«Já jovem e a querer dizer “eu também sou gente”, certo dia à mesa do café, um amigo mais velho, sabedor, afirmou que o nosso país era “a terra dos três efes” e que a nossa terra era “a terra dos três pês”. Aí, pude dizer-lhe que o povo tinha aumentado de três para cinco pês».
Fonte da imagem: https://elvasnews.pt/portugal-do-fado-fatima-e-futebol/
Quanto aos efes nacionais, Fado, Futebol e Fátima, não senti nesse momento necessidade de interpelar o amigo/sabedor, mas ao longo dos tempos aprendi que Fado era a canção nacional popular e que testemunhava sentimento de tristeza, de abatimento por ausências da terra, de pessoas, de coisas e pelo que se foi perdendo. Isto, é nostalgia.
Quanto ao futebol, sempre entendi que era prazer/diversão das gentes. Quem não recorda o futebol das crianças nos caminhos, com bolas feitas de trapos com a mistura de papéis velhos ou de jornais? Quem nunca jogou futebol deste género? Mas o futebol profissionalizou-se. Industrializou-se, movimenta milhões de pessoas e de dinheiros, gera violências e pode dizer-se: o futebol deste século é uma guerra entre os povos do mundo, só que, sem armas e sem derramamento de sangue.
Quanto a Fátima, dos três efes que cognominam Portugal, o caso é diferente. O Fado alivia o coração de quem o canta e ouve; o futebol cria corrupção e guerras sem armamentos. Fátima é paz. É a espiritualidade dos que têm fé na Trindade Santa e naquela que existe entre os “TRÊS”: A Mãe de Cristo.
Todo este intróito, paciente leitor, para o colocar a reflectir no seguinte: Qual dos três efes – Fado, Futebol e Fátima – a Comunicação Social gasta mais tempo e mais dinheiro? O fado encontra-se nas vielas de Lisboa, do Porto e nalgumas localidades do país. As televisões e jornais não perdem tempo com isso.
Fátima tem canais próprios de televisão e de jornais, mas só vai/vê Fátima quem quer, e as televisões a quem pagamos forte e feio, muito pouco falam do Altar do Mundo. Já o Futebol, é um massacre televisivo, diariamente e durante as horas de cada dia. O país é fustigado com opiniões venenosas, com guerras e incitamentos, violência, rebaixamento dos outros, mentira organizada e acções na sombra, onde tais enguias se movimentam. O futebol actual é bosta! Gosto de futebol sério, praticado por atletas e não por gladiadores na arena. Mas as televisões stressam o povo, adoecem-no!
Tivemos os mortos nos fogos de 2017 e as televisões apenas mostravam desgraças e repetidas mais de vinte vezes por dia. Tivemos a covid-19 e o país parou. Papagaios comentavam, ministros mostravam-se, “especialistas” digladiavam-se para aparecerem nas televisões, aconselhando cuidados quase impossíveis de se praticarem, chegando aos pontos de indicarem o isolamento individual ou o viver como as toupeiras: escondidos.
Tivemos/temos a invasão da Rússia à Ucrânia, a todas as horas do dia e com as respectivas imagens-de-choque e, as nossas televisões, esquecendo os problemas nacionais e as actualidades da vida social, conspurcaram (e continuam) as mentes do povo: povo sossegado, simples e amigos da paz.
Também neste verão de 2022, todos os canais de televisão, fecharam para os graves problemas que o país atravessa. Esqueceram Pedrógão, os coronavirados e sobre a Rússia/Ucrânia suavizaram nas notícias. Não falaram do podre serviço nacional de saúde, que não tem quem o aplique, quem o organize em prol daqueles que pagam o monstro: nós. Não falaram do estado de côma do ministério da educação, quanto a um ensino eficiente, acessível a todos os portugueses e pouco falaram dos professores em falta para ensinar os nossos filhos ou netos, que nem uma conta de dividir sabem fazer.
Também neste verão de 2022, as televisões mostraram fogos, vítimas, bombeiros-em-acção, desgraças, inocentes e culpados. Tivemos a morte da rainha Isabel II de Inglaterra, novamente o país - para as televisões - voltou a parar. Foram onze dias de monarquia, de honras e do luto dos ingleses: tornou-se numa telenovela infindável. O país parou, o povo teve de engolir e sempre obrigado a estará à mercê do que há-de vir.
Tudo isto, são as televisões de Portugal, mas não o Portugal das televisões. Por muito que as raposas, os manipuladores e certas políticas o recusem, Portugal é o país da Amália Rodrigues, do C. Ronaldo/Eusébio e da Mãe de Deus. Logo, os três efes acusatórios de fado, futebol e Fátima, estão desactualizados.»
(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990).
Artur Soares
A época dos trogloditas é anunciada com pompa, mas sem circunstância, na comunicação social.
É o Portugal terceiro-mundista que sai das cavernas onde esteve enfiado, de dentes afiados e unhacas de fora à espera do momento de atacar e torturar as vítimas indefesas, que lhes servirão para apaziguar os demónios que lhes retorcem as entranhas e os fazem babar de prazer.
Tudo isto é desprezível: a notícia, a prática da barbárie, e todos os que nela estão envolvidos. Todos.
Vai começar a época em que as irracionais bestas humanas atacarão indefesos, inocentes, inofensivos e racionais bovinos e cavalos, para satisfazerem um desejo mórbido e obscuro, como podemos ver neste vídeo, que corre mundo, a sujar o nome de Portugal.
Tauromaquia: crueldade, ignorância, futilidade
A vergonha de Portugal
E a selvajaria só poderia começar em Mourão, no profundo e atrasado Alentejo.
Paulo Pessoa de Carvalho, presidente da associação portuguesa de empresários tauromáquicos (apet), disse estar animado com a temporada selvática que se aproxima, acentuando que nos últimos tempos têm surgido mais empresários a querer investir na tauromaquia, sendo este um sinal de que "é um negócio com interesse”, ou seja, é um negócio chorudo, porque continuam a viver às custas dos parvos que pagam impostos, enquanto chove nas escolas portuguesas.
E tudo isto para que uma minoria sádica e psicopata, com desvios comportamentais e mentais acentuados, possa satisfazer desejos mórbidos, doentios e ir masturbar-se mentalmente para as arenas.
Tudo isto com o apoio do governo português e da igreja católica, que permite que Santas e Santos católicos, a Mãe de Deus e o próprio Deus sejam celebrados com tortura e muito sangue de indefesos seres vivos.
Nem o mais primitivo homem das cavernas tinha um tão primário comportamento.
Acordem! Estamos no século XXI depois de Cristo!!!!!!