Com a atribuição de “notável” mulher portuguesa a uma torturadora de indefesos Touros: Sónia Matias
Uma desonra para as mulheres portuguesas já agraciadas com este prémio, que poderia ser de prestígio, mas já não é, pois este ano, nivelou-se pelo mais baixo sentimento que pode existir no ser humano, (nomeadamente feminino): torturar seres vivos por mero prazer…
Na página da Internet deste Prémio, lê-se: «O Prémio Femina foi criado em 2010, para agraciar as Notáveis Mulheres Portuguesas. Na celebração do Quinto Aniversário da sua fundação procede-se ao alargamento do âmbito das suas destinatárias - as Notáveis Mulheres Portuguesas e da Lusofonia - oriundas de Portugal, dos Países de Expressão Portuguesa, das Comunidades Portuguesas e Lusófonas, e Luso-descendentes, que se tenham distinguido com mérito ao nível profissional, cultural e humanitário no Mundo, pelo Conhecimento e pelo seu relacionamento com outras Culturas. A atribuição dos prémios às agraciadas é feita por uma Comissão de Honra, constituída exclusivamente por membros masculinos – reconhecendo, assim, o seu valor e excelência na sociedade portuguesa moderna e evoluída, como seus pares de pleno direito. (…)
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O link para esta página é o seguinte (e recomendo que leiam para se inteirarem deste despautério masculino):
http://www.matriz-portuguesa.pt/FEMINA.php
Aqui encontramos as biografias das agraciadas desde 2010.
Aqui encontramos as agraciadas do ano de 2015:
Georgina Benrós de Mello
Directora-Geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Nascida em Cabo Verde, licenciada em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Pós-graduada no CENFA (Cabo Verde) & FUNDAP (Brasil), e na Graduate School of Public and International Affairs da Universidade de Pittsburgh (EUA). Mestre em Património, Turismo e Desenvolvimento, pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade de Cabo Verde, tendo defendido a tese “Museu Virtual de Paisagens de Cabo Verde – Por um modelo alternativo de turismo”.
Agraciada por mérito nas Letras: Investigação e ensino de Literaturas Lusófonas.
Inocência Mata
Nascida na ilha Príncipe de São Tomé e Príncipe.
Doutorada em Letras e pós-doutorada em Estudos Pós-coloniais - Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization -, na University of California at Berkeley/ London School of Economics. Professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas. Membro do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa e da Association por L’Étude des Literatures Africaines, com sede em França, e Sócia Honorária da Associação de Escritores Angolanos. Membro Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa – Classe de Letras.
Foi professora convidada de muitas universidades estrangeiras, nas africanas (Dacar, Agostinho Neto), nas americanas (Harvard, Berkeley, Minnesota; Toronto, York), nas brasileiras (USP, UFRJ, UFF, PUC-Minas Gerais, PUC-RS, UFBA, UNEMAT, entre outras), e outras universidades europeias.
Foi agraciada por mérito nas Letras: Literatura, Poesia e ficção.
Ana Mafalda Leite
Nascida em Portugal, cresceu em Moçambique.
Escritora, poeta, articulista, docente na Faculdade de Artes da Universidade de Lisboa. Tem obras de co-autoria com autores Moçambicanos e Portugueses de prestígio.
É Doutorada em Literatura Portuguesa/Literaturas Africanas em Português, e Mestre em Literaturas Brasileiras e Africanas em Português, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Fátima Cardoso - Ciências
Médica oncologista formada na Universidade do Porto, trabalhou dez anos no Instituto Jules Bordet, em Bruxelas, conhecido principalmente na área do cancro da mama. É Secretária-Geral da European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC), dirige a Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa.
Soraya Gadit
Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Lisboa. Tem um em Finanças e Gestão da MBA pela AESE/IESE Business School 2010.
É uma das fundadoras e administradora da InoCrowd, criada em 2011, e cujo conceito ganhou projecção internacional, sobretudo no Chile, onde ganhou o prémio Start Up Chile. É uma empreendedora premiada em Portugal e no estrangeiro, sendo oradora convidada em seminários e congressos.
Na Roche foi responsável pelo lançamento de um medicamento para prevenir a Osteoporose.
Na Sanofi Pasteur MSD foi responsável por várias vacinas, nomeadamente vacinas para prevenir a gripe.
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E finalmente a colossal torturadora de touros, Sónia Matias, que tem uma "profissão" que se iguala à das restantes agraciadas.
Veja-se a agraciada com o Prémio Femina 2105, a promover a vergonhosa “cultura”, que de portuguesa nada tem: perfurar um ser vivo indefeso até às entranhas e fazê-lo sangrar até à morte… torturando também os belos Cavalos Lusitanos que sofrem horrores nestas lides de atroz sofrimento e morte.
Isto será moderno e evoluído?
Quão cego mental foi o júri que avaliou esta barbárie como um acto de excelência.
Esta torturadora de Touros nasceu em Lisboa em 1978. Em 1990 tornou-se Cavaleira Amadora, em Samora Correia; e em 1997, tirou prova de Cavaleira Praticante, na Póvoa de Varzim.
Em 18 de Junho de 2000 foi a primeira mulher Portuguesa a tirar alternativa de Cavaleira Tauromáquica Profissional, em Santarém,
e pasmem:
promovendo a Cultura da Tauromaquia Portuguesa e do Cavalo Lusitano em Portugal e Espanha.
Se eu estivesse no lugar das outras senhoras atirava o prémio para o caixote de lixo, porque a partir de agora é o lugar mais adequado para tal prémio.
E se eu já tivesse sido agraciada, como as outras senhoras desde 2010 (e já foram muitas) devolvia o prémio, que acabou de ser conspurcado, porque um júri masculino, ao misturar pérolas com bolotas acabou por conspurcar um prémio que poderia ser prestigiante, mas já não é.
E assim vai a “coltura” portuguesa…
(Origem da foto da torturadora de touros)