feitas, nem de imitar o mundo só porque é moda, nem de frequentar os mesmos lugares, ver os mesmos rostos, percorrer as mesmas ruas, todos os dias. Viver é tão fácil e belo como o voo das aves. Mas os homens complicam tudo.
 
Por vezes, desencontro-me. Não sei se sou eu que guerreio a vida, ou a vida que me guerreia a mim. Só sei que uma de nós declarou guerra à outra, e o conflito parece ser eterno: hoje, quero. Amanhã, não quero. Hoje sinto, amanhã não sinto. Hoje gosto, amanhã não gosto. Hoje, tudo. Amanhã, nada. Hoje, sou. Amanhã, não sou. Hoje, penso. Amanhã, não penso. Hoje fico. Amanhã, não fico. Hoje, sei. Amanhã, não sei. Hoje, estou. Amanhã, não estou. Hoje, bem. Amanhã, mal. Hoje, sim. Amanhã, não. Hoje, eu. Amanhã… quem?... Por isso, refugio-me num universo só meu. Subo a uma nuvem de onde fico a olhar o mundo. É muito menos monótono observá-lo lá de cima. Por isso, chamam-me nefelibata.
 
Apesar disso, não sou uma pessoa complicada: amo as flores, os bosques, as crianças, os rios, as aves, os animais, o Sol, a Lua, o mar… Amo a Natureza como a mim mesma. Amo a simplicidade, e a tentativa de simplificar tudo o que é complicado à minha volta é, com certeza, a base de todo o meu conflito com a vida.
 
Eu vivo. Gostava que todos vivessem também. Eu estou no mundo. Gostava que todos estivessem também. Mas não gostam. Não sentem. Não sonham. Não estão no mundo. Deambulam por aí, como zombies.
 
Identifico-me com o mês de Setembro, com o Outono e com o Mar.
Sinto-me Setembro porque o mês prenuncia o fim do rebuliço do Verão, e o início de uma paz  trazida pelo Outono. Por isso, também me sinto Outono: sou calma, sou folha caída, sou brisa suave, sou natureza palidamente colorida, sou calor morno de um Sol distante.
 
Sou mar, pois foi no mar que em criança tive o meu primeiro encontro com a Morte. Desde então, aprendi a temê-lo, mas também a respeitá-lo e a amá-lo profundamente. Foi num areal deserto que brinquei as mais felizes brincadeiras da minha infância, com o meu cão e as aves marinhas. Foi sobre o mar que vivi os momentos mais fascinantes da minha juventude. E é à beira-mar que me refugio, quando a vida me chicoteia.
 
A minha virtude preferida, quer no homem, quer na mulher, é a espontaneidade, fazer e dizer o que se entende por bem, no momento exacto, e sem ligar a convenções.
 
A minha ocupação preferida é deitar-me no chão de uma sala escura e imaginar que sou uma laranja.
 
O principal defeito do meu carácter é confiar nas pessoas.
Se pudesse voltar a ter 20 anos e soubesse o que sei hoje, talvez acreditasse na felicidade.
 
A desgraça? É não saber o que fazer dos segundos, minutos, horas, dias, noites e anos que temos para viver.
 
Gosto de todas as flores, porque em todas elas encontro a magia da cor, da beleza, da forma e da harmonia perfeita…Nelas vislumbro a Arte de Deus.
 
As cores minhas preferidas? Gosto do vermelho das papoilas, do amarelo dos girassóis, do verde das folhagens e do azul do céu.
 
Se eu não fosse quem sou, gostava de ser um cavalo negro e selvagem, solto numa planície onde pudesse correr desenfreado e jamais ser domado por homem algum.
 
O meu lugar preferido parar viver? Longe das multidões, numa pequena cabana, no meio das árvores, ou num jardim cercado de água e habitado por pássaros, para lhes ouvir o canto; num lugar onde houvesse música envolvente nas ruas e, principalmente, onde as pessoas não fossem insípidas.
 
Os meus autores e poetas predilectos são todos aqueles que se expressam através da linguagem do amor; que são autênticos e livres, e sabem tirar partido das suas vivências para poder transmitir-nos, de um modo pessoal, as suas mensagens.
 
Quanto a pintores, de Miguel Ângelo a Salvador Dali, todos quantos conseguem pintar a dor, a alegria, a luz, a cor, o luar, o amanhecer, o pôr-do-sol, a penumbra, e retratar os sentimentos humanos num olhar, num gesto, num sorriso ou num pranto.
 
Música? De Chopin aos Beatles todos os compositores que me façam vibrar, ir às nuvens, dar ao pé, sonhar, ou simplesmente baloiçar o corpo.
 
A minha divisa favorita é a da tartaruga: «Piano, piano se va lontano…», e nunca desanimar.
 
A crueldade é a coisa que mais me causa aversão, e a maior angústia é ver o sofrimento das crianças, dos velhos e dos animais não-humanos.
 
As faltas que me inspiram maior indulgência são as cometidas pela ignorância não-optativa, e a  qualidade minha preferida é a simplicidade.
 
Quanto à minha situação espiritual, neste momento, é a tentativa da busca do tempo perdido…
 
Isabel A. Ferreira
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 11:09

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos
Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

Matando o tempo...

 

 Copyright © Isabel A. Ferreira 2008
 
 
 
 
 
 O vento sopra com fúria. A chuva cai desnorteada. O mar revolta-se. As pessoas agitam-se como que confundidas. Apressadas, sobem e descem as ruas. De onde vêm? Para onde vão?... Não sei, nem me interessa.
 
O “café” está cheio de gente. Não! De homens. Aqui há só três mulheres além de mim. Uma, aliás, acaba de sair.
 
Da mesa onde me encontro, vejo o mar. Olho a sua revolta. Estou a fazer horas. Que ironia! Como se tal fosse possível! Estou é a perdê-las, uma a uma. Rapidamente. Não! Demasiado lentamente para me aperceber de que as desperdiço não fazendo nada. Ou melhor, gasto-as, gastando papel, tinta, palavras e pensamentos inúteis. Gasto-as sonhando de olhos abertos, esperando que algo aconteça e me afaste desta tempestade.
        
Tempo perdido!...
Lá fora, a chuva continua a cair insistentemente. E as pessoas correm. Na certa, sem saberem para onde. E molham-se também, sem quererem molhar-se. E os automóveis circulam, devagar. E o barulho é intenso. E o meu cérebro rodopia. Corre. Entra em órbita. Espanta-se. Rebenta...
 
E as conversas são loucas.
A recente visita do Papa à Austrália. Para uns bem-vindo. Para outros inutilidade.
 
– Peregrinos somos todos nós. Ele (o Papa) é apenas um peregrino privilegiado. Os países gastam milhares de contos com estas visitas. Não faziam melhor os Governos gastá-los a matar a fome aos povos que morrem por não terem o que comer?
 
Esta é a conversa de um idoso. Um descrente, talvez! Um anti-Papa. Ou simplesmente um descontente!
 
Outro dia foi dia de greve geral! Os pobres deviam fazer greve também –diz o mesmo homem a um pedinte, deficiente mental, que se encostou a uma cadeira à minha frente – Hoje não ganhaste nem para a gasolina – continua o idoso – As pessoas não te deram quase nada. Levas pouco dinheiro. É melhor ires embora. Por causa dos ladrões, claro!
 
Conversa de quem não tem mais nada para dizer, numa tarde de chuva. Conversa para matar o tempo e a consciência de quem a ouve!
 
Tarde agitada, esta! Mais homens. Tomam a sua bica, apressadamente, e saem como autómatos. Conversas. Correrias. Chuva. Rebuliço. E a minha revolta, nesta tarde tempestuosa, vai aumentando. É do vento. Da tempestade. Da fúria do mar. É do medo do nada. Do vazio.
 
Vou embora. Não! Não quero! Estou bem aqui. Ouço as conversas. Olho o movimento. Que confusão! O vidrado dos meus olhos quebra-se. E os meus sentidos fogem. E os meus sentimentos confundem-se. Sinto-me entontecer... Ah!... Eis que uma lufada de ar vem refrescar-me a fronte!
 
Outro homem. O dos longos cabelos brancos. Cabelos à poeta. Será poeta? Talvez! Pois poetas não somos todos nós quando nos sentimos sós?...
 
Estou farta do barulho deste “café”. Apetecia-me estar noutro lugar. Não! Aqui está-se bem. Mas... este sujeito da mesa ao lado está a ver o que escrevo. Incomoda-me. Porque não irá embora? É boa!... E porque não mudo eu de mesa?
 
Um casal idoso está na mesa junto à janela. Cabelos brancos. Olhares cansados, olhando a chuva, a tempestade, a fúria do mar. Não falam. Olham apenas. Mas vê-se que não se sentem sós. O silêncio entre dois seres pode transformar-se na melhor das companhias, quando existe cumplicidade.
 
Cansei-me de todo este ruído. Da chuva. Do vento. Do mar. Das pessoas. Das caras. Das vozes. Cansei-me desta tempestade...
 
 
publicado por Isabel A. Ferreira às 15:27

link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Mais sobre mim

Pesquisar neste blog

 

Dezembro 2024

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts recentes

«Bicadas do meu aparo»: “...

RECONHECIMENTO DE DIREITO...

Se hoje, na praia de Mir...

INSISTO, LOGO EXISTO...

Entre Brumas e Penedios

Auto-retrato

Matando o tempo...

Arquivos

Dezembro 2024

Novembro 2024

Outubro 2024

Setembro 2024

Agosto 2024

Junho 2024

Maio 2024

Abril 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Direitos

© Todos os direitos reservados Os textos publicados neste blogue têm © A autora agradece a todos os que os divulgarem que indiquem, por favor, a fonte e os links dos mesmos. Obrigada.
RSS

AO90

Em defesa da Língua Portuguesa, a autora deste Blogue não adopta o Acordo Ortográfico de 1990, nem publica textos acordizados, devido a este ser ilegal e inconstitucional, linguisticamente inconsistente, estruturalmente incongruente, para além de, comprovadamente, ser causa de uma crescente e perniciosa iliteracia em publicações oficiais e privadas, nas escolas, nos órgãos de comunicação social, na população em geral, e por estar a criar uma geração de analfabetos escolarizados e funcionais. Caso os textos a publicar estejam escritos em Português híbrido, «O Lugar da Língua Portuguesa» acciona a correcção automática.

Comentários

Este Blogue aceita comentários de todas as pessoas, e os comentários serão publicados desde que seja claro que a pessoa que comentou interpretou correctamente o conteúdo da publicação. 1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem "manda bocas". 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. Serão eliminados os comentários que contenham linguagem ordinária e insultos, ou de conteúdo racista e xenófobo. Em resumo: comente com educação, atendendo ao conteúdo da publicação, para que o seu comentário seja mantido.

Contacto

isabelferreira@net.sapo.pt