Em 23 de Fevereiro de 2012, numa carta aberta a D. Manuel Clemente, na altura, Bispo do Porto, dirigi-lhe um apelo, contando com a clemência (implícita no nome) que todos esperamos de um servidor de Deus, para a Causa da Abolição das Touradas em Portugal.
O meu apelo não foi considerado.
Hoje, repetindo as mesmas palavras da carta de 2012, até porque passados todos estes anos, nada mudou em Portugal, a este respeito, continuando-se a torturar seres vivos, para diversão de sádicos, com a bênção da Igreja Católica Portuguesa, reitero o mesmo apelo, agora que D. Manuel Clemente é Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Espero que, desta vez, me ouça e interfira, porque o tempo é outro, e é preciso evoluir, mas, principalmente, é preciso sermos clementes para com todas as criaturas de Deus: as humanas e as não-humanas.
Exmo. Sr. D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriaca de Lisboa,
Já, por várias vezes, nos encontrámos em Arouca, em Braga, no último Congresso de Cister, enfim, e pelo que tive oportunidade de observar, fiquei com a impressão de que o Senhor D. Manuel Clemente é um homem inteligente, sensível e zeloso das suas obrigações Cristãs.
Por isso atrevo-me a dirigir-lhe estas linhas, com todo o respeito.
É que sendo eu uma defensora dos Direitos dos Animais, Humanos e Não-Humanos, e estando neste momento envolvida na Causa da Abolição das Touradas em Portugal e no Mundo, não compreendo a posição da Igreja Católica Portuguesa a este respeito, sabendo, como sabemos, que «a Tauromaquia é uma modalidade que assenta em primeira linha na exploração violenta e cruel do touro, sempre, e do cavalo nos programas em que ele é utilizado como veículo do actor tauromáquico e obrigado a tornar-se “cúmplice” da lide, sofrendo ansiedade e esgotamento e arriscando ferimento e morte», segundo a opinião do Dr. Vasco Reis, Médico-Veterinário.
Sabendo, como sabemos, que «a não-violência é a lei da nossa espécie assim como a violência é a lei dos brutos. O espírito jaz dormente no bruto e ele não conhece nenhuma outra lei a não ser a da força física. A dignidade do ser humano requer obediência a outra lei – à força do Espírito!», de acordo com Mahatma Gandhi.
E ainda, sabendo, como sabemos, que «(...) se fazem reclames entusiastas de espectáculos, como as touradas de praça onde por simples prazer se martirizam animais e onde os jorros de sangue quente, os urros de raiva e de dor e os estertores de agonia só podem servir para perverter cada vez mais aqueles que se deleitam com o aparato dessa luta bruta e violenta, sem qualquer razão que a justifique», como refere Adriano Botelho (ilustre cidadão da Ilha Terceira – Açores).
Posto isto, Senhor D. Manuel Clemente, pergunto por que motivo a Igreja Católica é CÚMPLICE desta selvajaria (há muitos padres católicos aficionados), e “abençoa” os torturadores de Touros (vulgo toureiros), antes destes irem para arena massacrar um ser vivo, que tem um ADN semelhante ao humano? Um ser que sofre e sente a dor tal como nós a sentimos?
Não serão o Touro e o Cavalo também criaturas de Deus?
Jesus Cristo ensinaria ao homem a prática da violência sobre os seres vivos? Foi para isso que viria ao mundo?
Escrevo-lhe para solicitar a douta interferência do Senhor D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, nesta matéria, para que a Igreja Católica Portuguesa tome uma posição pública contra esta barbárie, como é de seu DEVER, até porque se a Igreja interferir, estes massacres acabam por acabar.
Não é de um bom cristão torturar seres vivos para se divertir, mas os torturadores de Touros e Cavalos são cristãos e torturam seres vivos para ganharem dinheiro e divertirem os sádicos.
Penso que o Senhor D. Manuel Clemente, como homem sábio que é, estará de acordo comigo.
Repare-se na cara patética deste “cristão”, na imagem mais acima, que além de torturador é cobarde, e no sofrimento atroz estampado na expressão do Touro, caído no chão, exaurido, dorido, esvaziado da sua dignidade de ser vivo.
São estes ensinamentos que a Igreja pretende que se transmita às crianças?
E a Igreja Católica Portuguesa nada terá a dizer sobre isto?
Isto faz parte de um tempo primitivo e obscuro. Estamos no Século XXI, depois de Cristo. É preciso evoluir, Sr. D. Manuel Clemente.
É preciso colocar Portugal entre os países evoluídos. E a Igreja Católica, tendo a influência que tem no nosso povinho, ainda tão ignorante, tem o DEVER de esclarecer esse povo, e não ser passiva quanto a esta matéria tão cruel, que só desprestigia o Ser Humano.
O senhor D. Manuel Clemente, tal como eu, historiador, saberá que os factos históricos são importantes. A Igreja Católica ficará manchada, para a História, como CÚMPLICE desta barbárie, se não tomar uma posição firme e essencialmente cristã, assim como ficou tristemente enlameada em tantas outras ocasiões, por nada ter feito, como na vergonhosa cumplicidade com as atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial contra os judeus, e nas Santas Cruzadas, e na Santa Inquisição, (apenas para referir os mais conhecidos casos de omissão da Igreja Católica). E é CÚMPLICE quem sabe e nada faz.
Espero que esta minha carta possa servir para acordar a “adormecida” Igreja Católica Portuguesa para esta grave lacuna, do seu apostulado. Os púlpitos são lugares apropriados para passar a mensagem da não-violência contra todos os seres humanos e não-humanos. Não é lugar para se falar de política. É lugar para se falar no que Jesus Cristo nos deixou de mais valioso, o preceito áureo: «não faças aos outros (e nesses outros estão incluídos todos os seres não-humanos) o que não gostas que te façam a ti.» Se todos os homens cumprissem esta simples regra, o mundo seria o lugar ideal para se viver, sem leis, sem governantes, sem polícias, sem armas, sem guerras, sem todos esses horrores, que o animal humano, e apenas o animal humano, inventou.
Porque é preciso acabar de uma vez por todas com esta macabra, patética, sangrenta e sádica prática chamada TOURADA, onde dois magníficos seres vivos (Touro e Cavalo) são barbaramente torturados por psicopatas.
E a Igreja Católica Portuguesa tem o seu quinhão de culpa nisto.
Com os meus melhores cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
Fonte:
https://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/87535.html
Excelentíssimo Dom João Evangelista Pimentel Lavrador
Bispo Residencial da Diocese de Angra
domjoaolavrador@diocesedeangra.pt
Venho, por este meio, manifestar a minha mais veemente repulsa pela presença de alguns forcados, devidamente identificados, através da sua indumentária, numa procissão realizada no passado dia 8 de Março, em Angra do Heroísmo, tendo alguns deles transportado o andor da imagem de Nosso Senhor dos Passos, como se fossem “irmãos” de alguma confraria religiosa; bem como pela realização de um “festival” taurino, previsto para o próximo dia 23 de Maio, de apoio a obras das igrejas das Lajes e da Agualva, como se a tortura de criaturas, também de Deus, servisse para branquear as acções selváticas perpetradas por algozes.
Ao longo dos tempos, têm sido inúmeras as declarações de membros da Igreja Católica a condenar as práticas tauromáquicas entre outras, em que são maltratados animais não-humanos. A título de exemplo, posso referir o que o Secretário do Vaticano, Bispo Pietro Gasparri, em 1923, disse: «Embora a barbárie humana ainda persista nas corridas de touros, a Igreja continua a condenar em voz alta estes sangrentos e vergonhosos “espectáculos”, como o fez Sua Santidade o Papa Pio V». Mais recentemente, na sua Encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco escreveu que «sujeitar os animais ao sofrimento e à morte desnecessária não é digno de um ser humano».
Face ao exposto, venho manifestar a minha repugnância e repúdio pela presença de forcados, devidamente identificados, numa procissão, fazendo propaganda a uma actividade condenável nas sociedades humanas actuais, e não a manifestar a sua fé em Deus que, pela Sua Natureza divina, condena todos os actos violentos e cruéis contra as Suas criaturas, quer sejam humanas ou não-humanas.
Manifesto também, a minha indignação e repúdio pela realização de uma sessão de tortura de touros para, hipocritamente, apoiar obras em igrejas.
Venho, igualmente, apelar a Vossa Reverendíssima para que, em nome de Deus, condene estas práticas bárbaras e macabras, e a presença de forcados identificados em procissões, e não autorize que as paróquias aceitem recolher fundos através de touradas ou de outros eventos onde animais não-humanos, indefesos, inocentes e inofensivos são barbaramente torturados, para divertimento de uma peque fatia de um povo que ficou parado no tempo, e afastado dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Para um melhor aprofundamento deste tema, sugiro a Vossa Reverendíssima a leitura dos textos inseridos nestes links:
Com os meus cumprimentos,
Isabel A. Ferreira
E depois dizem que não há dinheiro para a Saúde, para a Educação, para a Habitação, para a Cultura, sim, porque, como o mundo inteiro sabe, a selvajaria tauromáquica não é coisa da Cultura.
Para apoiar uma tourada, a realizar a 17 de Março, integrada nas Festas de São José (mais uma, para celebrar o Pai adoptivo de Jesus Cristo), a Câmara Municipal de Santarém comprou (com os dinheiros dos contribuintes), 10 mil euros em bilhetes (cerca de 1.300 entradas), que serão distribuídos pela população através das juntas de freguesia. Outras duas touradas a realizar durante a temporada taurina, terão apoio de 5 mil euros, cada (...), diz a notícia.
Isto é imoral, mas demonstra que a tauromaquia está "tuberculosa", em último grau... diz a minha amiga Maria João Gaspar Oliveira, no Facebook. E eu concordo com ela, porque, na verdade, só deste modo, conseguem povo na assistência, e mesmo assim, sempre os mesmos, em todos os antros, onde se realizam estas práticas desadequadas aos tempos modernos.
E chamam "valentia" pegar um Touro moribundo, mais morto do que vivo, a sangrar por dentro e por fora, com dores atrozes... Valentes são os Touros que, mesmo em grande sofrimento, por vezes, conseguem reunir as derradeiras forças e mandar os forcados desta para melhor. E dizer isto não é aplaudir, porque aplaudir, aplaudem, em júbilo, os sádicos na arena. Isto é simplesmente dizer a verdade nua e cruamente, como estas verdades devem ser ditas.
Esta notícia está na Categoria: Cultura. Esqueceu-se o órgão de tal informação, do prefixo IN, na categoria de cultura. E reza assim:
Bilhetes à borla para a tourada de 17 de Março em Santarém nas juntas de freguesia…
É que (diz também a notícia), a Câmara de Santarém quer que os habitantes do concelho continuem a sentir a Praça de Touros Celestino Graça como um factor determinante para o município e essa é uma das razões principais do apoio que a autarquia vai dar à associação Praça Maior, que gere os destinos do espaço desde o início do ano.
E quem o disse foi a vice-presidente e vereadora com o pelouro da (in)cultura na Câmara Municipal de Santarém, Inês Barroso, que muito (in) culturalmente, salientou a importância da festa brava, para se compreender a história do concelho e da região. E isto até se compreende: é uma região com um atraso civilizacional muito acentuado, e a explicação está dada, senhora vereadora. Não podia ser mais clara.
E isto é que é dar a um povo-marionete um entretenimento de elevadíssima qualidade, para o manter obtuso. É que um povo obtuso é mais submisso e fácil de manobrar.
Mas esta gente não tem culpa deste atraso. É que isto, por mais incrível que pareça, é legal, e apoiado pela esmagadora maioria do Parlamento português e pela igreja católica, ambos ao serviço da tauromáfia.
E viva a INCULTURA instalada em Portugal!
Isabel A. Ferreira
Fonte:
Se o primeiro-ministro tivesse um pingo de dignidade pedia a demissão.
No ano passado foi o que foi, em Pedrógão. Este ano é o que está a ser, em Monchique, (à excepção dos mortos) devido à descoordenação, à incompetência, ao deixa-andar, à continuação da falta de uma política florestal a sério.
Monchique estava sinalizado. E o que se fez? Nada.
Este governo, e todos os governos anteriores têm culpa no cartório. Falta-lhes dignidade e honestidade políticas.
António Costa vem agora a público atirar areia para os nossos olhos, como se fôssemos todos muito parvos.
Abram os olhos, portugueses! Estão a ser comidos por lorpas!
Foto: FILIPE FARINHA
Não é só no que toca à política florestal, que continua a ser zero, que esquerda e direita dão as mãos. Que fossem só essas as mãos dadas! A política de António Costa, em muitas mais áreas é uma política nitidamente à direita. O PS de Costa está de mãos dadas com o PSD e CDS/PP em muitas outras matérias, como por exemplo, na abolição da selvajaria tauromáquica (onde também está incluído o PCP, que se diz de esquerda) para referir apenas uma, das mais gritantes.
O governo de Costa, se tivesse um pingo de dignidade, ter-se-ia demitido, já no ano passado, devido à descomunal tragédia dos fogos de Pedrógão; devido ao roubo das armas num paiol do Estado; devido ao fracasso das políticas do Ensino, da Cultura, da Saúde; devido à absurdez da venda da Língua Portuguesa ao Brasil; devido a esta mediocridade em que Portugal está atolado, vivendo apenas em prol dos estrangeiros, que não vêm a Portugal devido ao bom clima, ou à segurança, ou à boa gastronomia, ou à amabilidade dos Portugueses. Eles vêm a Portugal, porque aqui são BAJULADOS, só falta lamber o chão por onde pisam, numa subserviência vergonhosa. Quando vamos nós lá fora, somos tratados com uma notória indiferença. E esta vocação para lacaios que me dá náuseas.
Mas há muito mais.
Não, ninguém que já passou pelo Poder, teve “os frutos da horta" no devido lugar, para SERVIR o País. E duvido sequer, que os tenham.
Dizem-me que o meu tipo de retórica serve a direitalha. Pois o meu tipo de retórica é do tipo livre. Porque, para mim, esquerdalha e direitalha, para mim, que sou anarquista pacifista, tal como Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Luther King (meus mestres na arte da não-subserviência) são todos farinha do mesmo saco. Costa devia demitir-se porque é politicamente desonesto. Não aprendeu nada com o fracasso de Pedrógão. O fracasso repetiu-se em Monchique, à excepção dos mortos. E mais fracassos ainda virão.
E nem sequer teve a hombridade de vir a público dizer que o governo, uma vez mais, FALHOU em Monchique. E continuará a falhar, porque é um governo tão incompetente como todos os seus antecessores.
O governo de Costa limitou-se a seguir os erros do PSD e CDS/PP (farinha do mesmo saco) cuja política florestal foi ZERO.
Ainda está por se instalar em São Bento um Governo que Governe, e não seja governado por interesses estrangeiros e por lobbies.
E o presidente de TODOS os portugueses, desta vez, não foi a Monchique, para não atrapalhar. Porquê? Talvez porque andasse ocupado e preocupado em banhar-se, por aí, com a comunicação social atrás dele.
E como não sou escrava do Poder, mas uma cidadã livre-pensadora, que vejo, ouço e leio, e não posso ignorar os desmandos de um Poder apodrecido, gasto e incompetente, como posso levar esta classe política a sério?
Isabel A. Ferreira
É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos!
Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo.
Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos.
Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios.
Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus…
Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João
Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte
Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”…
Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus.
O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte:
«(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)».
Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália.
Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS!
A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus.
A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas…
Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus.
Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã.
Isabel A. Ferreira
Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente.
http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html
O que se segue é uma descrição realista da descomunal crueldade e violência da selvajaria tauromáquica, que em Portugal é “servida à mesa” como uma refeição gourmet…
E depois a besta humana quer ser tratada do mesmo jeito que um Ser Humano…
Por muito menos, Jesus Cristo chicoteou os vendilhões do templo.
Não me peçam tolerância para monstros desta envergadura... (IAF)
Texto de Pedro Martins Santos
«Debaixo de um calor de mais de 30º, sem vento e depois de terem permanecido mais de 12 h metidos numa divisória de metal de um camião onde mal se podem mexer, os 6 touros vão ser "lidados" na praça. Vão ser perfurados com ferros (bandarilhas) que medem 70 cm de comprimento, enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 20mm de largura, com farpas ou ferros compridos e ferros curtos que medem, respectivamente, 140 cm e 80 cm de comprimento, com ferragem idêntica à da bandarilha, mas com dois arpões enfeitados e rematados da mesma forma que as bandarilhas.
Os ferros que lhe penetram e rasgam o músculo, provocarão uma dor lancinante (o touro sente até uma mosca pousar-lhe no dorso - daí abanar com a cauda para a enxotar - porque não haveria de sentir dor se é feito de carne e osso como nós?). Depois de lhe serem cravados os ferros, exaustos e debilitados, enfraquecidos, vão ainda ser atormentados por 8 “homens” que o vão provocar, tentar imobilizar, saltar-lhe para cima e puxar-lhe violentamente a cauda (vértebras serão partidas) e humilhá-lo.
Depois será obrigado a recolher ao camião, como alguém me dizia hoje de manhã, "puxado e arrastado tão violentamente por cordas que se fica com a sensação que lhe vão arrancar os cornos".
No camião, ser-lhe-ão arrancados os ferros, a sangue frio, cortando a carne à volta do arpão com uma faca, deixando-lhe o dorso esburacado em carne viva...
Depois da "festa rija", quando os espectadores tiverem dificuldade em manter-se em pé, o touro vai ser levado para o matadouro, no mesmo camião onde não se pode mexer, deixando atrás de si um rasto de sangue e diarreia.
Hoje é sexta-feira.
Amanhã é sábado, os matadouros não trabalham.
Domingo também não.
Com sorte e, se não tiverem morrido até lá, os touros serão finalmente mortos na segunda-feira, depois de atordoados com choques eléctricos e pendurados de cabeça para baixo.
Terão Paz afinal.
É ISTO QUE A RTP TRANSMITE COM O MEU DINHEIRO??
Pedro Martins Santos»
Fonte:
O cartaz não terá "de forma clara e inequívoca o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa".
Não terá. Não tem, com toda a certeza.
Mas é de um mau gosto atroz, este cartaz. E ainda mais com um "ADOÇÃO" (deve ler-se adUção) que de doce nada tem.
Este cartaz não me ofende. Há coisas que se fazem em nome da Igreja Católica, em celebração de Santos e de Deus que ofendem muito mais, e os católicos CALAM-SE.
Este cartaz deve ser retirado da circulação apenas por ser de muito mau gosto e de induzir em erro os menos esclarecidos nas coisas de Deus e dos Homens.
«Jovens católicos exigem pedido de desculpa por parte do Bloco de Esquerda.
Um grupo de jovens católicos lançou hoje uma petição pública exigindo um pedido de desculpas do Bloco de Esquerda. Em causa está o cartaz divulgado ontem onde se lê que "Jesus também tinha dois pais”, uma forma encontrada pelo partido para celebrar a aprovação da adopção por casais do mesmo sexo.
O texto da petição, disponível no site Petição Pública, diz que o cartaz “tem, de forma clara e inequívoca, o propósito de ofender a comunidade católica portuguesa”.
Lembrando que o BE é um “partido político e não uma publicação de sátira”, os signatários, não identificados exigem “um pedido de desculpas a todos os portugueses que se sentiram ofendidos por este cartaz e a imediata eliminação do mesmo”. A petição contava às 11h20 com seis assinaturas.
O cartaz do Bloco de Esquerda está também a gerar polémica nas redes sociais.»
Fonte:
http://economico.sapo.pt/noticias/cartaz-do-bloco-de-esquerda-da-origem-a-peticao_243715.html
***
Uma nota marginal:
Eu conheço um menino que tem três pais: o biológico, que o rejeitou, por ser casado e a mãe solteira; o que lhe deu o nome, por ser amigo da mãe e não querer que a criança fosse registada sem nome de pai; e o pai adoptivo, o que se casou com a mãe, e adoptou-o como filho. E este último foi o único que o deixou chamar de PAI.
Por que não poderia Jesus Cristo ter tido dois pais?
E é como diz alguém num comentário do texto/fonte desta minha publicação:
«Jesus tinha dois pais: a mãe e o pai. Só que não se chamavam Maria e Maria ou José e José».
John Lennon nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool, no Reino Unido
Foi assassinado na noite de 8 de Dezembro de 1980, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.
Entre uma e outra data ficou uma vida vivida intensamente, plenamente, uma vida com vida dentro…
(Origem da imagem: Internet)
Não me interessa o que os outros pensam de John Lennon.
Para mim, foi alguém que me transmitiu um estilo de vida para ser vivido e não para ser fingido.
John Lennon era ele e as suas causas, o seu caminho, que ele percorreu cantando, não o efémero, mas o fundamental.
Era um ser tocado pelo divino, ainda que não o consentisse.
Não era nem mais popular nem menos popular do que Jesus Cristo.
Mas ambos foram anarquistas pacifistas, e mudaram o rumo do mundo, no tempo em que cada um viveu.
John Lennon atravessou muros, com as suas canções. Não os derrubou. E ao atravessá-los, mostrou toda a força das palavras que cantava, incomodando os poderosos, sabendo que tudo o que fizesse, tudo o que dissesse teria repercussões gigantescas num mundo onde imperava (e passados 35 anos sobre a sua morte, ainda impera) uma hipocrisia mórbida e cada vez mais mafiosa.
Por isso (ainda) é urgente cantar John Lennon:
Poderosos do mundo, dêem à Paz uma oportunidade!
Nada mais foi igual depois do aparecimento dos «Beatles».
Nada mais foi igual depois das palavras que John Lennon lançou ao mundo como âncoras.
John Lennon (a par de Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Martin Luther King) marcou o modo como eu vejo, sinto e estou no mundo: desassossegada, desassossegando...
Sim, podem dizer que somos sonhadores…
Não somos os únicos…
Mas temos esperança de que num dia todos se juntarão a nós e o mundo será como um só…
Mark Chapman assassinou o Homem, naquela noite de 8 de Dezembro de 1980. Mas não conseguiu matar os sonhos de John Lennon…
Esses, continuam entre nós… connosco...
Isabel A. Ferreira
«Será este o motivo pelo qual, na Páscoa da Ressurreição de Cristo, um povinho ainda muito atrasado que vive em Abiúl, uma terrinha também com um desmedido atraso civilizacional, se diverte a torturar novilhos em nome da “tradição” dos broncos?
E assim vai este nosso país cada vez mais retrógrado, com o aval da igreja católica e do estado português» (I.A.F.)
Foto: http://farpasblogue.blogspot.pt/2015/04/fotos-impressionantes-da-cornada-de.html
Tudo Errado!!! Incluindo a continuação da novilhada após ter “terminado”…
Domingo de Páscoa, houve uma novilhada em Abiúl. Foi organizada pela Junta de Freguesia! Parte do valor dos bilhetes vendidos reverteu a favor dos Bombeiros Voluntários de Pombal!
Como se não bastasse, depois do espectáculo tauromáquico, continuou a ânsia de torturar animais. Pelo menos um jovem novilheiro torturou, à porta fechada, mais um jovem bovino! A coisa não correu bem. O novilheiro ficou ferido. Não havia nenhuma ambulância no local. Por acaso, ainda estava uma médica na enfermaria da praça que suturou o jovem (o jovem dito humano, claro está). Mas ainda há mais!
Os blogues tauromáquicos não param de publicar imagens dos ferimentos do novilheiro, a maioria das quais muito mais chocantes do que aquela que seleccionámos. Alguns blogues já publicaram a notícia 4 (quatro) vezes! Parece que quanto mais sangue melhor! O dos novilhos não impressiona?
Então, toca a publicar fotos de pessoas feridas! É este o “mundo” da tauromaquia! Um “mundo” de sangue e violência!
Um “mundo” em que a sede de sangue é de tal ordem que, como se pode comprovar, os maus-tratos aos animais não acabam quando o público sai da praça!!!
Felizmente, a tauromaquia é cada vez mais contestada socialmente e, em breve, será abolida.
Marinhenses Anti-touradas - Depois de terem sido torturados os novilhos do programa de acordo com o que estava no cartaz da novilhada, e de o público que pagou bilhete ter deixado a praça, ficaram algumas pessoas e novilheiros a continuar a "festa".
Enquanto um deles cravava uns ferros num novilho, este deu-lhe uma cornada. E assim, à conta da notícia da cornada, ficámos a saber que a novilhada continuou (à porta fechada, só para algumas pessoas e não para as que pagaram bilhete), sabe-se lá com que contornos.
Foi o espírito da Páscoa. Deviam estar todos fartos da família e não lhes chegaram as muitas horas que já tinha durado a novilhada; precisaram de ver mais sangue.
Só que também viram sangue de um animal humano!
Fonte:
INCONCEBÍVEL!
Desta vez em São Miguel, na freguesia de Água de Pau, concelho de Lagoa, em nome de Nossa Senhora dos Anjos que, com Nossa Senhora de Guadalupe e tantas outras Santas devem estar a chorar lágrimas de sangue no Céu…
Não serve de desculpa escudarem-se na lei irracional que permite esta selvajaria.
As leis parvas não são para cumprir. Nunca.
Exmo. Reverendíssimo Senhor Dom António de Sousa Braga
Eis-me novamente a apelar à racionalidade da Igreja Católica.
No próximo dia 9 de Agosto, vai realizar-se uma vacada na freguesia de Água de Pau, Concelho de Lagoa, nos Açores, para Nossa Senhora dos Anjos…
Isto será uma iniciativa cristã ou satânica?
Deixo esta pergunta à consideração do Senhor Bispo.
Não aceito que V. Reverendíssima se desculpe e se escude atrás de uma lei irracional que legaliza esta selvajaria.
A Igreja Católica deveria dar o exemplo e repudiar publicamente estas iniciativas, que Jesus Cristo condenaria veementemente.
Deus não criou os bovinos para servirem de diversão a sádicos.
Uma vez mais apelo a V. Reverendíssima para que intervenha junto do pároco local e da comissão de festas para que a referida vacada não se realize.
É dever da Igreja Católica contribuir para a cristianização e evolução moral deste povo ainda tão ignorante, que vive num passado medieval.
O tempo da “santa” Inquisição já lá vai. Mas se existisse, estes que ultrajam o nome dos Santos, em nome da estupidez, não iriam parar à fogueira?
Com o meu mais veemente repúdio, aguardo que V. Reverendíssima tome em conta estas linhas,
Isabel A. Ferreira