NÃO PASSA, POIS, DE UM COVARDE
Atente-se nesta imagem: o bovino (fabricado na ganadaria), está impossibilitado de se defender com as suas próprias armas: os cornos estão embolados; tem cravada no corpo uma série de ferros que lhe rasgaram as carnes e o fez sangrar copiosamente; o bovino (fabricado na ganadaria), está obviamente enfraquecido, cheio de dores; e veja-se a atitude “desafiante” do forcado, pronto para TORTURAR ainda mais um animal já tão torturado.
A isto chama-se “coragem” ou COVARDIA?
Gostaria de ver essa “coragem” diante de um leão esfomeado, não diante de um bovino (fabricado na ganadaria), ao qual lhe embolaram os cornos e o estraçalharam.
É grave TODA A TORTURA. É grave e desumana.
E se a um forcado, que fosse ferido numa rixa, um bando de energúmenos lhe saltasse para cima e andasse com ele à roda, lhe puxasse os braços, as pernas, e ele ali, a sangrar, cheio de dores, a sofrer como um Touro...
A CENA É A MESMA.
Não pensem que o bovino SOFRE MENOS.
Só um ignorante pode dizer uma tal barbaridade.
E o que vemos numa arena, quando os forcados, metidos a “valentes”, caem sobre um bovino furado por bandarilhas, carnes rasgadas e a sofrer barbaramente, estamos diante de uma cena absolutamente repugnante, que até revolta as pedras.
É isso que os forcados e aficionados não vêem porque não passam de BRONCOS.
Não gostam do termo? Paciência!
Mas o termo é exactamente esse. É o que na realidade são.
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Pretendem, alguns, substituir a tourada tradicional pela tourada e lide com bandarilhas providas de ventosas para pressionar sobre velcro.
Mas isto, segundo o Médico Veterinário Dr. Vasco Reis, «continua a ser uma fonte de violência, sofrimento e risco para o touro. Basta acompanhar a captura, transporte, condução, lide do touro, etc., para se verificar isso mesmo.
O transporte é dos momentos mais stressantes na vida de um animal. No caso dos touros de lide só não é o mais stressante porque nada supera a embolação e o corte das hastes. Há animais que morrem durante a embolação! Imagine-se o grau de sofrimento...» conclui o Dr. Vasco Reis.
E depois querem que se utilize “palavras suaves” para dizer desta selvajaria…