Quarta-feira, 11 de Junho de 2025

Estava preparada para rebater o discurso que Lídia Jorge apresentou ontem, Dia 10 de Junho, cheio de erros históricos, mas o Historiador João Pedro Marques adiantou-se e aproveitarei, com a devida vénia, a sua excelente contestação

 

Do discurso de Lídia Jorge, depreendo que o estudo da História, tão negligenciado nos tempos que correm, e pelos vistos, também no tempo de escola da escritora, faz muita falta.

 

Espero que todos os oradores em Portugal aprendam com os erros cometidos nos discursos do nosso descontentamento, efectuados por Lídia Jorge e Marcelo Rebelo de Sousa, (o discurso de Marcelo esteve no mesmo tom) no dia em que celebrámos Camões, a Língua Portuguesa [retirada destas celebrações depois da imposição ilegal do AO90], de Portugal e dos Portugueses [porque não assim? estando aqui incluídos os das Comunidades Portuguesas na diáspora, de contrário parece que os que cá vivem, não existem, ficam de fora da celebração].



Remexer no passado, para culpar os que vivem no presente, não me parece normal. Do modo como hoje se fala da escravatura, até parece que foram os Portugueses que a inventaram. A escravatura sempre existiu, em todas as civilizações, desde a Antiguidade: egípcia, persa, grega, romana, muçulmana, asiática, africana, entre outras, em contextos históricos diferentes, e nessas civilizações, os escravos tanto eram negros como brancos, como de todas as etnias dos países invadidos pelos conquistadores de cada época.

 

 Não percebo esta preocupação com a escravatura do passado, quando, hoje, em pleno século XXI d. C., existem imigrantes escravizados a viverem em território português. Não são propriamente escravos, mas são escravizados pelos novos senhores de toda a espécie. Para não falar na existência do tráfico humano, e na exploração de escravas sexuais, não direi por todos os cantos e esquinas do nosso País, mas quase.


Disto a tal esquerda woke não fala. Não interessa?

A questão da escravatura tem milhares de anos, e não se limita aos escravos que Portugal explorou, num tempo em que era prática comum entre muitos povos “de bem”.

Abomino a escravatura. Nem sei como foi possível alguma vez existir, desde tempos remotíssimos. Mas existiu. E eu, evoluí, e só tenho que denunciar a escravatura dos tempos que correm, e deixar na paz dos mortos, os escravos de outros tempos, os quais, por muito que condenemos a sua escravidão, não traremos, de novo, à vida, para terem uma vida livre. Mas os actuais escravos precisam da nossa ajuda para se libertarem do jugo dos novos senhores.



Passemos à análise do Historiador português João Pedro Marques.

 

Isabel A. Ferreira


***
 

«Considerações sobre um discurso de Lídia Jorge»

 

João Pedro Marques - Historiador.jpg

 

Por

João Pedro Marques

11 de Junho de 2025

in
https://observador.pt/opiniao/consideracoes-sobre-um-discurso-de-lidia-jorge/

 

Não foram os portugueses que inauguraram “o tráfico negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita nem espalhe aos quatro ventos informações falsas. Já bastam as que a esquerda woke injecta.

 

Numa passagem do seu discurso no passado dia 10 de Junho, a escritora Lídia Jorge acentuou, adequadamente, as múltiplas origens do povo português. Disse, a esse respeito, o seguinte: “Consta que em pleno século XVII 10% da população portuguesa teria origem africana. Essa população não nos tinha invadido. Os portugueses os tinham trazido arrastados até aqui, e nos miscigenámos. O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro. A falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade. Cada um de nós é uma soma do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do branco e do negro e de todas as outras cores humanas. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou”.

 

Passemos por cima do dado percentual errado — Lídia Jorge terá eventualmente confundido população portuguesa no século XVII com população de Lisboa no século XVI. Segundo Arlindo Manuel Caldeira a percentagem de escravos e negros livres, em Portugal, situar-se-ia entre os 3 e os 4%. Passemos, também, por cima de um curioso esquecimento relativamente aos árabes, isto é, aos asiáticos, que — esses, sim — nos invadiram, e muito antes do século XVII já constituíam parte significativa da população portuguesa. Somos a soma não apenas do europeu e do africano, mas também do asiático.

 

Mas tudo isso são detalhes. O que importa acentuar é que a escritora tem razão no resto que afirmou nesta breve passagem do seu discurso. Discurso que provocou reacções desencontradas, com o Chega, pela voz de André Ventura, a contestar, e a esquerda a vir para as redes sociais e, quase que imediatamente, para os jornais, a celebrar e a apoiar estas afirmações de Lídia Jorge. Contudo, essa esquerda não terá reparado que está a entrar em forte contradição (a esquerda é muito dada a não se prender com essas minudências). É que, se de facto, nós, portugueses, descendemos dos africanos e dos europeus, dos escravos e dos seus senhores, por que razão é que essa mesma esquerda que rejubila com o discurso de Lídia Jorge, apoia e exige, por outro lado, reparações pela escravatura? Se não somos apenas descendentes dos senhores, mas também daqueles que eles traficavam ou mantinham em escravidão, teremos de pagar reparações a quem? A nós próprios?

 

Fica a pergunta e passo adiante porque o discurso de Lídia Jorge suscita-me uma segunda questão, bem mais importante. É que numa outra passagem da sua intervenção, a escritora, referindo-se ao local do Algarve em que discursava e mais especificamente à questão dos Descobrimentos versus escravatura. Disse o seguinte:

 

“No início da Idade Moderna, Lagos e Sagres representaram tanto para Portugal e para a Europa que a sua volta se constituíram mitos que perduram. Sagres passou assim para a História e para a mitologia como lugar simbólico de uma estratégia que mudaria o mundo. Mas existe uma outra perspectiva, como é sabido, e hoje em dia o discurso público que prevalece é sem dúvida sobre o pecado dos Descobrimentos e não sobre a dimensão da sua grandeza transformadora. É verdade que a deslocação colectiva que permitiu estabelecer a ligação por mar entre os vários continentes e o encontro entre povos obedeceu a uma estratégia de submissão e rapto, cujo inventário é um dos temas dolorosos de discussão na actualidade. É preciso sempre sublinhar, para não se deturpar a realidade, que a escravatura é um processo de dominação cruel tão antigo quanto a humanidade, o que sempre se verificou foi diversidade de procedimentos e diferentes graus de intensidade. E é indesmentível que os portugueses estiveram envolvidos num novo processo de escravização longo e doloroso. Lagos, precisamente, oferece às populações actuais, a par do lado mágico dos Descobrimentos, também a imagem do seu lado trágico. Falo com o sentido justo da reposição da verdade e do remorso, por aqui se ter inaugurado o tráfico negreiro intercontinental em larga escala, com polos de abastecimento nas costas de África, e assim se ter oferecido um novo modelo de exploração de seres humanos que iria ser replicado e generalizado por outros países europeus até ao final do século XIX. Lagos expõe a memória desse remorso”.

 

Passemos de novo por cima de erros incompreensíveis, mas persistentes por terem aparentemente ficado calcificados em muitas mentes. É que, de facto, Lídia Jorge, não foram os portugueses que inauguraram “o tráfico negreiro intercontinental em larga escala”. Não repita, por favor, nem espalhe aos quatro ventos, mais informações falsas. Já bastam as que a esquerda woke aqui injecta. O tráfico negreiro de grande dimensão entre continentes foi inaugurado pelos povos de religião muçulmana que já a partir do século VIII traficavam escravos negros — escravas, sobretudo — de África para a Ásia e, depois, para a Europa.

 

Lídia Jorge afirmou também que “sempre houve quem repudiasse por completo a prática (da escravatura) e o teorizasse”, e que Gomes Eanes de Zurara, que escreveu a Crónica da Guiné, em 1448, e nos deixou uma descrição detalhada da chegada do primeiro grande número de escravos africanos a Lagos, quatro anos antes, seria contra aquela “degradação”. Mas está completamente enganada e a reproduzir, sem ter disso consciência, suponho, uma lengalenga woke que é falsa de cabo a rabo.  

 

Sim, Zurara comovia-se com o espectáculo da partilha e com o afastamento forçado de pais e filhos. Contudo, como qualquer homem do século XV, logo acrescentava que, com o correr do tempo, e uma vez acalmada a dor da separação inicial, os escravos eram socialmente integrados, cristianizando-se, aprendendo os ofícios e acabando até, por vezes, por adquirir a liberdade. Para Zurara, a salvação das almas e a introdução à civilidade cristã legitimavam o acto escravizador e isso ficará claríssimo para quem, em vez de acreditar no que Lídia Jorge disse no seu discurso, ler as palavras do próprio cronista, que são as seguintes: “É assim que onde antes viviam em perdição das almas e dos corpos, (os negros) vinham de todo receber o contrário: das almas enquanto eram pagãos, sem claridade e sem lume de santa Fé; e dos corpos, por viverem assim como bestas, sem alguma ordenança de criaturas razoáveis, que eles não sabiam que era pão nem vinho, nem cobertura de pano, nem alojamento de casa; (…). Ora vede que galardão deve ser o do Infante (D. Henrique) ante a presença do senhor Deus, por trazer assim à verdadeira salvação não somente aquestes, mas outros mui muitos que em esta história ao diante podeis achar!”.

 

Não, Lídia Jorge, no século XV (e noutros, claro) não houve gente, que eu saiba, a insurgir-se contra o tráfico negreiro. A contestação a esse tráfico e à escravidão só se tornou comum a partir do último terço do século XVIII.

 

Mas deixando de lado esse e outros erros, o que quero dizer é que não estou certo de que a perspectiva que prevalece entre os meus concidadãos seja a do “pecado dos Descobrimentos”. E também duvido que o seu sentimento dominante seja o do “remorso” pela existência do tráfico e escravidão dos negros. Mas admitindo, por mera hipótese académica, que assim seja, a pergunta que quero fazer a Lídia Jorge e a todos os portugueses é a seguinte: serão essas perspectivas e esse eventual remorso adequados? É que os Descobrimentos tiveram um lado luminoso, positivo, que sucessivas levas de bem-pensantes se têm encarregado de denegrir e enterrar. Seria importante que, neste 10 de Junho que passou, Lídia Jorge tivesse dado tanto realce a esse lado, como o que, indo nas modas culturais da actualidade, resolveu dar à trágica história do envolvimento português na escravatura.

 

Mas talvez Lídia Jorge não saiba, que o remorso a que se refere, já teve o seu tempo, já foi sentido e vivido, no século XIX. Foi nessa época que os ocidentais, entre os quais os portugueses, se deram conta da crueldade e do erro que a escravatura constituía, e decidiram pôr-lhe fim. Em  Setembro de 2017 escrevi um artigo no Público intitulado “Quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa?” em que mostrei, como já mostrara nos meus textos académicos e como outros autores continuam a mostrar, que a partir de 1840, Portugal alinhou decidida e sinceramente no combate ao tráfico de escravos. Por isso, renovo a pergunta a Lídia Jorge e aos portugueses: quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa? Não nos bastou o remorso do século XIX? Eu acho que bastou. E acho que continuar com este muro de lamentações em 2025, 150 a 200 anos depois de ele ter sido percorrido e demolido, é não só incompreensível, como flagelante e masoquista.

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:49

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Terça-feira, 10 de Junho de 2025

Hoje, 10 de Junho, os Portugueses assinalam a morte de Lvís Vaz de Camões, celebrando a Língua Portuguesa, que nos deixou Dom Diniz, e é o símbolo maior da nossa Identidade, é a alma do Povo Português, e que anda por aí grosseiramente usurpado...

 

Dia da Língua Portuguesa.jpg

 

Por muito que os apátridas e os traidores e os desafectos façam e desfaçam, queiram ou não queiram, gostem ou não gostem, HOJE é o dia em que os Portugueses, nascidos em Portugal, celebram o que lhes pertence, o que faz parte da sua Cultura, da sua Identidade, da sua História, não só do Poeta como da sua Língua, e não haverá ninguém, por muito imbuído que esteja de má-fé, que possa destruir esta unidade que faz de nós um Povo que tem uma Pátria, uma Língua, uma Cultura, uma História, que são das mais antigas da Europa.


E isto é algo de que devemos orgulhar-nos. Não é um crime. É algo muito natural, excepto para as mentes retorcidas da ala mais ignorante da nossa sociedade.

 

O que é anormal é rejeitar o patriotismo de quem tem uma Pátria, um lugar seu, onde estão as suas raízes, as raízes de quem ama essa pátria, esse lugar seu, de quem se orgulha de ser de onde é, sem culpas, sem ódios, sem maquinações desviantes, sem subserviências, sem complexos de inferioridade.


Um tempo houve, em que os Portugueses deixaram o seu País, no passado, tal como hoje, pequeno e pobre, e se aventuraram pelo imenso mar afora, em busca de melhor vida, e nessa demanda, acabaram por dar novos mundos ao Mundo, e a abrir caminhos marítimos, contribuindo, desse modo, para o primeiro fenómeno de globalização do Planeta Terra.

E foi essa saga que Lvis Vaz de Camões celebrou no seu Poema Épico «Os Lusíadas», ficando ao nível de Homero, com a sua «Ilíada» e «Odisseia», de Vergílio, com a sua «Eneida», de John Milton, com o seu «Paraíso Perdido», do «Épico de Gilgameš», da «Canção de Rolando», entre outros.

Este dia é, pois, de Portugal, e não há mal nenhum em o ser.

Apenas para os apátridas, para os traidores e para os desafectos celebrar o dia de Camões, da Língua Portuguesa [que foi banida destas comemorações, depois de os políticos portugueses se vergarem ao Brasil] de Portugal e dos Portugueses, estando aqui incluídos os milhares e milhares de emigrantes mais os seus descendentes, espalhados pelos quatro cantos do mundo, é algo que já não faz sentido. Não faz sentido para eles, que não conhecem Camões, que desprezam a Língua e a Cultura Portuguesas e a História de Portugal, venerando, desse modo, a Santa Ignorância, e rendendo-se à mais sórdida estupidez.


Hoje, os Portugueses, que se prezam de o ser, celebram a Portugalidade no seu todo, e a Portugalidade não é nenhum palavrão que não possa pronunciar-se  desassombradamente.


Pobres daqueles que não têm Pátria, ou tendo-a, não sabem o quão importante é ter uma Pátria, para poder regressar ao ninho, regressar às origens, que fazem parte do nosso ADN existencial, que integra uma panóplia de Povos, Culturas e Línguas que completam este nosso modo de ser português.

 

Sem uma Pátria, sem uma Língua, sem uma Cultura, sem uma História, sem uma Origem nada mais somos do que seres mortos-vivos à deriva num mundo onde a única coisa visível são as suas próprias sombras.


Posto isto, espero que o próximo Presidente da República Portuguesa saiba dar significado ao Dia em que ao morrer o Poeta maior de Portugal, o Poeta que também pertence ao Mundo, Portugal ganhou uma nova dimensão, modelada nos versos d’«Os Lusíadas» que cantaram os nossos feitos, elevando a Língua Portuguesa aos píncaros da sua grandeza linguística, que, no entanto actualmente, está a ser selvaticamente destruída.

 

E não haverá ninguém que possa romper este elo da alma de um Povo que soube cumprir o seu destino, apesar de todos os pesares, que sempre ensombram o percurso do Homem, na sua natural metamorfose evolutiva.

 

E o que importam os apátridas, os traidores, os desafectos, se ficarão à porta da História?

Isabel A. Ferreira 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:21

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Quarta-feira, 4 de Junho de 2025

Conclusão da entrevista de Gouveia e Melo à TVI: nem tudo são rosas no seu currículo, o seu grande defeito é o que era a grande virtude de Salazar, porque ao menos este sabia escrever correCtamente, e o Almirante optou pela grafia mutilada do AO90

 

Maria Alzira Seixo.PNG

 

Vou transcrever aqui a análise publicada no Facebook, que João Cruz fez à entrevista que o Almirante Gouveia e Melo concedeu à TVI/CNN, com a qual concordei, na sua generalidade, tendo apenas um reparo a fazer.

 

Aguardei esta entrevista com grande expectativa, porque só sabia três coisas acerca do Almirante: que ele foi muito eficiente ao coordenar a vacinação durante a pandemia da Covid-19; que ele levava à risca a sua missão na Marinha, cumprindo as regras, as leis e o seu DEVER escrupulosamente; e que NÃO grafava correCtamente a sua Língua Materna, a Língua Portuguesa, requisito essencial num Presidente da República, a ser, tendo aderido ao ilegal e inconstitucional acordo ortográfico de 1990 (AO90), que viola a Constituição da República Portuguesa (CPR).

 

Além isso, se for eleito Presidente da República será seu DEVER defender a CPR, algo que o ainda PR, Marcelo Rebelo de Sousa, não fez, e, para tal, terá de eliminar o ilegal e inconstitucional AO90, a peste negra que contamina a qualidade do Ensino, em Portugal, país que está a perder a sua identidade linguística e a sua condição de País livre e soberano.

E isto, para um Almirante a ser Presidente da República Portuguesa, não será coisa de  pouca monta, para desprezarabo. Penso eu!

Isabel A. Ferreira

 

Gouveia e Melo.png

 

Texto de João Cruz

 

Henrique Gouveia e Melo deu hoje a sua primeira entrevista pública à CNN/TVI. Para quem achava que só quem tirou os cursos da política é que pode ser presidente da república, as esperanças caíram por terra, e já devem ter ficado a perceber que Gouveia e Melo está bem preparado para os enfrentar e, provavelmente, pronto para "os meter no bolso". Frequentámos a mesma "Alma Mater" durante 4 anos e as características que lhe conheci há 45 anos não mudaram. É claro a expor, é disciplinado, e não tem medo de ter opinião. Dificilmente perderá estas eleições, não só por se ir confrontar com palradores teatrais, como por ir suceder a um presidente que cansou pelo estilo. Não é comparável a ninguém nem quer ser.

 

Na entrevista, que durou cerca de uma hora e tocou em muitos assuntos, revelou que decidiu avançar em Setembro do ano passado quando percebeu que íamos ter um Trump na América. É positivo, porque Trump faz dos "bananas" uns bonecos de trapos.

 

Não gosta de julgamentos públicos, da ausência de sigilo, e de corrupção, nem quer ser apoiado por partidos políticos ou grupos organizados. Quanto a André Ventura, talvez uns dos grandes perigos à sua candidatura, foi muito claro: não concorda com o que diz e faz, mas não deixaria de o eleger se ganhasse eleições.

 

Foi esclarecedor quanto à imigração: somos tolerantes, mas a emigração tem de ser regulada, e não queremos importar intolerância estrangeira. Aborto está decidido há muito e eutanásia é aceitável em condições muito específicas. Não defende o SMO como o conhecíamos, mas é importante que os militares que saem dos contratos façam voluntariamente reciclagens para dar corpo a um efectivo robusto em caso de necessidade. A melhor defesa é a dissuasão.

 

A cidadania nas escolas deve existir e não ser ideológica. Os governos não devem cair de qualquer maneira. A Palestina tem direito a ser um Estado e o genocídio que Israel está a levar a cabo tem de acabar.

 

O SNS não evoluiu proporcionalmente ao dinheiro investido ao longo do tempo. Não se acha o D. Sebastião nem tem uma varinha de condão, mas exercerá a magistratura de influência mantendo o foco nos principais problemas na ordem do dia pressionando o governo para arranjar soluções. Veste a camisola de Portugal e não tem medo dos outros candidatos porque não teme a democracia.

 

Gouveia e Melo teve e terá de vencer aqueles que pensam que os militares são portugueses com direitos diminuídos e que um país que tenha um militar na presidência tem algum tipo de doença.

 

Os comentadores de todas as televisões tentam a todo o custo encontrar-lhe contradições e fraquezas, mas não está a ser fácil que o povo os compreenda.

Escolheu um mandatário que podia ter evitado. Havia outros com muito mérito sem cursos de política.

 

Gouveia e Melo entrou bem e à frente dos outros todos que, se antes já tinham dificuldade em lhe morder os calcanhares, agora ainda vão ter mais dificuldade.

João Cruz

 

Fonte:  https://www.facebook.com/photo/?fbid=24770965112504014&set=a.132112583482609

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:48

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Segunda-feira, 19 de Maio de 2025

Legislativas 2025: cada vez que há eleições o meu prognóstico é sempre "mais do mesmo para pior”, mas desta vez ultrapassou-se todas as expectativas

 

A AD Coligação PSD-CDS/PP ganhou estas eleições, sem qualquer dúvida.

O PS igualou o CHEGA em número de deputados (mas pode ainda ser ultrapassado pelos votos dos emigrantes, o que fez Pedro Nuno Santos engolir uma manada de hipopótamos, e o André Ventura subir aos píncaros.

A maior derrota foi a do Bloco de Esquerda que, de cinco deputados passou para um: Mariana Mortágua. Nem os da velha guarda lhe valeu.

O IL de oito passou para nove.

O LIVRE, de quatro passou para seis.

A CDU perdeu um deputado.

O PAN manteve a líder do partido: Inês Sousa Real.

E o JPP da Madeira, conseguiu eleger um deputado, acrescentando mais um Partido ao já partido Parlamento.  

 

Quem esperava este resultado? 

O mais do mesmo aconteceu, para pior, mas desta vez, para muito pior.

A extrema-direita e a extrema-esquerda tocaram-se, porque lá no fundo, no fundo, os extremos tocam-se, quando há que implementar políticas extremistas.  E as políticas extremistas são nocivas, e tanto faz ser da esquerda como da direita. Hitler, o nazista, foi ultrapassado por Estaline, o comunista, nos milhões de pessoas que morreram a mando deles.

E por que é que a extrema-direita está a subir em Portugal?

Porque os que se dizem da esquerda são medíocres.

 

Andamos aqui há cinquenta anos, a mudar do PS para o PSD, do PSD para o PS, do PS para o PSD/CDS, depois para uma geringonça, que misturou alhos com bugalhos e não resultou, e foi por aqui que o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP começaram a sua decadência.

 

Passados que são 50 anos, depois de uma ditadura, pura e dura, era altura de Portugal estar, já não digo, na dianteira da Europa, porque somos pequenos e pobres para tal, mas ao menos a meio da tabela, e o que acontece? Estamos na cauda da Europa, em quase, quase tudo, e cada vez há mais pobres, a FOME continua a aumentar, custo de vida caríssimo, salários baixos, insatisfação laboral, em todos os sectores, um ensino de má-qualidade, porque perdemos o seu maior PILAR, a Língua Portuguesa, inexistência de uma política habitacional, agravada com a entrada desregrada de imigrantes, saída de Portugueses para o estrangeiro, cada vez mais a aumentar, um SNS que nos deixa a morrer sentados em cadeiras de hospital...

 

Vivemos tempos caóticos no mundo, mas também em Portugal.
E num contexto destes, se aparece uma personagem com o dom de atrair a atenção dos menos privilegiados, com discursos certeiros, daqueles que um povo infeliz quer e precisa de ouvir, é certo e sabido que esse povo seguirá quem assim o defende, de uma modo arrebatado, com astúcia, e atirando flechas aos corações magoados, pela falta de políticas que tirem esse povo do chão onde se arrastam, sem esperança.


O que tem feito a dita esquerda senão andar a lutar pelo próprio ego, sem que nenhuma medida tivesse sido tomada, concretamente, em defesa do povo?


Por fim, há que referir que foram as não-políticas do Partido Socialista, liderado por António Costa que, puseram Portugal na lona, e logo que António Costa viu a coisa mal parada, pôss a andar e agora está onde sempre quis estar, ocupando um alto cargo na União Europeia, enquanto Portugal se arrasta na lama, levando à ascensão do CHEGA, que soube aproveitar a fraqueza dos que não souberam governar.

Agora choram?

O que se passou nestas Legislativas de 2025 foi absolutamente previsível.

 

Os extremistas, sejam da esquerda ou da direita, alcançam o poder através da vontade do Povo. Se o povo está deprimido, por algum motivo, é certo e sabido que seguirão um líder que seja bom a usar de toda a sua lábia.


A mim, não me surpreendeu este resultado invulgar.

Era expectável. Bastava estar atento, muito atento a todas as manobras de todos os Partidos Políticos, e àquele vazio nas mensagens que quiseram passar, principalmente no que respeita ao PS, com uma ideia fixa (Spinumviva, Spinumviva, Spinumviva!) apontando mal as suas flechas, não cativando o Povo, avaliando mal a astúcia de André Ventura.

Agora, aguentem!

Não vale a pena chorar sobre o leite derramado.

E se por todo o mundo, os partidos de direita e extrema-direita estão a dar cartas, é porque a esquerda e a extrema-esquerda esvaziaram-se de ideias, que possam solucionar os problemas que o mundo enfrenta.


Concluindo:

A esquerda faz políticas assustadoras, que amedrontam o Povo, e este não sabe que a direita pode ser ainda mais assustadora.

A política quer-se a direito. Nem para a esquerda, nem pada a direita, porque do que o Povo precisa é que os seus problemas mais prementes sejam resolvidos, e enquanto os políticos andam com isto de esquerda, direita, um, dois, as políticas falham.

Há que mudar de paradigma, se quisermos fazer evoluir Portugal.

 

Isabel A. Ferreira

Resultados.jpg

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 17:24

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Terça-feira, 13 de Maio de 2025

Eleições Legislativas 2025: NÃO votarei em nenhum candidato que não saiba escrever correCtamente a Língua Portuguesa e NÃO a defende. É o mínimo que se exige de um governante. O resto é mais do mesmo, grosseiramente apresentado aos eleitores...

 

Bandeira de Portugal.pngEsta é a Bandeira de Portugal. Aquela que representa os Portugueses e a Língua Portuguesa = Português = Língua de Portugal, que anda por aí a ser usurpada, bem nas barbas dos que se dizem governantes portugueses, mas NÃO são. São servos do país que anda a usurpar a NOSSA Língua.


Já repararam que os candidatos, todos eles, não trouxeram para a campanha eleitoral um tema crucial que está a pôr em causa o futuro de Portugal:  a questão do AO90, o tabu dos tabus, unida à questão do Ensino, que está a fabricar os analfabetos funcionais do futuro, sem que nenhum dos que se sentarão naquelas cadeiras magnetizadas do Parlamento Português tenha a mínima ideia do mal que está a fazer ao País, aos Portugueses e às gerações futuras?

 

É que nem só de pão vive o homem, e o que aqui está em causa é a perda da Identidade Portuguesa. Portugal era um país livre e soberano. ERA. Já não é mais, porque perdeu o seu maior pilar identitário: a sua Língua Materna, estando a ser trocada pela Variante Brasileira do Português, apenas porque eles são milhões. E isto o que interessa aos candidatos que se apresentam às eleições legislativas de 2025?  Nada. Não lhes interessa nada. Porém, isto não é coisa pouca.

  
Prometem tudo e mais alguma coisa, que diga respeito a encher os bolsos dos eleitores, até os transvazar, para depois de conquistado o Poder, mantê-los vazios, ou quase vazios, por incumprimento das promessas que nunca tiveram a intenção de cumprir. Foi assim sempre, até chegarmos ao que chegámos: ao caos em todos os sectores da sociedade portuguesa! E tanto é que cada vez temos mais pobres e a FOME espreita a cada esquina. Os salários são dos mais baixos da Europa, e o custo de vida, dos mais caros. E as promessas que os candidatos fazem em cada eleição, ficam por cumprir. Sempre.

 

Em vez de evoluirmos, estamos a regredir cada vez mais, em quase todo os sentidos.

 

 Sou adepta de que mais vale ter alguns tostões no bolso, que nos garanta o necessário para vivermos condignamente, todos nós, do que andar à deriva, sob o comando estrangeiro, sem Língua própria, sem bandeira, vergados aos senhores feudais do século XXI d. C.

Não votarei em nenhum candidato que não saiba escrever correCtamente a Língua Portuguesa, e que não a defenda dos predadores furtivos que a querem destruir, estando incluídos nesses predadores portugueses traidores e apátridas.

 

Preocupada, como estou, com a possibilidade de os meus netos virem a engrossar o rol dos analfabetos funcionais, que já existem ao mais alto nível,  e do Futuro, sem saberem escrever correCtamente a sua Língua Materna, fui à Google pesquisar sobre o tema.

Surpreendi-me, porque agora a informação vem através da Inteligência Artificial (IA), e não da desinteligência humana. Ao menos isso.

 

Transcrevo o que disse a IA:

 

Analfabeto funcional.PNGVista geral de IA:

 

Um analfabeto funcional é uma pessoa que, apesar de saber ler e escrever, tem dificuldades em aplicar esses conhecimentos em tarefas práticas do dia a dia, como entender instruções simples, interpretar textos e realizar cálculos básicos. Em outras palavras, é alguém que não consegue utilizar o conhecimento da leitura e escrita de forma eficaz para resolver problemas ou interagir com o mundo. 

 

Em termos mais detalhados:

 

  • Consegue decodificar, mas não interpreta:

O analfabeto funcional pode reconhecer letras e palavras, mas não consegue compreender o significado de frases mais longas ou textos complexos. 

  • Dificuldade em aplicar o conhecimento:

Mesmo com algum nível de escolaridade, não consegue aplicar a leitura e escrita para resolver problemas cotidianos, como entender um manual de instruções, interpretar um gráfico ou realizar um cálculo simples. 

  • Limitação para o desenvolvimento pessoal e social:

O analfabetismo funcional pode limitar o desenvolvimento profissional e social, dificultando o acesso a oportunidades de emprego e a uma participação plena na sociedade. 

  • Impacto em diferentes áreas:

A dificuldade em compreender e aplicar a leitura e escrita pode afectar diversos aspectos da vida, desde o desempenho escolar até à capacidade de entender notícias, contratos ou documentos importantes.

*** 

É isto tal e qual, aliás, o que todos já sabem, e podemos comprovar facilmente. Será por estarem nesta situação de analfabetos funcionais que as entidades para as quais escrevemos não nos respondem, por não conseguirem perceber o que escrevemos?

 

Usando a informação da IA quero mostrar que tudo o que ela diz eu também já me fartei de dizer antes dela, mas hoje não sou eu que o digo.

É nisto que os candidatos a primeiro-ministro nas Eleições Legislativas 2025 querem transformar as nossas crianças e os nossos jovens?

A responsabilidade será toda dos que forem ocupar as cadeiras magnetizadas do Parlamento Português, na próxima legislatura, de entre eles, da direita para a esquerda:

Inês Sousa Real (PAN); Paulo Raimundo (CDU);  Rui Tavares (Livre); Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda);  Pedro Nuno Santos (PS); Luís Montenegro (AD- Coligação PSD-CDS/PP); Rui Rocha (Iniciativa Liberal); e André Ventura (Chega)

 

Candidatos a primeiro-ministro.png

Posto isto, nada mais há a dizer, a não ser, repito, que me recuso a votar em quem NÃO sabe escrever correCtamente a Língua Portuguesa e NÃO a defende.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 15:01

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Segunda-feira, 10 de Junho de 2024

Repondo a verdade dos faCtos: hoje, 10 de Junho, é dia de celebrar Camões, a Língua Portuguesa, Portugal e os Portugueses, e rejeitar o AO90 que, desvirtuando o NOSSO Idioma, está a roubar-nos a NOSSA Identidade Linguística

 

O primeiro registo desta celebração data do ano 1880, através do decreto do Rei Dom Luís I, que declara "Dia de Festa Nacional e de Grande Gala” o dia 10 de Junho, para celebrar os 300 anos da morte de Luís de Camões, naquele 10 de Junho de 1580, fixando-se mais tarde este dia como Feriado Nacional.


Nos tempos que correm, devido a uma seita que anda por aí a tentar destruir os símbolos Portugueses, é mais do que justificada  a celebração deste Dia como o Dia de Camões e da Língua Portuguesa, que o Poeta tão bem soube honrar, tendo subido aos píncaros de maior Poeta Português de todo os tempos. Mas é também dia de celebrar Portugal, estando aqui incluídos todos os que têm ALMA portuguesa, uma vez que, onde houver um ser humano com alma portuguesa, Portugal viverá e resistirá.


Hoje, todos os que amam Portugal, tendo-o como seu país de origem, devem CELEBRAR a Língua que nos deixou Dom Diniz, o Rei Trovador, a Língua Portuguesa, a verdadeira Língua de Portugal, a nossa Língua Materna não-desvirtuada pela grafia acordizada que NÃO nos pertence.  

 

Hoje, dizemos ao mundo que REJEITAMOS o dia 05 de Maio, decretado pela UNESCO, como Dia Mundial da Língua Portuguesa, por NÃO corresponder à verdade: o que se assinala nesse dia é a mixórdia ortográfica gerada pelo AO90, imposta ditatorialmente aos Portugueses, sem que eles fossem consultados.

 

Por isso, hoje, Dia 10 de Junho, os Portugueses – neles NÃO estando incluídos os que NÃO têm alma portuguesa, os que rejeitaram o Português, para se submeterem servilmente à grafia truncada que anda por aí a enxovalhar a  NOSSA Cultura Linguística – celebram Luís Vaz de Camões e a Língua Portuguesa, a Língua de Portugal e dos Portugueses, que o Poeta tão bem soube honrar, honrando o seu País e os seus feitos, dos quais os pobres de espírito se envergonham, demonstrando com isso uma gigantesca ignorância, não só da História de Portugal, como da História do Mundo.

Aproveito este Dia de Celebração da Língua Portuguesa, para lembrar que NÓS sabemos que a Língua Portuguesa anda a ser destruída para que se imponha a mixórdia ortográfica criada pelo AO90, engendrado no Brasil, contudo, deste facto também sabem os nossos juristas, sabem os nossos tribunais, sabem os nossos governantes, sabem os nossos ministros, sabem os nossos deputados da Nação, sabe Marcelo Rebelo de Sousa, que é o presidente de uma qualquer República, mas NÃO da República Portuguesa, todos cúmplices do fraudulento AO90, que impõe uma grafia que NÃO pertence à Língua Portuguesa.

 

Então, é legítimo perguntar: Portugal será um Estado de Direito, ou um pedaço de território de NINGUÉM, assaltado por uma seita que o quer tirar do mapa, pelos mais VIS motivos?

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Iniciar-se-ão, hoje, as Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Luís Vaz de Camões

 

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Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal, declarou na passada quarta-feira, dia 05 de Junho, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, durante a sessão de apresentação da programação das comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Camões, que o Poeta NÃO é, nem poderá ser propriedade política. Não, não pode. E, na mesma linha de pensamento, há que recordar-lhe que a Língua Portuguesa também NÃO é, nem nunca poderá ser propriedade política, muito menos, propriedade política de um país estrangeiro.


Se o governo de Portugal entra nestas comemorações com boas intenções, então o primeiro aCto dessas comemorações deverá ser o anúncio da anulação do fraudulento AO90, que destruiu a Língua que Camões honrou, e os que vieram depois dele fizeram evoluir, e que uns analfabetos funcionais dos anos 90, do século XX, fizeram retroceder à sua forma mais básica, num estupidificante recuo.


O governo quer celebrar o Quinto Centenário do Nascimento de Luís de Camões divulgando a obra do escritor junto dos jovens, ao longo dos próximos dois anos?


Quer divulgar a obra de Camões em que linguagem? Na Língua Portuguesa, ou na mixórdia ortográfica em que o AO90 a transformou? Há que não enganar os jovens que, não sendo parvos, já se aperceberam de que lhes andam a vender gato por lebre. E a geração dos políticos, mentores desta fraude, terá de prestar contas à geração que anda a ser vilmente enganada.

 

As cerimónias desta comemoração terão início hoje, Dia 10 de Junho, Dia de Camões, da Língua Portuguesa, de Portugal e dos Portugueses.

 

Esta é que deve ser a designação deste Dia, se pretenderem HONRAR o nosso Poeta, a nossa Cultura, a nossa História, a nossa Língua, o nosso País.
 

Não me passa pela cabeça que a nova Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, uma senhora culta, possa escrever “incurrêtâmente” a Língua Portuguesa.


Daí esperarmos que, usando da sua cultura e da sua racionalidade, a senhora Ministra possa influenciar os que têm a faca e o queijo na mão, e anulem o AO90, para que com Honestidade e Verdade possamos celebrar este Dia de Camões e o Quinto Centenário do seu Nascimento. As crianças e os jovens, que aprendem outras Línguas europeias, NÃO terão dificuldade alguma em reaprender a escrever correCtamente o que lhes foi impingido "incorretamente" (TF: incurretâmente)

Todos os aCtos comemorativos que NÃO passarem pela anulação do AO90 constituirão mera hipocrisia e um insulto ao Poeta e aos Portugueses.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:18

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Domingo, 5 de Maio de 2024

Os Portugueses celebram a Língua Portuguesa no Dia 10 de Junho, os outros festejam HOJE a mixórdia ortográfica gerada pelo AO90, conforme a amostrinha do pão nosso de cada dia que por aí vai...

 

... e, com isto, esses outros andam a enganar os estrangeiros, que pensam estar a aprender a Língua Portuguesa, mas estão a levar gato por lebre, com a mixórdia ortográfica que lhes impingem.


HOJE, andam por aí a festejar uma linguagem que NÃO diz respeito a Portugal, nem aos Portugueses.


O Dia 10 de Junho é o Dia, por excelência, da celebração da Língua de Portugal , a Língua Portuguesa!


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ATENÇÃO! Os exemplos que se seguem é o que andam por aí a festejar, neste dia 05 de Maio, À BRUTA!

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(Este "português" é do tradutor do Google)

OJETOS.png

REDE DE CONTATOS.png

 

E os governantes portugueses continuam a assobiar para o lado como se não tivessem nenhuma culpa desta miséria linguística, que anda por aí a correr mundo com o nome de "português".

Não têm VERGONHA????????
Não têm BRIO???????

Não são PORTUGUESES?????
Portugal é o ÚNICO país do mundo onde se espezinha a Língua Materna, com requintes de malvadez e de má-fé.

 

05 de Maio.png

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:39

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Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

As declarações de Marcelo foram extremamente lamentáveis, e lamentável é também mandarem-no "retratar-se"...

 

A propósito disto tenho algo a dizer:

Talvez quem escreveu a notícia, quisesse referir-se à obsessão de Marcelo Rebelo de Sousa pelas “selfies”.

 

Então, Marcelo poderia ir "retratar-se" junto dos cemitérios onde estão enterrados os corpos dos que os antepassados DELE mataram, e, do bolso DELE, pagar os custos da colonização feita pelos antepassados DELE, a Lula da Silva que, sem o mínimo pejo, está a cobrar esses custos, que ele acha que pertence  a Marcelo. E já agora, que Marcelo peça muita desculpa pelo que ELE (Marcelo)  fez de mal aos brasileiros do século XXI.


Porque nós, Portugueses do século XXI, não nos sentimos culpados de nada. A escravatura africana nasceu em África, com os africanos a escravizar outros africanos para os vender aos brancos que por ali passavam... Era um negócio da époa, como hoje há o negócio dos imigrantes escravizados por aí... Não devemos nada a ninguém. Não roubámos nada. O ouro que os brasileiros dizem que Portugal "roubou" pertencia a Portugal, porque o Brasil era território Português.


E isto faz parte da História. Faz parte do PASSADO. E andar por aí a desenterrar mortos é coisa de gente mórbida e ignorante.


Pelo que se vê, os brasileiros esquerdistas andaram a fazer uma lavagem cerebral a Marcelo, como fazem aos desinstruídos brasileiros, que andam por aí a espalhar estas insipiências, demonstrando uma gigantesca ignorância sobre o que é a HISTÓRIA.


E sim, com a entrega da Língua Portuguesa ao Brasil, e agora com estas lamentáveis declarações, Marcelo TRAIU Portugal, diante de jornalistas estrangeiros, que deviam ter ficado com muita má impressão dos Portugueses.

 

É óbvio que as pessoas civilizadas do Século XXI d. C. abominam todas as escravaturas, todas as opressões, todos os crimes cometidos contra a Humanidade, desde o aparecimento do Homem na Terra, contudo, nada poderá mudar o que se passou no Passado.


É óbvio que as pessoas civilizadas do Século XXI d. C. lamentam profundamente a escravidão, a tortura e a morte de TODOS os seres humanos que, desde o aparecimento do Homem na Terra, foram submetidos a esses horrores, arbitrariamente. O que podemos fazer é aprender com os erros cometidos nesse Passado, para não voltar a cometê-los. No entanto, a História diz-nos que o Homem nada aprendeu com esses erros, e continua a cometê-los, cada vez mais sofisticadamente. E é isto que HOJE deve contar.

Numa destas, talvez os  Egípcios do século XXI d. C. também queiram pedir desculpa a Isaac Herzog, actual Presidente de Israel, ou indemnizá-lo, pela cruel escravatura imposta ao Povo Hebreu, pelos Faraós.

Há coisas inacreditáveis, que só se devem à falta do SABER e da Lucidez.

Isabel A. Ferreira 

 

QUE SE RETRATE.png

Origem da foto: https://www.facebook.com/photo/?fbid=7939515449406278&set=gm.1554476052012686&idorvanity=1059980261462270

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 16:56

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Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

No dia 25 de Abril de 1974, fez-se uma Revolução para trazer felicidade e bem-estar aos Portugueses. Hoje, neste 25 de Abril de 2024, estarão os Portugueses felizes com as políticas e com os políticos que detêm o Poder, desde então?

 

Que Portugal é o de HOJE, passados que são 50 anos sobre uma Revolução que se fez NÃO só para nos dar a Liberdade de sermos Portugueses livres dos grilhões de ferro, com que a ditadura nos acenava?

 

25 de Abril TONÉ.png

 

Quando se fala do 25 de Abril, Liberdade é a palavra que mais ouvimos. Tudo no 25 de Abril vai dar à palavra Liberdade. Contudo, Liberdade NÃO é agora podemos fazer tudo o que queremos, como ouço da boca de gente de todas as idades, e vejo nas atitudes dos políticos que foram eleitos para OUVIR o Povo, mas além de não o ouvirem, só fazem o que querem, e não, o que o Povo precisa que eles façam. E pensar que liberdade é podermos fazer tudo o que quisermos foi o maior erro que se cometeu, estando sempre bem patente nas políticas que se praticaram, nestes últimos 50 anos.



Por isso, HOJE, ainda há tanta gente INFELIZ em Portugal, porque os políticos portugueses NÃO   sabem que a Arte de Bem Governar também passa por fazer o Povo feliz.

 

E o que é a Liberdade?

No meu conceito e experiência, a Liberdade, ou nascemos com ela, ou dificilmente a obteremos pela via de uma revolução florida.



Eu sou do tempo da ditadura, e nunca o ditador poderia cercear a minha liberdade primordial, porque a liberdade faz parte do meu ADN. Nasci livre e sempre mantive a minha liberdade impoluta. Ainda que me encarcerem, eu serei sempre livre. Nasci com asas no pensamento e sempre voei para onde quis, e jamais um cárcere me impediria de voar, de pensar, ou de me sentir livre. Nunca permiti que o ditador se apossasse do meu pensamento ou me arrancasse a liberdade do meu ADN, e me impedisse de ser, de estar e de pensar. E esta é que é a verdadeira Liberdade.

 

Fui militante anti-fascista, enquanto estudante de Coimbra, e passava todas as informações proibidas, para fora da cidade, nas barbas da PIDE, através de cartas com mensagens codificadas. Apenas a primeira carta foi interceptada. A PIDE apressou-se a enviar-me uma notificação, avisando-me das regras do Estado Novo. Estávamos em 1969, ano da Revolta Académica, na qual participei. Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra, foi preso.  Eu tinha chegado do Brasil em 1968, e a PIDE considerou que eu desconhecia as regras. Aprendida a lição, criei um código, e as cartas que se seguiram, inclusive as que iam para o Brasil, não mais foram interceptadas.

 

As regras da ditadura não cercearam a minha liberdade de ser, de estar e de pensar, porque eu não permiti, pois há sempre um atalho por onde podemos seguir.  


***


Mais tarde, no ano lectivo de 1973/74, era ainda Bacharel, estreei-me como professora provisória de História e Português, na Escola Frei João de Vila do Conde, instalada num prédio antigo, numa rua da qual já não me lembro o nome. Na minha sala, enorme e cheia de janelas, que dava para a rua principal, chovia tanto que tínhamos bacias a suster a água que caía do tecto, e os pingos da chuva a cair nas bacias perturbavam os alunos e a mim, num suplício insuportável da gota de água.   Passávamos frio. Aquele Inverno chuvoso de 1973/74 nunca mais o esqueci. O que nos valeu foi termos um excelente director, o Professor Filomeno Terroso que, a meu pedido, nos arranjou um aquecedor para que não nos transformássemos em paus-de-gelo.



Estávamos em 1973, e na maioria das escolas portuguesas chovia dentro das salas de aula, e as salas eram frias. Isto para salientar que no Inverno de 2023/24, 50 anos mais tarde, ou seja, nos tempos que correm, ainda há em Portugal escolas onde chove dentro das salas de aula, e as bacias ali continuam a aparar a água, tal como em 1973, e  os alunos ainda têm de levar cobertores para as escolas, para não morrerem de frio; pelas paredes escorre a humidade que as escurece, as condições sanitárias são péssimas, enfim, seria de esperar que, passados 50 anos da Revolução dos Cravos, TODAS as escolas públicas em Portugal tivessem o estatuto de um lugar ao sol, agradável, que desse gosto frequentar, onde professores competentes transmitissem SABER e não apenas despejassem matéria, e não mentissem aos alunos, quando os obrigam a escrever incorrectamente a Língua Materna deles, e não andassem por aí com os mesmos problemas de instabilidade que os professores há 50 anos também tinham. Quem era do Norte ia dar aulas para o Sul. Quem era do Sul ia dar aulas para o Norte.

 

Isto não mudou: ainda chove em muitas escolas; ainda há frio em muitas escolas; muitas escolas são um lugar detestável de se frequentar; a maioria dos alunos está desmotivada. Vão para a escola como os bois para o matadouro. Faltam professores, criando-se uma injusta desigualdade no Ensino. Os professores, ocupados em garantir as suas carreiras, algo a que têm direito, nem se apercebem de que estão a formar os analfabetos funcionais do futuro, não se apercebem de que estão a analfabetizar os seus alunos, em vez de os alfabetizar, como é da sua competência.



O que mudou no Ensino, nestes 50 anos?

 

Houve um retrocesso gigantesco. O Ensino entrou em decadência, logo no dia 26 de Abril de 1975, uma decadência que se estende até aos dias de hoje. O ensino da Matemática está atrasado 30 anos, em relação ao resto da Europa, e os alunos, em Portugal, NÃO estão a aprender a escrever sua Língua Materna, não sabem escrevê-la correctamente. E isto basta para que o retrocesso seja gigantesco.

 

***

No dia 25 de Abril de 1974 fui para a escola, nada sabendo da Revolução. Os meus alunos, do primeiro tempo, já me esperavam no recreio aos berros: «Setora, setora, hoje não há aulas, temos um feriadinho, porque estão a fazer uma revolução». Sabiam mais do que eu.

Recebi a notícia da revolução com lágrimas nos olhos.

Um momento tão esperado, há tanto tempo!

Já poderia escrever nas linhas, o que sempre escrevi nas entrelinhas.

Nas aulas de História já não teria de dizer aos alunos que muita coisa que vinha nos Manuais NÃO era verdade. E isto fazia parte da minha liberdade de ser e de estar diante dos meus alunos, ainda que em ditadura. Eles não seriam enganados. História é História. Não podemos mudar os factos apenas para encher o ego dos que detêm o Poder, e querem reescrevê-la por lhes ser mais conveniente.

 

Contudo, a Revolução trouxe-nos uma surpresa: acabaram com a disciplina de História. Fomos obrigados a leccionar uma coisa que se chamava Habitação, Vestuário e Alimentação (eram três itens). Não havia manuais sobre estas matérias. Cada professor que inventasse algo para transmitir aos alunos, e eu vi-me, então, obrigada a dar aulas de vestuário, habitação e alimentação, recolhendo os conhecimentos que tinha nessas áreas: roupas de lã, no Inverno. Roupas frescas no Verão, os tecidos, de que eram feitas; telhados inclinados no Norte, terraços no Sul, de acordo com o clima, enfim, o trivial que sabia sobre essas coisas.

Ainda permaneci mais dois anos no Ensino, mas, não aguentando as parvoíces das novas (des)regras escolares, abandonei-o. Eu não servia para andar a brincar aos professorzinhos. A liberdade era tanta, que havia directores que deixavam os alunos jogar à bola na aula. Sentavam-se em cima das carteiras, com os pés no assento. Se eu os repreendesse, levava com a liberdade na cara. A disciplina e o respeito pelos professores deixaram de existir até aos dias de hoje. Como continuar a dar aulas, nestas condições de total bandalheira? Hoje, a indisciplina ainda é uma realidade.

 

***

O que ficou da ditadura?

 

Passados 50 anos, os que hoje mandam, mandam ditatorialmente. Mudaram-se os tempos, mas NÃO a vontade de construir um País verdadeiramente LIVRE. Muito do que hoje vivemos está cheio dos ecos do passado, e pior, estamos à mercê dos estrangeiros, que andam a mandar nisto tudo. E que o diga (se o quisesse dizer) Marcelo Rebelo de Sousa.

- A censura anda por aí, ainda que camuflada. Os órgãos de informação só informam o que querem ou o que podem, não, o que devem informar, formando.

- No tempo da ditadura existia o tabu da pedofilia. Hoje esse tabu foi derrubado, e substituído por um outro tabu: o do ilegal e inconstitucional acordo ortográfico de 1990, que está a destruir o nosso maior símbolo identitário: a Língua Portuguesa. E os maiores prosélitos desse tabu são o presidente da República, o governo português e os deputados da Nação (aqui com honrosas excepções) e os professores. Esperemos que o novo governo tenha mais lucidez e mude o rumo de Portugal, no que a este TABU diz respeito, porque estamos em vias de perder a nossa IDENTIDADE. Ao menos o ditador António Oliveira Salazar SABIA escrever o Português que, desde Dom Diniz, nunca deixou de ser a Língua Oficial de Portugal. Hoje, os actuais governantes nem sequer escrever sabem. E falar e escrever BEM deve ser apanágio de TODOS os Portugueses, dos autóctones e dos estrangeiros que têm nacionalidade portuguesa, mas não sabem escrever nem falar Português.

- A imposição ditatorial de regras perdura, por exemplo, no que respeita ao AO90, impingido ditatorialmente através de ameaças, sanções e chantagens grosseiras, tão à maneira do Estado Novo!


O que o 25 de Abril trouxe de bom a Portugal?

 
- O Serviço Nacional de Saúde (SNS que, no entanto, está um CAOS).

- Muitas estradas, que ligam o País de Norte a Sul. E isto foi bom.

- Um índice de alfabetização mais elevado, através do Ensino obrigatório, porém, continuamos a ser o país da Europa com mais analfabetos, e temos o Ensino mais CAÓTICO de que alguma vez há memória, com milhares de alunos ainda sem professor, e a estudar por manuais concebidos por e para idiotas. Na anterior ditadura, que era dita e dura, até doer, e não disfarçada de democracia, como é a actual, isto não acontecia. Os portugueses que saíam das universidades eram cultos. Hoje, a incultura impera, os cromeleques são castelos; a Ínclita Geração eram os Reis Filipes, e disparates como estes são o pão nosso de cada dia. Uma vergonha!

- Existe menos pobreza, mas aos poucos está a alcançar os níveis da pobreza existentes no tempo da ditadura salazarista. Em 2022 existiam 1,78 milhões de pobres em Portugal, mais 81 mil do que no ano anterior. Com a imigração descontrolada pelo aceno “venham para o paraíso português, venham!”, a pobreza e os sem-abrigo aumentaram descomunalmente, e há imigrantes a viverem em tendas, nas ruas, por falta de habitação, algo que o 25 de Abril não conseguiu colmatar, e já vinha da ditadura. Portugal precisa da mão-de-obra barata dos imigrantes, por isso, a política é a do venham, mas durmam na rua! E a FOME é uma realidade no Portugal actual. Temos crianças a passar FOME, 50 anos depois do 25 de Abril.

- Já podemos votar, escolher os representantes do Povo, os quais, no entanto, são eleitos  NÃO para representar o Povo e pugnar pelos interesses dos Portugueses e de Portugal, mas para gerir os interesses dos grupos de pressão económica, por isso, ainda somos um país com um pé na Idade Média, porque a esquerda alia-se à direita irmãmente, e, servilmente, por exemplo, servem o lobby tauromáquico, que recebe milhares de Euros para torturar bovinos, Euros que fazem falta, por exemplo, na melhoria das escolas e em tantas outras instalações públicas. Muitos deputados vão para o Parlamento exclusivamente para assegurar os interesses dos lobbies e, pelo caminho, dos seus interesses também. Isto não faz parte da Democracia sonhada em Abril de 1974.

- As mulheres adquiriram alguns direitos que não tinham, mas ainda estão longe da igualdade de direitos que merecem. Hoje, as que cometam adultério já não podem ser mortas, por Lei, pelos maridos, se eles as apanharem em flagrante delito, mas a violência doméstica tem aumentado substancialmente, e as mulheres continuam a ser mortas pelos companheiros...

 

O que vai mal no Portugal pós-25 de Abril, depois de 50 anos a brincar-se à democraciazinha?

 

Tanta coisa!!!
O que temos, hoje, NÃO é o Portugal sonhado pelos que aguardavam ansiosamente por uma Revolução que nos libertasse dos grilhões de ferro.  Hoje, estamos atados pelos grilhões da ignorância que por aí medra, como uma erva daninha.

Hoje, os jovens qualificados são obrigados a emigrar, porque a Democracia ainda não conseguiu dar-lhes o que eles merecem, depois de 50 anos a celebrarem, em cada 25 de Abril de cada ano, algo que não lhes dá a liberdade de ficarem no seu país.

 

E os descontentes, neste ano de 2024, são aos milhares. E os infelizes também. E eu sou dos que estão nestas estatísticas.

 

Portugal é um dos países onde existem mais descontentes por metro quadrado.

 

Hoje existe MUITA Liberdade, mas Portugal está mergulhado em muitas CRISES:

Crise na Saúde, na Habitação, no Ensino, na Justiça, na Agricultura, na Classe Laboral. Crise política, crise ambiental, crise incendiária, crise climática, crise económica, crise civilizacional, crise identitária. Crises de todo o género. Baixos salários, baixas reformas, custo de vida alto, muitos impostos, muitas taxas e taxinhas, corrupção ao mais alto nível, e Portugal a afundar-se num mar de descontentamento.

 

Tanta Liberdade a rimar com infelicidade!

 
Durante a ditadura, Portugal estava orgulhosamente só. Passados 50 anos, Portugal integra a União Europeia, e está vergonhosamente na cauda da Europa.   

O 25 de Abril abriu-nos caminhos que, no entanto, foram sendo fechados, à medida que o Poder ia subindo à cabeça dos novos governantes. Os Capitães de Abril foram traídos.

E na sequência de tudo isto:

 

O que comemorar no 25 de Abril.png

 

Devido à política apátrida perpetrada pelos políticos que temos, a liberdade de ser portuguesa é a única liberdade que está em risco em mim. Poderei perder a liberdade de ser portuguesa aos olhos do mundo, mas NÃO perderei a liberdade de sair por aí a voar como uma pomba branca, com um cravo vermelho na mão, a tentar manter a minha identidade... porque a Liberdade sem Identidade deixa um Povo sem alma.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 10:35

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Sábado, 6 de Abril de 2024

É urgente acabar com a lusofobia tanto quanto com a lusofonia

 

Recebi o comentário de uma/um (?) brasileira/o (?) que reproduzo mais abaixo, e destacá-lo-ei no Blogue, para ver se, de uma vez por todas, os brasileiros, a quem fizeram lavagem cerebral, encaixam que, se querem fazer do grande Brasil em território, um Brasil GRANDE em nobreza, devem aceitar o seu passado, tal como ele foi e não como gostariam que tivesse sido, e o deixem lá, nesse tempo antigo, de onde os mortos jamais virão reclamar o que era natural na vida de todos os povos dessa época. Lembrem-se de que os vindouros irão criticar, no futuro, o que os seus antepassados NÃO fizeram para lhes deixar um mundo melhor, por ficarem presos a um passado que não volta mais.

 

É, pois, da ESTUPIDEZ pretender julgar o passado através dos valores culturais, sociais e morais do presente.

 

Também é preciso que os brasileiros, a quem fizeram lavagem cerebral, encaixem, de uma vez por todas, que não é soltando, por aí, a sua LUSOFOBIA patológica que alcançarão o reino dos céus de Portugal.

 

Epicuro.PNG

 

Obviamente, este pensamento de Epicuro não se aplica aos que SOFRERAM e SOFREM horrores às mãos de carrascos. Os outros, os que nunca estiveram no lugar desses que SOFRERAM e SOFREM horrores, devem reflectir sobre as palavras de Epicuro, e não andar por aí a cobrar dos outros, o que esses outros nunca fizeram, porém, lamentam que a vida seja tão cruel para uns, e tão benevolente para outros.

 

Nayara comentou o post A notícia «Há crianças portuguesas que só falam 'brasileiro'» gerou comentários que dizem de uma exacerbada e incompreensível LUSOFOBIA e da ignorância optativa às 03:13, 05/04/2024 :

Claramente alguns comentários destacados estão em português de Portugal portanto devem ser descartados visto que como a própria senhora pontuou não temos capacidade para tal. Logo são comentários maliciosos falsos feitos por outros portugueses. Quanto as influências que o português do Brasil sofreu, você sabia que o sotaque do sul foi predominantemente moldado por portugueses dos Açores que é muito peculiar? Já em 1808 quando a coroa portuguesa se mudou para o Rio de Janeiro o “R” com fonema do francês chegou ao Brasil Os integrantes da realeza imitavam o “R” falado pelos franceses, referência cultural e intelectual europeia naquela época. Em pouco tempo, a elite local também passou a copiar esse jeito de falar e assim permaneceu. Quanto a suas outras pontuações eu não sou esquerdista e não preciso ser pra dizer que os 388 anos de escravidão no Brasil implantado por portugueses foi um crime contra a humanidade. Esse é um capítulo tenebroso e inegável na história de Portugal o qual a senhora recusa-se a admitir. Foi uma colonização no mínimo revoltante mas é passado. Passado no qual precisamos admitir, aprender e nos distanciar enquanto sociedade.


***

1 – NÃO existe Português de Portugal, bem como NÃO existe Português do Brasil. O que existe é a Língua Portuguesa, o PORTUGUÊS, e a VARIANTE BRASILEIRA DO PORTUGUÊS, entre outras Variantes, geradas noutras esferas.

 

2 – O Português até pode ser razoavelmente compreensível, para os brasileiros, na sua forma escrita, porém, na sua forma oral NÃO é, tanto que dobram e legendam tudo o que é falado em Português, nas televisões brasileiras, e não nos percebem quando falamos cara a cara, com eles.

 

3 – Aconselho-a a reler o que escrevi, para avaliar a que “capacidade” me referi, no meu texto, em relação aos Brasileiros. Isto já é uma prova da iliteracia brasileira em relação ao Português escrito.

 

4 –Os comentários publicados, além de não serem falaciosos, são escritos por brasileiros incultos, basta considerar o léxico e a construção frásica. O YouTube está cheio de vídeos brasileiros com conteúdos iguais.

 

5 – Aos Portugueses não interessa para nada os sotaques brasileiros, que variam de região para região. Interessa a FONOLOGIA, que é completamente outra coisa, e nada tem a ver com a Fonologia da Língua Portuguesa.

6 – O vosso problema é terem uma fixação doentia e complexada pelo vosso passado, negligenciando o presente e ignorando o futuro. Os Brasileiros são o ÚNICO povo colonizado que ainda mantém uma relação/ódio com o ex-colonizador. Aceitem o vosso passado, porque NÃO podem mudá-lo. Além disso, os únicos brasileiros com direito a protestar são os INDÍGENAS brasileiros, os donos das terras do Brasil. Se você é brasileira, a Portugal o deve, e se não gosta, mude de nacionalidade, mas não queira ter a nacionalidade portuguesa – que muitos têm apenas para obterem privilégios e darem o salto para outros países europeus, por odiarem estar em Portugal, mas sem a muleta portuguesa, jamais conseguiriam – porque sentir-se-ia como um peixe fora d’água.

 

7 – Não nos interessa NADA como se falava em 1808. Interessa, sim, como se fala e escreve em 2024 d.C., e o que se escreve e fala no Brasil, actualmente, NÃO nos diz respeito.

 

8 – Não interessa se você é esquerdista ou não. O que interessa é que foram os esquerdistas brasileiros, da ala mais ignorante, que decidiram DETURPAR a Língua do ex-colonizador, continuando a designá-la como Português, e a isso chama-se USURPAÇÃO do IDIOMA ALHEIO, com a agravante de o terem deformado.

 

9 – A escravidão no Brasil foi exactamente igual a todas as outras escravidões, desde o Egipto antigo até aos tempos que correm. Sempre houve escravidão. Ainda há escravidão e tráfico humano no Brasil. Deviam preocupar-se com isso, não, com o que não pode voltar atrás, para ser redimido. Também deviam preocupar-se com as barbaridades que HOJE o Brasil está a cometer contra os Indígenas brasileiros, algo que os colonizadores nunca fizeram. Apenas os descendentes dos escravos africanos podem sentir-se “incomodados”, com a escravidão dos seus antepassados,  mas têm de saber que SE os seus antepassados foram escravizados, aos próprios africanos o devem, pois eram eles que os apanhavam nas tribos vizinhas, os traficavam, os vendiam aos Portugueses, aos Ingleses, aos Castelhanos, aos Holandeses, aos Franceses. Se devemos condenar a escravidão? Claro que devemos condenar TODAS as escravidões, desde a Antiguidade até aos nossos dias. Mas o que interessa condenar a escravidão de tempos antigos se são mantidas nos tempos modernos? Crime contra a Humanidade são todas as escravidões, todas as guerras, todas as torturas, todas as crianças deixadas a morrer à fome, a serem exploradas, a serem violadas, a servirem de objectos sexuais, HOJE. Mas o que importa para si a escravidão actual? Só interessa o que se passou há séculos, no Brasil, algo, de que NÓS, Portugueses do século XXI d. C., NÃO fomos responsáveis? É, pois, da estupidez julgar os actos do passado à luz dos valores do presente.

 

10 – Vejo que nada sabe das minhas posições sobre o que chama “capítulo tenebroso da História de Portugal”. A propósito disso, até escrevi um livro. E sobre os capítulos tenebrosos da História do Brasil pós-1822, a Nayara sabe alguma coisa? Não lhe interessaria saber?

 

11 – Para sua informação, e uma vez que os brasileiros, descendentes de europeus e de outras paragens, dizem que preferiam ter sido colonizados pelos Ingleses (como se pudessem fazer recuar o tempo!)  as colonizações inglesa e castelhana foram muito mais bárbaras e cruéis do que a colonização portuguesa. Nós não exterminámos impérios, nem tribos inteiras de indígenas. Vejo que nada sabe da História da América do Norte e da História da América do Sul. Aconselho-a a informar-se melhor, antes de vir comentar o que quer que seja, e também aconselho a não seguir as mentiras que os esquerdistas ignorantes andam a espalhar por aí...

 

12 – Por fim, deixe-me dizer-lhe que o seu comentário é de alguém a quem fizeram lavagem cerebral, que não estudou por livros, mas por “bocas”, algo que não lhe permite viver no século XXI d. C., estando especada num tempo que jamais será reescrito, ainda que o Brasil estrebuche até à exaustão.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 19:07

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