Tendo em conta a densidade populacional do Norte do País, onde se encontram os municípios aos quais foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução, é fácil concluir onde está instalado o maior atraso civilizacional de Portugal
Eis os municípios portugueses que envergonham Portugal:
Abiul (Pombal), Alandroal, Albufeira, Alcácer do Sal, Alcochete, Aldeia da Ponte (Sabugal), Alfeizerão (Alcobaça), Almeirim, Alpalhão (Nisa), Alter do Chão, Amarante, Amareleja (Moura), Angra do Heroísmo, Arraiolos, Arronches Arruda dos Vinhos, Azambuja.
Baião, Barrancos, Barreiro, Beja, Benavente, Bencatel (Vila Viçosa), Bombarral, Benedita.
Caldas da Rainha, Calheta (Açores), Campo Maior, Cartaxo, Casével (Santarém) Castelo Branco, Cuba.
Elvas, Estarreja, Estremoz, Évora.
Figueira da Foz, Foz do Sisandro.
Garvão, Golegã.
Idanha-a-Nova, Ilha Terceira.
Leiria, Lisboa.
Messejana (Aljustrel), Moita, Monforte, Montemor-o-Novo, Montemor-o-Velho, Montijo, Moura, Mourão.
Nazaré, Nisa.
Óbidos, Odemira, Oliveira do Bairro.
Palmela, Pinhal Novo (Palmela), Pinhel, Pombal, Ponte de Lima, Portalegre, Portel, Póvoa de Varzim (que, entretanto, se declarou anti-tourada)
Redondo, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior.
Sabugal, Salvaterra de Magos, Samora Correia (Benavente), Santana da Serra, Santarém, São João da Pesqueira, São Manços, São Marcos do Campo, Serpa, Setúbal, Sobral de Monte Agraço, Sousel.
Tomar.
Viana do Alentejo, Vila Franca de Xira, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Mil Fontes (Odemira), Vila Viçosa.
Urros (Mogadouro.)
Estas são as localidades portuguesas às quais foi atribuída a Estrela de Ferro da Involução, do retrocesso, da perda de qualidades benéficas (como força e inteligência), do retorno a um estado primitivo, pela prática bárbara da selvajaria tauromáquica ainda enraizada nos hábitos dessa populações que se recusam a evoluir.
Como pode ver-se, as Estrelas de Ferro concentram-se nos concelhos situados mais a sul do País, a esmagadora maioria portadores de um atraso civilizacional bastante acentuado, os quais, à excepção de Lisboa, uma capital que se diz europeia, mas ainda deve uma boa quantia à evolução (pois aqui estão concentrados os maiores defensores das touradas: os GOVERNANTES), são bastante menos populosos do que os concelhos mais a norte que evoluíram e deram as costas a este costume antigo e bárbaro, herdado dos espanhóis que assentaram arraiais em território português em 1580, com o Rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).
Em 1640, porém, a monarquia espanhola foi expulsa do nosso país, mas deixou-nos de herança o lixo tauromáquico que a monarquia portuguesa e mais tarde os republicanos mantiveram por mera ignorância e interesses económicos, e que os actuais ditos governantes de esquerda continuam a manter pelos mesmos motivos.
Nada parece ter mudado em relação à mentalidade retrógrada que caracterizou o tempo da monarquia, e depois o dos republicanos que se diziam melhores do que os anteriores, contudo, continuaram a ser retrógrados, ao impingirem-nos uma ditadura.
Depois de longos anos de escuridão, a esperança surgiu numa manhã de Abril, mas foi sol de pouca dura, porque passado o momento do entusiasmo que a miragem da liberdade, arrastando uma promissora mudança de Poder, proporcionou, o tempo das trevas regressou, fantasiado de democracia, pois se nem um governo, (agora) dito de esquerda, consegue afastar o lixo, não só tauromáquico, mas também outros lixos herdados dos regimes retrógrados anteriores!!!
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E eis-nos chegados ao ano de 2016, ainda enlaçados na conspurcada herança dos monarcas espanhóis, e na política salazarista de manter o povo ignorante e submisso.
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No norte do País, à excepção de Ponte de Lima e um ou outro concelho que pontualmente se verga à máfia tauromáquica, os municípios evoluíram e aboliram do seu território a selvajaria tauromáquica, mas apenas Viana do Castelo se declarou anti-tourada.
Por isso, às localidades implantadas nesse território, livre do lixo tauromáquico, foi atribuída a Estrela de Ouro da Evolução.
Isabel A. Ferreira
Um excelente texto de Isabel Santos
A descrição que se segue é a verdade verdadeira da tourada, à qual, os que não sabem, chamam “arte” e “festa”…
«São 17h30
Neste momento, em Baião, vai começar a "festa".
Debaixo de um calor de mais de 30º, sem vento, e depois de terem permanecido mais de 12 h metidos numa divisória de metal de um camião onde mal se podem mexer, os 6 touros vão ser "lidados" na praça amovível instalada para o efeito no alto de uma colina.
Vão ser perfurados com ferros (bandarilhas) que medem 70 cm de comprimento, enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura e com farpas ou ferros compridos e ferros curtos que medem , respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas.
Os ferros que lhe penetram e rasgam o músculo provocarão uma dor lancinante (o touro sente até uma mosca pousar-lhe no dorso - daí abanar com a cauda para a enxotar - porque não haveria de sentir dor se é feito de carne e osso como nós?) Depois de lhe serem cravados os ferros, exaustos e debilitados, enfraquecidos, vão ainda ser atormentados por 8 homens que o vão provocar, tentar imobilizar, saltar-lhe para cima e puxar-lhe violentamente a cauda (vértebras serão partidas) e humilhá-lo.
Depois será obrigado a recolher ao camião, como alguém me dizia hoje de manhã, "puxado e arrastado tão violentamente por cordas que se fica com a sensação que lhe vão arrancar os cornos".
No camião, ser-lhe-ão arrancados os ferros, a sangue frio, cortando a carne à volta do arpão com uma faca, deixando-lhe o dorso esburacado em carne viva...
Depois da " festa rija", quando os espectadores tiverem dificuldade em manter-se em pé, o touro vai ser levado para o matadouro de Santarém, no mesmo camião onde não se pode mexer, deixando atrás de si um rasto de sangue e diarreia.
Hoje é sexta-feira.
Amanhã é sábado, os matadouros não trabalham.
Domingo também não.
Com sorte, e se não tiverem morrido até lá, os touros serão finalmente mortos na segunda-feira, depois de atordoados com choques eléctricos e pendurados de cabeça para baixo.
Terão Paz afinal.
Muito grata a todos os que colaboraram nesta iniciativa, tentando alertar os autarcas de Baião para o massacre que se vai passar agora mesmo, na cidade. Como seria de esperar, não conseguimos impedir estes 6 touros de sofrerem horrores mas esperamos que o executivo camarário tome consciência desta barbárie e comece a fazer a cidade dar os primeiros passos no caminho da verdadeira evolução, a civilizacional.»
Fontes:
https://www.facebook.com/events/665892193440471/
https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo
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Antes deste macabro episódio, a Isabel Santos, juntamente com outros activistas tentaram dissuadir o Presidente da Câmara Municipal de Baião a levar adiante tão grosseira actividade, e enviou ao autarca este outro excelente texto:
«Tanto quanto sei, a “ tradição” em Baião nada tem a ver com a tourada nos moldes actuais. Ainda que tivesse, o argumento da tradição não justifica tudo, já que as tradições não são estáticas e imutáveis, moldam-se e adaptam-se à evolução das mentalidades e das sociedades.
A tradição não tem valor intrínseco, não é por algo ser tradição que se torna inquestionavelmente bom ou mau. A tradição é, em última análise, tão-somente um costume que se foi repetindo ao longo dos tempos. E houve “tradições” bem cruéis que foram naturalmente abandonadas.
Cito, a título de exemplo, as execuções em praça pública que eram na Idade Média uma das maiores atracções populares, juntando milhares de pessoas. Este argumento é por isso um não argumento, uma falácia.
Por outro lado não existem em Baião ganadarias, toureiros, forcados nem tão pouco praça de touros, como quer fazer crer o cartaz de divulgação da tourada. E, ainda que existissem, isso também não seria justificação dado que, também com a evolução, muitas ocupações se extinguem, dando lugar a outras – é o curso natural das coisas. Assim testemunhariam os negreiros, os feitores de escravos, e até os inocentes proprietários de mercearias locais que se viram obrigadas a fechar para dar lugar a grandes hipermercados.
Como o Sr. Presidente sabe, as touradas são espectáculos degradantes que além de serem inaceitáveis em termos de abuso e maltrato animal, em nada dignificam as pessoas, já que promovem modelos de comportamento agressivos e desrespeitosos.
Por tudo isto, lamento que o Sr. Presidente José Luís Carneiro, notável do PS e vereador da cultura da CMB, não tenha tido um minuto na sua agenda para, há semanas atrás, ouvir e dialogar com representantes de movimentos da protecção animal, que respeitosamente lhe pediram audiência no sentido de sensibilizar atempadamente a população e os autarcas, de forma racional, para esta questão.
Lamento ainda que não tenha tido a delicadeza de dar uma única resposta às dezenas de emails que lhe foram enviados, pedindo, de forma racional, respeitosa e educada, para excluir do PROGRAMA OFICIAL DAS FESTAS DE S. BARTOLOMEU, a realização de uma tourada.
Já que nada disto foi possível, gostaria que, pelo menos aqui e agora, me esclarecesse quais serão então as formas de, em conjunto com a autarquia de Baião, promover iniciativas de sensibilização para que decorra DESDE JÁ uma evolução em defesa dos direitos dos animais no concelho, dado que estaremos sempre ao dispor para acompanhar a CMB na sua visível preocupação com este assunto.
Ficarei a aguardar ansiosamente uma resposta.
Grata, cumprimentos, Isabel Santos (activista pelos direitos dos animais- distrito do Porto)»
(Recebido via e-mail).
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Escusado será dizer, que este, como outros autarcas, ficam cegos, surdos e mudos aos apelos racionais, de seres humanos, que se preocupam com o bem-estar de seres não-humanos, e, consequentemente, com a evolução da Humanidade.
A tortura de seis magníficos Touros realizou-se, e Baião continua no rol das localidades portuguesas que se recusam a evoluir.
Isabel A. Ferreira