Acontece que São Bartolomeu, tal como qualquer outro santo católico, não gosta, com toda a certeza, que o celebrem com selvajaria tauromáquica, com tortura de touros, com sangue, com crueldade. Isso é coisa para agradar ao diabo. Não a um santo.
Em Baião, em 2016, a tourada destinada a celebrar São Bartolomeu, foi cancelada, por falta de condições.
Dizem-me que o autarca de Baião é contra a tourada, mas permite que ela se realize em terreno privado, porque diz, está tudo em ordem. Estará? Existe um regulamento de “espectáculos” tauromáquicos, o RET, que exige, por exemplo, a existência de curros e uma área veterinária e acessos adequados. Estará isto tudo acautelado? Duvido.
Estaremos diante de mais uma tourada realizada ilegalmente?
Esperemos que Baião saia do rol das localidades atrasadas civilizacionalmente, e mostre HOJE, que evoluiu, e, principalmente, que respeita São Bartolomeu.
Celebrar um santo católico com tortura é “arte" do demo.
Segundo um comunicado do MATP, «este protesto realiza-se em prol de uma sociedade mais justa e compassiva, que se orgulhe pelo respeito e pela vida do outro, independentemente de ser animal humano ou não humano", e conta com a presença da população de Baião, dos concelhos vizinhos, do maestro António Vitorino de Almeida, da deputada do Bloco de Esquerda Maria Manuel Rola e autarcas do PAN - Pessoas-Animais-Natureza.
Neste Blogue já se apelou para que se escrevesse ao presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, para que não permitisse tal selvajaria no concelho a que preside.
Pedimos às autoridades competentes que fiscalizem o local onde se vai realizar a tourada de Baião, e vejam se o RET está ou não a ser cumprido.
Isabel A. Ferreira