Terça-feira, 19 de Agosto de 2014

Baião classificada abaixo de lixo por permitir no seu território a selvajaria da tortura de Bovinos

 

Basta! Tolerância zer para estas autarquias que se vergam a um lobby infectado com a peçonha da crueldade.

Que pobreza moral! Que baixeza de espírito!

Que perversidade!

 

 

 

Carta Aberta ao presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro

 
Exmo. Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Fernando Silva

Exmos. Senhores Deputados à Assembleia Municipal de Baião

 

Está a ser anunciada para o dia 23 de Agosto, em Baião, mais uma iniciativa que prima por uma IGNÓBIL SELVAJARIA, apesar do FIASCO das anteriores.

 

Vossas Excelências, como autarcas, deveriam saber que a tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial.

 

TORTURAR seres vivos inofensivos, indefesos, inocentes e sensíveis em nome de uma diversão patética, incivilizada, patológica, não é próprio de sociedades evoluídas e ENVERGONHA a esmagadora maioria dos portugueses face a uma Europa que já se DISTANCIOU há muito (excepto três tristes países ainda mergulhados nas trevas medievais – Portugal, Espanha e França) destas práticas bárbaras, que causam um ATROZ sofrimento a seres sencientes, com um ADN semelhante ao humano.

 

Todos sabemos que a tauromaquia está em franco declínio – mesmo nos locais onde esta prática é usual, as praças tem cada vez menos espectadores (inclusive a praça de Touros do campo pequeno (ex-libris da tauromaquia e a nódoa negra de Lisboa) a qual se encontra em situação de insolvência.

 

Como consequência desse declínio, a indústria tauromáquica tem vindo a tentar implementar estas práticas imbecis em locais que não têm qualquer tradição de touradas (ou se tiveram abandonaram-nas por motivos óbvios, ou seja EVOLUÇÃO), mas onde existem autarcas vergáveis às INVESTIDAS dos bárbaros, acabando por acolher estas práticas cruéis.

 

Todos sabemos que a tauromaquia só subsiste, nos dias de hoje, graças a apoios do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias, algumas endividadas e com populações em situações de carências várias, o que causa nos cidadãos, munícipes e contribuintes, a mais veemente indignação.

 

As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado, e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o século XXI impõe.

 

Assim, junto-me a tantos outros nesta solicitação à Câmara Municipal, para que não licencie e se demarque de todas as actividades tauromáquicas no concelho de Baião, incluindo oferta de recordações aos intervenientes nesta prática sórdida e o fim imediato da atribuição de quaisquer verbas públicas para este tipo de condutas que infligem sofrimento a animais não humanos indefesos, inocentes e sencientes.

 

Isabel A. Ferreira

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 18:37

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Quarta-feira, 28 de Agosto de 2013

Terror em Baião - Seis Touros torturados para divertir uma migalha de sádicos

 

Um excelente texto de Isabel Santos

 

A descrição que se segue é a verdade verdadeira da tourada, à qual, os que não sabem, chamam  “arte” e “festa”…

 


 

 

«São 17h30

 

Neste momento, em Baião, vai começar a "festa".

 

Debaixo de um calor de mais de 30º, sem vento, e depois de terem permanecido mais de 12 h metidos numa divisória de metal de um camião onde mal se podem mexer, os 6 touros vão ser "lidados" na praça amovível instalada para o efeito no alto de uma colina.

 

Vão ser perfurados com ferros (bandarilhas) que medem 70 cm de comprimento, enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura e com farpas ou ferros compridos e ferros curtos que medem , respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas.

 

Os ferros que lhe penetram e rasgam o músculo provocarão uma dor lancinante (o touro sente até uma mosca pousar-lhe no dorso - daí abanar com a cauda para a enxotar - porque não haveria de sentir dor se é feito de carne e osso como nós?) Depois de lhe serem cravados os ferros, exaustos e debilitados, enfraquecidos, vão ainda ser atormentados por 8 homens que o vão provocar, tentar imobilizar, saltar-lhe para cima e puxar-lhe violentamente a cauda (vértebras serão partidas) e humilhá-lo.

 

Depois será obrigado a recolher ao camião, como alguém me dizia hoje de manhã, "puxado e arrastado tão violentamente por cordas que se fica com a sensação que lhe vão arrancar os cornos".

 

No camião, ser-lhe-ão arrancados os ferros, a sangue frio, cortando a carne à volta do arpão com uma faca, deixando-lhe o dorso esburacado em carne viva...

 

Depois da " festa rija", quando os espectadores tiverem dificuldade em manter-se em pé, o touro vai ser levado para o matadouro de Santarém, no mesmo camião onde não se pode mexer, deixando atrás de si um rasto de sangue e diarreia.

 

Hoje é sexta-feira.

 

Amanhã é sábado, os matadouros não trabalham.

 

Domingo também não.

 

Com sorte, e se não tiverem morrido até lá, os touros serão finalmente mortos na segunda-feira, depois de atordoados com choques eléctricos e pendurados de cabeça para baixo.

 

Terão Paz afinal.

 

Muito grata a todos os que colaboraram nesta iniciativa, tentando alertar os autarcas de Baião para o massacre que se vai passar agora mesmo, na cidade. Como seria de esperar, não conseguimos impedir estes 6 touros de sofrerem horrores mas esperamos que o executivo camarário tome consciência desta barbárie e comece a fazer a cidade dar os primeiros passos no caminho da verdadeira evolução, a civilizacional.»

 

Fontes:  

 

https://www.facebook.com/events/665892193440471/

 

https://www.facebook.com/CampanhaContraTouradasMundo

 

***

Antes deste macabro episódio, a Isabel Santos, juntamente com outros activistas tentaram dissuadir o Presidente da Câmara Municipal de Baião a levar adiante tão grosseira actividade, e enviou ao autarca este outro excelente texto:

 

«Tanto quanto sei, a “ tradição” em Baião nada tem a ver com a tourada nos moldes actuais. Ainda que tivesse, o argumento da tradição não justifica tudo, já que as tradições não são estáticas e imutáveis, moldam-se e adaptam-se à evolução das mentalidades e das sociedades.

 

A tradição não tem valor intrínseco, não é por algo ser tradição que se torna inquestionavelmente bom ou mau. A tradição é, em última análise, tão-somente um costume que se foi repetindo ao longo dos tempos. E houve “tradições” bem cruéis que foram naturalmente abandonadas.

 

Cito, a título de exemplo, as execuções em praça pública que eram na Idade Média uma das maiores atracções populares, juntando milhares de pessoas. Este argumento é por isso um não argumento, uma falácia.

 

Por outro lado não existem em Baião ganadarias, toureiros, forcados nem tão pouco praça de touros, como quer fazer crer o cartaz de divulgação da tourada. E, ainda que existissem, isso também não seria justificação dado que, também com a evolução, muitas ocupações se extinguem, dando lugar a outras – é o curso natural das coisas. Assim testemunhariam os negreiros, os feitores de escravos, e até os inocentes proprietários de mercearias locais que se viram obrigadas a fechar para dar lugar a grandes hipermercados.

 

Como o Sr. Presidente sabe, as touradas são espectáculos degradantes que além de serem inaceitáveis em termos de abuso e maltrato animal, em nada dignificam as pessoas, já que promovem modelos de comportamento agressivos e desrespeitosos.

 

Por tudo isto, lamento que o Sr. Presidente José Luís Carneiro, notável do PS e vereador da cultura da CMB, não tenha tido um minuto na sua agenda para, há semanas atrás, ouvir e dialogar com representantes de movimentos da protecção animal, que respeitosamente lhe pediram audiência no sentido de sensibilizar atempadamente a população e os autarcas, de forma racional, para esta questão.

 

Lamento ainda que não tenha tido a delicadeza de dar uma única resposta às dezenas de emails que lhe foram enviados, pedindo, de forma racional, respeitosa e educada, para excluir do PROGRAMA OFICIAL DAS FESTAS DE S. BARTOLOMEU, a realização de uma tourada.

 

Já que nada disto foi possível, gostaria que, pelo menos aqui e agora, me esclarecesse quais serão então as formas de, em conjunto com a autarquia de Baião, promover iniciativas de sensibilização para que decorra DESDE JÁ uma evolução em defesa dos direitos dos animais no concelho, dado que estaremos sempre ao dispor para acompanhar a CMB na sua visível preocupação com este assunto.

 

Ficarei a aguardar ansiosamente uma resposta.

 

Grata, cumprimentos, Isabel Santos (activista pelos direitos dos animais- distrito do Porto)»

 

(Recebido via e-mail).

 

 

***

Escusado será dizer, que este, como outros autarcas, ficam cegos, surdos e mudos aos apelos racionais, de seres humanos, que se preocupam com o bem-estar de seres não-humanos, e, consequentemente, com a evolução da Humanidade.

 

A tortura de seis magníficos Touros realizou-se, e Baião continua no rol das localidades portuguesas que  se recusam a evoluir.

Isabel A. Ferreira

 

 

publicado por Isabel A. Ferreira às 14:18

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